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Conduto é o componente de uma instalação que propicia um meio envoltório (invólucro) aos
condutores elétricos. Nas instalações residenciais e prediais os eletrodutos são os mais utilizados. Em
instalações comerciais e industriais, além dos eletrodutos, também são utilizados calhas e bandejas
metálicas, prateleiras, blocos alveolados e canaletas.
• Propiciar aos condutores proteção contra ataques do meio ambiente, sobretudo contra
corrosão ou ataques químicos oriundos de ações da atmosfera ou agentes agressivos dispersos
no meio ambiente (sais, ácidos, gases, óleos, etc.).
• Material: Não metálicos – PVC, plástico com fibra de vidro, polipropileno, polietileno de alta
densidade e fibrocimento; Metálicos (magnéticos ou não magnéticos) – aço carbono
galvanizado ou esmaltado, alumínio e flexíveis de cobre espiralado;
• Quanto à espessura da parede: Leve (parede fina), Semi-pesado e Pesado (parede delgada –
grossa).
• Luvas: acessórios com formato cilíndrico com rosca interna, usados para unir trechos de
eletrodutos ou um eletroduto e uma curva.
• Buchas: peças que se destinam a arremates ou melhorar o acabamento das extremidades dos
eletrodutos rígidos, impedindo que, ao serem puxado os condutores, a isolação seja
danificada por eventuais rebarbas na ponta do eletroduto.
• Curvas: acessórios necessários para efetuar mudanças de direção numa rede de eletrodutos.
Podem ser encontradas no comércio com rosca ou ponta e bolsa.
O eletroduto de PVC rígido roscável é o tipo mais utilizado em instalações prediais, embutidos
em paredes, lajes de concreto ou enterrados no solo.
A fixação dos eletrodutos às caixas de passagem e de ligação dos aparelhos se dá por meio de
buchas e arruelas.
Figura 34: A, B, D e E – Conectores de emendas com rosca e/ou parafuso empregados para
entrada e saída de painéis, caixas de passagem, adaptáveis nos eletrodutos tradicionais e são
utilizados em eletrodutos rígidos e flexíveis. C – conector de emenda com rosca e por parafuso.
F – conector de redução usado nas saídas dos “dailets” ou dos eletrodutos.
Figura 35: Braçadeiras A – de PVC para conduletes; B – do tipo unha; C – dupla do tipo
“U”com dois furos; D – para perfilado de PVC; E – do tipo caneca; F – “D”com parafusos; e G
– tipo “D”com trava.
Os eletrodutos metálicos rígidos são tubos de aço, com ou sem costura no sentido longitudinal, e
ainda pintados interna e externamente com esmalte de cor preta ou são galvanizados.
Comercialmente são adquiridos em barras de 3 m cujos extremos vêm roscados e podem ser providos
de luva ou não. A bitola varia de ½” até 6”.
Os eletrodutos metálicos não devem ser utilizados em ambientes com excessiva concentração de
umidade ou produtos corrosivos. O eletroduto deve ser curvado a frio, pois o calor destrói a sua
proteção de esmalte ou zinco, e pode oxidar-se.
Os eletrodutos de PVC rígidos são fabricados com derivados de petróleo, são isolantes elétricos,
não sofrem corrosão nem são atacados pelos ácidos. São também fabricados em barras de 3 m, com
roscas para serem emendados com luvas, ou soldáveis, sendo um dos extremos com diâmetro
expandido (bolsa) para introduzir outro eletroduto mediante pressão (ponta) e colado para melhorar a
resistência mecânica (NBR 6150:1980, 3,2).
Nota: O eletroduto deve trazer marcado, de forma bem visível e indelével: marca do fabricante;
diâmetro nominal; classe (pressão mínima de ruptura) – Classe A = 2,5 Mpa e Classe B = 1,5 Mpa;
os dizeres “eletroduto de PVC rígido”. (NBR 6150:1980, 3,5 e 4.2.1).
Figura 37: Eletroduto de PVC rígido: A – com rosca e luva; B – com bolsa unidos sob pressão.
Os eletrodutos metálicos flexíveis são formados por uma cinta de aço galvanizado, enrolado em
espiras meio sobrepostas e encaixadas de tal forma que o conjunto proporcione boa resistência
mecânica e grande flexibilidade. Esses eletrodutos também são fabricados com um revestimento de
PVC a fim de proporcionar maior resistência e durabilidade. Podem ser adquiridos comercialmente
em metros ou em rolos de até 100 m. São utilizados em instalações elétricas expostas e quando se
instalam máquinas e motores elétricos, devido a vibrações.
Existem os eletrodutos de PVC flexíveis série leve, de coloração amarela, para instalações que
exigem leve esforço mecânico de até 320 N/5 cm de compressão e podem ser utilizados em paredes
de tijolos e outros. E os de série reforçada, de coloração azul ou cinza, para instalações que exigem
esforço mecânico médio de até 750 N/5 cm e podem ser utilizados em lajes e pisos.
Não é permitido o uso, como eletroduto, de produtos que não sejam rigorosamente apresentados
e comercializados como eletroduto e ainda, não seja propagante de chama. Esta proibição se refere
também ao uso de produtos caracterizados pelos fabricantes como mangueiras. (NBR-5410:2004).
