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1. Bacilos:
Bacillus (aeróbios anaeróbios facultativos)
1.1. Formadores de endosporos
Clostridium (anaeróbios estritos)
Listeria
1.2. Não formadores de endosporos
Corynebacterium
2. Mycobacterium
(integrado no grupo dos Actinomycetes. Exemplo: M.tuberculosis – espécie de
micobactéria patogénica, é o agente etiológico da tuberculose; será descrito adiante.)
3. Outros Actinomycetes
- Bacillus anthracis:
Fisiologia e estrutura:
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B. anthracis Cultura de B. anthracis
(cor roxa – Gram + ; endosporos visíveis)
Patogenia:
Protective Antigen (PA) é uma exotoxina que se liga ao receptor ATR, à superfície
da célula hospedeira. A forma 83-kDa do PA é clivada pela protease furina, e produz-se
o monómero 63-kDa. A heptamerização do PA induz a formação de um “cluster” de
ATR’s, associação do complexo com rafts lipídicos, e a exposição de domínios de
ligação ao Factor de Edema (EF) ou ao Factor Letal (LF). O heptâmero, e a ligação ao
EF, ou LF, são depois endocitados.
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Uma vez libertado EF e na presença de ATP e de calmodulina (CaM), forma-se
cAMP, e consequentemente surge um edema.
A libertação de LF causa necrose celular (ocorre a morte de muitos macrófagos,
por ex.)
Epidemiologia:
Patologias:
- Antrax cutâneo:
Tecidos necrosados
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- Antrax gastrointestinal:
Antrax pulmonar
com alargamento do Mediastino
Esporos de B. anthracis
num bronquíolo
Tratamento:
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Penicilina, doxicilina e ciprofloxacina
Prevenção:
- Bacillus cereus:
Patologias:
LT (termolábil)
gastroenterite diarreica
• Gastroenterites: causadas por duas enterotoxinas
ST (termoestável)
gastroenterite emética
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aquecimento insuficiente para destrui-los e que quando retomam a sua forma vegetativa,
produzem a toxina.
Epidemiologia:
Prevenção:
Reside no controlo da carga microbiana dos alimentos (os alimentos devem ser
consumidos imediatamente após a confecção ou refrigerados).
A quantificação dos endosporos presentes nos alimentos (Microbiologia
Alimentar) é, então, muito importante, pois permite avaliar a qualidade daqueles, e
consequentemente o risco de intoxicação alimentar após a sua ingestão.
Tratamento:
Tanto a forma emética quanto a forma diarreica são doenças auto-limitadas, isto
é, não requerem intervenção medicamentosa. No entanto, as pessoas com sintomas,
devem ingerir líquidos constantemente.
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As infecções oculares necessitam da remoção dos corpos estranhos e do
tratamento com: vancomicina, clindamicina, ciprofloxacina ou gentamicina.
(O B. cereus transporta genes de resistência às penicilinas e às cefalosporinas,
daí que estas não sejam eficazes).
Larvicidas bacterianos:
- B. thuringiensis:
O seu corpo paraesporal produz um cristal tóxico,
que funciona como insecticida.
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- B. sphaericus:
Produz um corpo paraesporal que inibe a larva do
mosquito que transporta o Plasmodium falciparum
- Clostridium sp:
Este género inclui todos os bacilos Gram positivos anaeróbios capazes de formar
endosporos (termoresistentes). O seu esporo é terminal, e são ubíquos.
Promovem a destruição de alimentos.
Causam intoxicações, e algumas doenças:
espasmos
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- Cl. perfringers: produz enterotoxinas, causando intoxicações alimentares. Uma
daquelas enterotoxinas causa a gangrena gasosa (apodrecimento dos tecidos dos
membros).
- Listeria monocytogenes:
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Patogenia:
Patologias:
• Doenças no recém-nascido:
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- Doença de início tardio (adquirida durante ou logo após o parto).;
- Meningites;
• Doenças no adulto:
Prevenção:
- Evitar comer alimentos mal cozinhados, vegetais mal lavados e queijos não
pasteurizados.
Tratamento:
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- Corynebacterium diphtheriae:
(Nota: outra bactéria, já estudada, que também é tóxica quando lisogénica é a do vibrião
colérico)
- Na ausência de Ferro:
O repressor da toxina diftérica (DTxR) não tem afinidade para o operador (IB –
“Iron Box”), por isso, não há inibição da transcrição (o gene da toxina diftérica é
transcrito).
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- Na presença de Ferro:
O Ferro actua como ligando, e uma vez ligado ao DTxR, tornando-o activo, liga-se
a IB e não há transcrição do gene da toxina.
(Nota: operão triptofano é outro exemplo deste tipo de regulação – controlo negativo de um
repressor)
Banda de precipitação
(Ag – Ac) ligada à
estirpe toxinogénica
O teste de difusão e, gel (Teste de Elek) in vitro é um método onde se coloca uma
fita de papel de filtro impregnada com antitoxina à superfície do meio de cultura e as
amostras de microorganismos são semeadas perpendicularmente à fita. A linha de
precipitação antigénio – anticorpo indica que houve produção da toxina.
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Mycobacterium:
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- São álcool-ácido resistentes:
Espécies de micobactérias:
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- M. tuberculosis:
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Um resultado positivo indica que houve contacto com o bacilo, mas não indica
doença, porque:
- Cultura de M. tuberculosis:
Tratamento:
-Isoniazida
Inibidores da parede
- Etambutol
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Actinomycetes:
Nocardia sp:
- Bacilos filamentosos;
- Gram positivos;
- Parcialmente ácido-resistentes;
- Parede celular com ácido micólico.
Doenças:
- Doença bronco-pulmonar;
- Infecções cutâneas primária ou secundária;
- Infecções secundárias do sistema nervoso central (exemplo: abcessos cerebrais)
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- Os microorganismos do complexo N. asteroides causam cerca de 90 % das infecções
humanas por Nocardia.
Micromonospora sp:
Micromonospora sp
Streptomyces sp:
S. griseus
Bibliografia:
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- Slides da aula teórica e apontamentos;
- Murray, P. Rosenthal, K. George, K. Michael, P.; Microbiologia Médica. 4ª edição;
Guanabara Koogan. 2002;
- Prescott, Harley, and Klein’s Microbiology, de Joanne M. Willey, Linda M. Sherwood
e Christopher J. Woolverton, Edição Internacional – 5ª edição, McGrawHill, Cap. 15
- http://www.textbookofbacteriology.net/Bacillus.html
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