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UNIVERSIDADE FEDERAL DO

TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO -POP
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Título do REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR Emissão: 31/01/2020 Próxima revisão:
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1. OBJETIVO
Padronizar entre a equipe multiprofissional e de fisioterapia da Unidade de Reabilitação (UR) do
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) a assistência
fisioterapêutica ao paciente portador dos fatores de risco para doença arterial coronariana e doença
cardiovascular.

GLOSSÁRIO
' - minuto
1RM – 1 Resistência Máxima
AACVPR - Associação Americana de Reabilitação Cardiopulmonar
ACSM – American College of Sports Medicine
AVDs – Atividades de Vida Diária
ATP III – Adult Treatment Panel III
bpm – Batimento por Minuto
CCV – Cirurgia Cardiovascular
CPT - Capacidade Pulmonar Total
CR – Centro de Reabilitação
DAC – Doença Arterial Coronariana
DCV - Doença Cardiovascular
DM – Diabetes Melito
Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
ECG - Eletrocardiograma
FA – Fibrilação Atrial
FC - Frequência Cardíaca
FCT – Frequência Cardíaca de Treinamento
FR - Frequência respiratória
HAS - hipertensão arterial sistêmica
HDL – Lipoproteína de Alta Densidade
HC-UFTM - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
IAM - Infarto Agudo do Miocárdio
IMC – Índice de Massa Corporal
ID - Índice Diafragmático
LA – Limiar de Anaerobiose
LDL - Lipoproteína de Baixa Densidade
MET – Equivalente Metabólico
MVO2 – Consumo de Oxigênio do Miocárdio
NCEP - National Cholesterol Education Program
PA - Pressão Arterial
PEMax - Pressão expiratória Máxima
PFE - Pico de Fluxo Expiratório
PIMax - Pressão Inspiratória Máxima
POP – Protocolo Operacional Padrão
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RCV – Reabilitação Cardiovascular


SCA – Síndrome Coronariana Aguda
SatO2 - Saturação Oxigênio
T° - Temperatura
TC6’ – Teste de Caminhada de Seis Minutos
TE – Teste Ergométrico
UPA - Unidade de Pronto Atendimento
UR – Unidade de Reabilitação
VC – Volume Corrente
VEF - Volume Expiratório Forçado
VO2Max - Volume Máximo de Oxigênio
VR - Volume Residual
WHO/OMS – World Health Organization/Organização Mundial de Saúde
Δ AB - Diferença da dimensão abdominal obtida entre a fase inspiratória e expiratória
Δ CT - Diferença da dimensão da caixa torácica obtida nas fases inspiratória e expiratória.

3. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Centro de Reabilitação “Prof. Dr. Fausto da Cunha Oliveira”

4. INFORMAÇÕES GERAIS
 No I Consenso Nacional de Reabilitação Cardiovascular (1997), reabilitação cardíaca foi
conceituada como um ramo de atuação da cardiologia que, implementada por equipe de trabalho
multiprofissional, permite a restituição ao indivíduo de uma satisfatória condição clínica, física,
psicológica e laborativa.
 De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a reabilitação cardiovascular (RCV)
é: “o conjunto de atividades necessárias para assegurar às pessoas com doenças cardiovasculares
condição física, mental e social ótima, que lhes permita ocupar pelos seus próprios meios um lugar
tão normal quanto seja possível na sociedade”
 Segundo a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular (2014), nas últimas quatro
décadas, tem se reconhecido a RCV como um instrumento importante no cuidado dos pacientes
com doença cardiovascular (DCV). O papel dos serviços de RCV na prevenção secundária de eventos
cardiovasculares é reconhecido e aceito por todas as organizações de saúde (World Health
Organization - WHO, 1964).
 Os programas de reabilitação cardíaca foram desenvolvidos com o propósito de trazer estes
pacientes de volta às suas atividades diárias habituais, com ênfase na prática do exercício físico,
acompanhada por ações educacionais voltadas para mudanças no estilo de vida. Muitos autores,
dentre eles, Araújo, et al., (2004) descrevem os benefícios do exercício físico regular, seus efeitos
cardiovasculares e metabólicos, bem como, suas indicações e contraindicações para pacientes
portadores de cardiopatia e de fatores de risco para doença arterial coronariana.
 De acordo com a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular (2014), a
RCV/prevenção secundária justifica-se porque as DCV são as principais causas de morte na maior
parte dos países do mundo, sendo causa importante de incapacidade física e de invalidez e
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contribuem significativamente para o aumento de despesas com saúde; a aterosclerose se


desenvolve de forma insidiosa durante décadas e suas manifestações clínicas só se fazem notar nos
estágios avançados da doença; em sua maior parte, as DCV possuem uma estreita relação com estilo
de vida, assim como, com fatores fisiológicos e bioquímicos modificáveis; as modificações dos
fatores de risco, promovidas pela RCV, reduzem a morbimortalidade por DCV, sobretudo para os
indivíduos classificados como de alto risco; a carga das DCV tem crescido nas últimas décadas,
paralelamente ao incremento da prevalência de fatores de risco, como obesidade, tabagismo,
diabetes melito (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HAS).
 Apesar do conhecido benefício da RCV para os pacientes com DCV, uma fração muito
pequena, algo entre 5 a 30% dos pacientes elegíveis para participar de um programa de reabilitação,
é encaminhada para o mesmo. É provável que cifras menores do que essas reflitam a realidade
brasileira; o baixo número de pacientes indicados para os programas de reabilitação cardiovascular,
por parte dos médicos, ocorre tanto na América Latina quanto no restante do mundo. (Diretriz Sul-
Americana de Reabilitação Cardiovascular, 2014)
 Além da ênfase na prática da atividade física, são citados na literatura vários programas de
reabilitação cardíaca que também envolve outras ações desenvolvidas por profissionais das áreas
de enfermagem, nutrição, educação física, serviço social e psicologia, visando modificar outros
aspectos que contribuam com a diminuição do risco cardíaco de forma global (DIRETRIZ DE
REABILITAÇÃO CARDÍACA, 2014).
 Regenga em 2000 descreve que a atividade física é fator importante na prevenção primária
e secundária, e curativa, assim como no tratamento das várias doenças cardiovasculares e também
nos fatores de risco para a doença arterial coronariana (DAC): diabetes, dislipidemia, obesidade e
hipertensão arterial. A intervenção preventiva visa ao controle e à redução dos fatores de risco das
DCV, principalmente a DAC. Já a curativa visa ao restabelecimento das funções cardiovasculares,
permitindo ao cardiopata executar atividade física compatível com a capacidade funcional de seu
coração.
 O serviço de RCV do HC também desenvolve estas ações incluindo na equipe: médico
cardiologista, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionista, psicólogo, educador físico e assistente
social, objetivando as mudanças nos hábitos de vida e maior adesão ao tratamento. Tanto os
pacientes como os membros da família, participam de programas educativos e esclarecimentos
quanto à fisiopatologia da doença cardíaca, os mecanismos de ação das drogas em uso, sua
importância, bem como a relação da doença com a atividade física regular e as implicações na vida
sexual e profissional. Os hábitos alimentares e aspectos nocivos do estilo de vida são reformulados,
com especial ênfase na cessação do tabagismo e as intervenções psicológicas são desenvolvidas
visando ao controle do estresse, com as terapias em grupo e o tratamento da depressão e
ansiedade.
 A RCV é dividida em 4 fases: fase I, II, III e IV. A fase I inclui o período de internação hospitalar;
a fase II é considerada após alta hospitalar até 2 ou 3 meses, a fase III acontece após o 3º mês do
evento, nesta fase, a reabilitação intervém de forma preventiva e curativa por meio da aplicação de
programas de treinamento físico em nível ambulatorial com supervisão continuada e a fase IV é
realizada à distância em praças, ruas e academias, também conhecida como reabilitação sem
supervisão.
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4.1 Pacientes elegíveis para RCV


 Roger e cols. (1998), em estudo realizado em Olmsted - Minnesota, arrolando pacientes
que participaram de programas de RCV, constataram uma redução de 25% na taxa de eventos
cardiovasculares para cada incremento de um equivalente metabólico (MET) na capacidade
funcional. Sabe-se que o incremento por cada mL/(kg.min) do consumo máximo de oxigênio,
mediante um programa de RCV, produz uma diminuição da mortalidade de aproximadamente
10% (Kavanagh, T. et al., 2002; 2003).
 Os pacientes elegíveis, segundo a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular
(2014), para RCV em um contexto de prevenção secundária são aqueles que apresentaram pelo
menos um dos seguintes quadros cardiovasculares no último ano:
 Infarto agudo do miocárdio (IAM)/Síndrome coronariana aguda (SCA);
 Cirurgia de revascularização miocárdica;
 Angioplastia coronária;
 Angina estável;
 Reparação ou troca valvular;
 Transplante cardíaco ou cardiopulmonar;
 Insuficiência cardíaca crônica;
 Doença vascular periférica;
 Doença coronária assintomática;
 Pacientes com alto risco de doença cardiovascular.

