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4452 Diário da República, 1.ª série — N.

º 172 — 6 de setembro de 2018

Como modo de introduzir alguma simplificação, e de g) Promover a gestão florestal ativa e profissional;
maneira agilizar a sua operacionalização a aprovação dos h) Modernizar e capacitar as empresas florestais;
PROF é feita por portaria do membro do governo res- i) Promover novos produtos e mercados através da mo-
ponsável pela área das florestas ou, caso integrem áreas dernização e capacitação das empresas florestais.
classificadas, pelos membros do Governo responsáveis
pelas florestas e ambiente. 2 — Redefinir o âmbito territorial dos Programas Re-
Os Planos Diretores Municipais (PDM) devem ser adap- gionais de Ordenamento Florestal (PROF) através da apro-
tados aos PROF considerando as implicações à escala vação de 7 Programas, que sucedem aos 21 Programas da
intermunicipal, na medida em que os contínuos florestais 1.ª geração, visando a promoção de ganhos de eficiência
extravasam, geograficamente, o âmbito de cada município, na sua implementação e a redução da complexidade admi-
sendo imperioso garantir um nível de uniformidade na nistrativa para todos os agentes nela envolvidos.
transposição dos PROF. 3 — Determinar que os PROF a que se refere o número
Realça-se o aprofundamento, nesta aprovação, do con- anterior abrangem as regiões de Trás-os-Montes e Alto
tributo da gestão florestal para a manutenção e a promo- Douro, Entre Douro e Minho, Centro Litoral, Centro In-
ção da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas terior, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.
relacionados e também o especial relevo dado à necessi- 4 — Incumbir os membros do governo responsáveis pe-
dade de adaptação às alterações climáticas e ao combate las áreas das florestas e do ambiente da aprovação, através
à desertificação. de portaria, dos PROF, nos termos do n.º 5 do artigo 6.º e
Através do planeamento florestal regional, ao mesmo do n.º 1 do artigo 11.º do Decreto-Lei n. 16/2009, de 14
tempo que se visa garantir a transformação e resiliência de janeiro, na sua redação atual.
dos espaços florestais e o aumento da sua produtividade, 5 — Estabelecer que, por portaria dos membros do Go-
pretende-se assegurar que todo o território recebe assis- verno responsáveis pelas áreas das florestas, do ambiente e
tência, vigilância e tratamento permanentes, prevenindo das autarquias locais, são identificadas as disposições dos
o surgimento de espaços ao abandono propiciadores de programas e dos planos territoriais preexistentes incom-
acontecimentos como os grandes incêndios ou a prolife- patíveis com os respetivos PROF, nos termos da alínea a)
ração de espécies invasoras e de pragas. do n.º 2 do artigo 51.º do Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14
Neste contexto importa realçar que a gestão florestal de maio, bem como a forma da sua adaptação.
sustentável visa promover a utilização do espaço florestal 6 — Estabelecer que as disposições dos Planos Direto-
de modo a assegurar a satisfação das necessidades atuais res Municipais (PDM) devem ser adaptadas, conforme o
da sociedade em bens e serviços, sem comprometer a sua disposto n.º 2 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 16/2009,
disponibilidade no futuro. Para tal, são assumidos como de 14 de janeiro, na sua redação atual, conciliando com os
elementos chave a dimensão dos recursos, a diversidade PROF as suas normas de uso do solo no domínio do uso e
biológica, a vitalidade e saúde das florestas, as funções gestão florestal considerando a escala intermunicipal.
produtivas dos recursos florestais, as funções protetoras dos 7 — Determinar que, para a transposição dos PROF e
recursos florestais e naturais, bem como as suas funções adaptação dos PDM, no que se refere às peças gráficas,
socioeconómicas. deve ser aferido o limite das sub-regiões homogéneas e dos
A nova orientação para o ordenamento florestal apro- corredores ecológicos, dada a grande diferença de escalas
funda, também, o contributo da gestão florestal para a cartográficas da respetiva elaboração.
manutenção e a promoção da biodiversidade dos serviços 8 — Estabelecer que a presente resolução entra em vigor
dos ecossistemas relacionados, promovendo a integração no dia seguinte ao da sua publicação.
de medidas de biodiversidade nos instrumentos de orde- Presidência do Conselho de Ministros, 14 de julho de
namento e gestão florestal, nos termos dos compromissos 2018. — O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da
decorrentes da Estratégia da União Europeia para a Biodi- Costa.
versidade até 2020, bem como da Estratégia Nacional de 111616642
Conservação da Natureza e Biodiversidade 2030, aprovada
pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 55/2018, de
7 de maio. Resolução do Conselho de Ministros n.º 116/2018
Assim: O Programa do XXI Governo Constitucional afirmou
Nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Constituição, a valorização do território e a dinamização do interior
o Conselho de Ministros resolve: como uma das prioridades da ação governativa, visando
1 — Concretizar uma nova orientação estratégica para a promoção de uma nova abordagem de aproveitamento e
o ordenamento florestal assente nos seguintes objetivos: valorização dos recursos endógenos de cada região e das
a) Reduzir o número médio de ignições e de área ardida especificidades dos territórios e das regiões fronteiriças,
anual; enquanto fatores de desenvolvimento, competitividade e
b) Reduzir a vulnerabilidade dos espaços florestais aos criação de riqueza.
agentes bióticos nocivos; Nesta senda, o Programa Nacional de Reformas (PNR)
c) Recuperar e reabilitar ecossistemas florestais afe- assume a coesão territorial como crucial para a competiti-
tados; vidade e para a qualificação do território nacional. Também
d) Garantir que as zonas com maior suscetibilidade à a valorização do território constitui um dos objetivos do
desertificação e à erosão apresentam uma gestão de acordo PNR, assumindo-se a necessidade de garantir o desenvol-
com as corretas normas técnicas; vimento sustentável e harmonioso dos diversos territórios
e) Assegurar a conservação dos habitats e das espécies como uma condição importante para melhorar as condições
da fauna e flora protegidas; económicas e sociais do país, adaptando, quando aplicável,
f) Aumentar o contributo das florestas para a mitigação as políticas públicas às necessidades específicas de cada
das alterações climáticas; território.
