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1. Descarte dos dados em função da perda de finalidade quando tratar-se de dados que
foram enviados para uma vaga específica e não há qualquer coleta prévia de
consentimento para manutenção dos dados;
É possível a utilização da base legal do interesse legítimo nesta hipótese, uma vez
que, conforme exposto no Art. 10, II da Lei 13.709/18, esta base legal é cabível quando
legítimo for relativa a proteção, em relação ao titular, do exercício regular de seus
direitos ou prestação de serviços que o beneficiem, respeitadas as legítimas expectativas
dele e os direitos e liberdades fundamentais.
Via de regra eu não posso utilizar do interesse legítimo, mas para manutenção
do currículo no banco de dados, desde que mantida a finalidade, para uma
próxima oportunidade, cabe o interesse legítimo, pois é algo beneficiando o
titular.
Para usar o interesse legítimo, você tem que manter um contato frequente com o
titular, para que este tenha conhecimento da manutenção da expectativa – sem o
contato, perde-se o interesse LEGÍTIMO.
A ANPD pode descaracterizar essa base, por isso o consentimento é melhor.
Cuidado especial merece a hora do descarte de tais informações, pois, se não for feito
da forma adequada, poderá ensejar vazamentos de dados – BACKUP: é melhor não ter
espaço de backup com currículo, mas se tem é um problema. Se você tem um backup ou
você descarta tudo ou faz uma validação do consentimento.
Não esqueça que a sensibilidade do dado está ligada ao caso concreto, uma vez que o
rol exposto no Art. 5º, II da LGPD é apenas exemplificativo. Por isso deve ser analisado
com muita cautela as possíveis correlações que possam ser feitas entre os dados
pessoais comuns e situações que gerem a sensibilização dos dados (geralmente atreladas
a uma situação de exposição, constrangimento, discriminação ou dano para o titular).
Outro aspecto que merece atenção é referente a quando o tratamento dos dados pessoais
sensíveis estiver pautado na base legal de cumprimento de obrigação legal ou
regulatória, este deverá ser objeto de publicização, na forma dos Arts. 23, I c/c Art. 11,
§ 2º da Lei 13.709/18.
o Menores:
A LGPD reservou a Seção III, Art. 14 para cuidar do tratamento de dados pessoais que
seja direcionado para crianças e adolescentes.
Conforme exposto no Art. 2º da Lei 8.069/90 (ECA), considera-se criança a pessoa que
tenha até doze anos de idade incompletos e adolescente o que está entre 12 e 18 anos.
Uma questão que se levanta é quanto a regra do § 1º, uma vez que o mesmo só
menciona a necessidade do consentimento para o tratamento de dados pessoais de
crianças. Desta forma, pode-se entender que nos casos de tratamento de dados pessoais
de adolescentes não haverá necessidade do consentimento, podendo este ser dado pelo
próprio adolescente.
Temos que ter cuidado com o interesse do menor, quando estamos contratando os
PAIS: no processo seletivo do pai, não tem por que coletar dados daquele menor.
Após a contratação tem o benefício de um plano de saúde, auxílio creche: mas só
após.
o Dados Biométricos:
Diferem dos dados relativos à saúde de uma pessoa, pois, estes são aqueles dados
relacionados a saúde física ou mental de uma pessoa, incluindo os dados obtidos na
prestação de serviços de saúde que revelem o estado de saúde daquele titular.
Devido a sensibilidade desses dados, eles precisam de um ambiente mais seguro para
serem armazenados, tratados e transportados. Além disso, também podemos adicionar
outros pré-requisitos, como o cuidado em ambientes que permitem acesso online através
da internet.
É dado sensível, precisando de consentimento destacado.
Teste de gravidez: se for uma vaga para local insalubre, é justificável – pedir
consentimento.