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LIVRO

A CONSCIÊNCIA QUE FOI DIGNA DE RECEBER


A SABEDORIA E AS RIQUEZAS DE LÚCIFER.
Dedicado a Lúcifer e a Paimon,
honrados sejam dentro e fora de mim!

Que a maldição do enlouquecimento caia sobre aqueles que


usarem este conteúdo de forma ilegal, de má fé, compartilhando
com quem não investiu para ter este material, a não ser que seja
autorizado pelo autor, que o próprio Rei Paimon, faça justiça!

QUERIDO LÚCIFER - MATHEUS LUX


Saudações a todos que compartilham da minha busca
constante pela compreensão dos mistérios que envolvem as
artes ocultas. Aqueles que me conhecem de perto
compreendem meu compromisso com a exploração individual
dessas verdades ocultas que nos cercam desde tempos
imemoriais. Desde o início, quero expressar que defendo
aquilo que ressoa comigo, pois não vejo a espiritualidade como
uma receita fixa a ser reproduzida, mas sim como uma fonte
constante de inspiração a qual é transmitida. Minha missão é
inspirar outros a se iluminarem, a buscar, a se entregar sem
medo ou restrição. Ao explorar os ensinamentos de Paimon,
pude discernir a supremacia do conhecimento que emana da
poderosa frequência de Lúcifer, a fonte de lux primordial de
toda informação das existências. Aprendi que a energia é
informação e que tudo, incluindo as consciências, parte desse
princípio fundamental. Consciências vibrantes, sejam rápidas e
sutis ou lentas e densas, colaboram para a reintegração da
consciência primordial no âmago do ser humano. Utilizar
conscientemente essas consciências multidimensionais
representa um salto em direção ao poder e à potencialidade
máxima que cada ser humano possui, muitas vezes
desconhecida devido ao obstáculo chamado medo. Minha
jornada é compartilhar esse conhecimento e inspirar outros a
superarem esse temor, desbravando as fronteiras do
entendimento e alcançando seu verdadeiro potencial interior.
Que todos possam se abrir para a sabedoria que flui através
das energias sutis e densas e se libertar das amarras que
impedem a plena realização de sua essência.
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Você pode ter se deparado com a propagação da ideia na
internet de que os seres humanos são ineficientes ao lidar com
forças espirituais. No entanto, em minha compreensão, isso se
aplica apenas àqueles que desconhecem seu próprio poder e a
capacidade singular que cada ser humano possui para buscar,
estudar e compreender os mistérios antes de praticar ou se
posicionar dentro de si mesmo na busca pela compreensão
total. Quando digo isso, é na tentativa de instigar cada amigo e
leitor a se autoexplorar. Em minha obra, "O Livro dos Fractais",
abordo a imensidão cósmica como parte integrante do ser
humano, na esfera mental e imaginativa. Após imersões em
estudos de cosmogonias de diversas culturas e em estudos
científicos que exploram a astronomia, fica claro para mim que
tudo parte de um princípio primal. Compreender esse eixo
como ponto de partida torna-se mais acessível para aqueles
que desejam adentrar nos mistérios ocultos. Em outras
palavras, estudar a si mesmo, dentro do autoconhecimento,
eventualmente levará o buscador a encontrar sua própria
espiritualidade. Pois nada está separado! Explorar a si mesmo é
explorar todo o universo. Utilizando a via contrária, ao explorar
o universo, o ponto onde tudo se originou e se desdobrou, o
ser humano chegará a si mesmo como um fractal da
consciência primordial, eterna e divinizada, manifestada nas
esferas mais densas no propósito de se auto explorar, se
compreender e se reintegrar. Para alcançar isso, eu utilizo as
consciências para me aperfeiçoar, romper meus limites lógicos
e racionais, permitindo-me mergulhar no próprio cosmos, onde
este arde profundamente dentro de mim. Sendo esta, a minha
própria morada real, é no ponto de luz que tudo se originou e
para onde eu desejo voltar com plena compreensão de tudo.

