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Sheila Moreira Alves
ATIVIDADES DE ACADEMIA
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Apresentação
Sobre a autora
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Sumário
Apresentação ..................................................................................................... 5
Sobre a autora.................................................................................................... 5
UNIDADE DE ESTUDO I: ATIVIDADES DE ACADEMIA I (Ginástica Aeróbica e
Ginástica Localizada) ................................................................................................. 9
Ginástica Aeróbia ..................................................................................................... 11
Ginástica Localizada ................................................................................................ 14
UNIDADE DE ESTUDO II: ATIVIDADES DE ACADEMIA II (Jump, Step e Bike
indoor ........................................................................................................................ 21
Minitrampolim ou Jump ........................................................................................... 23
Bike Indoor ................................................................................................................ 29
Pegadas utilizadas durante a aula..................................................................................... 33
Técnicas ou exercícios utilizados durante a aula ............................................................ 35
Metodologia – tipos de aula ................................................................................................ 37
Estrutura das aulas .............................................................................................................. 39
Programação das aulas – periodização............................................................................ 40
Dicas para uma boa aula .................................................................................................... 40
Step Training ............................................................................................................. 41
Postura adequada ................................................................................................................ 43
UNIDADE DE ESTUDO III:TENDÊNCIAS NAS ATIVIDADES FÍSICAS .................... 53
Treinamento Funcional ............................................................................................ 55
Cross Fit .................................................................................................................... 55
KETTLEBELL ............................................................................................................ 57
ZUMBA....................................................................................................................... 57
BODYSISTEMS.......................................................................................................... 59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 60
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ATIVIDADES DE ACADEMIA I
(Ginástica Aeróbica e Ginástica
Localizada)
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Ginástica Aeróbica
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modalidade, para que ele a execute de forma correta. A simplicidade é o fator
de maior importância nessa aula.
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posteriormente, podemos reduzir até chegar ao número de repetições dese-
jadas (exemplo: 2 repetições do mesmo movimento).
7) Abordagem: utiliza-se o mesmo movimento básico e exploram-se distintas
formas de execução no espaço. Exemplo: de frente, de costas, para o lado e
para diagonal.
8) Câmera lenta: nas combinações de braços mais complexas e assimétricas,
realizá-las vagarosamente até a assimilação pelos alunos.
9) Troca de movimentos: técnica na qual se criam dois movimentos
diferentes, combinados entre si, podendo trocar um deles ou os dois por outro
de fácil assimilação. Exemplo: cria-se o exercício 1, adiciona-se o 2 e, depois,
troca-se o movimento 2 por um terceiro movimento.
Faz-se importante destacar que uma aula para ser considerada excelente,
deve sempre ocorrer por meio de um planejamento prévio com a escolha do
método que é mais adequado para aplicar a determinada turma. Lembre-se de
que a variação da forma de aula é um dos fatores que interfere diretamente na
motivação dos alunos, assim, opte por aulas sempre bem planejadas e com
uma alternância frequente de métodos, movimentos, músicas e etc.,. Nesse
sentido, evidenciamos algumas orientações didáticas para planejar uma boa
aula:
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Evitar alternância e mudanças bruscas de direções dos movimentos,
giros com saltos ou movimentos que necessitem de grande consciência
corporal, principalmente com turmas iniciantes.
Ofertar as opções mais fácies dos movimentos que são considerados
mais complexos, para que tanto os alunos mais avançados, quantos os
iniciantes possam participar de todos os exercícios.
Ginástica Localizada
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A postura corporal e a estética.
1) objetivos;
2) organização das séries;
3) número de grupos musculares;
4) número de subséries;
5) especificidade do movimento;
6) princípio de sobrecarga.
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3) Nos materiais disponíveis;
4) No ritmo de execução dos exercícios.
5) No condicionamento e limitações atuais da turma.
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tempo (intensidade), antes de ocorrer a fadiga, caracterizando um trabalho de
potência.
5) Método de queima: depois de executar uma série até ocorrer uma falha na
fase concêntrica (o peso não pode ser mais levantado), executar mais de 5 ou
6 repetições incompletas. Objetivo: recrutar unidades motoras de diferentes
potenciais, vencer os estímulos inibitórios provocados pelo órgão tendinoso de
Golgi. Limitações: não perca a técnica durante as repetições parciais.
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Esse método favorece uma melhora da hipertrofia e da resistência muscular.
Limitações: utilizar em horários pouco movimentados e, preferencialmente, em
equipamentos livres.