4.2 Pacientes não-elegíveis para RCV


 As contraindicações para realizar exercício físico em programa de RCV têm se modificado e
são cada vez menos definitivas com o passar do tempo. Ainda que listadas como contraindicações
absolutas abaixo, várias destas condições podem ser consideradas só como temporárias, já que
depois de superado o quadro agudo, os pacientes poderão iniciar ou retomar programas
regulares de exercício físico.
 IAM muito recente (< 72 h);
 Angina instável (< 72 h da estabilização);
 Valvopatias graves sintomáticas com indicação cirúrgica – Reabilitar somente após o
procedimento cirúrgico;
 Hipertensão arterial descontrolada: Pressão arterial (PA) sistólica > 190 mmHg e/ou PA
diastólica > 120 mmHg;
 Insuficiência cardíaca descompensada;
 Arritmias ventriculares complexas, graves;
 Suspeita de lesão de tronco de coronária esquerda, instabilizada ou grave;
 Endocardite infecciosa, miocardite, pericardite;
 Cardiopatias congênitas severas não corrigidas, sintomáticas;
 Tromboembolismo pulmonar e tromboflebite – fase aguda;
 Dissecção de aorta – tipo A ou fase aguda do tipo B;
 Obstrução severa sintomática do trato de saída do ventrículo esquerdo com baixo débito
esforço-induzido;
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 DM descontrolada;
 Todo quadro infeccioso sistêmico agudo.

4.3 Estratificação de Risco


 Para conhecer o risco de possíveis complicações durante o exercício, os pacientes devem ser
estratificados mediante classificação proposta pela Associação Americana de Reabilitação
Cardiopulmonar (AACVPR).
 Os pacientes classificados como de baixo risco poderiam ser monitorados, durante as
primeiras 6 a 18 sessões, através do uso de frequencímetros e, preferencialmente, com
supervisão clínica. A redução no monitoramento entre as sessões 8 e 12 é desejável, ocorrendo
progressivamente. Esses pacientes de baixo risco, dependendo da avaliação individual, também
poderiam ser candidatos a programas de RCV semissupervisionados ou com supervisão a
distância.
 Os pacientes classificados como de risco intermediário deveriam ser monitorados durante
as primeiras 12 a 24 sessões, preferencialmente com monitoramento eletrocardiográfico
contínuo e supervisão clínica permanente, com diminuição para uma forma intermitente depois
da última sessão. A frequência e os métodos de monitoramento dependem também dos recursos
disponíveis, da capacidade e volume de pacientes em cada instituição, além da evolução e estado
do paciente.
 Uma supervisão maior deve ser realizada em pacientes estratificados como alto risco e
quando existir alguma mudança no estado de saúde, surgimento de novos sintomas ou outra
evidência de progressão da doença. O monitoramento também pode ser uma ferramenta útil
para avaliar a resposta, especialmente quando se aumenta a intensidade do exercício aeróbico.

Tabela 1. Estratificação para riscos de eventos segundo AACVPR


Baixo risco
1. Sem disfunção significativa do ventrículo esquerdo (fração de ejeção > que 50%)
2. Sem arritmias complexas em repouso ou induzidas pelo exercício
3. Infarto do miocárdio; cirurgia de revascularização miocárdica, angioplastia coronária transluminal
percutânea, não complicados
4. Ausência de insuficiência cardíaca congestiva ou sinais/sintomas que indiquem isquemia pós-
evento
5. Assintomático, incluindo ausência de angina com o esforço ou no período de recuperação
6. Capacidade funcional igual ou > que 7 METS (em teste ergométrico incremental) *
Risco Moderado
1. Disfunção ventricular esquerda moderada (fração de ejeção entre 40% e 49%)
2. Sinais/sintomas, incluindo angina em níveis moderados de exercício (5 - 6,9 METS) ou no período
de recuperação
Alto risco
1. Disfunção grave da função do ventrículo esquerdo (fração de ejeção menor que 40%)
2. Sobreviventes de parada cardíaca ou morte súbita
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3. Arritmias ventriculares complexas em repouso ou com o exercício


4. Infarto de miocárdio ou cirurgia cardíaca complicadas com choque cardiogênico; insuficiência
cardíaca congestiva e/ou sinais/sintomas de isquemia pós-procedimento
5. Hemodinâmica anormal com o exercício (especialmente curva deprimida ou queda da pressão
arterial sistólica, ou incompetência cronotrópica não medicamentosa com o incremento da carga)
6. Capacidade funcional menor a 5 METS*
7. Sintomas e/ou sinais, incluindo angina a baixo nível de exercício (< 5 METS) ou no período de
recuperação
8. Infradesnível do segmento ST isquêmico durante exercício (maior a 2 mm)
Considera-se de alto risco a presença de algum dos fatores de risco incluídos nesta categoria
*Se não se pode dispor da medida da capacidade funcional, esta variável não deve ser considerada
isoladamente no processo da estratificação de risco. No entanto, é sugerido que se o paciente é capaz
de subir dois lances de escadas apresentando boa tolerância, pode-se inferir que sua capacidade
funcional é pelo menos moderada
Fonte: Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular - Arq Bras Cardiol; 103(2Supl.1): 1-31 (2014

5. REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR

5.1 Objetivos Específicos


 Melhorar a função dos sistemas cardiovascular e respiratório de forma progressiva e segura;
 Melhorar as condições físicas, mentais e emocionais dos pacientes, dando as condições para
um retorno mais rápido às suas atividades cotidianas;
 Prevenir a progressão do processo aterosclerótico;
 Reduzir a morbimortalidade cardiovascular, melhorar a qualidade de vida e o prognóstico;
 Aumentar a capacidade aeróbica levando à maior capacidade de realizar trabalho;
 Aumentar a eficiência dos músculos esqueléticos durante o exercício, devido ao aumento do
número de mitocôndrias;
 Reeducar o paciente com o intuito de modificar o seu estilo de vida e aumentar seu
conhecimento sobre a patologia;
 Identificar e modificar os fatores de risco da DCV;
 Reduzir o consumo de oxigênio pelo miocárdio (MVO2);
 Menor elevação da frequência cardíaca (FC) e da PA em exercícios submáximos;
 Aumentar o limiar do aparecimento de angina e menor depressão do segmento ST no
eletrocardiograma (ECG) durante o trabalho submáximo;
 Reduzir a FC em repouso;
 Reduzir o conteúdo e captação de catecolaminas pelo miocárdio com diminuição da
tendência ao aparecimento de arritmias;
 Melhorar o sistema vascular colateral do miocárdio;
 Diminuir a pressão arterial e os níveis de triglicerídeos;
 Aumentar a fração da lipoproteína de alta densidade (HDL) e reduzir a fração da lipoproteína
de baixa densidade (LDL) do lipidograma;
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 Aumentar a tolerância à glicose e redução do peso corporal;


 Diminuir a ansiedade e a depressão;
 Aumentar a autoconfiança, sensação de bem-estar;
 Diminuir os sintomas e a quantidade de medicamentos utilizados;
 Retorno dos pacientes a uma vida social próxima aos níveis normais;
 Promover modificações do controle autonômico cardíaco;
 Propiciar condições adequadas para o ingresso do paciente na fase III do programa.