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Para a execução do seu programa, o Governo incumbiu da avaliação da execução do Programa e dos novos desafios
a Unidade de Missão para a Valorização do Interior, criada e contextos socioeconómicos, bem como dos contributos
pelo Decreto-Lei n.º 251-A/2015, de 17 de dezembro, da sociedade civil entretanto recebidos.
e cuja natureza, missão e duração foram definidas pela 3 — Aprovar o Programa de Valorização do Interior,
Resolução do Conselho de Ministros n.º 3/2016, de 22 de que corresponde ao anteriormente denominado Programa
janeiro, de definir uma estratégia nacional para o desen- Nacional para a Coesão Territorial, em anexo à presente
volvimento do interior e a coesão territorial, tendo esta resolução e da qual faz parte integrante.
Unidade apresentado o Programa Nacional para a Coesão 4 — Determinar que a presente resolução entra em vigor
Territorial (PNCT), aprovado através da Resolução do no dia seguinte ao da publicação.
Conselho de Ministros n.º 72/2016, de 24 de novembro. Presidência do Conselho de Ministros, 14 de julho de
O PNCT tem âmbito nacional e natureza multissetorial, 2018. — O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da
envolvendo na sua implementação as áreas da governação, Costa.
os municípios e outros parceiros, através de medidas a
cargo de um só ministério ou de medidas que resultam da ANEXO
articulação interministerial. O PNCT contempla 164 medi-
das, destinadas à valorização do interior, enquadradas em (a que se refere o n.º 3)
cinco eixos de intervenção: Eixo 1. Um território interior
+ Coeso; Eixo 2. Um território interior + Competitivo;
PROGRAMA DE VALORIZAÇÃO DO INTERIOR
Eixo 3. Um território interior + Sustentável; Eixo 4. Um
território interior + Conectado; Eixo 5. Um território in- 1 — O Programa do XXI Governo Constitucional
terior + Colaborativo. Através da Portaria n.º 208/2017, afirmou a valorização do território e a dinamização do
de 13 de julho, foram identificadas as áreas territoriais interior como uma das prioridades da ação governativa.
beneficiárias das medidas do PNCT. O Programa do Governo apostou nas regiões de fron-
Após um ano e meio de implementação do Programa, e teira como nova centralidade no mercado ibérico, através
realizado o respetivo balanço quanto ao grau de execução do desenvolvimento das cidades médias, da cooperação
das medidas, os resultados alcançados revelam o empenho transfronteiriça e do repovoamento e redinamização dos
do Governo no seu cumprimento. territórios de baixa densidade, bem como na valorização
Considerando que o PNCT se apresenta como um Pro- da pequena agricultura e na reforma da floresta.
grama dinâmico e em contínua monitorização e relança- Por forma a impulsionar os seus objetivos nesta matéria,
mento, que se deve ajustar e responder aos novos desafios o Programa do Governo propôs a criação de «uma unidade
e realidades socioeconómicos, distintos do contexto em de missão para a valorização do interior, na dependência
que o mesmo foi elaborado, propõe-se um conjunto de direta do Primeiro-Ministro, tendo como responsabilidades
medidas adicionais a integrar o programa, que passa de criar, implementar e supervisionar um programa nacional
ora em diante a designar-se Programa de Valorização do para a coesão territorial, bem como promover o desenvol-
Interior (PVI). vimento do território do Interior».
As novas medidas, que resultam do trabalho conjunto A Unidade de Missão para a Valorização do Interior
entre as diferentes áreas governamentais para responder aos (UMVI) veio a ser criada logo em dezembro de 2015,
ajustamentos decorrentes da avaliação da execução do PVI através da Lei Orgânica do Governo, aprovada pelo
e aos novos desafios e contextos socioeconómicos, tiveram Decreto-Lei n.º 251-A/2015, de 17 de dezembro, tendo
igualmente em conta os contributos da sociedade civil, em elaborado o Programa Nacional para a Coesão Territorial
particular do Movimento pelo Interior. Atendendo ainda (PNCT), aprovado pela Resolução do Conselho de Mi-
que o Programa Nacional da Política de Ordenamento do nistros n.º 72/2016, de 24 de novembro. Desde junho de
Território se constitui como referencial territorial nacional 2017, a UMVI tem sede em Pedrógão Grande.
para a elaboração, alteração ou revisão dos instrumentos 2 — O PNCT assentou num diagnóstico da situação
de gestão territorial, bem como para a definição de es- do interior do país que identifica o declínio demográ-
tratégias setoriais e de desenvolvimento socioeconómico fico — diminuição da população e envelhecimento dos
com expressão no território, foram também consideradas residentes — e a fragilidade da base económica como
as diretrizes aí inscritas. fatores do declínio. Reconhece, ainda, a existência de
Nesta revisão, reitera-se o objetivo de concretizar medi- territórios com dinâmicas e caraterísticas diversas, que
das territorializadas de discriminação positiva e de incen- carecem de uma intervenção política em função dessas
tivo ao desenvolvimento dos territórios de baixa densidade, características.
visando a fixação da população, a diminuição das assime- Propôs uma agenda para a valorização do interior que
trias regionais, a coesão e a competitividade territorial. (i) enfrenta os problemas demográficos — contribuindo
Assim: para um envelhecimento de qualidade; (ii) aposta na inova-
Nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Constituição, ção e diversificação da base económica — com valorização
o Conselho de Ministros resolve: dos recursos endógenos e das dinâmicas locais; (iii) investe
1 — Tomar conhecimento do balanço global da execu- no capital territorial, na cooperação transfronteiriça, na
ção do Programa Nacional para a Coesão Territorial, apro- relação rural-urbano e na acessibilidade digital, aumen-
vado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 72/2016, tando a atratividade territorial e assentando em abordagens
de 24 de novembro, o qual apresenta uma taxa de execução em rede.
de 79 % das medidas executadas ou em vigor e 10 % das Finalmente, o PNCT aprovou a execução de 164 me-
didas destinadas à valorização do Interior, agrupadas em
medidas em curso.
cinco eixos:
2 — Aprovar os reajustamentos, reorganização e re-
calendarização das medidas em curso e das medidas por Um território interior + Coeso
iniciar, no âmbito da respetiva concretização, decorrentes Um território interior + Competitivo
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Um território interior + Sustentável No âmbito da avaliação do PNCT foi ainda identificado