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halteres;
barras;
anilhas;
caneleiras;
elásticos;
steps;
barras fixas e paralelas;
colchonetes.
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linha reta no topo da cabeça passando por todo o corpo até os pés. Mantenha
o peso do corpo dividido equilibradamente entre as duas pernas em relação a
esta linha imaginária. Contraia o abdômen e mantenha a caixa torácica ele-
vada, de tal maneira que a pélvis fique em posição neutra, com os ombros para
trás e relaxados. Evite hiperestender joelhos e cotovelos, travando-os com
grande força.
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ATIVIDADES DE ACADEMIA II
(Jump, Step e Bike indoor)
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Minitrampolim ou Jump
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No minitrampolim, as músicas utilizadas variam entre 132 e 145 batidas
por minuto (bpm). A velocidade também representa um importante parâmetro
de controle de intensidade geral. Por isso, nas coreografias iniciais das aulas,
as músicas devem ser em torno de 132 a 136 bpm e, do meio para o fim, as
coreografias ficam mais intensas, chegando aos 145 bpm.
Nesta modalidade, são executados sobre o minitrampolim diversos
movimentos, organizados em diferentes coreografias, sincronizadas com a
música escolhida durante 30 a 60 minutos, incluindo aquecimento, parte
principal, esfriamento, exercícios abdominais e alongamento. Esses
movimentos devem ser realizados sempre empurrando a tela elástica, evitando
pisar nas extremidades, dando sempre preferência ao meio da tela para evitar
torções ou acidentes mais graves.
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Já os padrões de movimento simultâneo são aqueles executados com
apoio simultâneo de ambos os pés sobre a lona. Possuem os seguintes
passos:
1) básico;
2) polichinelo;
3) polisapato/tesoura;
4) canguru/duplo;
5) twist.
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Uma aula com duração média de 40 a 60 minutos será composta de sete
a dez coreografias ou seja, sete a dez músicas, com duração média de três a
cinco minutos cada. A seguir, demonstramos um exemplo para as fases da
aula:
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2) Caminhada: posição ortostática com os pés paralelos em
afastamento médio. Movimento: a parte anterior dos pés está sempre em
contato com a lona. Enquanto o tornozelo de um membro inferior realiza uma
dorsiflexão, para que toda superfície dos pés possa manter contato com a lona,
o outro membro inferior realiza flexão de quadril de 15 graus, seguido de flexão
de joelho de 45 graus e de flexão plantar.
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movimentos alternados de membros inferiores de flexão de quadril de 15 graus,
seguido de flexão de joelho de 45 graus e de flexão plantar em alta velocidade.
Na fase de contato, há uma diminuição da flexão de quadril e joelhos, enquanto
o tornozelo realiza uma dorsiflexão, para que toda superfície dos pés possa
manter contato com a lona.
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a 50 minutos pode-se gastar de 400 até 700 kcal, dependendo da força feita
pelo indivíduo para empurrar a lona.
Por ser executada em uma superfície elástica e é considerada uma
atividade com menor impacto que as tradicionais feitas no solo
(aproximadamente 80% a menos), podendo ser ainda mais reduzida conforme
o domínio da técnica individual de flexão e extensão das pernas. Mas equivale
aos valores medianos do impacto na corrida, cerca de 2,9 PC (peso corporal).
Bike Indoor
O ciclismo indoor surgiu nos Estados Unidos no ano de 1987, criado pelo
ciclista de ultradistância Jonathan Goldberg (conhecido como Johnny G). Sua
criação foi registrada e originou o programa Spinning®. Em 1995, já eram
milhares de pessoas praticantes nos Estados Unidos e em mais de 100 países.
No mesmo ano, a modalidade foi lançada no Brasil.
No decorrer do tempo, foram criados outros programas de ciclismo indoor,
como Precision Cycling, Power Pace, Cycle Reebok, RPM, cycling indoor, entre
outros.
O ciclismo indoor é uma aula feita em grupo, praticada inteiramente com a
ajuda de uma bicicleta ergométrica desenhada especialmente para a
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modalidade, que permite facilmente ajustar a resistência da bicicleta a cada
nível de treinamento. Ao praticá-lo, você naturalmente entra em um programa
individualizado, obtendo um alto gasto calórico, fortalecendo a musculatura dos
membros inferiores e ganhando uma ótima melhora de VO2máx
(condicionamento cardiorrespiratório), que pode prepará-lo também para outras
modalidades.
