Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ARTIGO ORIGINAL
Br J Pain. São Paulo, 2018 oct-dec;1(4):331-8
DOI 10.5935/2595-0118.20180063
331
RESUMO
INTRODUÇÃO
332
Prevalência e características da dor crônica no Br J Pain. São Paulo, 2018 oct-dec;1(4):331-8
Brasil: um estudo de pesquisa nacional
baseado na Internet
Globalmente, estima-se que 25% dos adultos sofram de dor e estimativas amplamente variáveis da prevalência da PC no Brasil.
que outros 10% dos adultos sejam diagnosticados com PC a Realizamos uma pesquisa de base populacional em uma amostra
cada ano. Embora a dor afete todas as populações, representativa de adultos usando uma pesquisa administrada pela
Internet18
independentemente de idade, gênero, renda, raça/etnia ou .
geografia, ela não é distribuída igualmente em todo o mundo2. A demonstração da prevalência da PC é essencial no início da era
Estudos epidemiológicos anteriores da população em geral da cirurgia global, para permitir a avaliação comparativa dessa
mostraram que a variabilidade mundial na pré-valência da dor prevalência no futuro, à medida que os serviços de cirurgia
poderia ser parcialmente explicada por diferenças essencial e de emergência forem expandidos em vários países.
metodológicas, raciais/étnicas ou culturais que variaram de
8,7% em Cingapura3 a 48% no Reino Unido4. Além disso, alguns
países, como a Austrália, o Reino Unido e os EUA, começaram
a utilizar a convocação de Cúpulas de Dor porque esses
governos nacionais começaram a reconhecer que a PC
representa um dos principais desafios e prioridades para a saúde
pública5-8
.
Em países de baixa e média renda, a prevalência de dor é
consistente com os dados da Carga Global de Doenças (GBD),
com taxas mais altas na população idosa em geral e nos
trabalhadores do que na população adulta em geral. 28% do
GBD que poderia ser evitado por meio de cirurgia e anestesia
segura também pode estar relacionado à carga de PC. Trauma,
câncer, complicações de nascimento, defeitos congênitos e
outras doenças cirúrgicas podem levar à PC se não forem
tratadas ou se forem tratadas de forma inadequada. Essa meta-
análise mostra a variedade de PC em países de baixa e média
renda, mas não conseguiu revelar causas claras para a dor9. A PC
representada por condições como dor lombar e osteoartrite foi
recentemente destacada como uma das causas mais
proeminentes de incapacidade em todo o mundo pelas revisões do
GBD10.
Há poucas informações disponíveis sobre a PC na América
Latina. Um estudo de base comunitária realizado na Colômbia
relatou que a prevalência de PC entre a população adulta local foi
de 31%11. No Brasil, na cidade de Londrina, a prevalência de PC
em idosos foi de 51,44%12. Na cidade de Salvador, a presença de PC
foi encontrada em 41,4% da população13. Na cidade de São Luís, um
estudo transversal, populacional e
-Um estudo de base populacional realizado em São Paulo mostrou
uma predominância de 50% de PC em mulheres, faixa etária de 18
a 29 anos e cor de pele parda14. Um estudo de base populacional
na cidade de São Paulo mostrou que 28,7% dos pesquisados
relataram dor com duração de mais de três meses15. Na cidade de
Florianópolis, 29,3% dos idosos apresentaram PC16. Recentemente,
em um estudo transversal
-Em um estudo seccional baseado em uma pesquisa populacional
na cidade de Bauru, um número total de 600 indivíduos foi
entrevistado para determinar a prevalência de dor cervical e fatores
associados em adultos e encontrou uma prevalência de 20,3%17.
Embora esses resultados sejam significativos, é difícil tirar
conclusões a partir dos resultados devido à falta de representação
nas populações de amostra dos estudos.
