Você está na página 1de 46

Apostila de teoria e percepção nível 1

Prof. Binho Pinto

Prof. Binho Pinto


Sumário
Propriedades físicas do som ..................................... 3
Altura ...................................................................................................... 3
Duração................................................................................................... 4
Timbre..................................................................................................... 5
Intensidade ............................................................................................. 5

Notações .................................................................. 6
Notações relacionadas à altura ................................ 6
Pentagrama ............................................................................................. 6
Escala ...................................................................................................... 8
Tom e semitom ....................................................................................... 9
Acidentes ou sinais de alteração ........................................................... 10

Exercícios sobre altura ........................................... 11


Notações relacionadas à duração .......................... 15
Figuras rítmicas ..................................................................................... 15
Compasso e acento métrico .................................................................. 20
Fórmula de compasso ........................................................................... 22
Andamento ........................................................................................... 23
Alterações de andamento .................................................................... 24

Exercícios sobre duração ........................................ 27


Notações relacionadas ao timbre........................... 31
Instrumentos convencionais ................................................................. 32
Instrumentos não convencionais .......................................................... 33
Alterações de timbre ............................................................................. 34

Exercícios sobre timbre .......................................... 35

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 1


Notações relacionadas à intensidade..................... 37
Sinais de intensidade............................................................................. 37
Crescendo e decrescendo ..................................................................... 38
Acento................................................................................................... 38

Exercícios sobre intensidade ..................................39


Solfejos e ditados ................................................... 40

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 2


Propriedades físicas do som
Quando falamos de propriedades físicas do som, estamos falando dos
elementos físicos que compõem o som, ou ainda, do que ele é feito.
Por se tratar de vibrações das moléculas do ar, não podemos ver o som,
assim os sentidos que o captam serão, o tato e principalmente a audição.

Tendo em mente de que o som é a matéria prima da música, e essa por


sua vez é a “arte de organizar sons no tempo”, podemos concluir que é
necessária a visualização dos seus componentes para melhor manipulá-
los. Vamos conhecê-los.

Altura
Trata-se da propriedade física do som relacionada à sua
quantidade de vibrações por segundo (Hertz), o que para a teoria
musical se traduz na ideia de nota musical (Do, Ré, Mi ...) e
tonalidade.

A chamada escala musical também esta relacionada à ideia de


altura, pois se trata da escolha de algumas vibrações e da
organização dessas escolhidas em sequência determinada pela
quantidade de Hertz (vibrações por segundo).

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 3


Duração

Trata-se da propriedade física do som relacionada ao seu


prolongamento (sons, curtos e longos) o que para a física seria, a
ideia da existência desse som em um determinado espaço de
tempo.

Para a teoria musical, usaremos as durações a fim organizar o que


chamamos de ritmo, que por sua vez é configurado a partir de
concepções também musicais nomeadas de pulso, tempo e
andamento.

Pulso
Crivo ou marcação que demarca o começo
e o fim do que chamaremos de tempo. O
pulso pode ser marcado através de gestos
como, palmas, o mover das mãos e outras.

Tempo
Unidade de medida das durações, assim como o
metro é para as dimensões, o litro é para o
liquido e o byte é para o armazenamento de
arquivos digitais, o tempo é como chamaremos
o espaço entre um pulso e outro.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 4


Andamento
Está relacionado a o tamanho do tempo, dando
a ideia de: tempo longo é igual a andamento
lento, tempo curto, andamento rápido.

Timbre
Propriedade física do som que é resultante do tipo da matéria (madeira,
ar, metal, vidro...) que está vibrando.

Para a física, cada matéria ao vibrar, produz o som primário e seus


harmônicos (Sons secundários - série harmônica), onde o timbre nada
mais é do que o modo de configuração desses elementos (DNA do som).
Já para a música, podemos entendê-lo como o “colorido do som”, que
nos faz diferenciar, por exemplo, a voz de uma determinada pessoa, da
voz de outra, o som de um violino, do som da flauta, ou ainda
simplesmente reconhecer o som do mar ou do vento.

Intensidade
Propriedade física do som que trata do seu volume, o que para a física
seria sua amplitude (decibéis-dB). Para a música a intensidade se traduz
em uma escala de sons fortes e fracos, sendo usada para enfatizar a
ideia de expressão (afetos) na composição e execução musical.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 5


Notações
Entende-se por notações, a escrita musical com todos seus gráficos e símbolos,
que irão representa a organização do som em suas determinadas propriedades
físicas, para fins da composição e da execução musical.

