Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

ESPAÇO AMOSTRAL

Nome da estudante: Eufrasia Loiane Vilanculos


Código da estudante: 11240279

Beira, Março de 2024

1
UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

ESPAÇO AMOSTRAL

Trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Estatística Educacional do
curso de Geografia, a ser submetido
na coordenação da UnISCED. Tutor:
PHD Calisto Manuel Maquina.

Nome da estudante: Eufrasia Loiane Vilanculos


Código da estudante: 11240279

Beira, Março de 2024

2
Índice

I. Introdução............................................................................................................................4

1.2. Metodologia.........................................................................................................................5

1.3. Objectivos do Estudo...........................................................................................................5

1.3.1. Objectivo geral..............................................................................................................5

1.3.2. Objectivo específicos....................................................................................................5

II. Embasamento Teórico.........................................................................................................6

2.1. EXPERIMENTOS ALEATÓRIOS E DETERMINÍSTICOS.....................................6

2.2. ESPAÇO AMOSTRAL (S)..........................................................................................6

2.3. EVENTOS....................................................................................................................7

2.4. DIAGRAMAS DE VENN...........................................................................................9

2.4.1. Operações com acontecimentos............................................................................9

III. Conclusão.......................................................................................................................12

IV. Referências.....................................................................................................................13

3
I. Introdução

O termo experimento significa fazer ou observar alguma coisa sob certas condições,
resultando em algum estado final de acontecimentos ou resultados. Na prática, os
experimentos não são precisamente repetíveis, mesmo sob condições supostamente idênticas.
Este é o caso quando há factores afectando os resultados, mas não há conhecimento desses
factores ou como controlá-los e ainda quando há factores supostamente sob controlo, mas que
na realidade não estão. Os resultados, então, não podem ser preditos a partir do conhecimento
das "condições" (aquelas levadas em consideração), sob as quais o experimento é executado.
Trata-se de um experimento envolvendo eventualidade ou, simplesmente, experimento
aleatório.

Historicamente, esta teoria surgiu por volta do século XVII, baseado principalmente nos jogos
de azar, como roleta e cartas. Este uso de probabilidade contínua fazendo parte da vida da
maioria das pessoas que desconhecem as regras para seus cálculos, mas utiliza a
probabilidade de ganho em jogos de loterias, bingos, corrida de cavalo etc. Todavia hoje a
utilização das probabilidades ultrapassou de muito o âmbito desses jogos. Governos e
empresas passaram a incorporar a teoria das probabilidades em suas actividades, dando
prioridade a aquelas que apresentam uma relação custo/benefício maior. Inúmeras são estas
situações como, por exemplo: pesquisa de mercado para introdução de um novo produto,
previsão de safras, avaliação do impacto de uma redução de impostos sobre a inflação,
impacto de campanhas de saúde etc. Tudo isso contém algum elemento de acaso, não se sabe
o resultado final, mas com certeza existe uma forte associação com o sucesso dos
experimentos de acordo com suas probabilidades.

Como o resultado do experimento não pode ser predito, é um de muitos resultados possíveis,
um modelo que o represente deve incluir uma relação desses resultados. O conjunto de
resultados possíveis é o espaço amostral do experimento. O segundo e principal componente
de um modelo para um experimento aleatório é o conhecimento de probabilidade, que
formaliza o conceito de que alguns conjuntos de resultados são mais ou menos frequentes do
que outros. No presente trabalho, importa-nos falar em todo do espaço amostral
especificamente.

4
1.2. Metodologia

Para elaboração do trabalho recorreu-se ao método bibliográfico que consistiu na consulta,


leitura, análise e interpretação de dados, obtidos em várias obras de diferentes autores e por
fim na selecção dos conteúdos e sua compilação cujas bibliografias se encontram na última
página.

Segundo Markoni e Lakatos (2003), a metodologia é definida como processo de planeamento,


onde se define um conjunto de métodos científicos a serem utilizados no decorrer da pesquisa,
pois, tais servem de instrumentos, bem como ao atendimento de critérios úteis na
confiabilidade da informação.