Esse estudo transversal forneceu dados quantitativos sobre a
prevalência e a gravidade de vários tipos de PC, as características
demográficas dos indivíduos com dor, o impacto da dor no
trabalho e as relações com a PC. Esse primeiro estudo nacional
de base populacional foi necessário para examinar a prevalência
da PC entre a população brasileira e para conciliar as
333
Br J Pain. São Paulo, 2018 oct-dec;1(4):331-8 Carvalho RC, Maglioni CB, Machado
Este estudo teve como objetivo investigar: (1) a prevalência deJE, Silva JR e Silva ML
GB, Araújo
PC na população adulta brasileira em geral e (2) as condições
sociodemográficas, clínicas e médicas responsáveis pela dor e as
localizações corporais da dor.
MÉTODOS
333
Nunca se casou 5,826 (33.19) 4,471 (45.66) 1.65 (1.56-1.74) <0.001
Br J Pain. São Paulo, 2018 oct-dec;1(4):331-8 Carvalho RC, Maglioni CB, Machado
Divorciado 1,077 (6.14)
GB, Araújo JE, Silva JR e 579
Silva (5.91)
ML 1.15 (1.03-1.29) <0.05
Viver com um parceiro 2,397 (13.66) 909 (9.28) 0.81 (074-0.88) <0.001
Continuar...
334
Prevalência e características da dor crônica no Br J Pain. São Paulo, 2018 oct-dec;1(4):331-8
Brasil: um estudo de pesquisa nacional
baseado na Internet
Tabela 3. Frequência da condição de dor diagnosticada pelo médico ou localização da dor no corpo entre os entrevistados com dor crônica de
pelo menos 6 meses de duração
Categoria da dor (condição ou local) Não. com cada % de cada categoria % de cada categoria primária de dor † que
categoria de dor† que era dor primária‡ contribui para a prevalência geral de
pontos§
Condição de dor diagnosticada por um médico
Dor lombar 5,343 59.85 18
Osteoartrite 1,614 69.02 6
Artrite reumatoide 5,331 59.78 18
Enxaqueca 2,792 35.60 6
Síndrome do túnel do carpo 233 21.30 <1
Fibromialgia 823 54.60 3
Dores de cabeça crônicas diárias ou do tipo 833 24.65 1
tensional
Neuropatia periférica diabética 17 40.09 <1
Espondilite anquilosante 22 40.12 <1
Dor relacionada ao câncer 23 50.13 <1
Artropatia psoriática 142 50.79 <1
Neuralgia pós-herpética 43 15.24 <1
Neuralgia do trigêmeo 32 13.18 <1
Outros 653 22.65 1
Localização da dor crônica no corpo
Cabeça 4,232 32 8
Rosto/boca (inclui a mandíbula) 1,366 11 1
Pescoço 4,152 10 2
Parte superior das costas 4,564 43 11
Parte central das costas 2,655 25 4
335
Br J Pain. São Paulo, 2018 oct-dec;1(4):331-8 Carvalho RC, Maglioni CB, Machado
GB, Araújo JE, Silva JR e Silva ML
Parte inferior das costas 7,613 35 15
Continuar...
336
Prevalência e características da dor crônica no Br J Pain. São Paulo, 2018 oct-dec;1(4):331-8
Brasil: um estudo de pesquisa nacional
baseado na Internet
Tabela 3. Frequência da condição de dor diagnosticada pelo médico ou localização da dor no corpo entre os entrevistados com dor crônica de
pelo menos 6 meses de duração - continuação
Categoria da dor (condição ou local) Não. com cada % de cada categoria % de cada categoria primária de dor † que
categoria de dor† que era dor primária‡ contribui para a prevalência geral de
pontos§
Localização da dor crônica no corpo
Tórax (inclui angina pectoris) 937 12 1
Estômago/abdômen 2,044 10 1
Pelve/gengiva 1,546 8 1
Articulações
Quadril(is) 4,807 39 11
Joelho(s) 6,026 39 13
Tornozelo 4,344 10 2
Pés 4,565 23 6
Ombro 5,506 10 3
Cotovelo(s) 4,108 4 1
Pulso(s) 5,039 35 10
Mão(s) 5,985 19 6
Outra articulação 437 0 <1
Quadril (exceto dor nas articulações) 1,478 1 <1
Perna(s) ou pés (exceto dor nas 2,544 8 1
articulações)
Ombro (exceto dor nas articulações) 1,873 9 1
Braço(s) ou mão(s) (exceto dor nas 1,878 25 3
articulações)
Outros 951 33 2
podiam marcar várias condições e locais de dor; ‡A dor primária é definida como a dor que o entrevistado mais gostaria de aliviar e que durou pelo
†Os entrevistados
menos 6 meses. Os entrevistados podiam escolher apenas uma condição ou local de dor como dor primária; §As porcentagens foram calculadas usando o número de
entrevistados com PC por pelo menos 6 meses como denominador.
