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Conversando sobre
o corpo humano

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O SISTEMA DIGESTIVO

O sistema digestivo é composto por um tubo de 10 a 12


metros e nesse caminho os alimentos sofrem transformações
mecânicas e químicas para ser absorvido pelo organismo e alimenta
as células.
Fazem parte dos seguintes órgãos:

 Boca
 Faringe
 Esôfago
 Estômago
 Fígado
 Pâncreas
 Intestino delgado
 Intestino grosso
 Reto
 Ânus

Órgãos anexos, como o fígado e o pâncreas, contribuem


com a digestão e absorção produzindo enzimas digestivas.

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CARACTERÍSTICAS

O pâncreas é uma glândula alongada e achatada


que mede entre 15 e 25 cm de comprimento, em forma de
folha, situada na parte posterior do abdômen, atrás do
estômago, entre o intestino e o baço.

Tem papel fundamental na produção de hormônios


como insulina e glucagon que controlam os níveis de glicose
no sangue, além de enzimas importantes como amilase,
lipase e tripsina, importantes para o processo digestivo.

Pesa cerca de 100 gramas e apresenta três regiões


principais: a cabeça, o corpo e a cauda.

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PRINCIPAIS
FUNÇÕES

O pâncreas, como glândula mista e apresenta uma


dupla função:

• Endócrina – produzindo hormônios que controlam o nível


de glicemia no sangue;

• Exócrina, produzindo enzimas envolvidas na digestão e


absorção dos alimentos.

Vamos nos aprofundar nas funções do pâncreas:

1 – produção de suco pancreático e


2 – controle da glicose no sangue.

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Produção do suco pancreático

O suco pancreático, produzido por células denominadas


ácinos pancreáticos, é rico em bicarbonato que reduz a acidez do
quimo, e contém enzimas que são liberadas no duodeno para auxiliar
na digestão dos alimentos e no metabolismo dos nutrientes.
A liberação do suco pancreático é regulada pelo sistema
nervoso quando nos alimentamos, por meio do cheiro e do gosto do
alimento e da chegada do bolo alimentar no estômago.
Ela se dá por ação de dois hormônios: a secretina e a
colecistoquinina (CCK), produzidos pela mucosa do duodeno quando
estimulados pela chegada do alimento nessa região.
As enzimas presentes na secreção pancreática são lançadas
no quimo (do estômago) para quebrar os alimentos em partículas
menores para serem absorvidas pela mucosa do intestino delgado.
São elas: a amilase que digere carboidratos e açúcares, a
tripsina e a quimotripsina que digerem proteínas, a lipase que digere
gorduras e as nucleases, que agem sobre os ácidos nucleicos.
O fluxograma a seguir explica melhor essas fases:

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FASES DA SECREÇÃO PANCREÁTICA


DURANTE A REFEIÇÃO:

É iniciada pela visão, olfato e paladar.


O nervo vago aciona a liberação de
FASE 1 secreção de suco pancreático contendo
enzimas que realizam a digestão e
CEFÁLICA
bicarbonato de sódio para reduzir a
acidez estomacal protegendo o intestino.

FASE 2 Acontece a distensão gástrica pelo


alimento, que estimula a secreção de
GÁSTRICA
enzimas

Liberação do hormônio gastrointestinal


colecistoquinina (CCK), estimulando a
FASE 3 contração da vesícula biliar e secreção de

INTESTINAL enzimas do pâncreas, potencializando a


digestão de carboidrato, gordura e
proteínas.

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FLUXOGRAMA
AÇÃO DO SUCO PANCREÁTICO NA PROTEÇÃO
DA MUCOSA INTESTINAL

O quimo sai do estômago e chega ao intestino delgado


A mucosa intestinal precisa de proteção contra a acidez do


suco gástrico

Mecanismo de neutralização do ácido clorídrico


Pâncreas libera suco pancreático


Secreção tem alta concentração de bicarbonato de sódio

A substância alcalina neutraliza a acidez


Deixa o ambiente apropriado para a ação das enzimas
digestivas, que precisam de um meio ligeiramente alcalino
ou neutro (pH entre 7 e 8)

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Controle do nível de glicose no sangue

Uma das funções endócrinas é a produção, por


células denominadas ilhotas de Langerhans, de insulina,
somatostatina e glucagon, hormônios que controlam os
níveis de açúcar no sangue, o metabolismo do corpo e o
controle da glicemia.

Glucagon e insulina são antagonistas, atuando de


formas opostas: enquanto ele aumenta a concentração de
glicose na corrente sanguínea, ela diminui.

Diferentemente do suco pancreático, que é enviado


para o sistema digestivo, a insulina é lançada diretamente
no sangue.