Notações relacionadas à altura

Pentagrama
É o conjunto de cinco linhas e quatro espaços, usado como pauta
musical, onde cada linha e cada espaço em sequência de subida e
descida, corresponde a uma nota na sequência da escala.

Com a intenção de organizar as linhas e espaços, damos um número a


cada, que terá sua sequência pensada de baixo para cima.

Clave
São desenhos que aparecerão no começo do pentagrama, e servem
para designar a distribuição das notas da escala no mesmo, partindo de
uma delas que será definida pela clave que está escrita. São elas:

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 6


Agora conhecidas, vejamos suas considerações:

As claves podem se mover para outras linhas, porém essas são as


formas mais usadas.

Cada clave também é usada para representar a região de tessitura


(região de oitava - alcance de grave e agudo dos instrumentos) em que
as notas serão escritas. Assim, para as agudas usaremos a clave de SOL,
para as graves, a clave de FA, e a clave de DO, será usada para uma
região que entendemos como central, portanto a nota DO que essa
clave marca, chamaremos de “DO central”. Veja como isso se da em
dois pentagramas sobrepostos.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 7


Escala

Trata-se da organização de frequências, em sequência determinada


pela quantidade de Hertz, escolhidas matematicamente com o intuito
de compor o que a humanidade entendia como “belo” na arte.
Trocando em miúdos, é a sequência daquilo que entendemos como
notas musicais, cujos nomes foram dados pelo monge beneditino Guido
D’arezzo inspirado em um poema dedicado a São João Batista.

DO RÉ MI FA SOL LA SI DO

Agora, escritas no pentagrama.

A escala também está organizada com a ideia de começo - meio - fim


(hierárquica) através dos graus (degraus da escada) representados
pelos números romanos. Identificaremos essa hierarquia quando, ao
ouvirmos a escala sendo tocada, teremos a sensação de repouso
(começo e fim) nos graus I e VIII que chamaremos de TÔNICA, e a
sensação de suspensão (preparação, aproximação) no VII que
chamaremos de SENSÍVEL, enquanto a sensação de desenvolvimento
(caminhar, meio) nos demais graus. Assim constitui-se a ideia tonal-
modal do discurso musical.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 8


Tom e semitom

Quando falamos de tom, podemos relacionar a ideia de altura do som


(frequência) ou um grupo de alturas que desenvolvem uma relação de
afinidade e distanciamento (tonalidade) .Há também um terceiro
significado, onde a palavra “tom” é usada como unidade de medida de
intervalo (distancia medida pela diferença de hertz entre uma nota e
outra). Por exemplo, entre a nota DO e a nota RÉ existe o intervalo de 1
tom. Vejamos então as relações intervalares entre as notas vizinhas da
escala.

Reparem que os únicos semitons (1/2 tom) estão entre os graus III e IV,
e VII e VIII, o resto tem intervalo de tom.

Para visualizarmos isso melhor, observemos as teclas de um piano.

Repare que entre MI e FA, SI e DO não há teclas pretas. As pretas são


outras notas que não fazem parte dessa nossa primeira escala de 7
notas, elas são o que chamamos de notas acidentadas ou alteradas.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 9


Acidentes ou sinais de alteração
São símbolos ou sinais que aparecem antes da nota com a função de
alterar sua tonalidade (frequência). Essa alteração poderá ser de um
tom ou semitom, conforme o sinal. Vejamos os sinais e suas
considerações.

Assim, se pegarmos o intervalo DO-RÉ que tem um tom de distância e


colocarmos um sustenido na nota DO, alterando-a para DO SUSTENIDO,
teremos um semitom de intervalo, ou ainda, se colocarmos um bemol
na nota RÉ, alterando-a para RÉ BEMOL, teremos também um semitom
de intervalo.

Repare que suspendendo o DO (DO SUSTENIDO) ou baixando o RÉ (RÉ


BEMOL) chegaremos ao mesmo som que terá dois nomes diferentes,
portanto, se usarmos as teclas do piano novamente, tocaremos DO
SUSTENIDO e RÉ BEMOL na mesma tecla, a preta que está entre DO e
RÉ, e assim com todas as outras notas.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 10


Exercícios sobre altura

1) Escreva o nome das claves e em que linha estão escritas.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 11


2) Escreva o nome das notas conforme a clave.