Um território interior + Conectado um conjunto de medidas inseridas no Eixo 3 (medidas 3.15,
Um território interior + Colaborativo 3.17, 3.18, 3.19, 3.20, 3.21, 3.22, 3.23, 3.24 e 3.28) mas
cujo âmbito melhor se enquadra no Eixo 1, pelo que se
3 — O PNCT e as medidas que o compõem correspon- procederá à sua reorganização, pela mesma ordem.
dem a compromissos que o Governo e as várias áreas de 5 — O balanço da execução em curso demonstra que o
governação que o integram têm vindo a executar de forma empenho de todas as áreas de ação governativa na prosse-
determinada. Decorridos dezoito meses de implementa- cução de um objetivo comum é a melhor forma de asse-
ção do PNCT, e realizado o respetivo balanço quanto ao gurar a concretização de políticas de alcance transversal,
grau de execução das medidas, os resultados alcançados e o PNCT tem constituído um instrumento unificador e
apresentam uma taxa de execução elevada, com 79 % das mobilizador da ação governativa.
medidas executadas ou em vigor e 10 % das medidas em A coesão territorial e a correção dos desequilíbrios re-
curso, sendo essa taxa particularmente relevante no eixo gionais são tarefas complexas e de longo prazo. A inversão
estratégico 2. Um território interior + Competitivo, com de tendências estruturais de décadas não ocorre no curto
uma taxa de execução de 87 %. prazo ou com base na concretização de fórmulas simples.
Destacam-se, em particular, as medidas de apoio à qua- Mas neste momento a coesão territorial e o desenvolvi-
lificação e diversificação da base produtiva. O Portugal mento do interior são causas nacionais que mobilizam toda
2020 (PT2020), operacionalizado através de 16 Programas a comunidade. A necessidade de aproveitamento de todo
Operacionais, dos quais se destacam, no âmbito deste eixo, o potencial do território nacional em benefício do país,
o Compete 2020 — Competitividade e Internacionaliza- a consciência do valor ambiental e das utilidades que o
ção, os Programas Operacionais Regionais e o PDR 2020, interior oferece a Portugal e a solidariedade intrarregional
constitui o principal instrumento para responder a estes criam uma circunstância em que a mobilização de recursos
desafios. No âmbito da execução do PT2020, procurou- e a concentração de esforços a favor do Interior se tornam
-se direcionar uma maior intensidade de apoios para os mais prementes.
territórios do interior. Para além dos pacotes financeiros É nesse sentido que se aprovam 65 medidas adicionais,
canalizados para estes territórios, os incentivos ao investi- formuladas tendo em vista a intensificação de três grandes
mento foram acompanhados de discriminações positivas, opções estratégicas para o desenvolvimento do interior, a
quer em termos de taxas de comparticipação, quer ao nível integrar o programa, que passa de ora em diante a designar-
dos critérios de mérito. -se por Programa de Valorização do Interior.
No conjunto do investimento aprovado no PT2020, as Em primeiro lugar, a importância da atração de inves-
medidas de discriminação positiva a favor das regiões de timento que crie emprego e que permita fixar populações.
baixa densidade permitiram atingir uma quota acima da Para se contrariarem as tendências de abandono do ter-
proporção da população nelas residentes. Particularmente ritório e envelhecimento, é necessário assegurar saldos
relevante é o facto de os apoios per capita na baixa densi- migratórios positivos, o que exige a retenção da popu-
dade serem o dobro dos apoios no litoral. lação ativa e a atração de novos residentes. O esforço da
Além disso, apoios específicos no setor do turismo, atração de investimento exige contrariar as tendências
da agricultura e da floresta procuraram fortalecer a base naturais do mercado. Por isso, aposta-se na criação de pro-
económica. gramas específicos no âmbito do PT2020, especialmente
Também se destacou o esforço de cobertura de servi- vocacionados para a criação de emprego, que permitam
ços públicos nos concelhos do interior. Pela primeira vez assegurar o apoio exclusivo a investimentos destinados
nas últimas décadas, procurou-se inverter a tendência de aos territórios do interior; em programas específicos no
encerramento de serviços motivada pela diminuição da setor do turismo; na valorização dos recursos endógenos,
procura, e fizeram-se esforços no sentido da manutenção através da aposta na investigação científica e no trabalho
ou abertura de novos serviços. entre as empresas e as instituições de ensino superior do
Finalmente, procurou-se também acentuar a vertente de interior; na competitividade fiscal dos territórios de baixa
valorização do capital natural e da paisagem rural. densidade, particularmente vinculada ao investimento e
4 — Algumas das medidas constantes do PNCT não à criação de emprego; e na compensação dos custos de
chegaram a ser concretizadas e foram ultrapassadas, em contexto para as atividades empresariais, através da re-
razão, designadamente, das regras entretanto delineadas dução das portagens para as atividades empresariais e de
relativamente ao pacote da descentralização, que justifica transporte de mercadorias.
que a reorganização da administração desconcentrada do Reconhece-se, ao mesmo tempo, a diversidade dos ter-
Estado se efetue no quadro mais genérico preconizado. ritórios do interior, que inclui realidades tão diversas como
Outras medidas, como a criação do Banco de Terras, não a existência de regiões com dinâmicas próprias e estabili-
tiveram acolhimento legislativo. Justifica-se, assim, que zação ou mesmo crescimento demográfico (em especial as
não sejam prosseguidas as medidas n.os 1.25, 1.26, 2.41 capitais de distrito e as cidades dotadas de instituições do
e 3.13. ensino superior); e regiões especialmente frágeis do ponto
As demais medidas ainda em curso devem continuar a de vista demográfico e económico, justificando o lança-
ser prosseguidas, correspondendo ao desígnio de alcançar mento de duas operações integradas de desenvolvimento,
uma maior coesão territorial. Em particular, destacam-se no Pinhal Interior e no Douro Internacional.
as medidas por iniciar no âmbito da cooperação trans- Em segundo lugar, a importância da valorização do capi-
fronteiriça (medidas n.os 1.15, 4.7, 4.9, 4.11, 4.12, 4.14 tal natural e da manutenção da paisagem. A nova realidade
e 4.15). É agora proposto que as mesmas venham a ser demográfica não pode conduzir ao abandono do território
desenvolvidas por uma equipa interministerial dedicada rural, cujas consequências estiveram bem à vista com as
à agenda para a cooperação transfronteiriça, ao abrigo da tragédias dos fogos florestais de 2017 e que poderia levar
nova medida n.º 4.31. a uma degradação irreversível da qualidade ambiental do
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país num momento em que se enfrenta a ameaça irrever- Áreas de Governação: MPMA/MADJ.
sível das alterações climáticas. Por isso, dá-se particular Principais Promotores: Transversal às áreas de gover-
atenção à gestão do território, à valorização dos recursos nação/Autarquias Locais.
endógenos ou aos apoios à pequena agricultura. Também Calendário: 2018 e seguintes.
se aposta no reforço das estruturas do Estado em matéria
de gestão do território rural, com o reforço do Instituto N.º 1.50
da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P., e sua
presença desconcentrada. Denominação: Chave na Mão — Programa de Mobili-
Em terceiro lugar, a necessidade de promover a equi- dade Habitacional para a Coesão Territorial.
dade no acesso aos serviços públicos pela população dos Descrição da Medida: Criar um programa que visa pro-
territórios de baixa densidade, tendo por base uma melhor mover mecanismos de facilitação da mobilidade habita-
articulação entre a oferta de serviços urbanos e rurais e cional, tanto ao nível territorial, como no que respeita ao
uma distribuição mais justa e equitativa dos recursos e das regime de ocupação da habitação, de agregados familiares
oportunidades no território. Embora se venham acentuando atualmente residentes em áreas de forte pressão urbana em
tendências de concentração da população nos maiores matéria de mercado habitacional, que se queiram fixar em
centros urbanos do interior, particularmente das capitais territórios do interior, favorecendo, simultaneamente, a
de distrito, continuam a existir aglomerados dispersos, atração e fixação de população, nomeadamente de jovens
com população cada vez mais escassa e envelhecida que famílias, no interior e a oferta de habitação para arrenda-
carece de atenção especial. mento a custos acessíveis nas áreas de maior pressão da
6 — A continuação dos esforços de coesão territorial procura.
e de valorização e desenvolvimento económico e social O programa consistirá na criação das condições para que
dos territórios do interior conhecerá dois momentos parti- o Estado, por via do Instituto da Habitação e da Reabilita-
cularmente relevantes com a conclusão das discussões do ção Urbana, I. P. (IHRU, I. P.), possa gerir ou arrendar a ha-
pacote da descentralização e com a aprovação do quadro bitação própria de agregados familiares residentes em áreas
