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Alberto Junior Daniel


André Julio
Maria Castelo
Mariamo .A. Juma
Ziada Rachide Mussa

EVENTOS NA PROBABILIDADE

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023
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Alberto Junior Daniel


André Julio
Maria Castelo
Mariamo .A. Juma
Ziada Rachide Mussa

EVENTOS NA PROBABILIDADE
(Curso de Licenciatura em ciências alimentares com habilitações em segurança
alimentar)

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira


de estatística a ser apresentado no
Departamento de Ciências, Alimentares e
Agrária, 2º ano, 1o Semestre, Sob
orientação da docente:
Docente: Brígida Mariana Braimo
Correia .

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023
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Índice
Introdução...................................................................................................................................3

Metodologias...............................................................................................................................3

Eventos na probabilidade............................................................................................................4

Tipos de eventos.........................................................................................................................5

Evento certo........................................................................................................................7

Evento impossível..............................................................................................................7

Evento complementar........................................................................................................7

Evento mutuamente exclusivo..........................................................................................8

Exercicios resolvidos sobre eventos na probabilidade................................................................8

Conclusão....................................................................................................................................9

Referências bibliográficas.........................................................................................................11
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Introdução

No nosso cotidiano, lidamos sempre com situações onde está presente a incerteza do
resultado, embora, muitas vezes, os resultados possíveis sejam conhecidos. Por exemplo: o
sexo de um embrião pode ser masculino ou feminino, mas só saberemos o resultado quando o
experimento se concretizar, ou seja, quando o bebê nascer. Se estamos interessados na face
voltada para cima quando jogamos um dado, os resultados possíveis são 1, 2, 3, 4, 5, 6, mas
só saberemos o resultado quando o experimento se completar, ou seja, quando o dado atingir a
superfície sobre a qual foi lançado. É conveniente, então, dispormos de uma medida que
exprima a incerteza presente em cada um destes acontecimentos.

Objectivos

Objectivo geral:

 Conhecer os eventos na Probabilidade;

Objectivos específicos:

 Identificar o tipo de evento;


 Classificar o tipo de evento;
 Aplicar os diferentes tipo de eventos para o dia a dia ;

Metodologias

Para a realização dessa pesquisa, ou seja, do seguinte trabalho foi preciso a consulta de várias
obras que por fim culminou com o resultado do trabalho de forma positiva. Dizer que, o
trabalho esta estruturado desde a introdução, o desenvolvimento, a conclusão e por fim as
referencias bibliográficas.
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Eventos na probabilidade

Definição clássica de probabilidade


Seja A um evento de um espaço amostral Ω finito, cujos elementos são igualmente prováveis.
Define-se a probabilidade do evento A como
número de casos favoráveis
Pr(A) =
numero de casos possiveis
Antes de fala sobre eventos primeiro falaremos do espaço amostral, experimento e por fim
eventos.

1. Experimento

É todo o fenômeno que acontece ou toda ação que será feita.

Da análise dos experimentos verifica-se o seguinte:

 Cada experimento poderá ser repetido sob as mesmas condições indefinidamente;


 O resultado particular de cada experimento aparecerá ao acaso, mas pode-se descrever
todas os possíveis resultados;
 Quando o experimento se repetir um grande número de vezes aparece uma
regularidade;

2. Espaço amostral (S)

É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento (E);

Exemplo: E = jogar um dado e observar a face de cima


S = {1,2,3,4,5,6}

(S )-representa o espaco amostral

(E)- representa o esperimento

Nota : Cada resultado do espaço amostral é considerado um ponto amostral

3. Evento
É qualquer subconjunto do espaço amostral (S), é oacontecimento ou realização do espaço
amostral e deve ser sempre representado por letras maiúsculas do alfabeto (A,B,C,...).
Exemplo:
E: lançar um dado e observar o número de pontos na face voltada
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para cima.
S: { 1,2,3,4,5,6 } , espaço amostral finito.
A: ocorrer resultado maior do que 4 A: { 5,6 }
(A)-representa o evento.

Tipos de eventos

Evento simples: É aquele formado por um único elemento do espaço amostral.