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Inicialmente, pode parecer egoísta expressar o desejo de
explorar tudo e ascender novamente à fonte de todas as coisas,
mas posso assegurar que não é egoísmo. Na verdade,
compreendo que esse é o nosso processo, a nossa missão,
como parte fractal dessa consciência que decidiu se
experimentar. Nós, seres humanos, somos detentores de
informações, com acesso ilimitado a tudo que possa existir,
especialmente no plano das ideias e da imaginação. Vamos
realizar juntos um exercício ilustrativo sobre esse assunto.
Coloque-se agora como o criador de todas as coisas, utilizando
a sua mente para imaginar livremente. Seja livre neste presente
momento. Permita que sua mente flua, criando criaturas,
reinos com plantas vivas, cores radiantes, nuvens coloridas,
sapos voadores, tudo o que desejar! Sinta a liberdade de
expressar sua imaginação, experimentando como é bom
permitir-se imaginar e sentir a sua própria imaginação tomar
forma. Observe como é possível despertar os sentidos,
percebendo aromas nos ambientes imaginados,
experimentando arrepios ao ver seres criados por você mesmo,
degustando sabores exóticos ao abrir a boca e permitir que os
ventos do ambiente se acomodem pelas mucosas. Agora, volte
comigo e vamos reconhecer essa nossa capacidade como a
capacidade primordial, descoberta pela própria consciência
primordial. Antes, quando tudo ainda era vazio e sem forma,
ela escolheu se permitir criar. Decidiu experimentar, dar vida às
suas criações. Nada do que foi criado por ela entra em conflito;
ao contrário, tudo traz aprendizado para ela mesma. Por essa
razão, ela se expandiu e se dividiu ao ponto de proporcionar a
oportunidade para você também fazer o mesmo. Veja como é
incrível o princípio da primeira lei que rege o universo, sendo
ele totalmente mental. Essa capacidade de criação e exploração
ilimitada é um reflexo direto da essência divina que todos
compartilhamos.
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Antes de adentrar nos mistérios de Paimon, reconheci a
necessidade de introduzir autoridade e astúcia imaginativa.
Estes são os princípios mais elevados e poderosos do ser
humano, como seres de pura consciência. Quando menciono
consciência humana, não me refiro apenas à caixa craniana
desta espécie, mas também ao conjunto de consciência
presente dentro e fora de si mesmo, em seu campo biológico.
Cada átomo, cada partícula, cada célula que compõe nosso
organismo biológico é uma manifestação fragmentada e
consciente. Perceba que você não precisa dar ordens para que
seu coração bombeie sangue para todo o seu corpo. Não é
necessário esforço consciente para respirar, permitindo que
todas as suas células sejam oxigenadas. Você não precisa
raciocinar para que seu exército digestivo extraia tudo o que
precisa para continuar fornecendo força, permitindo que você
experimente novas descobertas. Este é o seu templo celestial e
sagrado, onde tudo está em constante harmonia, cooperando
para que tudo aconteça como deve. Então, por que, fora do seu
corpo, haveria conflito entre anjos e demônios? Por qual
motivo criaram a ideia de uma rebelião no céu, com anjos
caídos sedentos por destruir a humanidade? Basta olhar para si
mesmo, para compreender como tudo se organiza de forma
mágica em sua existência. Tecer a ideia de separação entre
caos e ordem, bem e mal, positivo e negativo, e esqueçamos a
necessidade dos opostos se abraçarem, é se distanciar de si
mesmo. Dentro de nós, células morrem para que novas
possam ser criadas. A fagocitose é necessária para a harmonia.
A cadeia alimentar é vital para o equilíbrio na natureza. A fauna,
a flora, a biologia são ilustrações explícitas de como a
consciência primordial sabe exatamente o que fazer e o que
deseja. É simplesmente experimentar-se de diversos ângulos,
em diversas e infinitas dimensões.