Os exercícios simulam vários tipos de percursos, como subidas e
pedaladas no plano. Na bicicleta, existe um graduador de carga, como se fosse
uma bicicleta de corrida comum, que permite controlar o ritmo de acordo com a
resistência.
Seu objetivo principal é o aumento do condicionamento cardiovascular,
por meio do controle da frequência cardíaca, seguido pela redução do
percentual de gordura pela queima de calorias, variando de acordo com
indivíduo.
Mesmo sendo o ciclismo indoor uma atividade intensa e de alto gasto
calórico, é considerada segura e prazerosa, desde que o indivíduo respeite as
normas de segurança durante as aulas. É uma modalidade que pode ser
praticada por todos, mas é necessário que o indivíduo saiba seus limites
máximos e mínimos de frequência cardíaca de treinamento, por meio de testes
específicos.
As aulas têm duração de 30, 45 ou 60 minutos. Aproximadamente, são
gastas 475 calorias em uma aula de ciclismo indoor de 45 minutos de duração.
Segundo pesquisas recentes, um indivíduo com o condicionamento físico de
nível intermediário entre 30 e 35 anos gasta em média 700 calorias em uma
hora.
Ao som de músicas selecionadas e apropriadas, o professor conduz sua
aula, buscando a melhoria na performance do aluno. À medida que pedalam,
os praticantes são inspirados a simular os percursos e atingir o objetivo do
treino.
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Componentes da bicicleta
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3) Frenagem: o controle da carga de trabalho é feito pela manopla de
resistência. Com a prática, o aluno aprenderá a variar a carga para mudar o
foco de acordo com o objetivo da aula. Em algumas marcas e modelos, a
manopla também é usada como freio. Se o aluno se sentir fora de controle,
poderá aumentar a carga ou utilizar o equipamento para atingir um nível
confortável de pedalada.
Ajustes
O ajuste correto permite que o aluno distribua melhor seu peso entre o
selim, os pedais e o guidão, de forma que o sistema esquelético possa suportar
este peso, ao em vez de sobrecarregar a musculatura das costas e dos
membros superiores. Ajustes a serem feitos:
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1) Ajuste da altura do selim: a altura está diretamente relacionada com o
comprimento dos membros inferiores do aluno, mais especificamente da altura
do trocanter maior do fêmur até o solo. Existem vários métodos para regulagem
da altura do selim, porém, o mais simples, e que pode ser facilmente aplicado a
realidade de uma aula, consiste de um ângulo de aproximadamente 25 a 30
graus de flexão do joelho, quando o pedal se encontra no ponto mais baixo de
sua trajetória. Para checar se a altura está correta, basta pedir ao aluno que
apoie seu calcanhar em cima do eixo do pedal no ponto mais próximo ao solo.
Se nesta posição o aluno estiver com seu joelho totalmente estendido, sem ne-
nhum desvio lateral do quadril, a altura estará correta.
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Pegada 1: é a mais comum das pegadas, utilizada na posição sentada.
Devemos manter um pequeno triângulo entre o punho e os cotovelos, ao
passo que cotovelos e ombros devem estar relaxados.
Pegada 2: é utilizada nas posições sentado na subida, running, saltos e
no sprint. Esta posição permite uma postura vertical sem restrições para
a respiração e ajuda a manter a estabilidade, quando estiver fora do
banco.
Pegada 3: é somente utilizada na posição em pé, na subida. As mãos
ficam no final do guidão, com as palmas para dentro e a junta dos dedos
para fora. Os dedos devem estar seguros no guidão com os polegares
por cima.
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Também devemos ficar atentos no correto ajuste da bicicleta e no uso de
pouca sobrecarga, pois esses fatores são os mais comuns em sala de aula,
principalmente com alunos iniciantes.
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técnica de suave pedalar, muito importante em relação à prevenção de danos.
O treino com excesso de resistência força o corpo a brigar com a bicicleta e
leva a um trabalho ineficiente, que pode conduzir a danos potenciais as-
sociados com o excesso de treinamento. A intensidade é alta e deve ser
utilizada a pegada 3. Pode ser trabalhada com músicas entre 60 a 90 rpm.
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Metodologia – tipos de aula
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A duração dos estímulos será de três a cinco minutos. A zona de
treinamento será entre 65 a 85% da FCM. Nesta aula, não deverá existir
recuperação, ou seja, após o aquecimento, a aula deve apresentar em sua
parte principal uma constância e manutenção nos valores de FC. O substrato
energético predominante são carboidrato e gordura. As técnicas utilizadas são:
sentado no plano, saltos no plano, subidas e saltos na subida. Não devemos
utilizar sprints, subidas rápidas e muito pesadas.