3) Escreva a escala na sequência estudada, partindo do DO CENTRAL.

4) Quais são os graus da escala estudada que tem o intervalo de semitom?

5) Que nota corresponde a o V grau da escala estudada?

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 12


6) Analise os intervalos dizendo se são de tom ou semitom.

7) Coloque um acidente em uma das notas, se necessário, para deixar com


o intervalo pedido.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 13


8) Usando as relações intervalares estudadas na escala de 7 notas, conte
quantos tons compõem o intervalo entre as seguintes notas.

9) Escreva o nome das notas e suas alterações conforme a clave.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 14


Notações relacionadas à duração

Figuras rítmicas

Trata-se do conjunto de desenhos ou símbolos que representarão


durações, tendo o tempo (espaço entre um pulso e outro) como unidade
de medida, podendo então ter figuras de 4 tempos, 2 tempos, 1 tempo,
½ tempo, e assim por diante.

Olhando o gráfico acima podemos perceber as linhas verticais


representando os pulsos, e as horizontais representando a duração do
som, tendo o tempo como unidade de medida, marcando onde começa
e onde termina. Portanto, esses não são os desenhos que aparecem na
partitura. Vejamos então os desenhos e seus respectivos nomes.

Essa ordem não é aleatória, ela segue uma ordem matemática


decrescente (da esquerda para a direita) ou crescente (da direita para a
esquerda) onde uma figura será a metade da vizinha da direita e o
dobro da vizinha da esquerda.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 15


Assim podemos dizer que uma semínima, por exemplo, dura o dobro da
colcheia e a metade da mínima.

Se expandirmos esse pensamento, teremos outras relações como: uma


determinada figura dura 1/4 da segunda vizinha a sua esquerda e o
quádruplo da segunda vizinha a sua direita, 1/8 da terceira vizinha à
esquerda e o óctuplo da terceira vizinha da direita, 1/16 e 16 vezes,
1/32 e 32 vezes, e 1/64 e 64 vezes. Para melhor visualizarmos, vejamos
isso em um gráfico.

Até aqui o que temos é somente, a relação entre uma figura (duração) e
outra, em forma de múltiplos ou partes.

Para que tenhamos valores definidos, teremos que escolher uma das
figuras para representar o tempo, figura a qual chamaremos de
unidade de tempo.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 16


Essa escolha é livre, não há parâmetros teóricos para isso, somente
alguns parâmetros culturais e funcionais.

Sendo assim se, por exemplo, escolhermos a colcheia como unidade de


tempo, teremos as seguintes durações:

Isso nos faz concluir que, dependendo da unidade de tempo, todos os


valores mudam.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 17


A essas durações, dá-se também a designação de valores positivos
(som), pois em contraponto a isso teremos os valores negativos
(silêncio), que também chamaremos de pausas. Suas durações são
iguais as dos valores positivos, pois recebem o mesmo nome, mas com
figuras diferentes. Vamos a elas.

Quando pegamos uma partitura para ler, vemos no começo do primeiro


pentagrama, a clave e dois números sobrepostos. O número inferior é
um número relacionado com as figuras rítmicas, sendo que representa
uma das figuras, a qual será a forma de notar (escrever, anotar) a
unidade de tempo, ou seja, quando formos ler uma partitura, e para
que possamos saber as durações exatas de cada figura, temos que
saber qual figura representa a duração de 1 tempo (unidade de tempo),
para isso vemos qual número está na parte inferior e relacionamos com
sua posição na tabela das figuras, que fica assim disposta:

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 18


Assim se, por exemplo, o número que estiver embaixo for o número 2, a
figura que representará 1 tempo (unidade de tempo) será a mínima,
dando, portanto a ideia de base para o valor das outras figuras.
Lembrando que esse número não é o valor (duração) das figuras e
simplesmente um número representativo, e como gosto de dizer, o “RG”
da figura.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 19


Para finalizarmos esse assunto vamos reunir tudo em uma tabela só.