financeiro plurianual da União Europeia para o período de forte pressão urbana, para posterior disponibilização
posterior à execução do PT2020. Nessas oportunidades no âmbito do Programa de Arrendamento Acessível, nos
poderá apostar-se na governança, na articulação entre a casos em que estes agregados transfiram a sua residência
administração central e local, na maior territorialização das permanente para um território do interior.
políticas públicas e na criação de programas específicos Área da Governação: MAMB.
para os territórios do interior. Principais Promotores: IHRU, I. P.
Calendário: 2018 e 2019.
Medidas Adicionais Articulações: Portaria n.º 208/2017, de 13 de julho/Re-
solução do Conselho de Ministros n.º 50-A/2018, de 2 de
Um território interior maio/Resolução do Conselho de Ministros n.º 57/2018, de
8 de maio; Proposta de Lei de autorização legislativa que
+ Coeso cria o Programa de Arrendamento Acessível (PAA) (Pro-
posta de Lei n.º 127/XIII) — em apreciação parlamentar e
N.º 1.48
a aguardar a respetiva aprovação em sede parlamentar.
Denominação: Abertura de novos serviços/organismos
públicos. N.º 1.51
Descrição da Medida: Reforçar os mecanismos de trans- Denominação: Incentivos à mobilidade geográfica no
ferência de serviços públicos para o interior, criando um setor público.
quadro regulamentar que favoreça a instalação de novos Descrição da Medida: Atribuir aos trabalhadores do
serviços no interior, determinando que a abertura de novos
setor público um suplemento remuneratório com caráter
serviços/organismos públicos nas áreas metropolitanas
transitório nas situações de mudança ou alteração tempo-
deva ser devidamente fundamentada e objeto de delibe-
ração pelo Conselho de Ministros. rária do local de trabalho, determinada pelo Estado, da
Área da Governação: Transversal. área geográfica não abrangida pela Portaria n.º 208/2017,
Principais Promotores: SEAEP/MPMA. de 13 de julho, para os territórios por ela abrangidos, bem
Calendário: 2018 e seguintes. como outros incentivos de natureza não pecuniária, em
prol de uma adequada racionalização dos profissionais
N.º 1.49 existentes, no sentido de serem minimizadas as assimetrias
regionais:
Denominação: Localização dos Arquivos do Estado
no Interior. A garantia de transferência escolar dos filhos de qual-
Descrição da Medida: Estudar a localização de alguns quer dos cônjuges ou de pessoa com quem viva em união
arquivos de serviços da administração central direta e in- de facto;
direta e/ou entidades públicas empresarias num concelho O direito à dispensa de serviço, até cinco dias úteis, no
do interior: (1) permitindo uma utilização mais eficiente período imediatamente anterior ou posterior ao início de
dos espaços públicos atualmente ocupados com arquivo e funções no posto de trabalho, que é considerada, para todos
uma maior racionalidade em termos de custos (repositórios os efeitos legais, como prestação efetiva de serviço;
físicos); (2) criando postos de trabalho qualificados para O aumento da duração do período de férias, em dois
tratamento e organização física e digital da informação, dias, durante os primeiros cinco anos;
com disponibilização digital dos documentos aos organis- O gozo de 11 dias úteis consecutivos do período de férias
mos e serviços da Administração Pública de acordo com a que legalmente tem direito, em simultâneo com o cônjuge
níveis de serviço adequados. ou a pessoa com quem vive em união de facto;
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O apoio específico e dirigido às jovens famílias com promoção do investimento, da gestão e do ordenamento
filhos, sendo considerada como condição de acesso se- florestais, com vista à realização de ações de conheci-
rem beneficiários de abono de família ou de subsídio de mento dos proprietários de prédios rústicos e a sua exata
parentalidade (apoio a ser pago pelos serviços, indepen- localização e limites.
dentemente de serem subscritores da CGA ou inscritos na Área da Governação: MAI/MAFDR/MJ /MAMB.
segurança social). Principais Promotores: SEAL — DGAL/SEJ/CCDR/
Autarquias Locais.
Área de Governação: MF/MTSSS/MEDU. Calendário: 2018 e 2019.
Principais Promotores: SEAEP. Articulações: Medida 1.29 PVI/Lei n.º 78/2017, de 17 de
Calendário: 2018 e seguintes. agosto/Decreto Regulamentar n.º 9-A/2017, de 3 de no-
vembro/Decreto-Lei n.º 63/2004, de 22 de março/Portaria
N.º 1.52 n.º 77/2015, de 16 de março, na redação atual/Decreto-Lei
n.º 42-A/2016, de 12 de agosto/Decreto-Lei n.º 166/2014,
Denominação: Operações de Desenvolvimento Prio- de 6 de novembro/Portaria n.º 254/2014, de 9 de dezem-
ritário. bro/Portaria n.º 256/2014, de 10 de dezembro.
Descrição da Medida: Implementar operações de de-
senvolvimento prioritário (ODP) com o objetivo de ro- N.º 1.54
bustecer os sistemas territoriais com maiores necessida- Denominação: Centros de Informação Cadastral Sim-
des de estruturação identificados no âmbito do Programa plificada.
Nacional para a Política do Ordenamento do Território Descrição da Medida: Alargar o projeto-piloto do sis-
(PNPOT). O PNPOT no seu modelo territorial identifica tema de cadastro simplificado e Balcão Único do Pré-
três tipologias de subsistemas territoriais: os a valorizar, dio (BUPi) para representação gráfica georreferenciada
os a consolidar e os a estruturar. É sobre estes últimos que e procedimento especial (gratuito) de registo de prédios
se desenvolvem estas ODP. O PNPOT identifica territó- rústicos e mistos omissos, aos restantes municípios que não
rios prioritários mas não exclui que este modelo possa ser dispõem de cadastro geométrico da propriedade.
replicado em outros subsistemas territoriais. Criar uma rede de centros de competência regional ou
Os sistemas territoriais a estruturar são áreas rurais com municipal, através da instalação de capacidade humana e
fraca densidade urbana e elevado capital natural, com um técnica, potenciando a existência de unidades qualificadas
nível de oferta de serviços disseminado, de débil dimensão para a identificação, tratamento e partilha da informação
populacional e económica. A mobilidade e a estrutura- respeitante ao território, seus titulares e limites, que se
ção da oferta de equipamentos e serviços nestas áreas constituirão como fontes de informação para uma decisão
são cruciais para garantir níveis razoáveis de equidade mais informada e capaz sobre o ordenamento e proteção
territorial. Exigem políticas integradas de base territorial do território.
diferenciadas, nomeadamente em matéria de promoção de Área da Governação: MJ/MAMB/MAI/MAFDR/MF.
mobilidade sustentável, de inovação económica, de coesão Principais Promotores: Autarquias Locais/IRN.
socioterritorial e/ou de valorização de redes ecológicas. Calendário: 2018 e 2019.
Importa conceber e desenvolver operações com forte Articulações: Lei n.º 78/2017, de 17 de agosto/Decreto
envolvimento local pilotadas por estruturas dedicadas, de Regulamentar n.º 9-A/2017, de 3 de novembro.
forma a atenuar as disparidades socioeconómicas inter e
intrarregionais. N.º 1.55
É de capital importância alargar a base económica terri- Denominação: Tarifa Solidária — GPL.
torial desenvolvendo estratégias de especialização alicer- Descrição da Medida: Criar e implementar uma tarifa
çadas nos recursos endógenos, nomeadamente no capital solidária para as garrafas de gás de petróleo liquefeito
natural e no sistema agrossilvopastoril. (GPL), nos municípios dos territórios do interior, seme-
De imediato, deverá lançar-se a operação relativa ao lhante ao que já existe para a tarifa social da eletricidade
Pinhal Interior, apoiando-se na iniciativa já lançada do e do gás natural.
Programa de Revitalização do Pinhal Interior (PRPI). Área da Governação: MECON.
A experiência adquirida nesta operação permitirá pon- Principais Promotores: Autarquias Locais.
derar a replicação para outras regiões do país com proble- Calendário: 2018 e seguintes.
máticas idênticas. Articulações: Artigo 210.º da LOE.
Área da Governação: MADJ/MAMB.
Principais Promotores: Unidade de Missão para a Va- N.º 1.56
lorização do Interior. Denominação: Localização das estruturas de formação
Calendário: 2020 a 2025. das forças de segurança e proteção civil no Interior.
Articulações: Programa Nacional da Política de Orde- Descrição da Medida: Localizar em concelhos do inte-
namento do Território (PNPOT)/PRPI. rior estruturas operacionais, de formação e de comando de
forças e serviços de segurança e proteção civil.
N.º 1.53 Área da Governação: MAI.
Denominação: Cadastro Simplificado — Programas de Principais Promotores: GNR/ANPC/MAI.
Apoio Financeiro Público. Calendário: 2019.
Descrição da Medida: Criar programas de apoio finan- Articulações: Autarquias Locais.
ceiro público no âmbito das atividades de georreferencia-
N.º 1.57
ção de prédios rústicos (cadastro simplificado), nomea-
damente através do Fundo Florestal Permanente (FFP) e Denominação: Localização das estruturas militares de
Fundo Ambiental (FA). Atribuição de apoio financeiro para apoio e formação no Interior.
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 6 de setembro de 2018 4457