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Tudo o que compartilho contigo é fruto da abertura e expansão
consciencial que venho cultivando ao longo dos anos. Reflete
meu posicionamento como autoridade diante de todas as
consciências existentes. Ao assumir esse papel, isento de
hostilidade e prejudicialidade, percebo que sou o todo,
contendo em mim todas as coisas, desde as forças da natureza
até os mais sutis sentimentos artísticos de paixão e amor.

Entender e trabalhar com as forças da natureza, as forças


primordiais, é resgatar o que já existe dentro do meu
inconsciente. Paimon, quando questionado por mim sobre a
razão de vir do oeste, rodeado por três poderosos e sábios
seres com flautas e instrumentos musicais, respondeu-me com
uma voz adocicada, porém penetrante e rouca de ruídos:

"EU SOU aquele que esconde os mistérios contidos em Lúcifer,


confiados a mim por mérito. Eu trago o desconhecido, meu
reino é o abismo do inconsciente. Por isso, eu Reino."

Essa resposta permitiu-me compreender um dos conflitos que


permeiam minhas gnoses na frequência de Lúcifer, a qual
busco entender. A dificuldade de assimilar o que me é
ensinado pela luz de Lúcifer torna-se evidente. Uma carga
densa de informações, codificadas e, por vezes,
incompreensíveis em um estado mental limitado do ser
humano. Paimon, agradeço por unir-se a mim e emprestar-me
tua magnífica consciência para decodificar os mistérios da luz.

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O diálogo proporcionou-me uma compreensão profunda e
uma sensação de pertencimento, mas não como um folgado
que explora a sabedoria de consciências mais elevadas que a
minha. Ao ouvir a voz de Paimon, pude discernir seu grito
quando é chamado por um ser desconhecido, sem mérito ou
apresentação prévia. Esse grito tem o poder de dividir ao meio
aquele que clama e o chama, sem remorso. O ensinamento
penetra minha consciência sobre sua potência e sua vontade
livre de escolher. O Rei deve ser respeitado como um Rei e não
usado como um escravo. Fazer isso é posicionar-se à beira de
um precipício interminável, torturante e agonizante, onde não
há queda, mas perpetuamente uma tormenta de gritos
daquele que ousou tratá-lo sem o devido respeito à realeza.
O vento que sopra impulsiona a queda em direção ao caminho
infinito de desorientação, perturbação mental e
enlouquecimento. É a tempestade de seus gritos que decepa o
folgado, o ganancioso, agonizando durante toda a queda que
se estenderá para sempre. É um grito sem fim, uma dor
inimaginável e incompreensível para aqueles que ainda não a
sentiram. Não deseje experienciar tal tormento. Estas palavras
não têm a intenção de afastar você da consciência real do Rei,
mas sim conscientizá-lo a se comportar como um Rei ou uma
Rainha, a altura, antes de ousar chamar pelo poderoso nome.
Este nome se mistura aos ventos das quatro direções,
ganhando força, potência e vácuo, ao noroeste, onde ele se
manifesta em cima de um dromedário, portando ouro, coroa,
tecidos finos e muitas joias, digno de um Rei que conquistou
tudo o que possui por um mérito inquestionável. Ele não se
intimida diante daquele que o chama, mas o olha de baixo para
cima, tentando compreender o motivo da busca, penetrando
com o olhar de fogo e fazendo uma leitura de todo o caráter e
intenção do buscador. Respeite o Rei antes de ousar invocá-lo.

