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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO


CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

ESPACO AMOSTRAL (S)

Carmita José Manuel Taunde: 71240393

Quelimane, Fevereiro 2024


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

ESPACO AMOSTRAL (S)

Trabalho de Carácter avaliativo,


desenvolvido no Campo a ser
submetido na Coordenação do Curso
de Licenciatura em Ensino de
Geografia da UnISCED
Tutor:

Carmita José Manuel Taunde: 71240393

Quelimane, Fevereiro 2024

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Índice
1. Introdução ..................................................................................................................... 4
1.1.Objectivos ................................................................................................................... 4
1.1.1. Objectivos gerais .................................................................................................... 4
1.1.2.Objectivos específicos ............................................................................................. 4
1.1.3.Metodologia ............................................................................................................. 4
2. Espaço Amostral (S) ..................................................................................................... 5
2.1. Fenómenos determinísticos ....................................................................................... 5
2.2. Fenómenos aleatórios ................................................................................................ 5
2.3.Espaço Amostral (S) ................................................................................................... 6
2.4. Ponto amostral ........................................................................................................... 6
2.5. Evento ........................................................................................................................ 6
2.6. Operações com eventos ............................................................................................. 7
2.6.1. União de Eventos (AUB) ........................................................................................ 7
2.6.2.Iintersecção de Eventos (A∩B) ............................................................................... 7
2.6.3. Diferença de Eventos (A-B) ................................................................................... 7
2.6.4. Complemento de Eventos (Aˈ) ............................................................................... 7
3. Propriedades das operações .......................................................................................... 8
3.1. Partição de um espaço amostral ................................................................................. 8
4. Considerações Finais .................................................................................................... 9
5. Referencias Bibliográficas .......................................................................................... 10

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1. Introdução
O Presente Trabalho tem como tema central espaço amostral que corresponde ao conjunto de
todos os resultados possíveis de um experimento aleatório.
A distinção entre fenómenos determinísticos e aleatórios desempenha um papel fundamental
na compreensão e análise de eventos e processos em diversas áreas, como estatística, física, e
ciências em geral. Fenómenos determinísticos são caracterizados pela previsibilidade, onde os
resultados podem ser conhecidos com certeza, dadas as condições iniciais específicas. Por
outro lado, fenómenos aleatórios introduzem a incerteza, tornando impossível prever com
absoluta certeza os resultados, embora a probabilidade possa ser atribuída a diferentes
eventos. Além disso, todas as operações entre conjuntos valem também para espaços
amostrais.
O trabalho está estruturado da seguinte forma: Introdução, desenvolvimento, conclusão e
Bibliografia.
1.1. Objectivos
1.1.1 Objectivos gerais
 Compreender o que é um espaço amostral em contextos probabilísticos;
1.1.2 Objectivos específicos
 Identificar eventos no espaço amostral;
 Aplicar o conceito de espaço amostral em problemas do mundo real, como
experimentos aleatórios e jogos de azar;
 Demostrar as propriedades das operações.
1.1.3. Metodologia
Para a elaboração do trabalho, foi necessário empregar diversos métodos, destacando-se
predominantemente o método de consulta bibliográfica. Este método envolveu a revisão
sistemática da literatura disponível, visando colectar e analisar informações relevantes
relacionadas ao tema em questão.

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2. Espaço Amostral (s)
2.1. Fenómenos determinísticos
Fenómenos determinísticos são eventos previsíveis sob condições iniciais específicas,
ocorrendo de forma regular e previsível.
“Os fenómenos determinísticos são aqueles que apresentam sempre o mesmo resultado
quando as condições iniciais são as mesmas, isto é, o seu resultado pode ser determinado
antes de acontecer ” (Assane,2019,p.2).