Descrição da Medida: Reforçar as estruturas militares Principais Promotores: Direção-Geral da Educação/


de apoio e formação para situações de catástrofe, nomea- agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas/autar-
damente incêndios rurais, nos territórios do interior, com quias locais.
destaque para o Regimento de Apoio Militar de Emergência Calendário: 2018 a 2020.
(RAME), em Abrantes. Articulações: Programa Nacional de Promoção do Su-
Área da Governação: MDN. cesso Escolar.
Principais Promotores: RAME. N.º 1.61
Calendário: 2018 e seguintes.
Articulações: Decreto-Lei n.º 25/2015, de 6 de feve- Denominação: Alargamento do Programa Nacional de
reiro/Portaria n.º 208/2017, de 13 de julho. Educação Estética e Artística
Descrição da Medida: Alargar a abrangência, em con-
N.º 1.58 texto escolar, do Programa Nacional de Educação Estética
e Artística, uma iniciativa do Ministério da Educação que
Denominação: Rede de Escolas Profissionais Agrícolas desenvolve um plano de intervenção no domínio das di-
e de Desenvolvimento Rural do Interior. ferentes formas de arte — Educação e Expressão Plástica,
Descrição da Medida: Criar uma rede que integre as es- Educação e Expressão Musical, Movimento e Drama/Tea-
colas profissionais agrícolas e de desenvolvimento rural de tro e Dança, através da parceria entre os agrupamentos
Alter do Chão, Belmonte, Marco de Canavezes, Grândola, de escolas e/ou escolas não agrupadas e as instituições
Mirandela, Peso da Régua e Serpa, que promova a inter- culturais. No território abrangido pelo PVI existe um pro-
ligação destes estabelecimentos de ensino especializado jeto, no território do Pinhal Interior. Pretende-se alargar
com o tecido socioeconómico e a inovação na formação a abrangência territorial do programa a outras regiões do
de profissionais qualificados nesta área. Interior.
Área da Governação: MEDU. Área da Governação: MEDU /MC.
Principais Promotores: Direção-Geral dos Estabeleci- Principais Promotores: Direção-Geral da Educação/
mentos Escolares/Agência Nacional para a Qualificação e agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas/insti-
o Ensino Profissional, I. P./Escolas Profissionais de Agri- tuições culturais/autarquias locais.
cultura e Desenvolvimento Rural da rede do Ministério da Calendário: 2018 a 2020.
Educação/Instituições do Ensino Superior/Confederação
dos Agricultores de Portugal/Agentes Económicos. N.º 1.62
Calendário: 2018 a 2020. Denominação: Alargamento do Programa Escolas Bi-
lingue em Inglês ao interior.
N.º 1.59 Descrição da Medida: Expandir o Programa Escolas Bi-
Denominação: Alargamento da rede dos Centros de lingues/Bilingual Schools Programme em Inglês_(PEBI),
Competências TIC no Interior. criado a partir de 2016/2017 no âmbito de uma parceria en-
Descrição da Medida: Os Centros de Competência TIC tre o Ministério da Educação e o British Council Portugal.
(CCTIC) operam junto dos agrupamentos e escolas não Esta parceria tem como finalidade criar um enquadramento
agrupadas, de todos os graus de ensino, em estreita cola- nacional específico para a oferta de aprendizagem/ensino
boração com a equipa de recursos e tecnologias educativas bilingue e de Content and Language Integrated Learning
da Direção-Geral da Educação. A sua missão é o apoio às (CLIL — aprendizagem integrada de conteúdos e língua)
escolas, no que respeita à utilização educativa das tecnolo- no sistema educativo português. O programa está em de-
senvolvimento em duas dezenas de agrupamentos de es-
gias de informação e comunicação (TIC) e a promoção de
colas, dos quais apenas dois no território abrangido pelo
um ensino inovador conducente à melhoria dos processos
PVI (agrupamento de escolas de Arganil e agrupamento de
de ensino e aprendizagem. No território abrangido pelo escolas de Gardunha e Xisto, Fundão). Pretende-se avaliar
PVI existem dois CCTIC (Bragança e Évora). Pretende-se a possibilidade de aumentar o número de Agrupamentos
alargar esta rede. abrangidos no território do PVI.
Área da Governação: MEDU. Área da Governação: MEDU.
Principais Promotores: Direção-Geral da Educação/Ins- Principais Promotores: Direção-Geral da Educação/
tituições de Ensino Superior. agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas/insti-
Calendário: 2018 a 2020. tuições culturais.
Articulações: Iniciativa Nacional Competências Digitais Calendário: 2018 a 2020.
e.2030 — INCoDe.2030.
N.º 1.63
N.º 1.60
Denominação: Programa de Itinerância ou de Cedência
Denominação: IncludED — Alargamento do projeto de Obras de Arte.
Comunidades de Aprendizagem no Interior. Descrição da Medida: Criar um programa que promova
Descrição da Medida: O projeto-piloto Comunidades de a itinerância ou a cedência de obras de arte dos principais
Aprendizagem consiste na definição e aplicação de medi- espólios dos museus nacionais para espaços museológicos
das destinadas a grupos populacionais pouco escolarizados, localizados no Interior, fomentando o turismo cultural e o
cujas crianças e jovens estão em idade escolar, através do acesso das populações ao património cultural de elevado
incentivo à participação dos encarregados de educação valor.
em atividades nos e com os agrupamentos de escolas. No Área da Governação: MC.
território abrangido pelo PVI existe um projeto-piloto. Principais Promotores: Direção-Geral do Património
Pretende-se aumentar o número de projetos. Cultural/autarquias locais.
Área da Governação: MEDU. Calendário: 2018 e seguintes.
4458 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 6 de setembro de 2018