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O questionamento que o fiz, me sentindo livre para fazê-lo, foi
motivado pela minha nunca tentativa de ordenar o Rei Paimon,
a nada que conflituasse com sua própria e sábia vontade.
Afinal, o meu respeito sempre foi imperativo, e sempre será, e
ele sabe! Ninguém dá ordens a um Rei. Assim, grandioso Rei
Paimon, qual é o castigo para aqueles que tentam forçá-lo a
algo, impulsionados por um ego doentio e escasso? Por que
utilizam nomes para desafiá-lo e oderná-lo? Três cabeças
emergiram, o dromedário soltou fumaças quentes de suas
narinas, as cabeças agora três se afastaram para trás, e seus
cabelos se entrelaçaram ao animal. A atmosfera se fechou, uma
sensação esmagadora apertou o coração, rumo a um infarto
surgiu. Dos olhos do Rei Paimon, fogo ardente saiu, e a
resposta foi: "Os ventos são pacientes e capazes de carregar
todas as memórias e informações; neles habitam todos os atos
dos inconsequentes." Percebi então a dissolução da gravidade
espaço-tempo, o passado, o presente e o futuro
desapareceram. A resposta indicou que o tempo é relativo, e a
decisão de um Rei é inquestionável. No entanto, é notável que
nada passa sem antes ser gravado nos ventos, que carregam as
memórias até as devidas circunstâncias para que a punição, no
sentido de educar a consciência, ocorra de forma severa. O que
aprendi foi o respeito por si mesmo, e por ele. Transmito esse
ensinamento àqueles que desejam se expandir e comportar-se
como Reis e Rainhas, dignos de ter os véus rasgados pela
tempestade dos gritos do grande Rei Paimon. Assim, os
mistérios serão revelados e os pedidos atendidos. A mudança
vem de dentro, na forma de honra e compromisso com todo o
Reinado. Diferente disso, é arriscado.

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Agradeço a majestade, antes de ousar perguntar qualquer
outra coisa ao grande Rei Paimon. Em reverência e
reconhecimento de tamanha grandeza e sabedoria, entrego a
vós toda minha admiração como seu aprendiz. Que minha
devoção lhe sirva como oferta e que se transmute em um
aroma de resina tragada, tão cara e escassa ao ponto de não se
encontrar facilmente em qualquer outro lugar, digno como tu
és. Então, tudo se volta à sua origem, e um rosto belo
novamente se formou. O olhar continuou penetrante, como o
de alguém que sabe exatamente o que estou pensando. Eu
confesso, preciso aprender a ser assim. O vento de sua
respiração, carregado de brilho dourado, penetra meus
pensamentos, informando que ele possui o poder sobre a
mente humana. Ele me conhece, e sua sabedoria se origina dos
mistérios de Lúcifer, que confiou a ele esses segredos. A
compreensão humana de que tudo está separado faz-me
entender o equilíbrio entre as consciências existentes, mas
incompreendida pela mente limitada. As especialidades dos
daemons são diversas, instigando-me a me completar como
uma consciência, trabalhar em conjunto para integrar-me ao
todo, a todas as consciências existentes, para que eu possa me
sentir presente em tudo que existe, este é meu grande desejo.
O brilho dos ventos agora rodeia minha cabeça, ensinando-me
o cuidado ao desejar. Muitos querem mergulhar de cabeça no
desconhecido, trabalhar com diversas consciências, e acabam
afundando no mar do enlouquecimento. Compreendo isso,
Grande Rei Paimon, e através de ti, acato a sabedoria que me
faz caminhar com paciência, respeitando o meu processo
evolutivo e de reintegração. Que assim seja.