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gordura, com grande esgotamento de carboidratos. Todas as técnicas são
utilizadas.
Aquecimento
Deve ter de 5 a 10 minutos de duração e tem como objetivo:
1) Aumento da temperatura muscular;
2) Aumento da temperatura sanguínea;
3) Aumento da amplitude de movimento;
4) Aumento na produção hormonal;
5) Preparação mental.
Método de treino
É parte principal da aula, na qual devemos aplicar o método de
treinamento específico designado para o dia.
Alongamentos
Devemos alongar a musculatura peitoral, costas, trapézio e músculos
cervicais, tríceps braquial, glúteos, isquiotibiais, quadríceps e tríceps sural.
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Intensidade
O professor deve transmitir ao aluno a intensidade pedida, utilizando
percentuais da Frequência Cardíaca ou a PSE (Percepção Subjetiva de
Esforço) como parâmetro.
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Relacionamento
Devemos recepcionar os alunos na porta da sala e identificar os
iniciantes. O professor deve pedir a avaliação física (se houver), regular a
bicicleta e fornecer as informações técnicas aos iniciantes.
Cabe ao professor bastante entusiasmo e carisma em todas as aulas.
Apresentação pessoal
O professor tem de estar com vestimentas corretas para a modalidade,
com boa aparência, boa postura corporal e profissional.
Habilidades técnicas
O professor deve ser eficiente nas correções, saber adequar as atividades
aos alunos que necessitem ter um bom deslocamento em sala, domínio da
turma e perfeita execução física.
Planejamento
O professor deve sempre respeitar uma programação, montar sua aula e
utilizar adequadamente os materiais.
Didática
O professor deve ter criatividade, boa comunicação, boa metodologia de
instrução e utilizar a musicalidade de forma eficaz.
Procure sempre planejar a sua aula e nunca esteja despreparado. A
prática da modalidade é que irá levar o professor a ser um bom orientador e
motivador de seus alunos.
Step Training
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entre 10 e 25 cm. Apesar de se tratar de uma modalidade explorada
recentemente (considerada como exercício da década de 90), já possui mais
de 20 anos.
O desenvolvimento do atual step é de mérito da professora de ginástica
Gym Miller, que, após ter sofrido uma lesão articular no joelho, foi orientada a
subir e descer de um degrau. A partir dos benefícios observados, ela
aperfeiçoou o banco de apoio, chegando ao step, como é hoje comercializado.
Nos Estados Unidos, o step training foi divulgado por meio da empresa
Reebok, que utilizou uma agressiva campanha de marketing. A Reebok
contratou o casal Lorna e Peter Francis, professores de Educação Física na
Universidade de San Diego, para montar exercícios com bases científicas,
tendo como objetivo orientar e informar os instrutores sobre o seu uso e seus
benefícios.
O objetivo principal do step é trabalhar simultaneamente a resistência
cardiovascular e a coordenação motora. Poderão ser utilizados vários padrões
motores que deverão ser executados ao ritmo de músicas, cuja velocidade
pode variar de acordo com o programa proposto.
O trabalho do step enfatiza principalmente a ação dos músculos das
pernas e, eventualmente, dos braços. A seguir, veremos alguns dos principais
cuidados para tornarmos as aulas mais seguras e eficazes.
Para o iniciante, devemos trabalhar em plataformas com altura de 10 cm,
com ritmo de exercício moderado e não mais que 20 minutos, aumentando
gradativamente o grau de dificuldade até atingirmos o nível avançado, com
altura máxima de 25 cm.
Ao subir e descer, o professor deve orientar o aluno a apoiar o pé no
centro da plataforma com toda a superfície do pé, assim como no chão, ao
descer, antes que se inicie outro passo; além disso, deve orientar que o aluno
olhe para a plataforma e mantenha-se a ela próximo em todos os movimentos;
outro ponto importante a altura para que os joelhos não flexionem mais de 90
graus e não suba de costas ou desça de frente para o chão, para evitar o risco
de lesões.
Um bom alinhamento corporal é muito importante na prevenção de lesões
relacionadas a qualquer tipo de exercício. O profissional deve sempre
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recomendar ao aluno que se mantenha de acordo com a postura adequada em
todos os movimentos de step.
Quando subir e descer, procure manter seu centro de gravidade sobre o
pé da frente para manter o equilíbrio. Esse movimento tende a produzir uma
inclinação do corpo como um todo e, quando realizado corretamente, minimiza
o stress sobre a coluna.