1.3. Objectivos do Estudo

1.3.1. Objectivo geral

 Compreender sobre o espaço amostral.

1.3.2. Objectivo específicos

 Diferenciar um experimento aleatório do experimento determinístico;


 Elaborar espaços amostrais para os experimentos aleatórios; e
 Trabalhar com os principais tipos de eventos.

5
II. Embasamento Teórico

II.1. EXPERIMENTOS ALEATÓRIOS E DETERMINÍSTICOS

Segundo Ribeiro (2009), podemos distinguir dois tipos de experimentos. Observe as seguintes
situações:

1. Experimentos do tipo I: Uma injecção contendo uma substância letal, altamente eficaz, que
tem efeito em apenas 10 minutos, é aplicada em 10 cobaias. Após duas horas, o número de
sobreviventes é contado.

2. Experimentos do tipo II:

a) Jogar uma moeda e observar a face voltada para cima.


b) Medir o tempo de sobrevida de um paciente com câncer, após aplicação de
quimioterapia.

Podemos dizer que no experimento I, o resultado é conhecido à priori, ou seja, antes de se


realizar o experimento. Assim, fatalmente não haverá sobreviventes no primeiro exemplo.
Esses experimentos são chamados determinísticos e não são de interesse do ponto de vista da
probabilidade.

Já os experimentos do tipo II são chamados aleatórios e, por mais que nos esforcemos em
prever o resultado, ele só é determinado após a realização do experimento. Portanto, os
experimentos aleatórios são aqueles que repetidos sob as mesmas condições podem levar a
resultados distintos. Estes sim, são objectos de interesse da Teoria da Probabilidade.

II.2. ESPAÇO AMOSTRAL (S)

Espaço amostral (S): é o conjunto de todos os possíveis resultados num acontecimento


aleatório. Castro (2015)

Exemplo: lançar uma moeda e observar a face voltada para cima.

Qual é o espaço amostral? Onde C – cara e K – coroa.

São todos os resultados possíveis de um experimento.

6
Exemplo I: Nascimento de uma criança quanto ao sexo. S = {M, F}.

Exemplo II: Nascimento de duas crianças quanto ao sexo: S = {MM, MF, FM, FF}.

Exemplo III: Nascimento de três crianças quanto ao sexo: S = {MMM, MMF, MFM, FMM,
FFM, FMF, MFF, FFF}. Exemplo

IV: Lançamento de um dado: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

Exemplo V: Lançamento de dois dados: S = {11, 12, 13, 14, 15, 16, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 31,
32, 33, 34, 35, 36, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 61, 62, 63, 64, 65, 66}.

Exemplo VI: espaço amostral do lançamento de duas moedas.

Solução:

 cara-cara;
 cara-coroa;
 coroa-cara;
 coroa-coroa.

II.3. EVENTOS

Evento é um conjunto de resultados de um acontecimento. Em termos de conjunto podemos


dizer que o Evento é um subconjunto do espaço amostral. Oliveira (2005)

Exemplo: lançar um dado e observar um nr de acima.

Podemos ter os seguintes eventos:

S: {1,2,3,4,5,6}

Evento 1: ocorrer múltiplo de 2;

Evento 2: ocorrer nr primo;

Evento 3: ocorrer dobro de 4.

Os eventos podem ser vários tipos:

7
 Evento certo: é aquele que coincide com espaço amostral. É aquele que ocorre em
qualquer prova de experimento. Exemplo: No lançamento de um dado verificar o
número de elementos do seguinte evento: A = {xi / xi <7} => A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
- Evento igual ao Espaço Amostral;
 Evento impossível: é subconjunto {} vazio do espaço amostral. É aquele que não
ocorre em nenhuma prova do experimento. Exemplo: No lançamento de um dado
verificar o número de elementos do seguinte evento: A = {xi / xi > 6} => A = { } -
A não possui elementos.
 Evento elementar: qualquer subconjunto unitário do espaço amostral;
 Evento mutuamente exclusivo: são aqueles que a ocorrência de deles
impossibilita a ocorrência dos demais acontecimentos na mesma prova.

