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"A preguiça começa nas teias de aranha e acaba nas grades da cadeia."
A preguiça é a pouca ou falta de disposição ou aversão ao trabalho, demora ou lentidão para fazer
qualquer coisa. É o tédio ou a tristeza em relação aos bens interiores e espirituais. É um aborrecimento
natural pelo trabalho no dia-a-dia, se o mesmo não tiver seu esforço recompensado.
Este sentimento faz com que as pessoas desqualifiquem os problemas e a possibilidade de solução. A
preguiça não se resume na preguiça física, mas também na preguiça de pensar, sentir e agir. A crença
básica da preguiça é "Não necessito aprender nada", levando a um movimento limitador das idéias e
ações no cotidiano e traduzido pelo "deixa para depois". A origem da palavra vem do hebraico: atsêl, que
pode ser traduzida por lentidão ou indolência. A preguiça é considerada pecado mortal ao se opor
diretamente ao amor a Deus.
A característica básica da preguiça pode ser encontrada em pessoas que freqüentemente adiam
compromissos, decisões, projetos, mudanças, ou até simples afazeres rotineiros, comprometendo o
resultado desejado, com a justificativa de que não houve tempo, ou que irá realizar outro dia, mas que na
verdade, tentam ocultar uma insegurança exagerada em sua própria capacidade de agir. Utilizam-se do
desânimo, esquecimento, como estratégia para fugir da necessidade de arregaçar as mangas e enfrentar a
parte que lhes cabe realizar na vida. É como se sentissem imobilizadas perante à vida.
O chefe preguiçoso
Todos essa série sobre 'Os Sete Pecados Capitais' foi baseada na lista de São Tomás de Aquino que
explica o quanto é importante conhecer nossos instintos mais primitivos, nossa sombra como diz Jung, o
lado escuro que todos nós temos, mas que é possível através da conscientização e do autoconhecimento,
colocar luz onde só era escuridão.
Os "pecados" contêm a possibilidade de se desencadear em outros tantos pecados, daí serem chamados
capitais e se fundamentam em algum desejo natural e instintivo. Podemos encontrar cada um dos pecados
em nossas relações diárias e em nós mesmos. É preciso conhecer cada pecado e não reprimi-los, pois só
assim conseguiremos compreender e transformá-los. Vamos a um breve resumo de cada um deles:
Inveja: produz ódio e destruição, onde a pessoa nega o valor do outro e em conseqüência o próprio valor,
mas pode ser transformada em impulso para a busca de querer não o que o outro tem, mas acreditar ser
capaz de buscar o que quer para si e valorizar tudo o que tem.
Ira: é a raiva ou o ódio, com perda do controle. É uma emoção totalmente destrutiva tanto para quem a
sente como para quem se torna objeto dela, fazendo a pessoa agredir a todos, quando na verdade está
agredindo a si própria. É preciso identificar a emoção que foi mobilizada e controlar a agressividade
através da razão.
Gula: é o excesso no comer e beber, mas também pode ser entendida como gula intelectual. Na sua
simbologia maior significa voracidade. Pode ser entendida como uma forma de fuga de muitas outras
dificuldades ou ainda, dos próprios sentimentos. Para ser transformada, é preciso desenvolver a busca
pelo equilíbrio não só através da comida, mas também do conhecimento.
Avareza: significa excessivo e sórdido apego ao dinheiro, com grande medo de faltar, uma percepção de
escassez. É uma falta de contato com o mundo interno, gerando uma busca incessante por tudo que é
externo. Também é citado por alguns autores o termo vaidade.
Luxúria: é o apetite sexual insaciável, com exclusiva satisfação física. Pode representar uma fuga do
amor, da intimidade e do compromisso e ser transformada se houver a possibilidade de troca, valorizando
o sentimento, a intimidade, cumplicidade, que não podem ser desenvolvidos em relações rápidas e
superficiais.
Preguiça: é entendida como lentidão ou falta de vontade em fazer algo; pode também demonstrar uma
falta de confiança em si mesmo.