Postura adequada
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seja cumprida a sequência de subida e descida da plataforma. Um ciclo é igual
a quatro tempos musicais.
Cada ciclo de movimento consta de quatro tempos musicais, e cada um
corresponde a um movimento de cada pé, respectivamente. Assim, por
exemplo, um passo básico será realizado em quatro tempos (um ciclo), e dois
passos básicos, dois ciclos ou um oito. O que popularmente chamamos de
“oito”, na verdade, são dois compassos de quatro pulsos cada, que, somados,
constituem oito batimentos.
Todos os padrões motores utilizados na modalidade, poderão ser
classificados em dois grandes grupos de movimentos, e cada grupo tem
características diferentes quanto à forma de execução.
No primeiro grupo, os padrões são aqueles que, ao serem realizados,
implicam o apoio de ambos os pés sobre o step, o que corresponde aos dois
primeiros tempos do ciclo de movimento, e implica dividir o peso do corpo
naturalmente em ambas as pernas por determinado tempo. O primeiro pé a
descer será o mesmo que iniciou o ciclo. Ao descer, a troca de perna somente
será realizada caso haja um toque no chão, denominado tap. Fazem parte
deste grupo os passos:
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que irá descer do step será o contrário do que iniciou o ciclo de movimento.
Fazem parte deste grupo:
1) Passo toque: aquele que será executado apenas com um leve toque da
ponta de um dos pés ou, ainda, de um calcanhar sobre o step.
2) Elevações: é o mais utilizado neste grupo, podendo ser realizado de cinco
maneiras diferentes: elevação de joelhos, chute, abdução, extensão de quadril
e flexão de joelhos (calcanhar).
3) Repetidores: as elevações muitas vezes são executadas por várias vezes
consecutivas, o que denominamos de repetidores. A execução destes
movimentos é contínua, e a quantidade mais frequente, a de três, compostas
por dois ciclos de movimentos ou oito tempos musicais. Aconselha-se realizar
no máximo cinco repetidores, devido à carga que estes movimentos propor-
cionam à perna que inicia o ciclo. Repetições acima de três são aconselhadas
apenas em aulas de avançados.
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Já o Princípio da Perna Pronta (PPP) diz que o encadeamento entre os
passos deverá obedecer aos princípios mecânicos, mais elementares, evitando
que os praticantes se utilizem de habilidades não tão naturais, como os taps.
Esses movimentos não constituem um erro propriamente dito, mas normalmen-
te geram dúvidas com relação à perna correta, que executará o ciclo seguinte.
Respeitar este princípio é uma das principais estratégias no ensino de
coreografias que utilizam inversões de frente.
Na modalidade de step, temos várias formas de ataques na plataforma ou
direções. Denomina-se ataque os espaços físicos relacionados à plataforma, a
partir dos quais poderemos executar os padrões básicos de movimento. As
coreografias mais simples são as que se realizam utilizando padrões motores
em um só ataque, e as mais complexas implicam a utilização de vários ataques
combinados.
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Traveling: são deslocamentos no step que ocorrem sem a troca de
ataque durante o ciclo.
Exemplos:
Translado em L: qualquer padrão de movimento cuja trajetória lembre o
desenho da letra L.
Translado em T: qualquer padrão de movimento cuja trajetória lembre o
desenho da letra T.
Considerações metodológicas sobre o translado:
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Podemos entender por coreografia a união de habilidades básicas de
locomoção, estabilidade e passos altamente estruturados. O principal fator que
diferencia o grau de dificuldade das coreografias relaciona-se com o nível de
sua complexidade e organização.
De acordo com a duração musical das coreografias, podemos classificar e
estruturar as coreografias da seguinte maneira:
1) Sequência: coreografia composta por quatro dos oitos tempos musicais, que
poderão ser líderes ou alternados.
2) Bloco: coreografia composta por oito dos oitos tempos musicais.
3) Blocão: coreografia composta por dezesseis dos oitos tempos musicais.
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Quanto à quantidade de partes que se unem
Integração dupla: entre duas partes.
Integração tripla: entre três partes.
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aprendizagem, o que não acontece nos planos nos quais o aprendiz não tenha
acesso visual ao que está sendo ensinado.
1) Utilize o PPP.
2) Não tente ligar movimentos que tenham início em diferentes planos de
ataque na plataforma, se não estiverem devidamente sequenciados.
3) Saiba exatamente e em que posição você estará em relação ao step e veja
se lhe será permitido iniciar naturalmente o movimento seguinte.