Exemplo: se sai cara não sai coroa;

 Evento que se exclui dois a dois: os acontecimentos que formam um grupo


completo se excluem dois a dois, em resultado da prova verifica-se-a um e apenas
um desses acontecimentos.

Exemplo: adquiriram-se dois bilhetes de lotaria. «o premio sair para o primeiro bilhete e não
sair para o segundo bilhete»; «o premio não saiu para primeiro bilhete e saiu para segundo
bilhetes»; «o premio saiu para ambos bilhetes»; «nenhum dos bilhetes foi premiado».

 Eventos equiprovaveis (igualmente impossíveis): são aqueles em que existe


razão para conjunturar que nenhum deles é mais possível do outro.

Ex.: «ao lançar-se uma moeda a saída de cara e a saída de coroa são acontecimentos
igualmente possíveis».

 Evento complementar: Dado um evento A, o evento complementar de A,


denotado por A, é formado por todos os elementos do espaço amostral que não
estão em A. Ver diagrama abaixo: É imediato observar que:
I. A∪ A=S (espaço amostral)
II. A∩ A=∅

A
A

8
II.4. DIAGRAMAS DE VENN

Segundo Marins (1999), diagrama de Venn é uma técnica utilizada para visualizar o espaço de
resultados associado a uma experiência aleatória, consiste em utilizar figuras geométricas, tais
como círculos, rectângulos ou quadrados para representar os acontecimentos.

Esta técnica, da representação de acontecimentos através de diagramas de Venn, vai ser


utilizada, para exemplificar a terminologia própria utilizada nas operações com
acontecimentos.

II.4.1. Operações com acontecimentos

Existindo um paralelismo entre conjuntos e acontecimentos há, no entanto, uma terminologia


própria para acontecimentos. Assim, representando os acontecimentos por A, B, C,..., temos:

- Acontecimento Complementar do acontecimento A:

O acontecimento complementar do acontecimento A, representa-se por A ou AC e é o


acontecimento constituído por todos os resultados de S, que não estão em A.

Exemplo – Considere a experiência aleatória que consiste em lançar um dado e verificar a


face que sai, identificada pelo número de pintas. O acontecimento complementar do
acontecimento A, “saída de face par” constituído pelos resultados A= {2, 4, 6}, é o
acontecimento A , “saída de face ímpar”, constituído pelos resultados A = {1, 3, 5}.

- Acontecimento A implica B:

O acontecimento A implica a realização do acontecimento B, quando todo o resultado de A é


um resultado de B; indica-se este facto escrevendo A contém B.

- Acontecimento Intersecção

Intersecção dos acontecimentos A e B, A ∩B, ou (A e B) é o acontecimento que se realiza se


A e B se realizam simultaneamente.

9
Exemplo – Considere a experiência aleatória que consiste em averiguar num grupo de 5
amigos, constituído pelo João, Manuel, Tiago, Tomás e David, se praticam algum desporto e
se são casados ou não. Se soubermos que o João, o Tomás e o David são casados e que o
Tiago e David praticam desporto, temos, representando por C o acontecimento “ser casado” e
por N o acontecimento “não praticar desporto”:

C∩N = {João, Tomás}

isto é, só o João e o Tomás é que são casados e não praticam desporto.

- Acontecimento UniãoUnião dos acontecimentos A e B, A∪B, ou (A ou B) é o


acontecimento que se realiza se A ou B se realizam.

Exemplo (cont.) – O acontecimento união de C e N é

C∪N = {João, Manuel, Tomás, David} isto é, o João, o Manuel, o Tomás e o David ou são
casados ou não praticam desporto.

- Acontecimentos Disjuntos

Acontecimentos disjuntos ou acontecimentos mutuamente exclusivos são acontecimentos em


que a realização de um deles implica a não realização do outro.

Exemplo – Considere a experiência aleatória que consiste em verificar qual o número de


carros que um “stand” de automóveis vende por dia. Sendo o espaço de resultados S= {0, 1, 2,
3, …}, os acontecimentos “vende no máximo dois carros” e “vende pelo menos 3 carros”,
representados respectivamente por A= {0, 1, 2} e B= {3, 4, 5,…}, são disjuntos. Neste caso,
os acontecimentos além de disjuntos são complementares, pois a sua união é o espaço de
resultados.