Todos os pecados têm em comum a busca da satisfação no mundo externo, onde se procura compensar a
falta de amor-próprio e a necessidade profunda e inconsciente de fugir dos próprios sentimentos. A
percepção de cada um dos pecados em nossos comportamentos e dos conseqüentes conflitos gerados por
eles nos relacionamentos pode sinalizar a necessidade de um esforço consciente e racional de mudança.
Principal significado
'Os Sete Pecados' nos faz refletir ainda sobre o quão antigo e histórico é a busca pelo externo. Na verdade,
as pessoas materialistas precisam crer que são superiores, seja através do poder, da aquisição de bens, do
sexo, para quem sabe compensar a crença na insignificância da existência ou na falta de um sentido em
que vivem. Demonstram uma ausência ou restrita visão de seus valores internos, não valorizando seu
mundo íntimo como intuição, inspiração, percepção, mas supervalorizando os bens materiais, o poder e
tudo mais que o dinheiro pode comprar; como se isso fosse a maior riqueza do homem.
Será esse o objetivo de nossa vida? O objetivo maior do ser humano não seria a evolução; sair da
inconsciência para a consciência, da razão para a intuição, do ter para o ser? Será possível tornar nosso
mundo melhor ou tornarmo-nos pessoas melhores buscando a solução no externo, apegando-se apenas
aos prazeres deste mundo e ignorando a riqueza maior que existe dentro de cada um de nós?
À medida que os homens tomarem consciência do valor do seu próprio mundo interno, poderão deixar a
doentia preocupação com as aparências, a frustração crônica causada pela busca incessante da fama, do
poder e da riqueza, ou seja, das promessas do mundo externo e superficial e perceberem o quanto se torna
importante aproximarem-se de sua essência.
Acredito que podemos transformar 'Os Sete Pecados Capitais' em aprendizagem ao percebermos que o
maior sentido da vida é a conscientização da riqueza do nosso mundo interior, entre eles os sentimentos, a
emoção, a sensibilidade, a naturalidade, tão freqüentes nas crianças, mas que infelizmente os adultos vão
perdendo ao criar tantas defesas e máscaras e assim se distanciam do que é verdadeiramente valioso e que
dinheiro algum pode comprar, mas somente pode ser conquistado: o amor em sua essência mais pura.
11 dicas para acabar com a preguiça
4 March 2008 7 Comments
Entenda a preguiça como uma batalha psicológica entre você e a inércia e, se quiser
crescer, vai ter que vencer a preguiça. Aqui vão algumas dicas úteis para esta
caminhada.
1. Exercite-se
Você pode se sentir preguiçoso se não tiver energia suficiente para seu dia a dia. Uma
rotina de exercícios físicos deixa o corpo disposto e alerta, menos propenso a ‘baixas’
energéticas.
2. Durma
Como você pode se sentir motivado e entusiástico se não dorme o suficiente? Problemas
de sono muitas vezes decorrem de maus hábitos.
4. Visualize os benefícios
5. Estabeleça prêmios
Estabeleça para si mesmo um prazo para cumprimento da tarefa e um prêmio pela sua
consecução. Entra como um bônus no pacote de benefícios.
6. Pense nas conseqüências do não cumprimento
7. Encontre parceiros.
Todos nós temos baixas em nossa motivação, e pessoas com interesses em comum
podem ser o melhor apoio quando a vontade própria não é o suficiente.
Às vezes, a visão obscura que temos de um problema nos impede de definir por onde
começar. Se está diante de uma questão complexa ou trabalhosa, divida o processo em
etapas menores, administráveis, com prazos para início e conclusão para cada uma.
Não é da nossa natureza (embora esteja se tornando de nossa cultura) ser multi-tarefa.
Organize seu pensamento e dedique-se a uma tarefa de cada vez. A concentração
beneficia enormemente a criatividade e nosso potencial para resultados.
Você se sentirá mais motivado se perceber com clareza como sua produtividade varia
de acordo com a freqüência com que se entrega à preguiça. Uma maneira de visualizar
este processo é registrar seu progresso diariamente, anotando quantas metas de propôs,
quantas atingiu e como foi seu estado energético e emocional neste dia.