Por exemplo, o movimento de objectos sujeitos a forças conhecidas, como a queda livre de
um objecto sob a gravidade, é determinístico, sendo possível prever sua posição e velocidade
através das equações de Newton.
2.2. Fenómenos aleatórios
Contrastando com os fenómenos determinísticos, os fenómenos aleatórios envolvem incerteza
e imprevisibilidade. Embora não seja possível determinar com certeza seus resultados, é
possível atribuir probabilidades a diferentes eventos
Exemplos incluem jogos de cartas, como o poker, onde a distribuição de cartas e as mãos
resultantes são aleatórias, e lançamentos de moedas ou dados não viciados.
2.3. Espaço de Amostragem (S)
O espaço de amostragem, frequentemente representado por S, é um conceito fundamental na
teoria das probabilidades, representando o conjunto de todos os resultados possíveis de um
experimento aleatório.
Por exemplo, no experimento de lançamento de um dado, o espaço amostral é o conjunto S =
{1, 2, 3, 4, 5, 6}, indicando os possíveis resultados do lançamento.
2.4. Ponto amostral
Cada resultado possível em um experimento aleatório é denominado ponto de amostragem,
como, por exemplo, os números que podem aparecer em um lançamento de dado.
Fonseca sustenta que, um ponto amostral é qualquer resultado possível em um experimento
aleatório. Por exemplo: no lançamento de um dado, o resultado (o número que aparece na face
superior) pode ser 1, 2, 3, 4, 5 ou 6. Então, cada um desses números é um ponto amostral
desse experimento.
2.5. Evento
Eventos são subconjuntos do espaço amostral, podendo variar de um conjunto vazio até o
próprio espaço amostral. Eventos impossíveis são aqueles que não contêm nenhum ponto
amostral, enquanto eventos certos contêm todos os pontos amostrais.
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Um espaço amostral é chamado equiprovável quando todos os pontos amostrais dentro dele
têm a mesma chance de ocorrer. É o caso de lançamentos de dados ou de moedas não
viciados, escolha de bolas numeradas de tamanho e peso idênticos etc.

Um exemplo de espaço amostral que pode ser considerado não equiprovável é o formado
pelo seguinte experimento: escolher entre tomar sorvete ou fazer caminhada.

2.6. Operações com eventos


As operações com eventos são manipulações que podem ser realizadas sobre conjuntos de
resultados em um espaço amostral. Essas operações incluem a união, intersecção, diferença e
complemento de eventos. Vamos explorar cada uma delas:
2.6.1. União de eventos (A ∪ B).
A união de dois eventos A e B consiste nos resultados que pertencem a pelo menos um dos
eventos.
É formado pelos pontos amostrais que pertencem a pelo menos um dos eventos.
Ex: Seja A o evento de obter um número par ao lançar um dado (A = {2, 4, 6}) e B o evento
de obter um número maior que 4 (B = {5, 6}). A união de A e B é A ∪ B = {2, 4, 5, 6}.
2.6.2. Intersecção de Eventos (A ∩ B)
A intersecção de dois eventos A e B consiste nos resultados que pertencem a ambos os
eventos.
Ex: Continuando com os eventos A e B do exemplo anterior, a intersecção de A e B é A ∩ B
= {6}
2.6.3. Diferença de Eventos (A - B):
A diferença entre dois eventos A e B consiste nos resultados que pertencem a A, mas não a B.
O evento A pode ser escrito como união de eventos mutuamente exclusivos: A= (A−B) ∪
(A∩B).
Ex: Se A representa os números pares (A = {2, 4, 6}) e B representa os números maiores que
4 (B = {5, 6}), então a diferença A - B é {2, 4}.
2.6.4. Complemento de Evento (A')
O complemento de um evento A consiste nos resultados que não pertencem a A no espaço
amostral.
Exemplo: Se A é o evento de obter um número par ao lançar um dado (A = {2, 4, 6}), então o
complemento de A é A' = {1, 3, 5}.

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Essas operações são fundamentais na teoria da probabilidade e são usadas para analisar e
calcular a probabilidade de eventos complexos com base nos eventos mais simples que os
compõem.
3. Propriedades das operações

Conforme destacado por Assane (2019), considerando os eventos A,B e C associados a um


espaço amostral S, as seguintes propriedades apresentam se como válidas:
 Comutativas:
 A∪B = B∪A
Interpretação: A união de A e B é igual à união de B e A.
 A∩B = B∩A
Interpretação: A intersecção de A e B é igual à intersecção de B e A.
Em palavras: A ordem em que você realiza a intersecção dos conjuntos não afecta o resultado.
Interseccionar A com B é o mesmo que interseccionar B com A.