5.2 Avaliação Cardiovascular


 Assim que o paciente encontrar-se com as medicações otimizadas e com quadro clínico
estável é submetido ao teste ergométrico (TE) máximo como parte da avaliação para a prescrição
da intensidade de esforço durante o treinamento. A avaliação fisioterapêutica no HC é realizada
seguindo uma ficha específica contendo todas as informações clínicas enviadas pelo médico
responsável. Em seguida, o paciente é submetido à entrevista sendo preenchida uma ficha de
avaliação para atividade física, contendo dados pessoais, hábitos de vida, antecedentes
familiares, histórico da moléstia atual, história pregressa, etc., conforme anexo. Dando
sequência, o paciente é submetido ao exame físico, sendo realizadas as avaliações postural e
muscular para verificar a existência de possíveis alterações posturais, retrações musculares e
diminuição de força, objetivando adequar o programa de tratamento ao comprometimento dos
sistemas osteoarticular e muscular (REGENGA, 2000).
 O paciente é avaliado e acompanhado pela equipe multiprofissional sendo, o médico,
enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta, educador físico e psicólogo. Cada profissional realiza
sua avaliação individualmente.
 Os pacientes de pós-operatórios e pós-IAM, na fase II do processo de RCV, ou ainda, os que
apresentam história de doença pulmonar são submetidos à avaliação respiratória, conforme
Britto et. al., (2009), descrevem abaixo:
 Manovacuometria: por meio de um manovacuômetro, é possível quantificar de forma
não-invasiva a força dos músculos respiratórios. A pressão inspiratória máxima (PImáx) indica a
força dos músculos inspiratórios e a pressão expiratória máxima (PEmáx) indica a força dos
músculos expiratórios.
 PImáx:
 sentar o paciente a 90º com os pés apoiados no chão;
 colocar o bocal e a pinça nasal;
 solicitar 2 ou 3 ciclos respiratórios em volume corrente (VC) com o orifício de oclusão aberto;
 solicitar uma expiração tão completa quanto possível até o volume residual (VR). O paciente
poderá ser orientado a indicar este momento por meio de gesto;
 fechar imediatamente o orifício de oclusão e solicitar inspiração, tão forte quanto o paciente
conseguir, até a capacidade pulmonar total (CPT). Após 2 segundos de força sustentada, terminar
a manobra e retirar o bocal.
 PEmáx:
 sentar o paciente a 90º com os pés apoiados no chão;
 colocar o bocal e a pinça nasal;
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 solicitar 2 ou 3 ciclos respiratórios em VC com o orifício de oclusão aberto;


 solicitar primeiramente uma inspiração tão completa quanto possível até a CPT, também
com indicação por gesto por parte do paciente;
 fechar imediatamente o orifício de oclusão e solicitar expiração máxima (em nível de VR)
com sustentação de 2 segundos;
Observação:
 Se o tubo não possuir válvula para a saída do ar, a pinça nasal deverá ser colocada
inicialmente e o bocal logo após a expiração (PImáx) ou a inspiração (PEmáx) completa.
 Deverão ser realizadas de 3 a 5 manobras aceitáveis (sem vazamento de ar, sustentando por
no mínimo 1 segundo), sendo ao menos 2 reprodutíveis (diferença menor ou igual a 10% entre
os valores), respeitando 1 minuto de intervalo entre elas, utilizando-se para registro a maior
medida. O valor das pressões é expresso em cmH2O, sendo o da PImáx negativo.
 Conforme descrito por Britto, et. al., (2009), a medida da PEmáx durante a avaliação pré-
operatória é de grande importância na avaliação da eficácia da tosse, portanto, na prevenção de
acúmulo de secreção nas vias aéreas. A técnica mais utilizada para medida da endurance
muscular respiratória é do tipo linear com carga do tipo threshold (limiar).
 Pico de Fluxo Expiratório (PFE): é o fluxo máximo alcançado durante uma expiração realizada
com força máxima e iniciando de um nível máximo de insuflação pulmonar. É considerado, como
o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), um índice indireto do calibre das vias
aéreas. Porém, o PFE parece ser menos sensível que o VEF1 para detectar obstrução nas vias
aéreas. É utilizado o peak flow meters, pois é portátil e de baixo custo.
 O procedimento deve ser realizado com instruções prévias. Manobras de demonstração e o
estímulo oferecido ao paciente são fundamentais para o sucesso do teste.
 sentar o paciente ou colocar de pé, porém o pescoço não deve estar flexionado ou
hiperextendido evitando a complacência traqueal;
 colocar a pinça nasal;
 solicitar ao paciente uma inspiração máxima seguida por uma expiração forçada máxima,
curta e explosiva (menos que 1 segundo) através do bocal acoplado ao medidor de pico de fluxo;
Observação
O mais alto valor de 3 manobras consecutivas deve ser registrado, desde que a diferença entre
elas não ultrapasse 20 L/min. Se entre os 2 maiores valores houver diferença maior do que 40
L/min, outras 2 manobras devem ser realizadas. A queda sucessiva das medidas do pico de fluxo
na mesma avaliação pode indicar broncoespasmo induzido pela manobra.
 Índice Diafragmático relatada por Sarmento em 2005: é capaz de refletir o movimento
tóraco-abdominal, que é obtido com um magnetômetro ou pletismografia de indutância e ainda
com uma fita métrica simples. Este índice é capaz de dizer fielmente as mudanças de dimensões
do tórax e do abdômen durante a inspiração e expiração, com a seguinte fórmula: ID = Δ AB/Δ
AB + Δ CT. O Δ AB é a diferença da dimensão abdominal obtida entre a fase inspiratória e
expiratória, e Δ CT, a diferença da dimensão da caixa torácica também obtida nas fases
inspiratória e expiratória.
 paciente posicionado em decúbito dorsal horizontal, sendo o ΔCT medida com a fita
posicionada no 4º espaço intercostal e o ΔAB posicionada na cicatriz umbilical;
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 foi solicitado que o paciente realizasse uma inspiração profunda máxima até a CPT, seguida
de uma expiração total, caracterizando a Capacidade Residual Funcional CRF por 2 vezes
consecutivas com pausa nos movimentos respiratórios ao final da inspiração e da expiração para
mensurar as variações dimensionais perimétricas do tórax;
 Comumente, para classificar os pacientes cardiopatas em níveis de capacidade funcional e
determinar suas respectivas estratificações de risco aos programas fisioterapêuticos, são
utilizados testes para avaliação funcional cardiorrespiratória. No Centro de Reabilitação os
pacientes encaminhados ao programa de RCV após a consulta e triagem fisioterapêutica, são
submetidos ao TE máximo ou cardiopulmonar (considerado padrão-ouro para a avaliação da
capacidade funcional). O protocolo realizado durante o exame é determinado pelo cardiologista,
conforme a condição física do paciente
 O teste submáximo a seguir, foi descrito por Britto et. al., em 2009. Nas situações em que
não é possível realizar o teste máximo, o paciente é submetido ao TC6’ como forma de avaliação
da capacidade funcional e prescrição da intensidade de esforço durante o treinamento.
 Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6’): é utilizado para avaliar a capacidade funcional
de forma submáxima, por meio da mensuração da maior distância percorrida durante seis
minutos. Permite avaliar globalmente o funcionamento integrado dos sistemas cardiovascular,
pulmonar, vascular periférico e locomotor. O local deve ser amplo, plano, regular e com piso não
escorregadio. A temperatura (T0) ambiente deve ser agradável, controlada e registrada. Deve ser
realizado pelo menos 2 horas após as refeições. Instruir aos pacientes o uso de roupas e calçados
confortáveis e a manutenção da medicação usual. Antes da realização do teste é necessário
demonstrar o caminho a ser percorrido e um período de repouso de no mínimo 10 minutos.
 durante o período de repouso de 10 minutos, faz-se a mensuração da PA, FC e respiratória
(FR), saturação periférica de oxigênio (SatO2), através da oximetria de pulso, além da ausculta
cardíaca e respiratória e a avaliação do nível de dispneia relativa à sensação de esforço por meio
da escala de Borg.
 a pista deve ser de 30 metros, o avaliador não deve caminhar junto com o paciente, exceto
as situações em que é necessário transportar o oxigênio ou para dar segurança em caso de
déficits de equilíbrio, sendo que nestas situações, o avaliador deve caminhar atrás do paciente;
 o adequado é o paciente caminhar por 6’ sem interrupção, porém em situações de algum
desconforto ou cansaço a caminhada pode ser interrompida, mas o cronômetro continua
registrando o tempo e, assim que sentir-se apto, reassume a caminhada;
 ao término do exame, o paciente interrompe onde estiver para a demarcação da distância
percorrida e o registro das variáveis (PA, FC, FR, Escala de Borg e SatO2);
 De acordo com Pulz, Guizilini e Peres (2006), para que todo treinamento seja bem prescrito,
é necessário que se obtenha parâmetros correlacionados com a capacidade física do indivíduo.
Para tanto, estes autores descrevem o teste abaixo como forma de avaliar a força e a resistência
muscular.
 Teste de Força Muscular: é utilizado para determinar a quantidade máxima de peso que
o indivíduo consegue realizar em um único movimento de um determinado exercício. O teste é
denominado Teste de 1 Resistência Máxima (1RM). Antes da realização desse teste, deve-se
avaliar a elegibilidade do paciente. Segue a seguinte metodologia:
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 verificar critérios de inclusão e exclusão para participar de um programa de treinamento