Compasso e acento métrico

O compasso é uma medida formada pelo agrupamento de tempos, nos


dando a ideia de uma unidade formada por outras unidades, ou seja, se
agruparmos 4 unidades de tempo, teremos uma unidade de compasso,
o qual chamaremos de compasso quaternário.

O compasso também será visto como uma unidade, que agrupada em


uma quantidade qualquer, resultará em o que chamamos de “secções”
ou “partes” da música.

Podemos, portanto, agrupar qualquer quantidade de tempos para


formar compassos, sendo que os agrupamentos mais usados são:

2 tempos = Binário
3 tempos = Ternário
4 tempos = Quaternário

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 20


Sabendo então que o compasso se da por agrupamento de tempos, que
por sua vez, são o espaço entre um pulso e outro, temos que visualizar o
tempo para visualizar o compasso.

Os compassos terão seus tempos pensados ou sentidos de duas formas


distintas: tempos fortes e fracos distribuídos da seguinte forma:

Binário = Um forte e um fraco


Ternário = Um forte e dois fracos
Quaternário = Um forte, um fraco, um meio forte e um fraco.

Vejamos isso em gráficos.

A essa forma de tempos fortes e fracos que dão medida para o


compasso, damos o nome de acento métrico.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 21


Fórmula de compasso

Trata-se de dois números sobrepostos que aparecem no começo do


primeiro pentagrama da partitura.

Esses dois números nos dão a medida de duas coisas importantes para
lermos as durações escritas. Uma delas, relacionada ao número
superior, nos indica a medida do compasso, ou seja, se ele é
quaternário, ternário ou outros. Já, o número inferior, como já vimos,
indica a unidade de tempo, ou figura que representará o tempo.

Dessa forma, se a fórmula de compasso for 4/4 (quatro por quatro)


teremos a música, ou apenas um trecho, em compasso quaternário cuja
unidade de tempo será a semínima. Para melhor visualizarmos,
vejamos esse gráfico.

X ------------- Quantidade de tempos no compasso.

X ------------- Unidade de tempo (figura que dura um tempo).

Vejamos alguns exemplos de fórmulas e suas considerações.

3
16 Compasso ternário com unidade de tempo semicolcheia

4
2 Compasso quaternário com unidade de tempo mínima

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 22


Andamento

Como vimos antes, o termo andamento está relacionado ao tamanho


do tempo. Com tempos longos, teremos andamentos lentos, com
tempos curtos, andamentos rápidos.

No princípio, com a necessidade de sistematizar os andamentos, deu-se


nomes a eles.

Rápidos Médios Lentos


Vivace Andante Largo

Presto Alegro Adágio

Moderato Lento

Junto a eles podem vir outros nomes que informam um certo caráter.

Affetuoso = Afetuoso

Com brio = Com entusiasmo

Scherzando = Brincando
E muitos outros ....

Esses nomes aparecem em cima do pentagrama no começo da partitura


para medir a ideia de velocidade da pulsação (misto de pulso, tempo e
andamento) da música.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 23


Porém essa forma foi única até meados do séc. XIX, quando foi
inventado um aparelho para medir o andamento de forma precisa,
chamado metrônomo, que é uma espécie de relógio com um pêndulo
onde se tem as medidas dos andamentos, traduzidas em B.p.m (batidas
por minuto). Assim o compositor pode ter maior precisão no andamento
pensado para a peça.

Isso é notado (escrito) no lugar dos nomes usados antigamente,


marcando a figura rítmica correspondente à unidade de tempo junto a
sua quantidade de B.p.m.

Mais recentemente, o metrônomo deu lugar aos aparelhos digitais


conhecidos como “clicks”, que obedece aos mesmos princípios do
metrônomo, mas, com som e funcionamento digitais.

Alterações de andamento

Aqui falamos de alterações bruscas ou não, sofridas pelo andamento, que aparecerão marcadas em
cima do pentagrama, no trecho em que essa alteração acontecerá. São elas:

Accelerando

Como o próprio nome diz, o andamento sofrerá uma


aceleração gradual, que poderá resultar em outro
andamento ou ainda, voltar ao andamento original.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 24


Rallentando
Deve diminuir o andamento gradualmente até um novo ou
voltar ao mesmo.

Brusca
Não se trata de um nome em si, mas será notada com a
simples mudança de marcação de B.p.m.

Ad libtum
Do latim, que significa “à vontade”. Indica que determinado
trecho deve ser tocado sem pulsação, à vontade.