337
Br J Pain. São Paulo, 2018 oct-dec;1(4):331-8 Carvalho RC, Maglioni CB, Machado
GB, Araújo JE, Silva JR e Silva ML
Outros 3,151 17.95
AINEs = Anti-inflamatórios não esteroidais.
338
Prevalência e características da dor crônica no Br J Pain. São Paulo, 2018 oct-dec;1(4):331-8
Brasil: um estudo de pesquisa nacional
baseado na Internet
A intensidade média da dor primária nos últimos 3 meses foi Os resultados atuais fornecem mais evidências de que essa
moderada, seguida por grave e leve. Além disso, os pacientes tendência é universal. As diferenças têm sido frequentemente
tomaram mais AINEs e medicamentos analgésicos para a dor explicadas como tendo a ver com fatores sociais e culturais e com
sentida anteriormente, respectivamente. os efeitos variáveis de
DISCUSSÃO
339
diferentes
Br J Pain. Sãohormônios masculinos e femininos no
Paulo, 2018 oct-dec;1(4):331-8 corpo
Carvalho e,
RC, Maglioni
mesma forma que os autônomos em relação aos assalariados. A
CB, Machado
GB, Araújo JE, SilvaConstituição
JR e Silva ML brasileira considera empregado qualquer pessoa
recentemente, os diferentes tipos de células imunológicas para
processar a PC, microglia em camundongos machos e células que preste serviços, dependa e receba salário de um empregador
T em camundongos fêmeas. Essa diferença foi associada à r e g u l a r m e n t e . Um indivíduo autônomo é
testosterona, que poderia tornar as células T menos capazes de definido como uma pessoa privada que presta serviços a uma ou
mediar a dor nos machos, levando-os a usar a microglia em seu mais empresas,
lugar25
.
De forma consistente com outras pesquisas sobre PC26-28,
encontramos um aumento na prevalência geral de PC com o
envelhecimento. Na maioria dos estudos, o maior aumento na
prevalência de PC ocorre durante a quarta ou quinta década de
vida e pode estar associado à progressão de alterações
degenerativas no sistema musculoesquelético29. No entanto, a
evidência de uma diminuição relacionada à idade no limiar de
tolerância à dor é muito mais fraca do que a evidência de um
aumento no limiar de dor30. A população idosa compreende o
segmento de crescimento mais rápido da população mundial, e
a complexidade da avaliação da dor geralmente exige uma
abordagem multidisciplinar para o diagnóstico e o
gerenciamento. O médico especialista em dor deve trabalhar
em conjunto com um psicólogo ou psiquiatra, e o fisioterapeuta
também deve fazer parte da equipe para ajudar na funcionalidade31.
Foram observadas relações interessantes entre a PC e a
estrutura familiar. Estudos anteriores relataram que indivíduos
que vivem sozinhos ou que são divorciados têm maior
prevalência de dor musculoesquelética20,32,33. Descobrimos que
as pessoas que moram sozinhas relatam mais PC. Sá et al.13
também encontraram uma maior prevalência de PC em
indivíduos divorciados e viúvos, basicamente porque o divórcio e
a viuvez envolvem fatores sociais que podem agravar o
aparecimento de PC.