N.º 1.64 Criar um número de postos de trabalho igual ou superior


Denominação: Polos Regionais de Museus Nacionais. a 25 (atualmente para o território nacional são 50 postos
Descrição da Medida: Avaliar a criação de polos regio- de trabalho)
nais dos museus nacionais nos concelhos dos territórios
do interior, em articulação com as autarquias locais, com Uma vez reconhecidos como PC2II os projetos pas-
o objetivo de promover e divulgar as obras dos principais sam a beneficiar de um conjunto de incentivos e apoios,
museus do país em regiões onde a oferta e o acesso à arte designadamente:
é escasso. Para além de contribuir para aumentar a atrati- Sistema de acompanhamento de projetos;
vidade e sustentabilidade de equipamentos localizados no Tramitação mais célere e eficaz dos respetivos proce-
interior, de elevado potencial turístico, mas subvalorizados dimentos administrativos;
e subutilizados, valoriza-se, ao mesmo tempo, os próprios Linha de apoio específica para o interior para projetos
acervos dos museus nacionais, nomeadamente os que não empresariais de interesse especial e de interesse estratégi-
estão expostos ao grande público e que nestas regiões co — regime contratual de investimento. Para além de ser
ganham outra projeção. específica para o interior esta linha decorre em contínuo.
Área da Governação: MC.
Principais Promotores: Direção-Geral do Património
Área de Governação: MADJ/MPI/MNE/MECON.
Cultural (DGPC)/autarquias locais.
Calendário: 2018 e seguintes. Principais Promotores: SEDC/Comissão Permanente
de Apoio ao Investidor (CPAI)/AICEP — Agência para o
N.º 1.65 Investimento e Comércio Externo de Portugal, E. P. E./IA-
PMEI — Agência para a Competitividade e Inovação, I. P.
Denominação: ERASMUS do Mar.
Calendário: 2019.
Descrição da Medida: O regresso de Portugal ao mar é
um imperativo nacional. Todos os portugueses, sociedade N.º 2.63
civil e entidades públicas e privadas devem vir a participar Denominação: IRS — Majoração de despesas dedutí-
ativamente neste desígnio, consolidando a identidade ma- veis à coleta do IRS.
rítima de Portugal. Neste contexto, importa avançar com Descrição da Medida: Majorar as despesas de educação
iniciativas que visem contribuir para a aproximação das para efeitos de dedução à coleta em relação a estudantes
zonas interiores do país às realidades territoriais, sociais,
que frequentem estabelecimentos de ensino nestes terri-
económicas e culturais subjacentes ao mar e às zonas cos-
tórios do Interior.
teiras. A medida consiste no intercâmbio de experiências
entre jovens de municípios costeiros e interiores. Área de Governação: MF.
Área de Governação: MM. Principais Promotores: SEAF.
Principais Promotores: Autarquias locais. Calendário: 2019.
Calendário: 2018/19 e seguintes. N.º 2.64

Um território interior Denominação: IRS — Majoração do valor dos encargos


e aumento do limite da dedução à coleta relativa a encargos
+ Competitivo suportados com contratos de arrendamento.
N.º 2.62 Descrição da Medida: Majorar o valor dos encargos e
aumentar o limite da dedução à coleta relativa a encargos
Denominação: Programa de Captação de Investimento suportados com contratos de arrendamento, por um período
para o Interior (PC2II). de 3 anos, para as pessoas que se desloquem do litoral
Descrição da Medida: Criar um programa de captação para um território do interior, e aí fixem a sua residência
de investimento estratégico para o interior, materializado permanente e emprego.
num conjunto de apoios e incentivos complementares e Área de Governação: MF.
transversais, alinhados com os desafios e oportunidades Principais Promotores: SEAF.
destes territórios. O objetivo é agregar um conjunto de Calendário: 2019.
apoios e incentivos dirigidos para os territórios do interior,
atenuando a dispersão que muitas vezes se verifica e os ti- N.º 2.65
mings nem sempre ajustados às prioridades e oportunidades
dos negócios, oferecendo aos investidores uma carteira de Denominação: IRC — Redução do IRC em função dos
vantagens ao investir no interior. postos de trabalho criados com conexão a territórios do
Inspirado nos Projetos de Interesse Nacional (PIN), o Interior.
PC2II pretende ajustar e aprofundar os apoios, tendo em Descrição da medida: Rever o quadro fiscal aplicá-
conta as especificidades e necessidades dos territórios do vel, reforçando a discriminação positiva do interior. Entre
interior. Em termos programáticos operacionaliza-se em outras medidas, pretende-se que as empresas instaladas
duas vertentes: em territórios do interior possam beneficiar de reduções
substanciais do IRC, podendo chegar até uma coleta zero,
a) Campanha de captação de investimento, com um em função dos gastos resultantes de postos de trabalho
conjunto de ações internas e externas de divulgação e criados com conexão a territórios do interior. Para o efeito,
promoção dirigida a determinadas regiões/sectores; deve obter-se aprovação da União Europeia para alargar o
b) Reconhecimento de projetos de investimento PC2II, regime de auxílios de base regional, nos termos do Regu-
os quais, entre outras condições, deverão: lamento (UE) n.º 651/2014, da Comissão, de 16 de junho.
Representar um investimento global igual ou superior a Área de Governação: MF.
10 milhões de euros (atualmente para o território nacional Principais Promotores: SEAF.
são 25 milhões); Calendário: 2019.
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 6 de setembro de 2018 4459

Articulações: Medida 2.54 do PNCT/Estatuto dos Bene- Descrição da Medida: Criar um mecanismo de con-
fícios Fiscais (EBF), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 215/89, tragarantia específico para os territórios do interior para
de 1 de julho, na sua redação atual. operações de financiamento bancário com um mínimo de
3 anos e um máximo de 6 anos cujo objetivo seja inves-
N.º 2.66 timento em capital fixo, direcionada para microempresas
Denominação: IRC — Reforço de benefícios fiscais e pequenas empresas com 4 ou menos anos de existência.
contratuais no Interior. No caso de a pequena ou microempresa ainda não estar
Descrição da Medida: Rever o quadro fiscal aplicável criada, a garantia apenas será emitida após constituição
aos benefícios fiscais contratuais e ao RFAI previstos no formal da empresa.
Código Fiscal do Investimento, reforçando a discriminação A implementação desta contragarantia envolve um
positiva do interior: município, um banco e a Sociedade Investimento, S. A.
(SPGM). Em cada um dos mais de 50 municípios proto-
Alargar em 2 % os limites regionais aplicáveis aos re- colados, as operações de crédito são asseguradas através
gime de benefícios fiscais contratuais, dando maior ênfase de fundos do município no equivalente a 20 % do valor da
ao investimento nos territórios do Interior em regiões de operação, sendo os restantes 80 % assegurados pelo banco
menor poder de compra; protocolado. O Estado, através da Sociedade de Garantia
Alargar o limiar para aplicação da dedução de 25 % das Mútua, assegura a cobertura de risco do financiamento
aplicações relevantes realizadas em territórios do Interior, bancário até 75 % do valor em dívida. Dar-se-á particular
passando de € 10 000 000 para € 15 000 000. relevância aos protocolos com os municípios abrangidos
pela Portaria n.º 280/2017, de 13 de julho.
Área da Governação: MF.
Área de Governação: MECON.
Principais Promotores: SEAF.
Principais promotores: SPGM/municípios/IAPMEI.
Calendário: 2019.
Articulações: Medida 2.54 PVI/Decreto-Lei n.º 162/2014, Financiamento: Até 112 milhões de euros.
de 31 de outubro, que aprova o Código Fiscal do Inves- Calendário: Período de candidaturas abriu em junho.
timentos/Portaria n.º 297/2015, de 21 de setembro/arti-
N.º 2.70
gos 284.º a 286.º da Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro,
que aprovou o Orçamento do Estado para 2018. Denominação: Desenvolvimento de dinâmicas de mer-
cado social de emprego, em especial em territórios de
N.º 2.67 baixa densidade.
Denominação: IRC — Reforço de benefícios fiscais ao Descrição da Medida: Nalguns territórios, em particular
investimento no Interior (DLRR). de baixa densidade, o escasso dinamismo económico li-
Descrição da Medida: Rever o quadro fiscal aplicável mita fortemente as oportunidades de emprego em mercado
no âmbito do Código Fiscal do Investimento, reforçando aberto, acentuando os riscos de exclusão da participação
a discriminação positiva do interior através da ampliação no emprego e o aprofundamento de pressões demográficas
da dedução por lucros retidos e reinvestidos (DLRR), pre- negativas. Neste sentido, propõe-se a promoção, em forte
vendo uma majoração de 20 % à DLRR quando estejam articulação com autoridades locais e redes da sociedade
em causa investimentos elegíveis nos territórios do interior. civil, de projetos de inclusão pelo emprego apoiado, fo-
Área de Governação: MF. mentando novos projetos de inclusão social pelo emprego
Principais Promotores: SEAF. e atividade económica, ancorados localmente.
Calendário: 2019. Área de Governação: MTSSS/MAI.
Articulações: Medida 2.54 PVI/Decreto-Lei n.º 162/2014, Principais Promotores: IEFP/entidades da economia
de 31 de outubro, que aprova o Código Fiscal do Investi- social/autarquias locais.
mentos/Portaria n.º 297/2015, de 21 de setembro. Calendário: 2019 e seguintes.