resistido;
 realizar teste ergoespirométrico previamente;
 manter o paciente em repouso por 5 minutos;
 monitorar PA, FC, FR e SatO2;
 realizar alongamentos globais;
 posicionar adequadamente o paciente;
 orientar o paciente quanto à realização do exercício e padrão respiratório;
 realizar 15 a 20 movimentos com carga baixa como aquecimento;
 acrescentar 10 a 20% de peso sobre a carga de aquecimento, conforme o grupo muscular
testado;
 repousar 3 minutos;
 repetir os itens 8 e 9 até a não execução ou execução incorreta do movimento;
 retornar à carga anterior com acréscimo de 1% a 5% desta, até a não execução ou execução
incorreta do movimento;
 a carga obtida no último movimento antes da não execução ou execução incorreta é a carga
máxima ou 1RM.
 Ainda os mesmos autores, Pulz, Guizilini e Peres (2006) citam que, diante da impossibilidade
ou a não opção pelo teste de 1RM, é prescrito o Teste de Repetições Máximas (RM) e escala
subjetiva de esforço (BORG), descritos a seguir:
 Teste de Repetições Máximas: consiste na obtenção do maior número de repetições de um
determinado exercício, que é realizado com uma carga constante. Posteriormente à obtenção do
maior número de repetições possíveis, executadas de forma correta, será encontrado o seu
equivalente em percentual do Teste de 1RM por meio da tabela de Berger.
 verificar critérios de inclusão e exclusão para participar de um treinamento resistido;
 realizar teste ergoespirométrico previamente;
 manter o paciente em repouso por 5 minutos;
 monitorara PA, FC, FR e SatO2;
 realizar alongamentos globais;
 posicionar adequadamente o paciente;
 orientar o paciente quanto à realização do exercício e ao padrão respiratório;
 realizar 15 a 20 movimentos com carga baixa como aquecimento;
 acrescentar 50% de peso sobre a carga de aquecimento e solicitar que o paciente realize o
maior número de repetições possíveis
 Escala Subjetiva de Esforço (BORG): utiliza da impressão pessoal do paciente quanto à
dificuldade de executar o exercício. Esta forma de prescrição de treinamento resistido está
presente nas diretrizes do American College of Sports Medicine (ACSM), que recomenda um nível
de esforço com classificação 13 em uma escala de 6 a 20 (escala de Borg) durante um exercício
de 10 a 12 repetições.

5.3 Reabilitação Cardiovascular na Fase II


 O paciente após ter alta hospitalar, é encaminhado e avaliado no serviço de RCV do Centro
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de Reabilitação, então, realiza-se a prescrição e inicia-se o tratamento fisioterapêutico. O


programa tem supervisão direta do fisioterapeuta, com controle dos sinais e sintomas, aferição
da FC, PA e, quando necessário, monitorização cardíaca por meio do ECG durante toda a sessão
de tratamento.
 Os pacientes com diagnóstico de coronariopatia e que foram submetidos aos procedimentos
hemodinâmicos, à angioplastia ou o cateterismo cardíaco, bem como os portadores de fatores
de risco para as DCV serão admitidos assim que estes se apresentarem clinicamente estáveis.
 A prescrição da intensidade dos exercícios é determinada com base na FC de treinamento
(FCT) pela fórmula de Karvonen, onde é utilizada a FC máxima alcançada no TE máximo.
 No teste simples, utiliza-se como patamar de esforço os sintomas do paciente (teste
sintoma-limitante), que podem incluir tanto a fadiga como outras anormalidades como, sinais de
isquemia, alterações hemodinâmicas e/ou eletrocardiográficas. Estipula-se a FC de trabalho
como 10 bpm abaixo da FC do momento na qual teve início a anormalidade (REGENGA, 2000).
 Ainda seguindo as descrições de Regenga (2000) pode-se utilizar a escala perceptiva de
esforço (BORG), na qual se estabelece a FCT ou intensidade de carga de exercícios que
corresponda ao nível de cansaço de 10 a 12 pontos da escala, para os pacientes que não se
enquadram nas outras formas de prescrição de intensidade de treinamento descritas acima,
como os portadores de fibrilação atrial (FA) crônica.
 A duração da sessão de treinamento é estipulada entre 45 e 50 minutos, com frequência de
3 vezes por semana em dias alternados. O programa de exercícios é dividido em 3 etapas:
aquecimento (cerca de 10 a 15 minutos incluindo, caminhada, exercícios de baixa intensidade
localizados, coordenação motora, equilíbrio, flexibilidade e de pequenos grupos musculares);
condicionamento (de 20 a 30 minutos, com treino de resistência muscular, exercícios de grandes
grupos musculares, esteira, corridas e bicicleta ergométrica) e o desaquecimento (com duração
de 5 a 10 min, exercícios de alongamento, caminhadas leves e conscientização corporal).
A programação de exercícios é individualizada e a progressão da intensidade é feita normalmente
de 3 em 3 meses analisando-se as respostas de FCT, sem o TE. Após 6 meses da realização do TE
um novo teste é feito para avaliar as respostas adaptativas ao treinamento físico e reprogramar
a intensidade de esforço.