A PC é mais prevalente em segmentos menos privilegiados da
população, e os fatores associados a um nível socioeconômico
mais baixo são consistentemente associados a um aumento na
PC14
. A relação de indicadores de status socioeconômico inferior
com a PC é um tema consistente na literatura e, em particular,
fortes correlações foram observadas entre o desemprego devido
a deficiência ou motivos de saúde e a presença de PC18,34,35.
Em nossos dados, as chances de PC aumentaram entre aqueles
com o nível mais baixo de renda familiar (também relatado por
estudos anteriores)15,22,36,37. Dados longitudinais são necessários
para explorar a associação temporal entre incapacidade
relacionada ao trabalho, renda e PC para determinar se esses
são fatores de risco ou consequências da PC.
A prevalência de PC foi maior nas regiões Centro-Oeste, Sul e
Nordeste, embora os participantes com PC na região Sudeste
tenham representado 77,77% do total de pacientes com PC da
amostra brasileira. A região Nordeste apresentou a menor taxa
de prevalência de PC.
As regiões Norte e Nordeste do Brasil são classificadas pelo
índice de desenvolvimento humano como regiões menos
favorecidas no que diz respeito à expectativa de vida, nível
educacional e renda per capita, em comparação com as regiões
Sul e Sudeste. Apesar disso, a região Nordeste tem menor
prevalência de dor. De certa forma, esses dados são conflitantes
com os resultados epidemiológicos da associação entre PC e
fatores socioeconômicos, em que a baixa renda e o baixo nível
educacional são fatores de risco38.
Os desempregados apresentaram maior prevalência de PC, da
340
Prevalência e características da dor crônica no Br J Pain. São Paulo, 2018 oct-dec;1(4):331-8
Brasil: um estudo de pesquisa nacional
baseado na Internet
sem relações empregatícias. Embora pessoas empregadas possam Este estudo tem várias limitações. A estimativa de PC na
sofrer de PC, especialmente dor lombar relacionada ao trabalho, população em geral se baseia na recordação do estado de dor
o desemprego gera preocupações nas pessoas, especialmente em durante um período de tempo definido e é suscetível ao viés de
relação à estabilidade familiar, exacerbando assim a PC39. Isso recordação. Além disso, os dados de dor foram autorrelatados, o
pode explicar a maior prevalência de PC entre os que pode ser impreciso e sujeito a viés de relato, especialmente
desempregados. em entrevistados idosos (69% tinham 55 anos ou mais) que
Além disso, ser autônomo significa que o serviço prestado é podem ter dificuldades de comunicação e possivelmente foram
esporádico, não há subordinação hierárquica e não há salário ajudados por outros membros da casa, o que pode ter
mensal. Como autônomo, o indivíduo presta serviços por sua influenciado suas respostas. Outro aspecto está relacionado a
própria conta e risco, sem horário de trabalho fixo ou
subordinação, e não tem direito a benefícios regulares, como
férias remuneradas, plano de saúde, refeições ou transporte. Isso
pode explicar a maior prevalência de PC entre os autônomos.
As principais causas de PC no Brasil foram dor nas costas,
artrite reumatoide, dores de cabeça e osteoartrite, e isso é
semelhante a outras pesquisas sobre PC18,40,41. Além disso, de
acordo com outros estudos15,42,43, descobrimos que a região
lombar (35%) é o local mais comum de dor. Cerca de 80% dos
adultos sentem dor lombar em algum momento de suas vidas44.
Além disso, a dor lombar é a causa mais comum de
incapacidade relacionada ao trabalho e um dos principais
contribuintes para os dias de trabalho perdidos45. A dor pode
começar abruptamente como resultado de um acidente ou ao
levantar algo pesado, ou pode se desenvolver com o tempo
devido a alterações da coluna relacionadas à idade. Estilos de
vida sedentários também podem preparar o terreno para a dor
lombar, especialmente quando uma rotina de pouco exercício
durante a semana é pontuada por exercícios extenuantes nos
finais de semana46.
