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ANÁLISE DA

EFICIÊNCIA DA
GLICOSE 75%
ASSOCIADA À
LIDOCAÍNA NO PEIM REVISTA

NEXT SCIENTIFIC
AUTOR(es): Dra Mariana C. Gouveia INDEXAÇÃO
INTERNACIONAL
ISSN #2596- 0725

NEXT PHARMA
Farmácia de
Manipulação Ltda.
CNPJ: 28.758.725/0001-62
Análise da eficiência da glicose 75% associada
à lidocaína no PEIM
Mariana C. Gouveia
Pós Graduada em Biomedicina Estética e Especialista em Injetáveis: PEIM,
Intradermoterapia, Toxina Botulínica, Preenchimentos e Fios de Sustentação.
mariana_cgouveia@hotmail.com

Resumo
Introdução: As telangiectasias são microvasos capilares resultantes de dilatações
intradérmicas. Acometem, sobretudo, os membros inferiores. Como solução para este
quadro, uma das alternativas disponíveis é o PEIM (Procedimento Estético de Injeção em
Microvasos) no qual emprega-se o uso de substâncias esclerosantes que ocasionam
desidratação do tecido endotelial levando à sua destruição. Objetivo: Demonstrar o
resultado de PEIM mais significativo na prática estética observado em nossa clínica e
avaliar o grau de eficácia do esclerosante mediante as telangiectasias.Método: 6 sessões
de aplicação de glicose hipertônica a 75% em uma paciente. Resultado: Após as 6
sessões previamente acertadas verificou-se melhoras significativas dos quadros de
microvasos. Conclusão: O PEIM mostrou-se altamente eficaz no tratamento das
telangiectasias. Não foi observada nenhuma intercorrência, portanto uma das metodologias
mais seguras.

Palavras Chave: Telangiectasias, glicose 75%, PEIM

Introdução O esclorosante utilizado pelos


profissionais da saúde estética é a glicose
As telangiectasias são microvasos hipertônica a 75% ou 50%. Consiste em
capilares resultantes de dilatações soluções osmóticas que ocasionam
intradérmicas geralmente apresentando desidratação do tecido endotelial levando à
ramificações de coloração azul ou sua destruição6. A glicose é empregada por
avermelhada formadas por microfístulas ser considerada com alto grau de eficiência,
arteriovenosas. Acometem, sobretudo, os de baixo custo financeiro e praticamente
membros inferiores e é mais comumente isento de complicações graves como
observada no público feminino. Não necroses, reações sistêmicas e alergias,
constituem patologia, logo, são segundo alguns autores7.
frequentemente abordadas pelo ponto de
vista da especialidade estética para o seu
gerenciamento 1,2
Objetivo
Como solução para este quadro, a
alternativa disponível é o PEIM Demonstrar o resultado de PEIM mais
(Procedimento Estético de Injeção em significativo na prática estética observado
Microvasos) no qual emprega-se o uso de em nossa clínica.
substâncias esclerosantes que têm por
objetivo promover lesão no endotélio Avaliar o grau de eficácia do esclerosante
vascular levando à agregação plaquetária e mediante as telangiectasias.
consequentemente a uma trombose
controlada juntamente a uma resposta
inflamatória com uma reorganização
fibrótica 3,4. Isso fará com que o microvaso
submetido ao procedimento já não tenha
mais o formato cilíndrico e não participe da
via circulatória 5.
Metodologia Resultados

Logo após a primeira sessão foi possível


Estudo de caráter qualitativo descritivo para observar a aparente regressão do estado
avaliação da eficiência do agente das telangiectasias. A paciente relatou sentir
esclerosante, glicose 75%, em 1 paciente do dor e queimação em grau tolerável no ato do
sexo feminino do município de Arujá, na procedimento em alguns pontos das
grande São Paulo. As sessões de aplicações. Houve surgimentos de crostas
aplicações foram realizadas entre os meses que permaneceram por curto período,
de outubro de 2018 e março de 2019 nas desaparecendo em 100% após
dependências da clínica Auto Estima. reepitelização.

A paciente selecionada teve como critério Após as 6 sessões previamente acertadas


de inclusão: Idade superior a 30 anos, não verificou-se melhoras significativas dos
diagnosticada com diabetes, hipertensão quadros de microvasos. Entretanto, a
controlada, sem doenças autoimunes, não paciente pretende submeter-se a mais uma
fumante, não usuária de anticoncepcionais sessão na tentativa de tentar observar a
orais, não gestante ou lactante, sem exclusão total das telangiectasias.
patologias vasculares graves e portadora de
microvasos de dimensões máximas de 2
mm.

Durante a anamnese foi questionado à


paciente o uso de medicações, sobretudo
as que interferem na coagulação sanguínea,
verificação do índice de glicemia através de
punção digital e aferição da pressão arterial.
A paciente foi submetida a 6 sessões de
aplicações, nas quais foram injetadas 10 ml
do esclerosante (glicose 75% + lidocaína 40
mg) por sessão e o intervalo entre
aplicações foi de 15 dias.

Também foram prescritas as seguintes


fórmulas manipuladas: Figura1: Paciente 1. Após primeira sessão de PEIM.

Castanha da índia 150 mg


Rutina 150mg
Hamamelis 40 mg
Vitamina C 60 mg

1) Ácido mandélico 5%
Alfa Arbutin 2%
Kójico dipalmitato 4%
Antipollon HT 2%
Haloxyl 2%
Figura2: Paciente 1. Após terceira sessão de PEIM.
Niacinamida 2%

A primeira fórmula objetiva auxiliar na


fragilidade capilar retardando o surgimento
de novas telangiectasias. A segunda trata o
aparecimento de manchas pós
procedimento.

Figura3: Paciente 1. Após quarta sessão de PEIM.

2
[Digite texto]

Figura 4: Paciente 1. Após sexta sessão de PEIM.

Conclusão:

O PEIM mostrou-se altamente eficaz no tratamento das telangiectasias. Os


resultados variam de paciente para paciente devendo se levar em
consideração estilo de vida, tipo de ofício, dieta e fatores hereditários. Não foi
observada nenhuma intercorrência, portanto uma das metodologias
mais seguras, no entanto um pouco dolorida mesmo em associação do agente
esclerosante com um anestésico, mas bastante tolerável.

1. MORAES, L.; PUECH, L. L. E.; TOLEDO, O. M. Varizes e


telangiectasias: utilidade da microangiografia na orientação terapêutica.
Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 1, p.5-9, 1962.
2. MELLO, N. A.; Síndrome das Varizes. In: Melo NA. Síndromes
vasculares. São Paulo, p.94-265, 1999.
3. Schneider W. Contribution to the history of the sclerosing treatment of
varices and to its anatomopathologic study. Soc Fran Phlebol
1965;18(2):11730.
4. Tournay R. La Sclerose des Varices. 2nd edition. Paris: Expansion
Sciéntifique Française; 1975.
5. Toni, T.Z; Pereira, P.P.Procedimento estético injetável em microvasos
com glicose 75% e glicose 50%.Revista Iniciare, Campo Mourão, v. 2, n.
1, p. 53-61, jan. /jun. 2017
6. Goldman MP. Mechanism of action of sclerotherapy. in: Goldman MP.
Sclerotherapy: treatment of varicose and telangiectatic leg veins. 2nd
edition. St. Louis: Mosby; 1995. p. 248-256.
7. Miyake RK, Miyake H, Duarte FH, Fidelis RJR. Microvarizes e
[Digite texto]

telangectasias. in: Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e


cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA;
2003. Disponível:URL: http://www.lava.med.br/livro

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