5.4 Reabilitação Cardiovascular na Fase III


 A fisioterapia cardiovascular atua como parte integrante da reabilitação cardíaca na fase
tardia, considerada como fase III, que é a fase de recuperação e manutenção. É considerada fase
III após 12 semanas de alta hospitalar.
 Nesta fase são realizados programas de exercício físico a longo prazo na recuperação,
adaptação e manutenção do sistema cardiovascular de forma preventiva controlando os fatores
precipitantes e agravantes de doenças cardiovasculares como: estresse, tabagismo, HAS,
sedentarismo, dislipidemia, DM e obesidade. Atua também de forma curativa na recuperação e
adaptação das funções dos sistemas cardiovascular, respiratório, metabólico, humoral e
muscular: após evento de doença cardíaca, após IAM e após cirurgia cardíaca.
 São utilizados basicamente, técnicas de exercícios físicos no tratamento do cardiopata,
associado aos medicamentos e às modificações de hábitos alimentares e comportamentais. O
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objetivo é promover adaptações no sistema cardiovascular para que os pacientes retornem, o


quanto antes, às atividades profissionais, esportivas e de lazer com maior da segurança.
 Para ser admitido no serviço do HC, o paciente deve concordar em participar das avaliações
e do programa de tratamento fisioterapêutico 3 vezes por semana.
 Após avaliação fisioterapêutica e análise de todos os dados clínicos e funcionais, o paciente
é classificado, considerando-se o quadro clínico e a capacidade funcional baseada no MET. Assim,
os pacientes com capacidade funcional ≥ a 8 METs são classificados como de baixo risco; se < 7,5
METs, risco moderado e se < 4 METs, alto risco de apresentarem intercorrências clínicas (PULZ,
GUIZILINI, PERES, 2006). Os pacientes de alto risco não são incluídos no serviço, devido à
necessidade da presença do cardiologista no setor durante esses atendimentos.
 O programa de fisioterapia nesta fase é planejado considerando-se intensidade, frequência,
duração, tipo de exercício e progressão, de acordo com a classificação funcional do paciente, dos
sinais, dos sintomas e das alterações eletrocardiográficas desencadeadas durante os testes de
exercício físico de avaliação clínica e do Limiar de Anaerobiose (LA) alcançado no teste
ergoespirométrico.
 Seguindo as descrições de Pulz, Guizilini e Peres (2006), a intensidade de trabalho usada é
visando a melhoria da resistência aeróbica e é em torno de 40% a 75% do VO2 máx, atingido no
teste ergoespirométrico para os pacientes o utilizaram, ou 50% a 80% da FCmáx atingida no TE.
 As sessões de tratamento têm duração aproximada de 50 minutos, com frequência de 3
vezes por semana em dias alternados. O tipo de exercício na fase inicial do tratamento é dinâmico
e predominantemente aeróbico, que envolve grandes grupos musculares. Já os exercícios
dinâmicos resistidos são utilizadas cargas, inicialmente com pouco peso e com aumentos
graduais, com número de repetições (5 a 10 em cada série); número de séries (de 1 a 3 para cada
exercício) e duração do intervalo entre cada série (30 a 60 segundos), levando-se em conta que
a intensidade do exercício sempre será individualizada.
 As sessões de tratamento envolvem 3 etapas: aquecimento (cerca de 5 a 10 minutos com
realização de exercícios de alongamento, exercícios dinâmicos aeróbicos e de coordenação
associados a exercícios respiratórios). Tanto no início quanto no final dessa etapa, afere-se a FC
e PA do paciente. O condicionamento realiza-se em 20 a 30 minutos, com treino de resistência
muscular, exercícios de grandes grupos musculares, esteira, corrida e bicicleta ergométrica,
atividade aeróbica realizada em esteira ou bicicleta ergométrica, com duração média de 20 a 30
minutos. A FC e a PA são aferidas no final de cada nível de exercício, dependendo do protocolo.
O desaquecimento tem duração de 10 minutos. Nesta etapa, são realizados exercícios dinâmicos
enfocando a musculatura não trabalhada no aquecimento e também exercícios respiratórios
associados a alongamentos específicos. Essa fase objetiva retornar o organismo às condições de
repouso, com valores de FC e PA próximos aos basais.
 Nas situações em que é identificado quadro de hipertensão arterial logo na chegada do
paciente ao setor de atendimento, é aplicado somente relaxamento com um período de maior
duração que a etapa de desaquecimento. Quando o quadro persiste, o paciente é encaminhado
ao médico do setor, ou de origem, ou ainda a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Por outro
lado, sempre que algum paciente apresentar alguma manifestação de intolerância ao exercício
físico durante as sessões de fisioterapia este é monitorizado e, dependendo da condição, é
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interrompido. Em caso de quadro hipertensivo agudo, de alterações eletrocardiográficas


significativas ou precordialgia, o mesmo é encaminhado para a UPA. Também o paciente
portador de DM, com glicemia acima de 300 mg/dl, não realiza o treinamento, sendo orientado
e liberado.
 A programação de exercícios é individualizada e a progressão da intensidade é feita
normalmente de 3 em 3 meses analisando-se as respostas de FCT, sem o TE máximo, mas, realiza-
se o teste submáximo a partir do protocolo utilizado durante o treinamento. Após 6 meses da
realização do TE um novo teste é feito para avaliar as respostas adaptativas ao treinamento físico
e reprogramar a intensidade de esforço.

5.5 Reabilitação Cardiovascular na Fase IV


 Seu término é indefinido e sua periodicidade dependerá do estado clínico, da patologia e da
evolução de cada paciente, tal como dos componentes do seguimento, ajuda o paciente a manter
um estilo de vida saudável, reforçando a educação dada e auxiliando o paciente nas dificuldades
para desprender-se dos maus hábitos, com o objetivo de motivar e gerar estratégias para manter
estilo de vida saudável e conseguir mudanças permanentes com um estilo de vida saudável,
atividade física e controle adequado dos fatores de risco.
 A RCV traz vários benefícios ao cardiopata, como melhora da capacidade funcional e
qualidade de vida. Na tentativa de estender a um grande número de cardiopatas os benefícios
do treinamento físico, a reabilitação não supervisionada surge como uma opção bastante
interessante para os pacientes, os quais após treinamento supervisionado são liberados para
exercícios físicos em parques, ruas e domicílio. (Oliveira Filho, JA, Salvetti, XM, 2003).
 No Centro de Reabilitação a Fase IV é realizada na pista de corrida e caminhada do Uberaba
Tênis Clube com supervisão de FC, PA e SatO2 no repouso, após os exercícios dinâmicos e
aquecimento (duração de 5 a 10 minutos), após a caminhada e exercícios aeróbicos (15 a 30
minutos) e depois do desaquecimento (5 a 10 minutos).
 O objetivo dessa fase é conseguir mudanças permanentes com um estilo de vida saudável,
atividade física e controle adequado dos fatores de risco.

6. EDUCAÇÃO
 O programa multidisciplinar de RCV não só inclui o plano de exercícios físicos programados,
como também a educação que se proporciona ao paciente, seja ela em relação à prevenção
cardiovascular, mas também no que diz respeito ao adequado manejo dos fatores de risco.

7. OBESIDADE E SOBREPESO
O aumento da gordura se associa ao aumento dos ácidos graxos livres, hiperinsulinemia, resistência
à insulina, DM, HAS e dislipidemia. O efeito da obesidade sobre o risco cardiovascular global impacta
de forma muito importante

7.1 Desafios e objetivos


 A redução do peso está recomendada em pacientes com obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2) ou
com sobrepeso (IMC ≥ 25 e < 30 kg/m2). Valores entre 94 e 101 cm de circunferência de cintura
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para o homem e entre 80 e 87 cm para a mulher consideram-se como de alerta e representam


um limiar a partir do qual não se deve ganhar mais peso. A restrição da ingestão calórica total e
o exercício físico regular são as pedras angulares do controle do peso. É provável que com o
exercício se produzam melhorias no metabolismo da gordura central, inclusive antes que ocorra
uma redução do peso, segundo a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular (2014).

7.2 Recomendações especiais


 De acordo com a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular (2014), a educação
alimentar é primordial, com ênfase na redução da quantidade calórica e diminuição drástica de
gorduras e carboidratos simples. Estímulo ao consumo de mais frutas, vegetais, alimentos
integrais e gorduras mono e poli-insaturadas deve ser feito. O hábito do consumo leve a
moderado de álcool não deve ser desaconselhado, mas esta é uma área do conhecimento que
ainda necessita de mais estudos para se definir a melhor conduta.
 A frequência, duração, intensidade e o volume de exercícios empregados devem adequar-se
à aptidão física do sujeito. Os exercícios prolongados e de intensidade moderada são preferidos,
embora seja necessário iniciar os planos com intensidade leve e progressão de acordo com os
resultados que forem sendo obtidos. Os exercícios preferidos são os dinâmicos, que empregam
amplos territórios musculares e se realizam com metabolismo predominantemente aeróbico.