Essas propriedades são chamadas de comutatividade da união e da intersecção,


respectivamente. Indicam que a ordem dos conjuntos na operação não afecta o resultado final.
Associativas:
 A∩ (B∩C) = (A∩B) ∩C
Interpretação: A intersecção de A com o conjunto resultante da intersecção de B e C é igual à
intersecção do conjunto resultante da intersecção de A e B com C.
 A∪ (B∪C) = (A∪B) ∪C
Interpretação: A união de A com o conjunto resultante da união de B e C é igual à união do
conjunto resultante da união de A e B com C.
Essas propriedades são chamadas de associatividade da intersecção e da união,
respectivamente, e são usadas para indicar que a ordem em que você realiza operações de
intersecção ou união não afecta o resultado final.
 Distributivas:
 A∩(A∪C) = (A∩B) ∪ (A∩C)
Interpretação: A intersecção de A com a união de A e C é igual à união da intersecção de A
com B e a intersecção de A com C.
 A∪ (A∩C) = (A∪B) ∩ (A∪C)
Interpretação: A união de A com a intersecção de A e C é igual à intersecção da união de A e
B com a união de A e C.
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Essas propriedades são chamadas de distributividade da intersecção sobre a união e da união
sobre a intersecção, respectivamente. Indicam como as operações de intersecção e união
interagem entre si.
3.1. Partição de um espaço amostral
A partição de um espaço amostral refere-se à divisão completa e não sobreposta de todos os
possíveis resultados de um experimento aleatório. Em teoria da probabilidade, um espaço
amostral é o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento.
Por exemplo, considere o lançamento de um dado justo de seis lados. O espaço amostral é {1,
2, 3, 4, 5, 6}. Podemos ter uma partição desse espaço amostral dividindo-o em subconjuntos
que representam eventos mutuamente exclusivos e exaustivos. Uma possível partição seria:
 Evento A: Números pares {2, 4, 6}
 Evento B: Números ímpares {1, 3, 5}
Neste caso, A e B são eventos mutuamente exclusivos, pois nenhum número é tanto par
quanto ímpar. Além disso, a união de A e B cobre todo o espaço amostral, tornando-os
exaustivos.

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4. Considerações Finais
Chegados ao final do presente trabalho, conclui que os fenómenos determinísticos são aqueles
que apresentam sempre o mesmo resultado quando as condições iniciais são as mesmas e
Fenómenos aleatórios são fenómenos que apresentam resultados imprevisíveis quando
repetidos, mesmo que as condições sejam semelhantes.
O espaço amostral emerge como um conceito crucial na teoria das probabilidades, agindo
como um arcabouço que sustenta a análise de eventos aleatórios.
Ao desvendar os segredos do espaço amostral, mergulhamos em um mundo de possibilidades,
capacitando-nos a entender e lidar com a aleatoriedade inerente à vida. Sua utilização
eficiente não apenas enriquece a teoria das probabilidades, mas também amplia nossa
capacidade de compreender e interpretar eventos incertos.

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5. Referencias Bibliográficas
Assane, Cachimo (2019). Introdução à Probabilidade. Probabilidades e Estatística. pp 1-9.
Disponivel em:
https://fenix.isutc.ac.mz/isutc/downloadFile/1130705975247318/Introducao%20a%20Probabi
lidade_ISUTC_2019.pdf
FARIAS, Ana Maria Lima de, & Laurencel, Luiz da Costa (2007). Probabilidade.
Universidade Federal Fluminense. Disponivel em:
https://fenix.isutc.ac.mz/isutc/downloadFile/1130705975247318/Introducao%20a%20Probabi
lidade_ISUTC_2019.pdf
FONSECA, Jairo Da. Curso de Estatística. Editora Atlas.
Oliveira, Francisco Estevam Martins De. Estatística e Probabilidade. Editora Atlas.
http://w3.ufsm.br/adriano/aulas/prob/tprob.pdf.

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