Exemplo: No lançamento de uma moeda, temos 2 eventos simples:


E1= {k} E2 = {c} que são cara e coroa

Evento Composto: É aquele formado por dois ou mais elementos do espaço o amostral.
No lançamento de um dado podemos considerar, entre outros, os seguintes eventos:
E1 = {2, 4} E2 = {1, 3, 5} E3 = {2, 4, 6, 5}

Evento certo: É aquele que ocorre sempre, isto é, em todas as realizações da experiência. O
evento representado pelo próprio conjunto que define o espaço amostral.
E = Lançamento de um dado
S = {1,2,3,4,5,6}
A = sair qualquer das faces de 1 a 6 no lançamento de um dado
A = S ⇒ P(A) = 1
Evento impossível: São os eventos que não possuem elementos no espaço amostral, ou seja,
nunca ocorrem.
Exemplo
A = Ocorrer o número 7 na face de um dado. Este evento é impossível pois o número 7 não
figura no espaço amostral dos números possíveis na face de um dado,
logo evento A = ∅ e P(∅ ) = 0.

Nota: A probabilidade de ocorrer um evento impossível é sempre nula, mas, sendo a


probabilidade de ocorrer um evento igual a zero, nem sempre o evento será impossível.

Evento soma (ou união): É o evento que consiste na realização de pelo menos um dos
eventos.

E1 e E2 ⇒ (E1 + E2) = (E1 ∪ E2)

Exemplo
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Retirada uma carta de um baralho, quer-se que ocorra uma carta de ouro ou uma carta de Ás.
O evento soma é um evento composto, e se constitui de elementos comuns aos dois eventos e
de elementos não comuns a ambos.

Evento Produto (ou intersecção): É o evento que consiste na realização de ambos (um e
outro) os eventos E1 e E2, isto é, eles devem ocorrer simultaneamente .
(E1 . E2) = (E1 ∩ E2)
Exemplo
Na retirada de uma carta de um baralho, quer-se que ocorra umacarta Ás de ouro

Evento condicionado: É o evento que consiste na realização doevento E1 sob a condições de


ter-se realizado o evento E2, isto é,com a informação adicional de que o evento E2 já ocorreu
(E1/E2). São aqueles em que o acontecimento de um está condicionado ao acontecimento de
outro (acontece um se o outro já aconteceu).
Exemplo
Retirar um Ás de um baralho completo e um REI sem reposição. Neste caso não poderei
retirar a carta REI se já houve retirado do baralho a carta de ÁS.

Evento mutuamente exclusivos: Dois eventos E1 e E2 são mutuamente exclusivos, se eles


não puderem ocorrer simultaneamente (é um ou o outro), ou seja a ocorrência de um exclui a
ocorrência do outro.
E1 ∩ E2 = ∅ ; logo P(E1 ∩ E2) = 0
E = jogar um dado e observar o resultado
S = {1,2,3,4,5,6}
Eventos:
A = Ocorrer o número par
B = Ocorrer o número ímpar
A = {2,4,6} e B = {1,3,5} logo A ∩ B = ∅
Evento independente: São aqueles que podem ocorrer ao mesmo tempo, acontece um e
acontece o outro simultaneamente (um e o outro), a ocorrência de um não depende da
ocorrência do outro
P(E1/E2) = P(E1) e P(E1/E2) = P(E2)
logo E1 ∩ E2 ≠ ∅ ; P(E1∩E2) = P(E1) . P(E2)
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Supomos que duas pessoas atiram numa caça; os eventos que consistem em que cada uma das
pessoas acerte são independentes, pois o fato da primeira pessoa acertar em nada influencia no
fato da outra também acertar.

Evento complementar: São os eventos que se completam em relação ao espaço amostral. O


evento complementar A, associado a uma experiência aleatória e denotado por , só ocorre se
A deixar de ocorrer, isto é, é o evento formado por todos os elementos do espaço amostral que
não pertencem a A.
A e Ā ( é o complementar, lê-se não A)
A ∪ Ā = S → P(A∪) = P(S) = 1
Seja S = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}
A = números maiores ou igual a 4
= números menores que 4
A = {4,5,6,7} e = {1,2,3} → A ∪ Ā = S → P(S) = 1
Segue-se varios exemplos sobre eventos na probabilidade
Evento certo
O conjunto do evento é igual ao espaço amostral, ou seja, possuem os mesmos elementos.