No fluxograma a seguir explicamos melhor as


características desses 2 hormônios essenciais à vida:

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A insulina é um hormônio que atua no controle da


glicose e pode evitar suas complicações mais severas
Mas ela apresenta outras funções importantes para
permitir que a glicose entre nas células, além de coordenar a
estocagem e o metabolismo de carboidratos, gorduras e
proteínas.
A glicose é bastante utilizada pelas células nervosas,
mas a atuação mais significativa da insulina é sobre o fígado,
onde inibe a saída de glicose e estimula a síntese de
glicogênio, a reserva energética que o organismo forma.
A insulina facilita a entrada da glicose nas células
musculares, e no tecido adiposo promove a entrada de glicose
e a estocagem de triglicerídeos.
Por sua atuação a insulina reduz a presença no sangue
da glicose, de alguns aminoácidos e dos ácidos graxos livres.
Ela também é importante para facilitar a entrada nas
células de minerais essenciais para síntese de glicogênio e
das proteínas como potássio, magnésio e fosfato, e estimular
a reabsorção deles nos rins.

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INSULINA GLUCAGON

Produzida pelas células Produzido pelas células


beta das ilhotas de alfa das ilhotas de
Langerhans Langerhans
É armazenada no fígado sob a Estimula o fígado a
forma de glicogênio degradar glicogênio e
liberar glicose quando o
corpo precisa de energia
Secreção estimulada pelo Secreção estimulada por
aumento da concentração de meio da queda da
glicose no sangue concentração de glicose

Age para reduzir a alta Ele atua estimulando a


concentração de glicose na síntese e liberação de
corrente sanguínea, glicose pelo fígado
transportando a glicose para aumentando a lipólise nos
dentro das células tecidos adiposos

Aumenta a captação da Aumenta a concentração de


glicose nos músculos glicose no sangue
esqueléticos, no tecido
adiposo e no fígado

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Ação do nervo
vago no pâncreas

Como dissemos anteriormente, o vago é o principal nervo do


sistema parassimpático e se estende ao longo de todo o intestino
delgado, estimula a secreção de ácido, de enzimas e de fatores
digestivos, coordena a movimentação do intestino.
Essa coordenação é importante para a absorção dos nutrientes.
Há três tipos de estímulos que acionam a secreção pancreática
para forçar a liberação de enzimas que absorvem os nutrientes e na
liberação de bicarbonato de sódio para reduzir a acidez do quimo
quando chega ao intestino delgado.
Dois deles são a colecistocinina (CCK) e a secretina,
secretados pelo duodeno e pelo jejuno quando o quimo extremamente
ácido entra no intestino delgado, acionando o pâncreas para a produção
de enzimas digestivas pancreáticas e de solução aquosa de bicarbonato
de sódio, respectivamente.
O terceiro estímulo é a acetilcolina, liberada pelas terminações
do nervo vago parassimpático e por outros nervos colinérgicos para o
sistema nervoso entérico e que também aciona as enzimas digestivas
pancreáticas.
Um dos ramos do nervo vago abrange o abdômen, denominado
ramo celíaco, que inerva pâncreas, rins, baço, adrenais e intestino.

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SINTOMAS QUE
PRECISAM DE ATENÇÃO

DOR: principalmente abdominal, que pode iniciar de forma súbita e tornar-


se progressivamente mais forte e contínua, geralmente após a ingestão de
algum alimento com alto teor de gordura. Normalmente, acontece no centro
do abdômen, debaixo da costela e de espalha, com uma sensação de
ardência, e aumenta quando o paciente deita de barriga para cima e
comprime o órgão.

FEBRE: episódios de febre são comuns em quadros de inflamação, como é


o caso da pancreatite, indicando que algo pode estar errado.

NÁUSEAS E VÔMITO: as alterações no sistema digestivo prejudicam a


digestão (dando a sensação de má-digestão e algumas vezes inchaço), e
em caso de problemas no pâncreas mal-estar e enjoos são comuns. Pode
acontecer diarreia com eliminação de gordura nas fezes.

PERDA REPENTINA DE PESO: a má-digestão leva a uma má absorção


dos nutrientes e como consequência acontece a perda de peso.

CANSAÇO E DORES DE CABEÇA: sensação de fadiga e mal-estar,


irritação, dificuldade de concentração e dores de cabeça súbitas são
comuns em quadros clínicos de inflamação, em razão do acionamento
constante do sistema imunológico, o que consome muita energia.

TAQUICARDIA: batimentos cardíacos acelerados são comuns quando o


organismo está debilitado e o sistema imunitário está em alerta, também
gerando uma sensação de cansaço.

PELE E OLHOS AMARELADOS E URINA ESCURA: também são quadros


que podem acontecer e que precisam ser imediatamente investigados.

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FATORES
DE
RISCO

• Excesso de gorduras
na alimentação;

Obesidade;

Excessivo de álcool;

Fumar;

Sedentarismo.

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Doenças que
afetam o pâncreas
Doenças que podem afetar o pâncreas: diabetes, problemas digestivos,
inflamação e câncer, com sintomas que podem variar entre: dor no abdômen,
náuseas e vômitos.