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Com respeito e comprometido apenas com a verdade, permito-
me questionar: De onde vens tanta riqueza, grande Rei
Paimon? Como aprendiz, desejo contribuir com aqueles que
também o desejam, mais do que isso, que te mereçam. A fúria
do pensamento toma conta de mim ao imaginar as pessoas
buscando o vazio onde só se encontram ilusões, uma corrida
sem fim. Vejo indivíduos cansados, machucados,
despreparados para ter o que almejam. Muitos querem o que
os outros têm, em vez de buscar o que queima
verdadeiramente dentro deles mesmos. Quando entendemos o
que realmente queremos, encontramos meios e ferramentas
para alcançar. Compreendo, Rei Paimon, que se ainda não
tenho, é porque ainda não sei o que me possibilitará ter. Para
isso, preciso primeiro buscar ser igual àqueles que já têm, sem
comparações. Inspirador, Paimon. Observo pessoas que se
prostam diante de deuses, mas percebo que não são dignas da
atenção dos deuses. É necessário um compromisso antes de
tudo, unicamente com eles mesmos. Somente um
compromisso severo, cumprido à risca, pode acender e
cristalizar a vontade humana. A distração é a ilusão. Os desejos
mais fáceis são sempre mais sugestíveis ao ser humano,
conduzido desde seu nascimento a não lutar pelo que se tem
vontade, por isso, foi desenhado como algo distante,
conduzindo todos a esperar que outros o façam por elas. Os
deuses foram criados para sugerir isso: não espere por deus,
siga os passos de quem construiu seu próprio reinado, se
inspire nas forças e sabedoria dos deuses, não peça aos
deuses. Não é Paimon que lhe mostrará o caminho dele ou de
outro a ninguém, mas mostrará a você, caro leitor, o seu
próprio caminho, seus talentos, sua individualidade, sua
verdadeira vontade. E que assim seja.

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Em busca de compreensão e do desejo de prestar devoção à
sua sabedoria sem fim, percebo que qualquer tentativa minha
de agradar será sempre insuficiente, pois imagino que já possui
tudo o que desejas. A voz rouca concorda em uma linguagem
não compreendida por mim. Peço então compreensão, pois é
minha vontade saber se também é a sua, Grande Rei Paimon. A
resposta ecoa e penetra: "Somente aqueles que sabem o seu
valor atingem consciências superiores, afim de que estes em
estágios superiores possam agregar de maneira expansiva e
cooperativa. Aqueles que ainda se menosprezam precisam de
consciências semelhantes a eles mesmos para fazê-los se
compreender, semelhantes estão sempre juntos de
semelhantes. Um Rei presenteia outro Rei, a sua altura.” Essa
verdade ressoa, pois compreendo que é impossível deixar
peças fundamentais ao longo do caminho ou pular etapas. O
primeiro passo é assumir a responsabilidade de se conhecer,
para depois compreender todos os deuses e o universo. Que
assim seja, Grande Rei Paimon. Eu sempre fui atento a
consciências mais elevadas do que a minha, e neste contexto,
pude entender que o valor das ofertas não necessariamente
está no que é ofertado materialmente, mas na cordialidade do
que a pessoa imagina que ela mesmo merece. Eu não posso
querer ser rico se me considero escasso, se não aceito a
prosperidade de outras pessoas, se tenho crenças limitantes.
Ou eu não posso querer receber riqueza, oferecendo ao que
transmite energia de pobreza. Tudo estará sempre ligado a
mim antes de relacionado à divindade. Um banquete é servido
para eu degustar, e o convite deverá ser feito para outro Rei se
fazer presente. A pergunta é: Como vou me alimentar diante de
outro Rei?

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É impossível buscar Paimon se você insistir em permanecer na
zona de conforto, afundado no negativismo e pessimismo,
suplicando externamente por respostas que só encontrarão
espaço em sua própria jornada, em seu próprio deserto.
Paimon, obediente a Lúcifer, detentor de riqueza e sabedoria
concedidos por ele, tem como principal ensinamento a
decodificação da luz de Lúcifer, que abrange todos os
conhecimentos sobre vida, morte, luz e escuridão. Na Religião
Antiga e na bruxaria italiana (Stregheria), Dianus Lucifero é
considerado o pai da bruxaria, com sua filha Aradia. O
conhecimento mais profundo que Paimon carrega, transferido
pela luz de Lúcifer, é que a mente é a origem de tudo.
Compreender o funcionamento da mente e das emoções é
desvendar os mistérios do todo, pois o todo é mente. A chave
ensinada por Paimon é a autovalorização, a elevação por meio
de bons hábitos, comportamentos e escolhas. Você não precisa
morar em um castelo cheio de ouro para procurar Paimon, mas
a intenção deve ser cordial e alinhada com quem ele é. Sugiro
que direcione sua intenção para embarcar na jornada através
do seu próprio deserto, buscando o que realmente necessita:
sabedoria para crescer em todas as áreas da vida - espiritual,
emocional, mental, sentimental, financeira, entre outras.
Paimon está pronto para ajudar em todos esses aspectos, mas
cabe a você se posicionar com verdade e compromisso,
mostrando que está pronto para trilhar os caminhos inspirados
por ele, cuidando dos recursos enviados em prol de sua
evolução e de uma experiência material enriquecedora.

