Existem diversos tipos de biomassas que podem ser utilizados para
obtenção de energia mecânica através do processamento. Neste estudo vamos nos aprofundar sobre biomassa e fazer um resumo sobre o capitulo 4 do Atlas de energia elétrica do Brasil.
Entre todas as fontes de produção energética a que possui maior
potencial para seu aumento é a biomassa, já que a partir de seu processo é possível a obtenção tanto da energia elétrica como dos biocombustíveis que abastecem veículos de pequeno porte.
Segundo informações Survey of Energy Resources 2007, a Biomassa
foi uma das fontes energéticas que teve seu consumo reduzido em uma análise feita em 1973 e outra realizada em 2006. Mas essa redução pode ser devido a dificuldade de contabilização de suas informações, pois a biomassa é bastante utilizada através da produção de energia térmica em atividades envolvendo a madeira e a agricultura que estão quase sempre localizadas de forma afastada dos grandes centros industriais e suas informações são perdidas. Ou seja, devido a facilidade de instalação de sistemas que utilizem a biomassa como fonte de energia térmica, se comparado aos grandes sistemas necessários para utilização do gás natural ou do petróleo, fica difícil dimensionar a quantidade utilizada dessa fonte no Brasil.
O Brasil é o segundo maior consumidor de biocombustível no mundo,
estando atras apenas dos EUA, um dos principais fatores que proporcionou ao Brasil essa colocação foram as medidas públicas que obrigam que seja misturado uma certa proporção de etanol (biocombustível produzido através da cana de açúcar) na gasolina e a popularização do carro flex-fuel, que é suma, significa que o motorista pode abastecer apenas com etanol ou com a gasolina misturada a etanol. Essa questão fez com que o Brasil assumisse a colocação de 3º maior produtor de biomassa como fonte energética no mundo, pois a biomassa também é utilizada na fabricação dos biocombustíveis.
De maneira geral a biomassa utilizada no setor agrícola/madeireiro é de
baixa eficiência energética, pois é necessária uma grande quantidade de massa para a obtenção de um valor baixo energeticamente. Uma das exceções dessa situação é a lixívia negra obtida através da extração de celulose e utilizada como combustível em usinas de co-geração de energia para a mesma indústria, devido ao seu potencial calorifico.
Outra maneira de aumentar o poder energético da biomassa é através
da pirólise, que basicamente é a melhoria da biomassa. O caso mais comum é a queima da madeira para obtenção do carvão, pois esse elemento tem vantagens energéticas calorificas se comparada a madeira, ou seja, queima a temperaturas mais elevadas produzindo maior energia no processo.
Atualmente o potencial da biomassa é extremamente grande, além de
ser uma fonte renovável, ou seja, infinita. Caso considerarmos produzir utilizando todo o potencial de biomassa atual de nosso planeta conseguiríamos produzir 11 mil TWh por ano no longo prazo, quantidade essa acima do consumido energeticamente em 2007. O Brasil neste quesito é privilegiado pois se localiza na melhor região para produção de biomassa do mundo, que seria a faixa tropical e subtropical, já que essas faixas tem uma boa insolação dos raios solares e o plantio é de fácil produção.
Temos um grande exemplo na cana de açúcar cuja produção gera
biomassa através do bagaço e da palha, enquanto que a garapa serve de bebida, pode produzir açúcar ou álcool, ou seja, praticamente nada se perde na sua produção. Além dessas informações, temos outras vantagens técnicas da produção especificamente da cana de açúcar como fonte de etanol, pois ela se adapta bem ao Brasil e cada hectare produzido no Brasil produz em média 6,8 mil litros, enquanto que o milho utilizado nos EUA, país com a maior produção de biocombustível, gera apenas 3,1 mil litros por hectare plantado. Sendo assim podemos concluir que essa planta em especifico é responsável por duas fontes energéticas renováveis, que são os biocombustíveis e a biomassa. Outras culturais agrícolas poderiam se utilizar do mesmo sistema da cana de açúcar que favorece dois segmentos energéticos, aumentando assim a produção de energia renováveis no Brasil.