Nossos resultados são consistentes com outras pesquisas e
sugerem uma carga considerável de saúde pública da PC no
Brasil, com cerca de dois terços dos casos de PC.
-A maioria das pessoas relatou que a PC durou pelo menos 6
meses e cerca de 85% dos indivíduos relataram dor de
intensidade moderada a grave nos últimos 3 meses. A alta
prevalência da PC e sua carga social negativa justificam a
consideração da PC como uma prioridade de saúde pública47.
O subtratamento da dor, um problema persistente nos países
subdesenvolvidos, só pode ser reduzido com um melhor
diagnóstico e tratamento aplicados a partir de uma estrutura de
saúde pública. Entender a dor como uma doença pode reduzir a
carga e suas condições comórbidas, bem como diminuir
potencialmente o subtratamento e o diagnóstico incorreto da
dor2,48.
No geral, a maioria tomou anti-inflamatórios não esteroides
(AINEs) (7.065, 40,25%) no momento da pesquisa para o
tratamento da PC. Os AINEs não são recomendados para uso
em longo prazo, e é fundamental uma vigilância cuidadosa para
monitorar a toxicidade e a eficácia49. Embora o uso de AINEs
tenha sido mais prevalente no Brasil, 91% na Finlândia41 ou 95% na
Índia50 dos
entrevistados da pesquisa estavam tomando AINEs.
Portanto, os riscos do uso crônico de AINEs são significativos
no tratamento da PC. Eles podem causar úlceras que ameaçam
a vida e sangramento gastrointestinal, um efeito colateral que
ocorre com mais frequência e com maior gravidade à medida
que as pessoas envelhecem51.
341
-pain-strategy.html (acessado em fevereiro de 2016). 2010.
acesso
Br J Pain.àSão
Internet entre
Paulo, 2018 a população brasileira deCarvalho
oct-dec;1(4):331-8 diferentes
RC, Maglioni CB,
8. Machado
LJ. D. Pain: breaking through the barrier (Dor: ultrapassando a barreira). 150 anos
condições sociais e econômicas, vivendo nas diferentesGB,regiões Araújo JE, Silva JR e do
Silva ML Report of the Chief Medical Officer: on the state of the public health
Annual
(Relatório Anual do Diretor Médico: sobre o estado da saúde pública). Londres.
geográficas do país. O questionário foi on-line, e os http://webarchive.natio- nalarchives.gov.uk/
participantes usaram a Internet para responder às perguntas. 20130107105354/http://www.dh.gov.uk/en/Publicationsandsta-
Portanto, 99,79% das respostas dos PCs foram de que eles têm
"acesso à Internet".
Além disso, apesar da dimensão continental do Brasil e da
ampla diversificação climática, influenciada por sua
configuração geográfica, não nos concentramos na relação entre
a PC e o clima ou a situação ambiental neste estudo. Por fim,
não existem ferramentas validadas para avaliar a dor
autorrelatada e, como a dor é uma experiência subjetiva, as
avaliações da intensidade, duração e frequência da dor
autorrelatada são consideradas aceitáveis. Da mesma forma,
confiamos em autorrelatos para diagnósticos de condições
médicas e não pudemos verificar essas informações. No
entanto, a metodologia de pesquisa baseada na Internet foi
uma maneira eficiente de atingir uma grande amostra da
população brasileira, com informações demográficas
disponíveis para todo o painel, permitindo a comparação de
pessoas com e sem PC.
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
1. Gureje O, Von Korff M, Simon GE, Gater R. Persistent pain and well-being: a
World Health Organization Study in Primary Care. JAMA. 1998;280(2):147-51.
2. Goldberg DS, McGee SJ. Pain as a global public health priority (A dor como uma
prioridade global de saúde pública). BMC Public Health. 2011;11:770.