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Paimon mantém um profundo respeito por Lúcifer e por si
mesmo, mostrando coerência em sua abordagem e interação
com os seres humano. Esteja em sintonia com essa
coexistência respeitosa, honrando esta e todas as consciências
dos daemons, respeitando a natureza e compreendendo sua
própria essência cíclica. Reconheça que os eventos carregam
consigo informações valiosas, semelhantes aos ventos de
Paimon, portadores de sabedoria e evolução intelectual. Abra-
se com sabedoria para explorar as diversas consciências,
aprendendo com cada uma delas no momento adequado,
evitando precipitações que possam levar ao desequilíbrio
mental. Dedique-se ao máximo na vida, oferecendo o seu
melhor a si mesmo, àqueles que merecem e aos deuses.
Alcance o sucesso em seus empreendimentos, recebendo a
inspiração do Grande Rei Paimon, alinhando-se à energia
daqueles que têm a vontade de superar a si mesmos, conhecer
a própria essência e expressar a verdadeira vontade ao mundo.
Não se enclausure em um casulo preocupado com as opiniões
alheias ao se expressar. Permita que Paimon se conecte com
sua imaginação, visualizando a realidade desejada de honra,
sucesso e sabedoria espiritual e material. Saiba dar valor às
suas posses, à sua família e ao que é seu. Reconheça e retribua
àqueles que o ajudaram, honrando as consciências que se
propuseram a inspirar você. Seja respeitoso e recíproco, pois
essas consciências são espelhos que refletem o que está dentro
de você, guiando-o em uma jornada de crescimento e
aprendizado mútuo.

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O grande Rei Paimon é conhecido como o Nono Espírito da Goetia,
uma figura imponente e misteriosa reverenciada por séculos por
sua sabedoria e influência. Extremamente leal a Lúcifer, ele se
manifesta majestosamente montado em um dromedário, coroado
como o próprio soberano do conhecimento oculto. Segundo alguns
estudiosos de demonolatria, a origem de Paimon se entrelaça com
as antigas tradições do Oriente Médio, onde era adorado como
uma divindade de promessas e juramentos antes de ser
consagrado na Goetia. Havia um deus árabe chamado Arsu, ou
Ruda, que montava um dromedário e protegia viajantes e
caravanas, e supostamente poderia estar relacionado a Paimon.

Arsu: Arsu é um deus do norte da Arábia adorado em Palmira, na


Síria, onde personifica a estrela da tarde. Ele é equiparado a Ruda,
adorado em outras partes do norte da Arábia. Arsu é
frequentemente retratado montando um camelo e acompanhado
por seu irmão gêmeo, Azizos, ambos considerados protetores de
caravanas. Sua adoração é confirmada por evidências materiais
encontradas no Templo de Adônis, Dura-Europos, onde um relevo o
representa em um camelo. É provável que ele tenha sido associado
ao planeta Mercúrio desde o início.

Ruda: Ruda, também conhecido como Ruḍāʾ, é uma divindade de


suma importância no panteão árabe adorado pelas tribos do norte
da Arábia pré-islâmica. Ele é mencionado nos anais de Esarhaddon
no início do século 7 a.C. e servia como uma divindade protetora,
possivelmente associada à divindade lunar. Conhecido como Arsu
entre os palmirenos, ele é emparelhado com o deus sírio Resheph e
mencionado em antigas inscrições do norte da Arábia. Na era
islâmica, Ruda é mencionado no Livro dos Ídolos de Hisham ibn al-
Kalbi, relacionado a um templo pertencente à tribo Banu Rabi'ah
ibn Sa'd ibn Zayd ibn Manat, que foi destruído nos primeiros dias
do Islã.