4) Tenha cuidado especial com os movimentos que serão colocados logo após
os giros ou similares.
Para você ministrar uma boa aula, selecionamos alguns dos principais
aspectos relacionados ao ensino-aprendizagem das habilidades específicas do
step. Tais pontos estão baseados no conhecimento teórico de alguns dos
principais fundamentos da aprendizagem motora, além da experiência prática.
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1) Saiba ensinar na posição de frente para os alunos e somente vire de costas
quando necessário. Exemplo: em giros e movimentos que possam gerar
dúvidas, não o fazer.
2) Use sempre plataforma baixa, que irá garantir a você, professor, melhor
desempenho nos exercícios, além da prevenção de lesões decorrentes do over
training.
3) Não queira ensinar coreografias que não sejam compatíveis com sua
condição pedagógica ou habilidade de ensinar.
4) Não utilize inversão de frente para alunos iniciantes.
5) Não use o método do todo para ensinar step.
6) Não faça combinações longas para iniciantes.
7) Não trabalhe com muitas combinações complexas consecutivamente.
Procure sempre intercalar movimentos simples e complexos.
8) Inicie todos os blocos com a perna direita do aluno.
9) Evite trabalhar coreografias assimétricas.
10) Só adicione inversões de frente quando o praticante já houver aprendido as
mesmas habilidades componentes de frente.
11) Evite usar muitos exercícios de braço, adicionando-os somente quando os
alunos dominarem as habilidades que serão usadas para os movimentos de
membros inferiores.
12) Nunca ministre aulas de step sem se comunicar verbalmente com os
alunos. Não se esqueça de que o canal auditivo de aprendizagem é
fundamental nesse tipo de atividade.
13) Utilize os sinais visuais e sinestésicos, pois eles atraem a atenção dos
alunos. Muitos alunos concentram-se mais nas informações visuais e sensitivas
do que nas auditivas. Prepare-se, planeja-se e boa aula!
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TENDÊNCIAS NAS
ATIVIDADES FÍSICAS
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Uma das principais referências sobre quais são as novas tendências na
atividade física, é uma lista elaborada anualmente pelo Colégio Americano de
Medicina Esportiva, que desde o ano de 2006 revela quais treinamentos devem
se destacar, além de fazer um balanço sobre o crescimento ou declínio das
modalidades.
Treinamento Funcional
Cross Fit
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objetos pesados, a escalada na parede, o pulo (corda, caixas), o arremesso e o
levantamento de peso olímpico com pelo menos 300 tipos de exercícios.
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KETTLEBELL
ZUMBA
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A Zumba já faz sucesso inclusive no Brasil, e caracteriza-se como a
primeira modalidade de dança a figurar na lista mundial de tendências nas
atividades físicas segundo o levantamento realizado pelo (TOMPSON, 2012).
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BODYSISTEMS
No período dos anos 90, uma empresa do ramo fitness (sistema Body
Systems- LesMills), que possui aulas de treinamento físico nas academias do
mundo todo apresentou um conjunto de programas com aulas prontas
realizadas em grupo que permanece até os dias atuais principalmente no
ambiente das academias.
Dentre as modalidades oferecidas pode-se citar o Bodypump, aula que
utiliza técnicas do levantamento de peso olímpico, na qual a maioria dos
exercícios são executados com anilhas e barras. Além do Bodypump, podemos
citar o (RPM) ciclismo indoor, o (Bodyjam) aulas de dança, (Bodybalance) aula
que utiliza técnicas de Yoga, Pilates e Tai Chi Chuan, (Bodycombat) de artes
marciais, e etc.,.
A respeito da inovação, em nada difere das aulas tradicionais de
ginástica, pois também utilizam musicas energizantes, sendo realizadas em
grupo a não ser pelo fato que o professor abandona sua autonomia e
criatividade na construção da aula, colocando-se na condição de reprodutor,
pois todas as aulas são produzidas na central e distribuídas para os
professores cadastrados no programa. O professor recebe apenas o CD com
as informações e músicas necessárias para a ministração da aula, assim como
os vídeos explicativos. (GOMES, 2010).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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e o trabalho do professor de Educação Física: o caso Body Systems. Porto
Alegre, v. 16, n. 04, p. 169-189, outubro/dezembro de 2010.
61
n. 76, set. 2004. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd76/indoor.htm>.
Acesso em: 6 dez. 2017.
SILVEIRA NETO, E. Ginástica de Academia: teoria e prática. Rio de Janeiro:
Sprint, 1996.
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