3. Currow DC, Agar M, Plummer JL, Blyth FM, Abernethy AP. Chronic pain in
South Australia - population levels that interfere extremely with activities of daily
living (Dor crônica no sul da Austrália - níveis populacionais que interferem
extremamente nas atividades da vida diária). Aust N Z J Public Health.
2010;34(3):232-9.
4. Torrance N, Smith BH, Bennett MI, Lee AJ. A epidemiologia da dor crônica de
origem predominantemente neuropática. Resultados de uma pesquisa com a
população em geral. J Pain. 2006;7(4):281-9.
5. USG. DoHaHS. Estratégia Nacional de Dor: uma estratégia abrangente de saúde
da população para a dor,
http://iprcc.nih.gov/docs/DraftHHSNationalPainStrategy.pdf 2015.
6. Comitê para o Avanço da Pesquisa sobre a Dor C aEBoHSPIoM. Relieving pain in
America: a blueprint for transforming prevention, care, education and research.
http://www. nap.edu/catalog/13172/relieving-pain-america-a-blueprint-for-
transforming-pre- vention-care (acessado em fevereiro de 2016). 2011.
7. Estratégia TNP. http://www.painaustralia.org.au/ the-national-pain-strategy/national-
342
Prevalência e características da dor crônica no Br J Pain. São Paulo, 2018 oct-dec;1(4):331-8
Brasil: um estudo de pesquisa nacional
baseado na Internet
tistics/ Publications/AnnualReports/DH_096206. 2008. e características da dor crônica na população norueguesa em geral. Eur J Pain.
9. Jackson T, Thomas S, Stabile V, Han X, Shotwell M, McQueen K. Prevalence of chro- 2004;8(6):555-65.
nic pain in low-income and middle-income countries: a systematic review and meta- 29. Mitchell C. Assessment and management of chronic pain in elderly people
-análise. Lancet. 2015;385(Suppl 2):S10. (Avaliação e gerenciamento da dor crônica em idosos). Br J Nurs. 2001;10(5):296-
10. Vos T, Flaxman AD, Naghavi M, Lozano R, Michaud C, Ezzati M, et al. Years lived 304.
with disability (YLDs) for 1160 sequelae of 289 diseases and injuries 1990- 2010: a 30. Lautenbacher S, Peters JH, Heesen M, Scheel J, Kunz M. Age changes in pain
systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010. Lancet. perception: a systematic-review and meta-analysis of age effects on pain and
2012;380(9859):2163-96. tolerance thresholds. Neurosci Biobehav Rev. 2017;75:104-13.
11. Cabezas RD, Mejía FM, Sáens X. Epidemiological study of chronic pain in Caldas, 31. Lansbury G. Chronic pain management: a qualitative study of elderly people's preferred
Colombia (Dolca Study). Acta Med Colomb. 2009;34(3):96-102. coping strategies and barriers to management (Gerenciamento da dor crônica: um
12. Dellaroza MS, Pimenta CA, Matsuo T. [Prevalência e caracterização da dor crônica estudo qualitativo das estratégias de enfrentamento preferidas dos idosos e barreiras ao
entre idosos que vivem na comunidade]. Cad Saude Publica. 2007;23(5):1151- gerenciamento). Disabil Rehabil. 2000;22(1-2):2-14.
60. Português. 32. Soares JJ, Sundin O, Grossi G. Age and musculoskeletal pain (Idade e dor
13. Sá K, Baptista AF, Matos MA, Lessa I. Prevalência de dor crônica e fatores musculoesquelética). Int J Behav Med. 2003;10(2):181-90.
associados na população de Salvador, Bahia. Rev Saude Publica. 2009;43(4):622-30. 33. Soares JJ, Jablonska B. Psychosocial experiences among primary care patients with
Inglês, Português. and without musculoskeletal pain. Eur J Pain. 2004;8(1):79-89.
14. Vieira EB, Garcia JB, Silva AA, Araújo RL, Jansen RC, Bertrand AL. Dor crônica, 34. Blyth FM, March LM, Brnabic AJ, Jorm LR, Williamson M, Cousins MJ. Chronic
fatores associados e impacto na vida diária: há diferenças entre os sexos? Cad Saude pain in Australia: a prevalence study (Dor crônica na Austrália: um estudo de
Publica. 2012;28(8):1459-67. prevalência). Pain. 2001;89(2-3):127-34.
15. Cabral DM, Bracher ES, Depintor JD, Eluf-Neto J. P r e v a l ê n c i a d e dor 35. Dueñas M, Salazar A, Ojeda B, Fernandez-Palacin F, Mico JA, Torres LM, et al. A
crônica e fatores associados em um segmento da população da cidade de São Paulo. J nationwide study of chronic pain prevalence in the general Spanish population: iden
Pain. 2014;15(11):1081-91. tifying clinical subgroups through cluster analysis. Pain Med. 2015;16(4):811-22.
16. dos Santos FA, de Souza JB, Antes DL, d'Orsi E. Prevalência de dor crônica e sua 36. Yeo SN, Tay KH. Prevalência de dor em Cingapura. Ann Acad Med Singapore.
associação com a situação sociodemográfica e atividade física no lazer de idosos em 2009;38(11):937-42.
Florianópolis, Santa Catarina: estudo de base populacional. Rev Bras Epidemiol. 37. de Sola H, Salazar A, Duenas M, Ojeda B, Failde I. Nationwide cross-sectional study
2015;18(1):234-47. of the impact of chronic pain on an individual's employment: relationship with the
17. Genebra C, Maciel NM, Bento TPF, Simeao S, Vitta A. Prevalência e fatores family and the social support. BMJ Open. 2016;6(12):e012246.
associados à dor no pescoço: um estudo de base populacional. Braz J Phys Ther. 38. Shmagel A, Foley R, Ibrahim H. Epidemiology of chronic low back pain in US
2017;21(4):274-80. adults: data from the 2009-2010 National Health and Nutrition Examination
18. Johannes CB, Le TK, Zhou X, Johnston JA, Dworkin RH. The prevalence of chronic pain Survey. Arth- ritis Care Res. 2016;68(11):1688-94.
in United States adults: results of an Internet-based survey (A prevalência da dor crônica 39. Català E, Reig E, Artés M, Aliaga L, López J, Segú J. Prevalence of pain in the
em adultos dos Estados Unidos: resultados de uma pesquisa baseada na Internet). J Spanish population: telephone survey in 5000 homes. Eur J Pain 2002;6(2):133-40.
Pain. 2010;11(11):1230-9. 40. Elzahaf RA, Johnson MI, Tashani OA. The epidemiology of chronic pain in Libya: a
19. Treede RD, Rief W, Barke A, Aziz Q, Bennett MI, Benoliel R, et al. A classification cross-sectional telephone survey (A epidemiologia da dor crônica na Líbia: uma
of chronic pain for ICD-11. Pain. 2015;156(6):1003-7. pesquisa telefônica transversal). BMC Public Health. 2016;16(1):776.
20. Inoue S, Kobayashi F, Nishihara M, Arai YC, Ikemoto T, Kawai T, et al. Chronic 41. Breivik H, Collett B, Ventafridda V, Cohen R, Gallacher D. Survey of chronic pain
pain in the Japanese community--prevalence, characteristics and impact on quality of in Europe: prevalence, impact on daily life, and treatment (Pesquisa sobre dor crônica na
life. PLoS One. 2015;10(6):e0129262. Europa: prevalência, impacto na vida diária e tratamento). Eur J Pain. 2006;10(4):287-333.
21. Kurita GP, Sjøgren P, Juel K, Højsted J, Ekholm O. The burden of chronic pain: a 42. Hardt J, Jacobsen C, Goldberg J, Nickel R, Buchwald D. Prevalence of chronic pain
cross-sectional survey focusesing on diseases, immigration, and opioid use. Pain. in a representative sample in the United States (Prevalência de dor crônica em uma
2012;153(12):2332-8. amostra representativa dos Estados Unidos). Pain Med. 2008;9(7):803-12.
22. Chen B, Li L, Donovan C, Gao Y, Ali G, Jiang Y, et al. Prevalência e características 43. Wong WS, Fielding R. Prevalence and characteristics of chronic pain in the general
da dor corporal crônica na China: um estudo nacional. Springerplus. 2016;5(1):938. population of Hong Kong (Prevalência e características da dor crônica na população
23. Elliott AM, Smith BH, Penny KI, Smith WC, Chambers WA. The epidemiology of geral de Hong Kong). J Pain. 2011;12(2):236-45.
chronic pain in the community (A epidemiologia da dor crônica na comunidade). 44. Refshauge KM, Maher CG. Investigações e prognóstico da dor lombar: uma revisão.
Lancet. 1999;354(9186):1248-52. Br J Sports Med. 2008;40(6):494-8.
24. Fillingim RB, Edwards RR, Powell T. The relationship of sex and clinical pain to 45. Wynne-Jones G, Cowen J, Jordan JL, Uthman O, Main CJ, Glozier N, et al.
experimental pain responses (A relação do sexo e da dor clínica com as respostas Absence from work and return to work in people with back pain: a systematic review
experimentais à dor). Pain. 1999;83(3):419-25. and meta-analysis. Occup Environ Med. 2014;71(6):448-56.
25. Sorge RE, Mapplebeck JC, Rosen S, Beggs S, Taves S, Alexander JK, et al. Different 46. Almeida DC, Kraychete DC. Dor lombar - uma abordagem diagnóstica. Rev Dor.
immune cells mediate mechanical pain hypersensitivity in male and female mice. 2017;18(2):173-7.
Nat Neurosci. 2015;18(8):1081-3. 47. Ollila E. Global health priorities - priorities of the wealthy? Global Health. 2005;1(1):6.
26. Azevedo LF, Costa-Pereira A, Mendonça L, Dias CC, Castro-Lopes JM. Epidemiology 48. Albuquerque MV, Viana AL, Lima LD, Ferreira MP, Fusaro ER, Iozzi FL.
of chronic pain: a population-based nationwide study on its prevalence, Desigualdades regionais em saúde: mudanças observadas no Brasil de 2000-2016.
characteristics and associated disability in Portugal. J Pain. 2012;13(8):773-83. Cien Saude Colet. 2017;22(4):1055-64.
27. Raftery MN, Sarma K, Murphy AW, De la Harpe D, Normand C, McGuire BE. 49. Ussai S, Miceli L, Pisa FE, Bednarova R, Giordano A, Della Rocca G, et al. Impacto
Chronic pain in the Republic of Ireland -community prevalence, psychosocial profile do uso potencialmente inadequado de AINEs na dor crônica. Drug Des Devel Ther.
and predictors of pain-related disability: results from the Prevalence, Impact and Cost 2015;9:2073-7.
of Chronic Pain (PRIME) study, part 1. Pain. 2011;152(5):1096-103. 50. Dureja GP, Jain PN, Shetty N, Mandal SP, Prabhoo R, Joshi M, et al. Prevalência
28. Rustoen T, Wahl AK, Hanestad BR, Lerdal A, Paul S, Miaskowski C. Prevalência de dor crônica, impacto na vida diária e práticas de tratamento na Índia. Pain Pract.
2014;14(2):E51-62.
51. Sostres C, Gargallo CJ, Lanas A. Nonsteroidal anti-inflammatory drugs and upper
and lower gastrointestinal mucosal damage. Arthritis Res Ther. 2013;15(Suppl
3):S3.
343
Br J Pain. São Paulo, 2018 oct-dec;1(4):331-8 Carvalho RC, Maglioni CB, Machado
GB, Araújo JE, Silva JR e Silva ML
344