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Essas divindades antigas, como Arsu e Ruda, lançam luz sobre as
ricas tradições espirituais do Oriente Médio e sua influência na
mitologia e no folclore da região.

Quanto ao seu nome, Paimon, pode ter se originado de Peyman,


que em persa significa Juramento ou Promessa, mas também
podemos pensar em uma origem europeia, "Mon" é um sufixo que
pode ser adicionado ao nome de um Daemon (espírito). Em Prakrit,
Pai significa “Senhor”. Em chinês, é uma variação de Bai, que
significa branco.

Rei Paimon, um Espírito de Conhecimento, senhor das artes e


ciências ocultas, desvela segredos profundos, concede familiares
leais e oferece um caminho para o domínio pessoal e espiritual. Seu
domínio se estende ao mundo material também, regendo não
apenas a acumulação de riquezas, mas sim o domínio sobre o
próprio dinheiro, com toda a sua complexidade e poder.

O Rei Paimon pode impulsionar seu poder pessoal, status e


visibilidade, se necessário, podendo ajudá-lo a ser um bom líder e a
tratar-se como realeza, despertando em si mesmo essa nobreza
que ele emana. Dignidade e honra são qualidades que ele também
estimula, se você desejar. Por dignidade entende-se que ele pode
fazer você agir de maneira honrosa ou digna. Ele auxilia com
magnetismo e carisma pessoal, fortalecendo a autoconfiança e a
autoestima. Ele também pode aumentar sua criatividade,
desenvoltura e perspicácia.

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No reino espiritual, Rei Paimon é um mestre do conhecimento
alquímico, capaz de transformar mentes e destinos. Sua influência
abarca desde o magnetismo pessoal até a liderança visionária,
capacitando indivíduos a alcançar grandeza e impacto no mundo ao
seu redor. Com sua energia agressiva e direta, Rei Paimon se torna
um aliado poderoso para aqueles que buscam desvendar os
segredos da mente e da matéria. Seus ensinamentos vão desde as
artes e ciências até a psicologia e neurologia, revelando mistérios
antigos e oferecendo insights profundos sobre a natureza humana
e o universo. Permita que Rei Paimon guie seus passos em direção
à grandeza, à sabedoria e ao poder transformador, este que cada
um de nós já possui internamente mas que vive ofuscado por
limitações auto impostas. Mas aqueles que buscam
verdadeiramente despertar a sua natureza através da
transmutação, elevação suas potencialidades e verão a magia de
Paimon acontecer diante de seus olhos!

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Relação com os Djinn

Os Djinn, uma classificação de espíritos árabes, não são


categorizados como bons ou maus, sendo parte do folclore islâmico
e pré-islâmico. Considerados iguais aos humanos, são invisíveis e
habitam o Djinnestan, um local misterioso. Segundo a crença
islâmica, foram criados do fogo sem fumaça, ao passo que os
humanos foram feitos do barro e os anjos da luz.

Os Djinn possuem diversos reis, levando alguns estudiosos a


especular que Paimon possa ser um deles. No entanto, não há um
rei Djinn específico equiparado a Paimon, e ele não figura no
folclore Djinn. Assim, a ideia de Paimon ser um rei dos Djinn é
debatida e não confirmada.

Apesar da ausência de Paimon no folclore dos Djinn, estes seres


possuem tradições intrigantes. De acordo com o Alcorão, e
mencionados na Surata AlDjinn, foram criados do fogo sem fumaça
e são neutros em sua natureza. Ao contrário dos anjos e similar aos
humanos, os Djinn têm livre arbítrio e podem seguir ou não a
religião muçulmana, sendo sujeitos ao julgamento divino e à vida
após a morte.