N.º 2.68 N.º 2.71


Denominação: PT 2020/SI — Programa de Apoio para Denominação: Espaço Empresa: Rede Nacional de
os territórios do Interior. Apoio às Empresas e ao Investimento.
Descrição da Medida: No âmbito da reprogramação do Descrição da Medida: Alargar e densificar a rede de
PT2020, criar uma programação de concursos específica Espaço Empresa, reforçando a proximidade física, dando
para os territórios do Interior para apoiar 1 700 milhões de primazia aos territórios do interior: (1) assente num modelo
euros de investimento empresarial no âmbito dos sistemas de atendimento multicanal, congregando entidades da Ad-
de incentivos do PT2020. ministração Pública Central, Regional e Local, e tendo em
Para além de incentivos ao investimento em capital fixo, conta a interação da Diáspora portuguesa com as regiões de
o programa apoiará igualmente a criação de postos de traba- origem; (2) alargando o catálogo de serviços, num modelo
lho, nas indústrias de capital intensivo e ainda nas ativida- de expansão que permita, de forma sustentada, garantir o
des associadas à criação de emprego qualificado no interior. objetivo essencial de apoiar o ecossistema empresarial e
Área de Governação: MPI/MADJ/MECON. facilitar a atração e fixação de novas empresas.
Principais Promotores: SEDC. Área da Governação: MECON/MPMA/MNE/MADJ.
Calendário: 2019 a 2021. Principais Promotores: IAPMEI/Agência para a Mo-
dernização Administrativa (AMA)/AICEP/Gabinete de
N.º 2.69
apoio ao Investidor da Diáspora (GAID)/autarquias locais
Denominação: Linha de Desenvolvimento Local e Va- e respetivos Gabinetes de Apoio ao Emigrante.
lorização do Interior. Calendário: 2018 e 2019.
4460 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 6 de setembro de 2018

N.º 2.72 Florestal da Região Centro, especialmente vocacionado


Denominação: Ciclo de Conferências sobre o financia- para a promoção e valorização das florestas de Pinheiro-
mento às empresas e a internacionalização da economia -Bravo e autóctones. O Programa de Revitalização do
portuguesa. Pinhal Interior prevê, no âmbito do objetivo estratégico
Descrição da Medida: Realizar um ciclo de conferên- «OE5: diversificar a estrutura económica e promover o
cias por cidades do interior, através da mobilização de emprego», a criação de um cluster florestal, envolvendo
um conjunto de parceiros públicos, nomeadamente o IA- as indústrias florestais, incrementando a produtividade das
PMEI — Agência para a Competitividade e Inovação, I. P., operações e a inovação no setor.
Área de Governação: MADJ/MAFDR/MAI/MECON.
o Turismo de Portugal, I. P., a AICEP — Agência para o
Principais Promotores: Autarquias locais/Escola Na-
Investimento e Comércio Externo de Portugal, E. P. E.,
cional de Bombeiros (Centro de Formação Especializada
o GAID, a PME Investimentos, S. A., e a SPGM, entre em Incêndios Florestais — CFEIF)/ICNF, I. P. (Centro de
outros, e de parceiros da banca, empresários e parceiros Operações e Técnicas Florestais — COTF)/GNR (Grupo
públicos estratégicos de cada região, tendo como objetivos: de Intervenção de Proteção e Socorro)/instituições de en-
Apresentar casos de sucesso de empresas que recorreram sino superior.
ao Sistema Nacional de Garantia Mútua, e a outros apoios Calendário: 2018 e seguintes.
públicos de, por exemplo, o IAPMEI, o TP e a AICEP, Articulações: Laboratório de Valorização Endógena e de
capazes de partilharem a sua história e de serem exemplo; Recursos Naturais — VALOREN/IPC/Diretiva Única de
Contribuir para a divulgação da utilidade Garantia Mú- Prevenção e Combate/Centro de Biomassa para a Energia
tua no acesso a financiamento; (CBE)/Centro de Inovação e Competências da Floresta,
Divulgar a oferta diversificada dos parceiros públicos SERQ da Sertã/Centro de Ciência Viva da Floresta de
para as empresas do interior; Proença-a-Nova.
Abordar as principais geografias de crescimento e as N.º 2.74
tendências de crescimento da nossa economia;
Abranger o empreendedorismo da Diáspora portuguesa Denominação: Laboratório Colaborativo para o Pinhal.
enquanto origem e/ou destino de investimentos e iniciativas Descrição da Medida: Estimular a extensão aos pinhais
de internacionalização. de Leiria e do Interior do programa já em curso desde 2017
de criação e promoção de uma nova geração de laborató-
Área da Governação: MECON/MNE. rios colaborativos para dinamizar a colaboração entre o
Principais Promotores: IAPMEI/TP/AICEP/GAID/ sistema científico e tecnológico e as empresas, promovendo
PMEI/SPGM/autarquias locais e respetivos Gabinetes de atividades de investigação, desenvolvimento e inovação,
Apoio ao Emigrante. a valorização e o emprego de recursos humanos qualifica-
Calendário: 2018 e 2019. dos e o desenvolvimento de novas áreas de competências
com forte potencial de exportação de bens e serviços de
N.º 2.73
maior valor acrescentado a fixar nos pinhais de Leiria e
do Interior. O processo de criação de um novo laboratório
Denominação: Centro de Competências da Floresta. colaborativo para os pinhais de Leiria e do Interior tem
Descrição da Medida: Criar um centro de competên- por base procedimentos competitivos no âmbito do regu-
cias formativo para as temáticas associadas à floresta, lamento atual da FCT.
aproveitando estruturas físicas, de recursos humanos e Área da Governação: MCTES/MAFDR/MADJ.
tecnológicas já existentes, visando a criação de uma rede Principais Promotores: Institutos Superiores Politéc-
de conhecimento, investigação, ensino prático, treino e nicos.
divulgação de boas práticas. Esta iniciativa é relevante para Calendário: 2018 e seguintes.
os territórios do interior e permitirá capacitar e credenciar Articulações: FCT/ANI, através do Programa de apoio
recursos humanos das empresas que desenvolvem a sua a Laboratórios Colaborativos.
atividade no setor florestal, dos agentes da proteção civil
N.º 2.75
e em particular daqueles ligados à proteção florestal e ao
combate aos incêndios florestais. O reforço da ligação Denominação: Laboratório de processamento e Visuali-
entre as entidades envolvidas dinamizará atividades que zação de Dados/Centro de Inteligência Competitiva.
promovam o conhecimento nas áreas da produção flores- Descrição da Medida: Criar um centro de gestão de
tal, designadamente da produção de plantas, instalação e informação e ciência dos dados no interior para apoio
condução de povoamentos florestais, das operações flo- às empresas, nomeadamente as de produtos endógenos
restais, relacionadas com o corte, rechega e transporte de (vinho, azeite, queijo, café, turismo, entre outros) numa
material lenhoso, complementado com a correspondente perspetiva de otimização do serviço e personalização da
formação técnica específica na área do planeamento dos oferta, com vista ao desenvolvimento das empresas, à inter-
espaços rurais, planeamento de operações, conservação nacionalização das suas marcas e produtos e à promoção da
e preservação de recursos naturais e do meio ambiente, competitividade nos mercados nacionais e internacionais.
prevenção contra fatores bióticos e abióticos, combate a O processo de criação de novos laboratórios colaborativos
incêndios florestais, educação ambiental, promoção do tem por base procedimentos competitivos no âmbito do
território e dos produtos endógenos. regulamento atual da FCT.
Este centro de competências deverá ser um dos polos, Área da Governação: MADJ/MPI/MCTES.
a par do (1) Centro de Biomassa para a Energia (CBE), Principais Promotores: Autarquias locais/instituições
do (2) Centro de Inovação e Competências da Floresta, de ensino superior.
SERQ da Sertã, do (3) Centro de Ciência Viva da Floresta Calendário: 2018 e seguintes.
de Proença-a-Nova e do (4) BLC3 — Campus de Tec- Articulações: FCT/ANI, através do programa de Labo-
nologia e Inovação, em Lagares da Beira, de um Cluster ratórios Colaborativos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 6 de setembro de 2018 4461