8. SEDENTARISMO
A percentagem da população inativa na América Latina oscila entre o 25% e 75%, faixa muito alta
devido à diferença que existe entre os estudos realizados em cada região. As pessoas que
permanecem sedentárias têm maior risco de morte e um risco duas vezes maior de padecer de
doenças cardiovasculares se comparadas a pessoas fisicamente ativas (BATTY, G.D., 2002).

8.1 Desafios e objetivos


 Iniciar, recondicionar e educar o paciente quanto à prescrição do exercício; motivar a
manutenção do exercício de forma indefinida (30-60 minutos de exercício moderado de 5 a 7
dias por semana); assegurar que a totalidade dos integrantes da equipe dos programas de RCV
conheça, eduque e motive os pacientes sobre a realização do exercício conforme sua prescrição.

8.2 Recomendações especiais


 De acordo com a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular (2014), deve-se
realizar história clínica completa; determinar o risco cardiovascular de forma individual; realizar
prescrição do exercício (aeróbico, resistência e flexibilidade); realizar supervisão do exercício de
acordo com os riscos e prescrições.

9. ESTRESSE PSICOSSOCIAL E ESTADOS DEPRESSIVOS


 O estresse elevado está claramente associado com o IAM. O estresse é considerado na
atualidade um fator de risco tão importante quanto a HAS, o tabagismo ou as dislipidemias, segundo
a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular (2014).
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9.1 Desafios e objetivos


 É importante saber o grau de estresse e depressão que sofrem os pacientes em busca de um
programa de RCV, para o qual se recomenda o uso de questionários padronizados, como o de
depressão PHQ-9, que é grátis e disponível na Web. Uma vez que se conhece a situação do
paciente, o mesmo deve ser encaminhado para a assistente social, psicólogo e/ou psiquiatra,
segundo a gravidade do problema emocional que apresente.

9.2 Recomendações especiais


 As recomendações apontam pela identificação destes grupos de pacientes para intervir de
forma prematura, mediante apoio de psicoterapia e mudanças do estilo de vida, não só dirigidos
ao indivíduo especificamente, mas também a membros da família.

10. TABAGISMO
 O tabagismo é a dependência crônica ocasionada pelo consumo excessivo do fumo,
desencadeada por seu principal componente, a nicotina. O tabagismo é um fator de risco
independente da DCV (WILSON, P.W., e colaboradores 1998), além de ser considerado como uma
das principais causas de mortalidade evitável no mundo (KATANODA K, YAHO-SUKETOMO H., 2012).

10.1 Desafios e objetivos


 O objetivo geral é conseguir a suspensão completa do consumo de cigarro. Isto implica que
os programas de RCV e de prevenção secundária incluam medidas integrais de cessação do
tabagismo, além de se educar o cidadão fumante, promovendo e implementando medidas de
saúde pública relacionadas à supressão do hábito, de acordo com a Diretriz Sul-Americana de
Reabilitação Cardiovascular (2014).

11. DISLIPIDEMIA
 As dislipidemias são um fator de risco maior para o desenvolvimento de aterosclerose. Cada
redução de 1% no valor de LDL se traduz em uma redução de risco de 1% de ocorrerem eventos
cardiovasculares futuros. Um aumento de 1% em HDL está associado a uma redução de risco de 2 a
4%. A prevalência de dislipidemias na América Latina é de 42%, segundo o estudo INTERHEART,
comparado com 32% de prevalência dos outros países participantes do estudo (LANAS F, et al.
2007).

11.1 Desafios e objetivos


 O guia para o tratamento das dislipidemias no adulto, Adult Treatment Panel III (ATP-III)
(National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation, and
Treatment of High Blood Cholesterol in Adults - Adult Treatment Panel III, 2002) definem a
classificação de LDL, HDL e colesterol total segundo seus valores plasmáticos. Este documento
também tem identificado no LDL o primeiro objetivo de tratamento.
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11.2 Recomendações especiais


 Dentre as opções terapêuticas, medidas não farmacológicas, como a redução de
carboidratos simples e em geral, da ingestão de gorduras saturadas e trans, e do peso em caso
de obesidade, além de incremento da atividade física. O exercício do tipo aeróbico de intensidade
moderada é considerado de maior impacto sobre os níveis de triglicérides, em menor medida
sobre o HDL e LDL.

12. HIPERTENSÃO ARTERIAL


 Um dos problemas mais frequentes no atendimento médico primário é a falta de detecção,
tratamento e controle da HAS, a qual é, sem dúvida, um dos fatores de risco com maior impacto nas
doenças cardiovasculares.

12.1 Desafios e objetivos


 O objetivo de tratamento para os hipertensos sem outras patologias associadas é PA <
140/90 mmHg. Já em pacientes hipertensos com doença renal ou DM, o objetivo da PA é <
130/80 mmHg, embora estudos recentes tenham demonstrado que conseguir tais níveis de
controle, provavelmente, não seja tão crucial para reduzir o risco de DCV, particularmente em
diabéticos (CUSHMAN, WC, e colaboradores, 2007).

12.2 Recomendações especiais


 Para conseguir as metas, é fundamental implementar mudanças no estilo de vida. Tais
condutas devem ser recomendadas também às pessoas normotensas com carga genética
hipertensiva (p. ex., ambos pais com idade < do que 60 anos medicados para HAS).
 Quanto ao exercício físico, os ideais são aqueles com predomínio dos componentes
dinâmicos. Seus benefícios começam a partir da terceira semana após iniciados. Os exercícios de
força muscular não têm demonstrado benefício sobre a HAS como método isolado, já que devem
somar-se aos exercícios dinâmicos, de acordo com a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação
Cardiovascular (2014).

13. DIABETES MELITO


 A principal causa de morte da pessoa com DM tipo 2 é cardiovascular e, portanto, prevenir
a DCV implica um manejo integral de todos os fatores de risco. Todos os fatores de risco
cardiovasculares, exceto o hábito de fumar, são mais frequentes nos diabéticos e o seu impacto
sobre a DCV também é maior (International Diabetes Federation, 2012).

13.1 Desafios e objetivos


 Estrito controle da glicemia (Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular, 2014).
13.2 Recomendações especiais
 As medidas não farmacológicas compreendem três aspectos básicos: plano de alimentação,
exercícios físicos e hábitos saudáveis (Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular,
2014).
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14. REFERÊNCIAS

ARAÚJO CGS, CASTRO CLB, et al. Normatização dos equipamentos e técnicas da reabilitação
cardiovascular supervisionada. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. 2004. 83:448-52.

BATTY GD. Physical activity and coronary heart disease in older adults. A systematic review of
epidemiological studies. Eur J Public Health. 2002;12(3):171-6.

BROWN RA. Rehabilitation of patients with cardiovascular diseases. Report of a WHO expert
committee. World Health Organ Tech Rep Ser. 1964;270:3-46

I Consenso Nacional de Reabilitação Cardiovascular Arq Bras Cardiol volume 69, (nº 4), 1997.

CUSHMAN WC, GRIMM RH JR, CUTLER JA, EVANS GW, CAPES S, CORSON MA, et al; ACCORD Study
Group. Rationale and design for the blood pressure intervention of the Action to Control
Cardiovascular Risk in Diabetes (ACCORD) trial. Am J Cardiol. 2007;99(12A):44i-55i.

Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular - Arq Bras Cardiol; 103(2Supl.1): 1-31 (2014).

International Diabetes Federation. Diabetes Atlas. [Accessed on 2012 Dec 10]. Available from:
http://www.idf.org/diabetesatlas/5e/ south-and-central-america.

KATANODA K, YAHO-SUKETOMO H. Mortality attributable to tobacco by selected countries based


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KAVANAGH T, MERTENS DJ, HAMM LF, BEYENE J, KENNEDY J, COREY P, et al. Prediction of long-term
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KAVANAGH T, MERTENS DJ, HAMM LF, BEYENE J, KENNEDY J, COREY P, et al. Peak oxygen intake
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LANAS F, AVEZUM A, BAUTISTA LE, DIAZ R, LUNA M, ISLAM S, et al. Risk factors for acute myocardial
infarction in Latin America: the INTERHEART Latin American study. Circulation. 2007;115(9):1067-
74.

National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation, and
Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III). Third Report of the
National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation, and
Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III) final report. Circulation.
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OLIVEIRA FILHO, J.A., SALVETTI, X.M. O papel da reabilitação cardiovascular não-


supervisionada.Rev. Soc. Cardiol Estado de São Paulo 2003; 2:214-225.

PULZ, Cristiane, GUIZILINI Solange, PERES, Paulo Alberto Tayar. Fisioterapia em Cardiologia:
aspectos práticos. São Paulo: Atheneu, 2006.

REGENGA, Marisa de Moraes. Fisioterapia em Cardiologia: da UTI à reabilitação. 1ª. ed. e 2ª ed. São
Paulo:, ROCA. , 2000 e 2012.

ROGER VL, JACOBSEN SJ, PELLIKKA PA, MILLER TD, BAILEY KR, GERSH BJ. Prognostic value of
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WILSON PW, D’AGOSTINO RB, LEVY D, BELANGER AM, SILBERSHATZ H, KANNEL WB. Prediction of
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15. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO


VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO
2 06/09/2019 Atualização segundo a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação
Cardiovascular - Arq Bras Cardiol; 103(2Supl.1): 1-31 (2014).
Alterada a numeração do documento para atender ao novo modelo
oficial de POP, padronização pela Ebserh (antigo POP/Unidade de
Reabilitação/12/2016)

Versão 1 Data: 03/05/2016


Elaboração
Luciana Duarte Novais da Silva, professor adjunto
Marcia Souza Volpe, fisioterapeuta
Maria de Lourdes Borges, fisioterapeuta
Maria de Lourdes Silva, fisioterapeuta
Vanessa Miranda Lídio, fisioterapeuta
Registro, análise e revisão
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de
Planejamento
Validação
Renata Melo Batista, chefe da Unidade de Reabilitação
Adriano Jander Ferreira, chefe da Divisão de Apoio
Diagnóstico e Terapêutico
Aprovação
Colegiado Executivo

Versão 2 Data: 11/10/2019


Revisão da equipe
Renata de Melo Batista, fisioterapeuta
Luciana Duarte Novais da Silva, professora adjunta
Nathallie de Freitas Cezário, profissional de educação física
Gabriela Oliva, residente multiprofissional de educação
física
Ruthe Tamara Martins Mendes, residente multiprofissional
de educação física
Eduardo Elias Vieira de Carvalho, professor doutor adjunto
Registro, análise e revisão
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Data: 16/01/2020
Planejamento
Validação
Izabella Barberato Silva Antonelli, chefe da Unidade de Data: 22/01/2020
Reabilitação
Aprovação
Marina Casteli Monteiro, chefe da Divisão de Apoio Data: 31/01/2020
Diagnóstico e Terapêutico

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2019, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
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14. ANEXO – FICHA DE AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR

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FICHA DE AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR

( ) Avaliação ( ) Reavaliação Data: Horário:


Estagiário: Professor Responsável:

DADOS PESSOAIS
Nome:
Sexo: Nascimento: Idade: Gênero:
( ) M ( )F ( ) Leucoderma ( ) Feoderma ( )Melonoderma
Profissão: Estado civil:
( )Solteiro ( )Casado ( )Desquitado/Divorciado ( )Viúvo
Endereço:

Telefone:
Diagnóstico Clínico: Médico Responsável:

ANAMNESE
Queixa Principal:_____________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

HMA:______________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

HISTÓRIA DE DOENÇAS PREGRESSAS


Você já foi acometido por alguma doença, que não cardiovascular, anteriormente? ( ) sim ( ) não
Qual doença?
Metabólica: _________________________________________________________________________
Gastro-intestinal:_____________________________________________________________________
Respiratória:_________________________________________________________________________
Genito-Urinária:______________________________________________________________________
Ortopédico:__________________________________________________________________________
Reumatológico:_______________________________________________________________________
Fez uso de medicamento para a doença, que não cardiovascular, à qual foi acometido? ( ) sim ( ) não
Foi submetido a alguma cirurgia anteriormente? ( ) sim ( ) não
Se sim, qual o tipo?
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___________________________________________________________________________________

Há quanto tempo isso ocorreu?

HISTÓRIA DA DOENÇA CARDIOVASCULAR


O acontecimento cardiovascular fez com quem você mudasse seus hábitos de vida? ( ) sim ( ) não
Se sim, quais?
( ) Alimentares ( ) AVDS ( ) Esforços físicos ( ) Convivência social ( ) Convivência familiar
( ) Outro:___________________________________________________________________________

É fumante? ( ) sim ( ) não Possui hábito de ingerir bebidas alcoólicas?


Se sim: ( ) sim ( ) não
Quantidade por dia?______________________
Há quanto tempo tem o Se sim:
hábito?______________
Se não: Tipo de bebida:_____________________________
Já foi fumante? ( ) sim ( ) não Quantidade:________________________________
Há quanto tempo parou de fumar?___________ Frequência:________________________________
Foi fumante por quanto tempo?_____________
Faz algum tipo de dieta alimentar? ( ) sim ( ) não
Se sim: Qual o tipo?___________________________________________________________________
Tem orientação para fazê-la?____________________________________________________________

Você ingere em grande quantidade:


( ) café ( ) sal
( ) refrigerantes ( ) chocolate
( ) frituras ( ) massas
( ) ovos ( ) chá preto
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Pratica atualmente alguma atividade física (não supervisionada)? ( ) sim ( ) não


Se sim:
Qual atividade?______________________________________________________________________
Freqüência:_________________________________________________________________________
Duração em tempo de atividade:_________________________________________________________
Você considera sua atividade de intensidade: ( ) leve ( ) moderada ( ) forte
Recebe orientação para fazê-la? ( ) sim ( )não
Quem orienta?________________________________________________________________________
Controla FC durante a atividade? ( ) sim ( ) não FC:_________bpm
Já apresentou algum sintoma durante a prática de exercício?
____________________________________________________________________________________

Se não:
Já fez alguma atividade física por mais de meses? ( ) sim ( ) não
Qual
atividade?____________________________________________________________________________

Apresenta antecedentes familiares das patologias abaixo relacionadas?


PATOLOGIA PARENTESCO
Infarto agudo do miocárdio
Angina
Coronariopatia
Diabetes
Dislipidemia
Obesidade
Hipertensão arterial
Outras
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SINAIS E SINTOMAS CARDIOVASCULARES


Apresenta diagnóstico de alguma das doenças cardiovasculares abaixo relacionadas:
( ) aterosclerose ( ) arritmias cardíacas
( ) infarto agudo do miocárdio ( ) insuficiência cardíaca
( ) angina ( ) valvulopatias
( ) doença de chagas ( ) insuficiência venosa
( ) outras:___________________________________________________________________________

Apresenta diagnósticos de alguma das patologias abaixo citadas:

( ) diabetes ( ) TIPO I ( ) Alteração da tireóide ( Qual?__________________)


( ) TIPO II ( ) Problemas renais
( )dislipidemia ( ) Asma Brônquica
( ) neoplasias ( ) Bronquite crônica
( ) úlcera/gastrite ( ) Enfisema pulmonar
( )AVC ( ) Traumatismo Crânio-encefálico
( ) Epilepsia
( ) Outras:_________________________________________________________________________
Observações:

Qual foi o primeiro sintoma da doença cardiovascular? Quando foi?


Qual:________________________________________________________________________________
Quando:_____________________________________________________________________________
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DOR
Tem dor no peito (precordial)?
( ) sim ( ) não
Como é a dor?
( ) em queimação ( ) em formigamento
( ) em pontada ( ) em sensação de aperto
( ) Outras:_________________________________________________________________________

Como você classifica o grau da sua dor?


EVA: Escala visual analógica
|___________________________________|
0 10

Qual a localização mais freqüente da dor ou do desconforto?


( ) esterno ( ) em outra localização do tórax
( ) próximo ao mamilo esquerdo ( ) nos ombros
( )próximo ao mamilo direito ( ) nos cotovelos
( ) nas costas ( ) nos punhos
( ) outros locais:_________________________________________________________________

A dor ou o desconforto irradia-se para outro local?


( ) sim ( ) não
Se sim:
( ) para o pescoço ( ) para os dentes
( ) para o queixo ( ) para os braços
( ) outros locais: _________________________________________________________________

A dor ocorre durante a noite?


( ) sim ( ) não

Quais os sinais e sintomas você apresenta com mais freqüência:


( ) tosse seca ( ) síncope
( ) tosse produtiva ( ) visão turva
( ) alteração de coloração das extremidades ( ) dores nas pernas
( ) epistaxe ( ) nictúria
( ) outras:________________________________________________________________________
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Tem dispnéia? ( ) sim ( ) não


Se sim assinale em quais situações:
( ) em repouso deitada ( ) em atividades físicas leves
( ) em repouso sentada ( ) em atividades físicas moderadas
( ) atividades do dia-a-dia leves ( ) somente em atividades extenuantes
Observações:________________________________________________________________________

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
A dor surge por uma torção (rotação) da parte superior do corpo (tronco)? ( ) sim ( ) não
Se sim, em qua atividade?____________________________________________________________
A dor é gerada quando faz uma respiração profunda? ( ) sim ( ) não
Você sente dor quando pratica um esporte ou uma AVD intensa? ( ) sim ( ) não
Se sim, há quanto tempo isso ocorre?____________________________________________________
Quando você cessa a atividade, a dor também cessa?________________________________________
Como ocorre a melhora do desconforto? Em quais situações?_________________________________
__________________________________________________________________________________

Já iniciou algum tipo de tratamento para doença cardiovascular? ( ) sim ( ) não


Se sim:
( ) tratamento medicamentoso
( ) tratamento cirúrgico
( ) tratamento fisioterapêutico anterior
Já realizou atividade física supervisionada?________________________________________________
Qual (tipo)?_________________________________________________________________________
Por quanto tempo?____________________________________________________________________
Há quanto tempo?_____________________________________________________________________
Realizou tratamento cirúrgico cardiovascular? ( ) sim não ( )
Se sim:
Qual?______________________________________________________________________________
Quanto tempo durou a cirurgia?____________________________
Quando?_____________________________
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Quais os medicamentos em uso? (incluir medicamentos caseiros e os não prescritos pelo médio)

NOME CONCENTRAÇÃO FREQUÊNCIA INDICAÇÃO

Observações:__________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

OBESIDADE
IMC = MASSA CORPORAL (kg)
__________________________ =

ESTATURA²
Circunferência abdominal (medida dois dedos acima do umbigo) = ______________ cm
Valores normais: Homem: de 100 a 102 cm
Mulher: até 88 cm

Relação Cintura quadril:

RCQ = perímetro da cintura


___________________
Perímetro do quadril

Homens < 1,0


Mulheres < 0,85

Sofre ou já sofreu problemas de obesidade (ou excesso de gordura)? ( ) sim ( ) não


Se sim, por quanto tempo?__________________________________________________________
Como controla (ou controlava) a obesidade?____________________________________________
________________________________________________________________________________

Possui ou possuía uma dieta gordurosa? ( ) sim ( ) não


Como classifica sua alimentação? ( ) leve ( ) moderada ( ) pesada
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Observações:__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

HIPERCOLESTEROLEMIA
Você possui índices elevados de colesterol? ( ) sim ( ) não
Controla sua dieta depois do aumento de colesterol? ( ) sim ( ) não
Como controla o colesterol (medicamentos, alimentação controlada,...)?
_____________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

ESTRESSE
Você trabalha ou possui alguma ocupação atualmente? ( ) sim ( ) não
Qual o seu cargo e qual o seu grau de sua responsabilidade em sua ocupação?
____________________________________________________________________________________

Sente que tem trabalhado demais? ( ) sim ( ) não


Faz uso de algum tipo de terapia (medicamentosa, psicológica ou outra) para controlar a ansiedade,
depressão, cansaço, insônia? ( ) sim ( ) não
Se sim, qual?_________________________________________________________________________
Há quanto tempo?_____________________________________________________________________

Assinale abaixo quais das reações físicas ao estresse você apresenta e some os pontos:
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( ) calafrios nos estômago


( ) fraqueza nos membros
( ) boca ou garganta seca
( ) dores de cabeça
( ) agitação física e mental ( ) ansiedade
( ) problemas para dormir
( ) dores nas costas
( ) sensação de enjôo no estômago
( ) alteração no apetite ( ) inquietação e movimentação constantes
( ) fraqueza muscular ou tremedeira
( ) piora de dor presente há muito tempo
( ) tem se mostrado muito alerta
( ) transpiração freqüente ( ) cansaço fraqueza
( ) respiração rápida, ofegante
( ) taquicardia, palpitação ( ) constipação ou diarréia
( ) tensão muscular ( ) dores ou espasmos esquisitos

( ) desconforto torácico

( ) urgência freqüente para urinar


( ) 1 a 6 pontos = baixo nível de estresse
( ) 7 a 12 pontos = moderado nível de estresse ( ) indigestão
( ) 13 a 18 pontos = alto nível de estresse
( ) 19 a 24 pontos = muito alto nível

HIPERTENSÃO ARTERIAL
Você possui hipertensão arterial? ( ) sim ( ) não
Se sim, há quanto tempo?_____________
Em quais atividades sua pressão fica elevada?_______________________________________________
____________________________________________________________________________________
Faz uso de alguma terapêutica para controle? ( ) sim ( ) não
Se sim, quais?________________________________________________________________________

EXAMES COMPLEMENTARES
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA:
Exame físico:
Sinais vitais
Freqüência cardíaca sentado:_________bpm
Pressão arterial deitado:_____________mmHg – membro
Pressão arterial sentado:_____________mmHg
Pressão arterial em pé:______________mmHg
Freqüência respiratória deitado:_______irpm
Tipo respiratório:_____________________________________________________________________
Ausculta Cardíaca:____________________________________________________________________
Ausculta Pulmonar:___________________________________________________________________
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PALPAÇÃO:
Tórax, cintura escapular e coluna torácica alta:_______________________________________________
____________________________________________________________________________________
Condições da incisão cirúrgica e cicatriz (considerações):______________________________________
_____________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
EDEMAS:
Alguma região do corpo costuma apresentar-se inchada? ( ) sim ( ) não
Se sim, qual?_________________________________________________________________________
O edema é constante ou apenas aparece em algumas ocasiões?__________________________________
____________________________________________________________________________________
EXAMES COMPLEMENTARES:
Eletrocardiograma (data e considerações):__________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Cinecoronariografia (data e considerações):_________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Cintilografia do miocárdio (data e considerações):____________________________________________
____________________________________________________________________________________
Outros:______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

EXAMES LABORATORIAIS:
Triglicérides:_________________________________________________________________________
Colesterol e suas frações:
CT:____________ VLDL:________________ LDL:______________ HDL:_______________
Ácido úrico:________________________ Glicose:______________________
Creatinina:____________________________
Sódio:______________________ Potássio:____________________ Cálcio:_______________________
Outros:______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

ANÁLISE DO TESTE ERGOMÉTRICO REALIZADO EM ___/___/___


Protocolo utilizado:____________________ Ultimo nível de esforço:________________________
FC no pico de esforço:_____________________ PA no pico do esforço:______________________
Traçado eletrocardiográfico (considerações):________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Análise da FC:________________________________________________________________________
Análise da PA:________________________________________________________________________

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