Os Djinn foram cultuados antes do islamismo, eram vistos como


espíritos poderosos, geralmente residindo em áreas remotas, como
nuvens, águas, árvores e montanhas, existindo em uma dimensão
diferente da nossa. Vivendo em comunidades secretas, ocultando-
se dos humanos e podendo se tornar invisíveis. Além disso,
possuem a capacidade de viajar rapidamente grandes distâncias.

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Domínios de Paimon:

Paimon é um mestre nas artes, filosofia e ciências, revelando


segredos e mistérios ocultos da Terra, do vento e da água, assim
como o funcionamento da mente humana. Ele concede
conhecimento sobre o mundo físico e metafísico, garantindo bons
familiares e dignidades, fortalecendo a conexão entre indivíduos.

Seus domínios abrangem uma vasta gama de áreas, incluindo


controle sobre o oeste, noroeste e norte, domínio sobre o mar e as
árvores, manifesta justiça, vingança e punição para aqueles que
merecem.

Paimon é versado em alquimia, criatividade e compreensão


emocional, explorando os aspectos ocultos da mente humana. Ele
domina a adivinhação do vento e a magia do ar, além de possuir
conhecimento sobre música, magia e processos iniciáticos. Sua
influência se estende ao subconsciente, magnetismo pessoal e
carisma, promovendo honras, promoções e status.

Ele transcende o tempo, oferecendo informações sobre o passado e


o futuro, facilitando gnose e projeções, conduzindo voos astrais e
jornadas em sonhos.

Além disso, Paimon é um mestre das águas, terras e mentes,


proporcionando compreensão emocional, cura e conforto.
Recomenda-se sua invocação para trabalhos com sombras e
explorações profundas do abismo do subconsciente humano.

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Correspondências de Paimon:

Plantas e Aromas: Flores solares como girassol, calêndula e lírios


amarelos, ervas como dente de leão, alecrim, canela, cardamomo,
cominho, louro.
Incensos: Olíbano, mirra, oodh, almíscar
Cristais: Obsidiana dourada, pedra do sol, pirita, quartzo aura
dourada, citrino, lápis-lazuli
Metal: Ouro
Animais: Dromedário, camelo, peixe, animais marinhos
Número: 9
Astrologia: Mercúrio em Touro
Direção: Oeste
Cores: Amarelo, dourado

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Acredito que não é necessário recorrer a sistemas que buscam
"dominar" o daemon, submetendo-o à vontade do magista. Os
daemons não apreciam serem amarrados e forçados a ouvir nossos
problemas ou desejos egoístas. Na verdade, quem somos nós para
fazer isso? (um lembrete de humildade pessoal...) Reconhecendo a
necessidade deles, para que possamos evoluir, essa é a grande
chave deste livro!

Além disso, é essencial posicionar-se firmemente em seu propósito


ao contatar um Daemon. Ninguém tem tempo para ouvir lamúrias
ou reclamações, muito menos um Daemon.

Paimon tem sido invocado em muitos lugares e momentos da


história humana, tanto adorado como Divindade quanto evocado
como Daemon. Enquanto o tempo para nós é linear, para ele é
distinto. Compreender isso nos leva a reconhecer que nossa
realidade é percebida de forma limitada pelo nosso ponto de vista.
Quem de nós, humanos, poderia aprisioná-lo?

Ao treinar sua vontade para invocar Paimon, mantenha-se firme em


seu objetivo de conectar-se a essa consciência superior e sábia.
Dessa forma, você poderá alcançar seus objetivos através do
despertar de Paimon dentro de si mesmo. Ao integrá-lo, aquele
Paimon externo o auxiliará, permitindo que você não apenas
dependa da magia como muleta, mas sim que se torne abundante
em inspiração, discernimento e conhecimento.

Ave P a i m o n !
18
Um presente para aqueles que desejam cultuá-lo de
forma respeitosa e amigável, ofereço a imagem
representativa, consagrada, a qual também não
deverá ser compartilhada com ninguém!

Imprima em um papel fotográfico,


moldure e seja feliz!

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