- Acontecimento Impossível

Acontecimento impossível é o acontecimento que resulta da intersecção de acontecimentos


mutuamente exclusivos. Analogamente ao que se passa na teoria dos conjuntos, representa-se
por ∅ (símbolo do conjunto vazio, mas que aqui se lê acontecimento impossível e não
acontecimento vazio). Então, com esta notação introduzida para o acontecimento impossível,
temos:

10
Se dois acontecimentos são disjuntos, então A∩B = ∅ .

Exemplo – Considere experiência que consiste em perguntar a um aluno da turma F1 do 12º


ano da Escola Professor Herculano de Carvalho, o que fará no próximo sábado, à noite.
Admitindo que o espaço de resultados é S = {ficar em casa, ir ao cinema, ir à discoteca, ir
passear de carro}, os acontecimentos A = {ficar em casa} e B = {ir ao cinema, ir passear de
carro} são disjuntos, pelo que a sua intersecção é o acontecimento impossível:
A B
S
Ficar em casa Ir passear

Ir ao cinema
Ir a distância

- Acontecimento Diferença

Acontecimento diferença entre A e B, A-B, é o acontecimento que se realiza se A se realiza,


sem que B se realize.

Exemplo 12 (cont.) – Representando por C = {ir ao cinema, ir à discoteca}, vem B-C = {ir
passear}, representado no diagrama de Venn, a tracejado

S B
Ir passear
Ficar em casa
Ir ao cinema
C Ir a distância

11
III. Conclusão

Tendo findado o presente trabalho de exploração bibliográfica, é possível ver como a lógica
dos conjuntos e noção da frequência relativa intervêm na construção do conceito de
Probabilidade de um Acontecimento. Foi com base nesses acontecimentos que Kolmogrov
concebeu a primeira construção axiomática geral para a teoria das probabilidades.

Com este trabalho, fui capaz de entender o que é um experimento aleatório e qual sua
diferença para experimentos determinísticos. Também, que experimentos probabilísticos ou
aleatórios são aqueles cujos resultados podem não ser os mesmos, ainda que sejam repetidos
sob condições essencialmente idênticas. Porém muito embora não se possa afirmar que
resultado particular ocorrerá é sempre possível descrever o conjunto de todos os possíveis
resultados de um experimento.

Também será capaz de gerar espaços amostrais de experimentos, bem como dominar o
conceito de eventos e como cada um deles pode ser investigado. Percebi que o estudo das
probabilidades é útil porque auxiliam a desenvolver estratégias em busca das decisões mais
acertadas. Decisões estas que estão associadas às chances de ocorrência destes eventos. Subi
diferenciar eventos mutuamente exclusivos daqueles que não são mutuamente exclusivos,
bem como eventos condicionados a um ou mais eventos daqueles que são independentes.

Tendo domínio sobre toda esta base inicial do cálculo de probabilidade, irei encontrar
facilidade na aplicação do estudo das probabilidades, principalmente naqueles experimentos
mais afins a minha área de estudo ou trabalho.

12
IV. Referências

Na preparação destas folhas seguiu-se essencialmente a seguinte bibliografia:

Castro, Jorge Luiz de e Silva; Fernandes, Maria Wilda; Almeida, Rosa Lívia Freitas De.
(2015) Estatística e Probabilidade. Matemática. 3ª edição Fortaleza - Ceará

Marconi, M. A.; Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de Metodologia Científica. [S.l.]: São


Paulo, Atlas S.A.,. v. 5.

Martins, Maria Eugénia Graça; Monteiro, Cecília; Viana, José Paulo e Turkman, Maria
Antónia Amaral. (1999) Probabilidade e Combinatória. 12o ano de escolaridade,
departamento de ensino secundário

Ribeiro, Samuel de Oliveira. (2009) Bioestatística. São Cristóvão/SE. Universidade Federal


de Sergipe, CESAD.

13

Você também pode gostar