PANCREATITE

Inflamação causada pela movimentação de cálculos biliares, que


obstruem o ducto pancreático, e o tratamento convencional visa debelar a
inflamação, que pode ser causada por:

 Nas mulheres, a principal causa é a pedra de vesícula que se desloca


 Uso de medicamentos
 Abuso de álcool

Pessoas que consomem bebidas alcoólicas em excesso ou são


tabagistas, podem apresentar fibrose cística, cálculos biliares, níveis altos de
triglicérides ou histórico familiar da doença e ficam mais suscetíveis à pancreatite,
que pode ser classificada em:

 Aguda – os sintomas surgem de repente e podem ser facilmente controlados


com um tratamento precoce e adequado;
 Crônica – os sintomas surgem ao longo dos anos e pode ser resultado do
consumo constante de bebidas alcoólicas ou da evolução da pancreatite
aguda.

Principais sintomas: dor contínua na região superior do abdômen e nas costas


(principalmente depois de comer) de intensidade variável, náuseas, vômitos,
arritmia, diarreia, sensação de inchaço, perda de peso sem causa aparente, febre
e presença de fezes amareladas e com gordura.

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INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA

Caracterizada pela redução da produção de enzimas pelo pâncreas,


com causas que podem ser: alcoolismo crônico, tabagismo, doenças
genéticas e realização de cirurgias.
Principais sintomas: má digestão, dor abdominal, presença de gordura nas
fezes, perda de peso, diarreia, anemia e desnutrição devido à perda de
nutrientes e alteração no processo de digestão devido à falta de enzimas.

DIABETES

Caracterizada pelo aumento da concentração de glicose no sangue


uma vez que a disfunção do pâncreas reduziu a produção de insulina,
hormônio que insere a glicose nas células. Ela pode ser causada por uma
deficiência na produção de insulina ou uma má absorção desse hormônio.
A diabetes tipo 1 á causada pela destruição das células beta do
pâncreas, responsáveis pela produção da insulina.
A diabetes tipo 2 responde por 90 a 95% dos casos de diabetes e
mantém estreita relação com a obesidade e estilo de vida.
Principais sintomas: aumento da vontade de ir ao banheiro (o excesso de
glicose é eliminada pela urina), aumento da sede e da fome, perda de peso
sem causa aparente, muito sono e cansaço, alterações repentinas de humor e
maior probabilidade de infecções.

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CISTOS NO PÂNCREAS

Geralmente são benignos e se parecem com pequenas bolsas de


ar ou de líquido, mas que precisam ser diagnosticadas precocemente para
que não se tornem um tumor maligno.

CÂNCER DE PÂNCREAS

Mais frequente aos 60 ou 70 anos de idade ou em casos genéticos,


ou ainda em pessoas que consomem bebidas alcoólicas e cigarro
regularmente.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de
pâncreas representa 2% do total de casos diagnosticados no país e 4% das
mortes. Tumor altamente agressivo com altas chances de metástase e grave
risco de morte, figurando em 4º lugar entre os tipos mais frequentes nas
mulheres e o 5º entre os homens.
Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença,
estão: cigarro, álcool, pancreatite crônica, diabetes mellitus tipo II e
exposição a substâncias químicas, como agrotóxicos.
Sem sintomas específicos e de difícil diagnóstico nos estágios
iniciais, mas podem aparecer sintomas como:
• icterícia,
• urina escura e fezes de cor clara,
• dor no abdome ou na lombar,
• sensação de empachamento,
• náusea, vômito ou indigestão,
• cansaço,
• perda de apetite e de peso inexplicável e
• aparecimento repentino de diabetes.

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Atuação da
auriculoterapia
no equilíbrio e
funcionamento ideal
Ponto Pâncreas
do pâncreas.

Observações

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REFERÊNCIAS
Guyton & Hall, Tratado de Fisiologia Médica, 13ª edição
Alimentos, Nutrição e dietoterapia, Kathleen Mahan e Janice Raymond, 14ª edição
O corpo humano, National Geografic, O grande Atlas de anatomia para toda a
família, edição especial
O Discreto charme do Intestino, Giulia Enders
Estudo Complementar em Gastroenterologia: Aspectos Anatômicos e Clínicos, Liga
de Gastroenterologia Medicina de Alfenas
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/biologia-do-
sistema-digestivo/p%C3%A2ncreas

https://www.tuasaude.com/pancreas/

https://www.tuasaude.com/doencas-do-pancreas/

https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-e-e-para-que-serve-o-pancreas/

https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/pancreas/

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/pancreas.htm
https://hepatogastro.com.br/quais-sintomas-alertam-doenca-no-pancreas/
https://saolucascopacabana.com.br/pt/sobre-nos/blog/conheca-as-doencas-do-
pancreas
https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/pancreas.htm
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/o-pancreas/677/145/

https://www.todamateria.com.br/pancreas/

http://associacaopaulistamedicina.org.br/noticia/quais-as-funcoes-do-pancreas

https://www.accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tipos-de-cancer/pancreas

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pancreas

https://www.sanarmed.com/nervo-vago-anatomia-e-funcoes-colunistas

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