Apresentação • Ivisley Carlos; • Enfermeiro Dermatológico e esteta; • RT da clínica Studio i estética avançada; • Professor universitário do curso de enfermagem; • Ministrante/professor da Univic. Conteúdo programático • Aspectos introdutórios da hidrolipoclasia não aspirativa e do microagulhamento; • Mecanismo de ação e efeitos fisiológicos; • Técnicas de aplicação e Biossegurança; • Indicações e contra-indicações das técnicas; • Complicações, recomendações e orientações; • Prescrição de nutricosméticos e fitoterápicos; • Avaliação clinica direcionada com bioimpedância; • Estação prática em HLP e microagulhamento. Aspectos legais Lei de n° 12.842 de 10 de junho de 2013 • Dispõe sobre o exercício da medicina (lei do ato médico) art 4° São atividades privativas do médico [...] III- indicação de execução de procedimentos invasivos, sejam diagnóstico, terapêuticos ou estéticos, incluindo os acessos vasculares profundos, as biópsias e as endoscopias; Lei de n° 12.842 de 10 de junho de 2013 • Dispõe sobre o exercício da medicina (lei do ato médico) Hidrolipoclasia não aspirativa Hidrolipoclasia não aspirativa • Técnica criada em 1990 pelo médico italiano Maurizio Ceccarelli, docente em medicina estética na universidade de Barcelona (Espanha) • Trouxe a técnica para o brasil em 1991, durante o congresso mundial de estética que aconteceu no Rio de Janeiro. Hidrolipoclasia não aspirativa • A hidrolipoclasia não aspirativa é o uso de ultrassom terapêutico após a injeção de sora fisiológico 0,9% no tecido subcutâneo, afim de reduzir a gordura localizada. • O ultrassom é utilizado para que as ondas sonoras possam influenciar de forma significativa os adipócitos, promovendo uma lise adipocitária graças ao efeito de cavitação instável. Para obter o resultado desejado, deve-se utilizar o ultrassom de 3WHz, no modo continuo, com uma intensidade de 2W/cm2 a 3W/cm2. Hidrolipoclasia não aspirativa • Mecanismo: O adipócito ao sofrer expansão, deixa sua cobertura muito mais fina do que em seu estado original. Teoricamente, um envelope fino também deve ser mais frágil e suscetível á ruptura. Além disso, um envelope fino tem uma distancia menor entre a energia externa e o conteúdo intracelular. Quando o ultrassom externo é aplicado, o efeito dobra. Desta forma, não apenas a membrana é mais susceptível a ruptura, mas também o conteúdo intracelular pede sofrer cavitação. Hidrolipoclasia não aspirativa • Mecanismo: A gordura depositada nos adipositos está na forma de TG são liberadas por G e AGL. Quando a membrana do adiposito é rompida pelo ultrassom, os TG são liberados no espaço extracelular. Nesse espaço, uma enzima, lipase lipoproteica, metaboliza TG em G e AGL liga-se ás albuminas e o glicerol (solúvel em agua)entra na circulação e portanto vai para o fígado. Hidrolipoclasia não aspirativa • Mecanismo: O paciente durante a aplicação de ultrassom não sofre qualquer dor ou desconforto. A pressão com qual o transdutor de ultrassom é aplicado deve ser levada em conta, deve ser leve a moderada e o transdutor deve se mover lenta e continua para evitar queimaduras, cobrindo toda a área infiltrada, repetidas vezes até o final do período de tempo. Em termos gerais, o tempo médio de duração da aplicação do ultrassom varia de 12 a 15 minutos. Ceccarelli determina que o tempo do ultrassom é estabelecido por um período determinado pelo número de furos do multi-injetor multiplicado por dois. Por exemplo, dez punções requerem um período de 20 minutos. A operação deve ser feita dividindo-se o abdome em 2 áreas. Para finalizar o tratamento, o gel é removido e as áreas tratadas são higienizadas mais uma vez. Hidrolipoclasia não aspirativa • Procedimento: O paciente é preparado marcando as áreas de adiposidade localizadas com um lápis demográfico, simetricamente em ambos os lados do corpo. Recomenda-se usar ultrassom de alta potencia. O líquido deve ser infiltrado na hipoderme entre derme profunda e linha miofascial. É necessário desinfetar cuidadosamente as áreas a serem tratadas. Hidrolipoclasia não aspirativa • Procedimento: A infiltração é realizada por meio de uma seringa de 20 ml injetando lentamente 5 ml da solução nas áreas demarcadas e desinfetadas. Finalmente para a aplicação de ultrassom, o gel condutor é utilizado na área de tratamento e o equipamento de ultrassom é ativado na frequência de 3MHz, em modo contínuo e máximo de energia. Hidrolipoclasia não aspirativa