Figura 41: Mangueira depolietileno. Material de qualidade duvidosa e que não contenha a
marca de conformidade pode colocar em risco a sua instalação.
Os eletrodutos, calhas e blocos alveolados podem conter condutores de mais de um circuito, nos
seguintes casos:
• as seções nominais dos condutores fase estejam contidas em um intervalo de três valores
normalizados sucessivos;
• os condutores isolados e os cabos isolados tenham a mesma temperatura máxima para serviço
contínuo.
• todos os condutores forem isolados para a mais alta tensão nominal presente.
• Nos eletrodutos, só devem ser instalados condutores isolados, cabos unipolares ou cabos
multipolares. Isso não exclui o uso de eletrodutos para proteção mecânica, por exemplo, de
condutores de aterramento.
O tamanho dos eletrodutos deve ser de um diâmetro tal que os condutores possam ser facilmente
instalados ou retirados. Assim, é obrigatório observar a taxa máxima de ocupação nos eletrodutos.
em que:
e: espessura da parede.
Este procedimento descrito no manual da PRYSMIAN pode ser utilizado para instalações
simples nos quais o comprimento do trecho de eletrodutos esteja dentro dos limites de comprimento
máximo dos eletrodutos. Isto será abordado na próxima seção.
Exemplo: Em um trecho do eletroduto estão inseridos 6 condutores, sendo a maior seção dos
condutores de 4 mm2. De acordo com a tabela 9 o tamanho nominal do eletroduto é de 20 mm2.
Sendo assim, é necessário a planta com a representação gráfica da fiação com as seções dos
condutores indicados.
De acordo com a NBR-5410 a taxa máxima de ocupação em relação à área de seção transversal
dos eletrodutos não deve ser superior a:
Tabela 12: Eletrodutos rígidos de aço carbono roscável – leve I (NBR 6150).
Tabela 13: Ocupação máxima dos eletrodutos de PVC por condutores de mesma bitola (fios ou
cabos unipolares 450 / 750.V BWF Antichama).
Tabela 14: Ocupação máxima dos eletrodutos de Aço por condutores de mesma bitola (fios ou
cabos unipolares 450 / 750.V BWF Antichama).
Exercício 13
Dimensionar o trecho de eletrodutos de PVC rígido roscável, mostrado na figura 44, no qual
devem ser instalados os seguintes circuitos:
Solução:
Exercício 14
Representar graficamente a seção dos cabos condutores na planta baixa. Para simplificar, não é
necessário representar os condutores com seção de #2,5 mm2.
Para determinar a medida dos eletrodutos e condutores deve-se medir diretamente na planta, os
eletrodutos representados no plano horizontal e somar, quando for o caso, os eletrodutos que descem
ou sobem até as caixas. Estas medidas são feitas com o auxílio de uma régua, na própria planta
residencial, utilizando a escala em que a planta foi desenhada. Por exemplo, se a escala for 1:100
significa que a cada 1 cm no desenho corresponde a 100 cm nas dimensões reais.
As medidas dos eletrodutos que descem até as caixas são determinadas descontando da medida
do pé direito mais a espessura da laje da residência a altura em que a caixa está instalada. Exemplo:
pé direito = 2,80 m
esp. da laje = 0,15 m
2,95 m
caixa para saída alta subtrair 2,20 m
2,95 m
− 2,20 m
0,75 m
As medidas dos eletrodutos que sobem até as caixas são determinadas somando a medida da
altura da caixa mais a espessura do contrapiso. Exemplo: Espessura do contrapiso = 0,10 m
Como a medida dos eletrodutos é a mesma dos condutores que por eles passam, efetuando-se o
levantamento dos eletrodutos, simultaneamente efetua-se o da fiação.
Caixas de derivação
Não haja trechos contínuos (sem interposição de caixas ou equipamentos) retilíneos de tubulação
maiores que 15 metros, sendo que, nos trechos com curvas, essa distância deve ser reduzida de 3m
para cada curva de 90o.
Quando o ramal de eletrodutos passar obrigatoriamente através de locais onde não seja possível o
emprego de caixa de derivação, a distância prescrita no item anterior pode ser aumentada, desde que:
a) seja calculada a distância máxima permitida (levando-se em conta o número de curvas de 90o
necessárias);
b) para cada 6 m, ou fração, de aumento dessa distância, utilize-se eletroduto de tamanho nominal,
imediatamente superior aos do eletroduto que normalmente seria empregado para a quantidade e
tipo de condutores ou cabos.
Em cada trecho de tubulação, entre duas caixas, entre extremidades, ou entre extremidade e
caixa, podem ser previstas, no máximo, três curvas de 90o ou seu equivalente até, no máximo 270o.
Em nenhuma hipótese, podem ser previstas curvas com deflexão superior a 90o.
As caixas devem ser instaladas em lugares facilmente acessíveis e providas de tampas. As caixas
que contiverem iterruptores, tomadas de corrente e congêneres devem ser fechadas pelos espelhos
que completam a instalação desses dipositivos.
Assim:
L máx = 15 − 3 N
L real − L máx
A=
6
sendo:
Exercício 15
Dimensionar o eletroduto para o trecho de tubulação mostrado na figura 50, entre duas caixas
CP-1 e CP-2, no qual não há possibilidade de instalação de caixas intermediárias. Os circuitos que o
eletroduto conterá são os seguintes:
Solução: