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TEORIA MUSICAL

Adaptado para alunos de instrumentos de Sopro e Percussão


Elvis Washington Reis
1. MÚSICA: CONCEITOS BÁSICOS
• Música é a arte de organizar os sons de maneira agradável ao ouvido
• Se divide em 3 partes: Melodia (sequência de sons), Harmonia (sons
simultâneos) e Ritmo (organização dos sons por tempo de emissão)
• Possui 4 propriedades: Altura(sons graves, médios e agudos), Duração
(tempo de emissão do som), Intensidade (grau de força) e Timbre
(identificação da fonte sonora)
• Fonte sonora: objeto que produz som (instrumento, voz, objeto do cotidiano
etc.)
• Os sons que usamos para tocar ou cantar uma peça musical são
chamados de Notas Musicais.
• As notas musicais são sete (7): Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si.
2. PENTAGRAMA
• Pentagrama (ou Pauta): Conjunto de cinco (5) linhas e quatro (4) espaços
que utilizamos para escrever as notas musicais. As linhas e os espaços são
contados de baixo para cima

• As notas são representadas por bolinhas e podem ser colocadas tanto nas
linhas quanto nos espaços.
3. LINHAS SUPLEMENTARES
• Linhas e Espaços Suplementares: Linhas e espaços acrescentados acima ou
abaixo do pentagrama quando há notas muito graves ou muito agudas,
que não cabem entre as 5 linhas.
4. CLAVES E NOTAS NO
PENTAGRAMA
• Claves são símbolos que colocamos no início de cada pentagrama. Servem
para dar nome às notas e determinar sua altura. Existem 3 claves: a de Sol,
a de Dó e a de Fá. Vamos utilizar apenas as claves de Sol e de Fá por
enquanto.
• Notas na clave de Sol:

• Notas na clave de Fá:

• Usamos a clave de Sol na 2ª linha, a de Dó na 3ª e 4ª linhas e a de FÁ na 4ª.


4.1. PARA FACILITAR A LEITURA
DAS NOTAS
• Para memorizar a localização das notas, primeiro tente fazer por partes.
• Primeiro nas
linhas e espaços:

• Depois nas linhas suplementares:


4.2. REFORÇANDO A LEITURA DAS
NOTAS
• Escreva o nome das notas musicais no caderno.
5. FIGURAS DE TEMPO
• As figuras de tempo servem para determinar a duração do som e do
silêncio. Quando ela determina a duração do som, se chama Figura de
Nota. Quando ela determina a duração do silêncio, se chama Figura de
Pausa.
5.1. DIVISÃO DAS FIGURAS DE TEMPO
• Observe como cada figura se divide.
A semibreve é a figura de maior valor.
Ela vale 2 mínimas.
Cada mínima vale duas semínimas.
Cada semínima vale duas colcheias.
E daí por diante.
• No quadro ao lado as figuras de nota
estão de ponta-cabeça. Isto acontece
principalmente quando as notas são
escritas da 3ª linha do pentagrama
para cima.
6. PONTO DE AUMENTO
• O Ponto de Aumento é colocado do lado direito da
figura de nota ou de pausa e acrescenta metade do
valor que a figura já possui.
• Se a nota tiver dois pontos de aumento, o segundo
ponto aumenta metade do valor do primeiro ponto
e assim, sucessivamente.
7. LIGADURA
• Ligadura é um arco que serve para ligar duas ou mais notas.
• Se a ligadura está entre notas iguais,
é uma ligadura de tempo (soma o tempo
de uma nota ao da outra).

• Se a ligadura está entre notas diferentes, é uma


ligadura de articulação (o músico vai emendar
uma nota na outra articulando somente a
primeira nota). Também é chamado de legato.
8. COMPASSO
• Compasso é a divisão de uma peça musical ou de um trecho dela em
tempos iguais.
• Podem ser classificados de acordo com a quantidade de tempo que
possuem: Binário (2 tempos), Ternário (3 tempos), Quaternário (4 tempos),
Quinário (5 tempos), Setenário (7 tempos). Os mais usados são os 3
primeiros.
• Também podem ser classificados de acordo com a divisão de cada tempo
dentro do compasso: Simples (se a divisão for de 2 em 2 partes) e
Composto (se a divisão for de 3 em 3).
• Os compassos são separados por barras.
9. FÓRMULA DE COMPASSO
• A Fórmula de Compasso é um número, em forma de fração, que determina
a quantidade de tempos do compasso, a divisão de cada tempo e as
figuras a serem utilizadas.
• No compasso simples, a fórmula de compasso possui geralmente
numerador 2, 3, 4. Com certa frequência vemos numeradores 5 e 7.
9. FÓRMULA DE COMPASSO
• No compasso composto, para saber a quantidade de tempos do
compasso, basta dividir o numerador por 3. Geralmente são usados os
numeradores 6, 9 e 12, ou seja binário composto, ternário composto e
quaternário composto, respectivamente.
9. FÓRMULA DE COMPASSO
• Para entender melhor os compassos
compostos, observe a correspondência
com os compassos simples ao lado:
• Veja abaixo como transformar compasso
simples em composto.
9. FÓRMULA DE COMPASSO
• Unidade de Tempo: Figura que dura 1 tempo
dentro do compasso
• Unidade de Compasso: Figura que dura
todos os tempos do compasso.
• Observe o exemplo ao lado com as unidades
de tempo e de compasso mais utilizadas:
• Nos compassos simples, a unidade de tempo
não é pontuada.
• Nos compassos compostos, a unidade de
tempo e a unidade de compasso sempre
são pontuadas.
10. QUIÁLTERA
• Quiálteras são grupos de notas que não obedecem à divisão rítmica do
compasso. Podem ser um grupo maior ou menor do que o estabelecido
pelo compasso. Observe os exemplos abaixo:
10. QUIÁLTERA
11. SÍNCOPE E CONTRATEMPO
• Síncope é um prolongamento de nota de um tempo fraco (ou parte fraca de um
tempo) para um tempo forte (ou parte forte).

• Contratempo é quando a nota soa


no tempo fraco (ou parte fraca do
tempo) e o tempo forte (ou parte forte)
é preenchido por pausa.
12. LEITURA RÍTMICA
• Para começarmos a entender como funciona
o compasso e a duração das figuras dentro dele
usaremos alguns macetes:
• 1) Trocar padrões rítmicos por palavras ou sílabas.
• 2) Fazer a leitura utilizando o nome das notas que
se encontram escritas na música.
• Faremos a leitura dos padrões ao lado conforme
falado no item 1. Primeiro observem como o professor
realiza a leitura e repitam logo em seguida.
12. LEITURA RÍTMICA
• Faremos agora uma leitura rítmica em compassos simples.
• Use as palavras dos ritmos das figuras 1 e 2 para ler os exercícios:
12. LEITURA RÍTMICA
12. LEITURA RÍTMICA
• Seguem exercícios em compassos compostos:
13. ACIDENTES
• Acidentes são sinais colocados à esquerda das notas e junto à clave para
alterar o som da nota.
• Eles são 5: sustenido, dobrado sustenido, bemol, dobrado bemol e
bequadro.
14. ARMADURA DE CLAVE
• Armadura de clave é o conjunto de acidentes fixos junto à clave. Servem
para determinar o tom da música (ou trecho de música) e quais notas
receberão acidentes..
15. ESCALAS
• Escala é uma sequência de sons que vai de uma nota mais grave a uma
mais aguda e que mantém determinados intervalos entre as notas
• Escala diatônica: possui 5 intervalos de tom e 2 de semitom.

• Escala cromática: o intervalo entre todas as notas é de semitom.


15. ESCALAS
• Escala maior: escala em que os semitons estão entre o 4º e o 5º grau e entre
o 7º e o 8º.

• Escala menor: escala em que os semitons estão entre o 2º e o 3º grau e


entre o 5º e o 6º.
16. DINÂMICA OU INTENSIDADE
• Dinâmica ou Intensidade é o grau de força empregado na execução de
um trecho de uma música ou de uma nota. É indicado por alguns sinais,
conhecidos por sinais de dinâmica.
• Os sinais com mais letras “p” indicam
que você deve tocar mais suave.
Já os com mais “f” indicam que
você deve tocar mais forte.
• Observe bem estes sinais e fique
atento(a) à explicação do seu
professor sobre cada sinal.
17. ANDAMENTO
• Andamento é uma palavra ou expressão que indica velocidade em um
determinado trecho de música. Geralmente são escritos em italiano, Já que
foi na Itália onde a escrita musical moderna surgiu.
18. ORNAMENTOS
• Ornamentos são sinais ou pequenas notas,
escritas junto a outras que servem para
enfeitar uma melodia.
19. ABREVIATURAS
• Abreviaturas são sinais que resumem ritmos, notas e compassos repetidos.
Servem para facilitar a leitura e evitar escrita repetitiva.
20. ARTICULAÇÕES
• Articulações são sinais que indicam como devem ser tocadas algumas
notas ao longo da música.
20. ARTICULAÇÕES
MENSAGEM FINAL
• Agora que você já aprendeu o básico de Teoria Musical, pegue exercícios para
treinar sua leitura. Muitos professores de Música escreveram livros para reforçar o a
divisão rítmica e a leitura de notas. Aqui vão algumas sugestões:
• Método para Divisão – Pasquale Bona
• ABC Musical – Auguste Panseron
• Solfejos – Alexis de Garaudé
• Solfejos – Freitas Gazul
• Ritmo – Bohumil Med
• Solfejos – Bohumil Med
• Teoria Musical e Solfejo – Artur Fão
• Exercícios de Teoria Elementar da Música – Oswaldo Lacerda
Sucesso e bons estudos!

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