A tempo
Usa-se esse termo após qualquer alteração para indicar a
volta ao andamento, anterior a tal alteração.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 25


Fermata
Existem algumas, sendo que a mais usada é a de linha curva
com um ponto no meio, que fica notada encima ou embaixo de
uma figura rítmica (som ou pausa) sustentando seu valor que
será por tempo determinado pelo regente ou chefe de banda.

Existe também a ideia de aumentar ao dobro o tamanho da


figura.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 26


Exercícios sobre duração

1) Escreva a sequência das figuras e seus nomes, começando da mais longa.

2) Escreva a sequência das pausas e seus nomes, começando da mais longa.

3) O que são valores positivos e negativos?

4) Quanto tempo dura as figuras da coluna “X” em relação às da coluna


“Y”?

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 27


5) Sabendo que uma colcheia é a metade da semínima, quantas colcheias
completam o espaço de uma semínima?

6) Sabendo que uma fusa é 1/16 da mínima, quantas fusas completam o


espaço de uma mínima?

7) Quantas figuras da coluna “X” completam o espaço das figuras da coluna


“Y”?

8) Tendo a figura nº 2 como unidade de tempo, informe o valor das outras


seis figuras.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 28


9) Tendo a figura nº 16 como unidade de tempo, qual figura dura quatro
tempos?

10) Tendo a figura nº 1 como unidade de tempo, qual figura dura ¼ de


tempo?

11) Desenhe as pausas relacionadas às figuras nº 4, nº2 e nº32.

12) Ao agruparmos 3 tempos temos que tipo de compasso?

13) Explique, conforme ensinado, as fórmulas de compasso seguintes:

2
16 ------------------------------------------------------------------------------------

4
2 -------------------------------------------------------------------------------------

3
64 -------------------------------------------------------------------------------------

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 29


14) Explique como fica disposto o acento métrico de um compasso ternário.

15) Quais são os compassos mais usados?

16) Qual graduação (rápido, médio, lento) de andamento o termo “presto”


indica?

17) Anote, no trecho seguinte e conforme ensinado, o andamento de 100


b.p.m.

18) Qual termo se coloca em cima do pentagrama com o intuito de


desacelerar gradualmente o andamento?

19) Qual termo se coloca em cima do pentagrama com o intuito de deixar o


interprete a vontade na leitura, sem pulsação?

20) No trecho indicado abaixo, escreva o que é necessário para que o


andamento volte ao que estava indicado antes da alteração.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 30


Notações relacionadas ao timbre

Como vimos antes, o timbre está relacionado à ideia de colorido do som, ou


ainda, aquilo que diferencia um som do outro, mesmo que estejam iguais nos
outros parâmetros físicos (altura, duração e intensidade).

O timbre é uma parte importante da composição musical, pois pode modificar


o caráter de uma melodia ou harmonia, assim a ideia de timbre está
diretamente relacionada com os corpos sonoros (instrumentos convencionais e
não convencionais) que produzirão esse som.

Como parte da composição, o compositor ou transcritor, deve indicar qual


corpo sonoro produzirá aqueles sons anotados no pentagrama. E isso será feito
colocando o nome do corpo sonoro antes do primeiro pentagrama da partitura.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 31


Instrumentos convencionais

Temos como instrumentos convencionais, aqueles construídos para


conseguir maior controle e variedades sobre as alturas, durações e
intensidades do som. São aqueles que com maior frequência se vê em
apresentações de orquestras, bandas, coros e outras formações.

Esses instrumentos se dividem em grupos que são classificados


conforme a matéria física (corpo) que vibra para a produção do som.
Vamos a elas.

Instrumentos de cordas
Todo instrumento que usa algum tipo de corda para
a produção do seu som. Ex: Violino, guitarra,
cavaquinho.

Esses ainda se subdividem em:

Cordas friccionadas - Violinos, violoncelos...

Cordas dedilhadas - Violão, harpa...

Cordas percutidas - Piano, berimbal...

Instrumentos de sopro
Todo instrumento que produz seu som através do
sopro em um tubo. Ex: flauta, trompete, oboé...

Esses ainda se subdividem em:

Madeiras:

Palheta simples - Saxofone, clarinete...

Palheta dupla - Oboé, fagote...