Exemplo
Em uma delegação feminina de atletas, uma ser sorteada ao acaso e ser mulher. Como a
probabilidade é de 100%, o evento é certo.
Evento impossível
O conjunto do evento é vazio.

Exemplo
Imagine que temos uma caixa com bolas numeradas de 1 a 20 e que todas as bolais são
vermelhas.O evento "tirar um número maior que 30" é impossível, visto que o maior número
na caixa é 20.

Evento complementar
Os conjuntos de dois eventos formam todo o espaço amostral, sendo um evento complementar
ao outro.

Exemplo
No experimento lançar uma moeda, o espaço amostral é Ω = {cara, coroa}.
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Seja o evento A sair cara, A={cara}, o evento B sair coroa é complementar ao evento A, pois,
B={coroa}. Juntos formam o próprio espaço amostral.

Evento mutuamente exclusivo


Os conjuntos dos eventos não possuem elementos em comum. A intersecção entre os dois
conjuntos é vazia.

Exemplo
Seja o experimento lançar um dado, os seguintes eventos são mutuamente exclusivos
A: ocorrer um número menor que 5, A={1, 2, 3, 4}
B: ocorrer um número maior que 5, A={6}
Exercicios resolvidos sobre eventos na probabilidade

Se lançarmos um dado perfeito, qual a probabilidade de sair um número menor que 3?

Resolução
Sendo o dado perfeito, todas as 6 faces têm a mesma chance de caírem voltadas para cima.
Vamos então, aplicar a fórmula da probabilidade.

Para isso, devemos considerar que temos 6 casos possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6) e que o evento
"sair um número menor que 3" tem 2 possibilidades, ou seja, sair o número 1 ou 2. Assim,
temos:

n( A)
p ( A )=
n( Ω)

2
p ( A )= =0,33
6

Para responder na forma de uma porcentagem, basta multiplicar por 100.

2. qual e a probabilidade de escolher uma carta no baralho e essa carta não ser um as?

Um baralho e formado por 52 cartas, das quais 4 são as, entao a probabilidade de escolher um
4
as e p= . A probabilidade de não escolher um as e.
52
9

p 1=1− p ↔

4 52−4 12
p 1=1− = =
52 52 13

3. escolhendo aleatoriamente um dia da semana, qual e a probabilidade de escolher uma


segunda.

Solução:

A semana e composta por 7 dias . A probabilidade de escolher uma segunda-feira ede 1/7 e
ade escolher uma sexta-feira e de também 1/7. Então

1 1 2
p= + =
7 7 7

4. Se uma turma tem 8 alunos de sexo feminino e 7 de sexo masculino e a professora escolher
aleatoriamente um estudante para ir ao quadro resolver uma questão, qual e a probabilidade de
seleccionar uma aluna?

Solução:

Total de aluno na turma = 15. 8 Mulheres e 7 homens como evento favorável e escolher uma
aluna existem 8 possibilidades de escolher e a probabilidade e dada por:

8
p=
15

5 se escolhermos aleatoriamente uma letra no alfabeto, qual a probabilidade de celecionar


uma vogal?

Solução: O alfabeto possui 26 letras, das quais 5 são vogais. Portanto a probabilidade e:
8
p=
15
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Conclusão

Quando calculamos a probabilidade, estamos associando um grau de confiança à ocorrência


dos resultados possíveis de experimentos, cujos resultados não podem ser determinados
antecipadamente. Assim, a probabilidade é a medida da chance de algo acontecer. O cálculo
da probabilidade associa a ocorrência de um resultado a um valor que varia de 0 a 1 e, quanto
mais próximo de 1 estiver o resultado, maior é a certeza da sua ocorrência. Um exemplo de
experimento aleatório é jogar um dado para o alto. Ao cair, não é possível prever com total
certeza qual das 6 faces estará voltada para cima. O cálculo da probabilidade é uma divisão
entre a quantidade de casos favoráveis à ocorrência do evento e o total de casos possíveis.
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Referências bibliográficas

FARIAS, Ana M. Lima, LAURENCEL, Luís da Costa. Probabilidade. Setembro 2007.

TEIXEIRA, Ralph Costa, MORGADO, Augusto César. Introdução a teoria de


probabilidade, 2011.

SOUZA, Adriano Mendonça. Probabilidade.

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