• Procedimento:
Ferrero et al em seus estudos dos efeitos da lipectomia assistida por
ultrassonografia externa, publicada na revista AESTHETIC PLASTIC SURGERY em 2007, comparam os efeitos histológicos e imunoistoquímicos sobre o tecido adiposo de ultrassom com frequência de 1MHz, 2MHz e 3MHz. Eles descobriram que em frequência de 1MHz nenhuma destruição celular ocorreu, eles mostraram apenas um conglomerado parcial das fibras de colágeno. A frequência de 2MHz apresentou alteração nos adipócitos sem sua destruição e aos 3MHz apresentou grande destruição dos adipócitos associada a retração difusa das fibras colágenas. Hidrolipoclasia não aspirativa • A- adipócitos não corados após ultrassom de 1 ou 2MHz. • A1- adipócitos corados após ultrassom de 1 ou 2MHz. • B- adipócitos não corados após ultrassom de 3MHz. • B1- adipócitos corados após ultrassom de 3MHz. Hidrolipoclasia não aspirativa • Outras técnicas concomitantes: A escolha de uma terapia concomitante e adjuvante á hidrolipoclasia obedece a experiencia do profissional, tecnologia disponível ou a uma estratégia comercial, daí a variedade no uso destes. Não há evidencia cientifica que defina se o acompanhamento da hidrolipoclasia de uma terapia coadjuvante é benéfico em termos de redução de medidas. Entretanto nos pacientes submetidos á vacuoterapia, foi encontrada diferença estatisticamente significante entre as medidas no inicio e no final em relação a circunferência abdominal. Hidrolipoclasia não aspirativa • Outras técnicas concomitantes: Nos paciente que utilizaram a radiofrequência como terapia adjuvante, não houve diferença estatisticamente significativa na redução das medidas. Entretanto Brandi e colaboradores confirmaram a eficácia da eletrolipólise tanto pela histologia quanto pela variação estatisticamente significante nas medidas dos perímetros das áreas tratadas. Hidrolipoclasia não aspirativa Sessões: Recomendações pós aplicação: 1 sessão por semana ou 2 sessões Deve-se fazer atividades físicas em por semana com intervalos de 48h até 4h após o procedimento para entre elas. garantir os resultados. A utilização Obs: A quantidade de sessões de cintas modeladoras baseia-se na avaliação profissional imediatamente, aumenta a e vai depender da necessidade do eficácia da técnica. paciente. Hidrolipoclasia não aspirativa Produtos utilizados e quantidades injetadas: *soro fisiológico injetável (em sistema fechado) *ultrassom *seringa de 20ml *agulha de 26 ou 27G *volume: 2 a 5ml * Obs: Distancia de 2cm entre os pontos de marcação. Em média 6 pontos por quadrante. Hidrolipoclasia não aspirativa • Contra-indicações: * gravidas ou lactantes; * doenças crônicas; * insuficiência renal * obesidade extrema; * prótese de metal. Hidrolipoclasia não aspirativa • Efeitos adversos pós procedimento: • Edema e eritema; • Equimoses; • Seroma; • Pigmentação após o procedimento.
* Recomenda-se evitar a exposição ao sol após aplicação ate cassar
qualquer pigmentação. Hidrolipoclasia não aspirativa Complicações pós procedimento: Uma publicação na revista cirurgia dermatológica em janeiro de 2009, a Dra Fernanda Oliveira Camargo e seus colegas, refere que uma moça de 28 anos após 1 mês de sessão de hidrolipoclasia, apresentou nódulos eritematosos, supurativos e dolorosos em seu abdome, com 1 semana de evolução. A paciente relatou que outras quatro mulheres que receberam a mesma terapia no mesmo centro e no mesmo dia tiveram os mesmos sintomas. Após biopsia de cultura das lesões e drenagem, foi isolada a Mycobacterium fortuitum. Hidrolipoclasia não aspirativa