Embocadura livre - flautas

Metais

Trompete, trompa...

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 32


Instrumentos de percussão
Todo instrumento que percute uma membrana
dura ou não, com baquetas ou com a mão. Ex:
pandeiro, triângulo, bateria, vibrafone, marimba,
campanas...

Esses ainda se subdividem em:

Percussão de altura definida - Vibrafone , xilofone,


tímpanos...

Percussão de altura indefinida - bateria, pratos,


pandeiro, zabumba...

Vozes (como instrumento)


Vozes humanas, onde quem vibra é uma membrana
chamada corda vocal. Ex: Vozes masculinas,
femininas e infantis.

Instrumentos não convencionais

Qualquer corpo físico que produza som. Ex: panela, garrafas de vidro ou plástico, chapa de
metal, bastões de madeira ou metal, serrotes, bexigas...

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 33


Alterações de timbre

Ainda no mesmo instrumento, podemos modificar seu timbre fazendo


uso de maneiras diferentes de articular (tocar) o som, usando alguns
objetos, ou mudando a forma ou local de articulação.

No violino, por exemplo, podemos usar um objeto chamado surdina, o


qual abafará o som, ou ainda, pedir que o violinista toque mais próximo
do cavalete (sul pontichelo) fazendo com que o som fique mais
anasalado.

Num vibrafone, podemos usar vários tipos de baquetas, de feltro duro,


mole e médio, sabendo que cada tipo resultará em um timbre diferente.
Ainda existem peças de música contemporânea que usam objetos,
colocados estrategicamente nas cordas do piano, com o intuito de
modificar o som, essa técnica chama-se “piano preparado” (John Cage).

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 34


Exercícios sobre timbre

1) Escreva o que é necessário para que o trecho abaixo seja tocado por um
clarinete.

2) Escreva o nome de um instrumento convencional e de um não


convencional.

3) Faça uma pesquisa (internet, livros) e descubra o que vibra para produzir
o som do saxofone.

4) Se estivermos tocando um violão, e ao invés de usarmos os dedos


usarmos um lápis, o que estamos alterando?

a) Timbre
b) Altura
c) Duração

5) Faça uma pesquisa (internet, livros) e descubra um objeto que


normalmente se usa no trompete para alterar o seu timbre.

6) Escreva o nome de um instrumento de madeira que usa palheta dupla.

7) Escreva o nome de um instrumento de percussão de altura definida.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 35


8) Escreva o nome de um instrumento de metal.

9) Qual instrumento usa uma membrana chamada corda vocal para


produzir seu som?

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 36


Notações relacionadas à intensidade

É aquilo que normalmente entendemos como volume, sons fortes e fracos.

Com o intuito de aumentar a expressividade da frase ou do discurso musical, a


intensidade é muito explorada. Para maior controle dessa propriedade física,
temos uma escala de intensidades, que vai da mais forte a mais fraca, vejamos
seus sinais (símbolos) e nomes.

Sinais de intensidade

Então, quando vermos algumas dessas indicações ou sinais embaixo do pentagrama,


devemos tocar todo o trecho com a intensidade marcada, até que apareça outra indicação.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 37


Crescendo e decrescendo

Ainda, se quisermos que essa mudança não seja brusca (súbita) existem
notações que farão uma mudança gradativa da intensidade. São elas:

Que marcarão onde começa a crescer ou decrescer, e onde termina. É


muito importante que esteja indicado em qual intensidade começa e em
qual termina essa alteração. Vejamos como fica isso em notação.

Acento

Temos também a opção de modificar a intensidade de algumas notas


em meio a outras, dando-lhes ênfase, chamamos isso de acentuação.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 38


Exercícios sobre intensidade

1) Nos dois compassos abaixo marque, fortíssimo para o primeiro e piano


para o segundo.

2) No trecho abaixo, marque um crescendo da nota DO até a nota SOL,


sendo que começa piano e termina forte.

3) No trecho abaixo, marque um decrescendo da nota LA até a nota DO,


sendo que começa em mezzo-forte e termina em pianíssimo.

4) Ponha os sinais corretos nas notas DO e FA, com o intuito de enfatizá-las.

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 39


Solfejos e ditados

Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 40


Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 41
Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 42
Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 43
Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 44
Apostila de teoria e percepção nível 1 - Prof. Binho Pinto Página 45

Você também pode gostar