N.º 2.76 N.º 2.79


Denominação: Mapa do Comércio, Serviços e Res- Denominação: Regime complementar de redução de
tauração. taxas — Portagens.
Descrição da Medida: Criar uma base de dados geor- Descrição da Medida: Reduzir as taxas de portagem para
referenciada, disponível online, dos estabelecimentos co- os veículos afetos ao transporte de mercadorias em vias
merciais e de serviços existentes no território nacional, rodoviárias do interior, com acréscimo de desconto para as
com ligação ao Balcão do Empreendedor. Numa primeira empresas situadas nestes territórios, em ordem a promover
fase, pretende-se realizar um estudo preliminar para ava- a fixação de atividade económica e emprego no interior
liação da informação existente na Administração Pública, como forma de promover a coesão territorial e de assegurar
bem como para identificação de necessidades de recolha uma repartição mais justa de riqueza, contribuindo para
adicional de informação e respetiva operacionalização. uma política de afirmação do interior.
A referida base de dados permitirá, aos operadores eco- Área da Governação: MPI/MF.
nómicos, uma mais fácil e ágil deteção e avaliação de Principais Promotores: SEINF/SEAFIN.
oportunidades de negócio e investimento. Deste modo, Calendário: 2019.
Articulações: Portaria n.º 196/2016, de 20 de julho.
fomentar-se-á a revitalização dos territórios do interior,
designadamente através da atração e dinamização de novos N.º 2.80
investimentos e negócios. Esta base de dados permitirá,
também, dotar a Administração Pública e o decisor político Denominação: Reforço do potencial dos recursos geo-
dos instrumentos necessários para poder ter uma visão lógicos: Lítio.
estratégica sobre os setores do comércio, serviços e res- Descrição da Medida: Reforçar o potencial dos recursos
tauração, acompanhar tendências e monitorizar, avaliar e geológicos enquanto fatores estratégicos para o desenvol-
definir políticas públicas, atendendo à dimensão territorial. vimento económico, em particular nas regiões desfavore-
Por fim, esta plataforma permitirá ainda, aos municípios, cidas do interior, nomeadamente do lítio, onde Portugal
designadamente os do Interior, promover um melhor orde- dispõe de condições geológicas fortemente favoráveis à
namento comercial e adequar as suas intervenções a cada ocorrência deste mineral, e cujo interesse económico por
realidade específica. parte de investidores nacionais e estrangeiros tem sido
Áreas de Governação: MECON/MPMA. crescente, impulsionado pela sua importância ao nível
Principais Promotores: Direção-Geral das Atividades tecnológico, em especial na sua utilização nas baterias de
veículos elétricos.
Económicas/autarquias locais.
De acordo com o mapa «Enquadramento Geológico e
Calendário: 2018 e 2019. Potencial Mineiro do Lítio», anexo à Resolução do Conse-
Articulações: Programa Simplex +. lho de Ministros n.º 11/2018, de 11 de janeiro, que aprovou
a Estratégia Nacional para o Lítio, as áreas identificadas
N.º 2.77 com potencial geológico localizam-se nos territórios do
Denominação: Linha de Crédito de Incentivo ao Co- interior, em particular nas regiões Norte e Centro.
mércio Local de Proximidade. Área da Governação: MECON.
Descrição da Medida: Apoio a iniciativas/projetos de Promotores: LNEG/DGEG/EDM.
investimento com potencial de revitalização da envolvente Articulações: Estratégia Nacional para o Lítio.
comercial nos territórios do interior, através do incentivo
N.º 2.81
à regeneração e requalificação dos estabelecimentos co-
merciais existentes e à modernização e digitalização dos Denominação: Programa de dinamização da atividade
modelos de negócio, promovendo, assim, a coesão eco- de animação turística no Interior.
nómica e social do território. Descrição da Medida: Proceder à abertura de avisos
Área de Governação: MECON. privilegiando a orientação do investimento para a criação
Principais Promotores: IAPMEI. ou crescimento de empresas com oferta de atividades de
Calendário: 1.º trimestre de 2019. animação turística, nos territórios do interior, valorizando
Articulações: MF. as atividades passiveis de realização durante todo o ano.
Área da Governação: MECON.
N.º 2.78
Principais Promotores: SEI/SET/Portugal Ventures/TP.
Calendário: Setembro 2018.
Denominação: Revisão de taxas das indústrias que se
fixem no Interior. N.º 2.82
Descrição da Medida: Rever o regime de taxas cobra- Denominação: Programa de investimento imobiliário
das — instalação, alteração e exploração — a novas em- no turismo em territórios do Interior.
presas industriais que se fixem no interior no sentido da Descrição da Medida: Apoiar operações de investimento
sua redução ou até isenção, por um período de 10 anos imobiliário em territórios do interior, com uma dotação de
(abrange o ciclo de instalação, alterações/ampliações, e 25 milhões de euros, com vista a dinamizar o investimento
primeiro ato de renovação de licenças). e a criação de emprego. O programa destina-se a pequenas
Área da Governação: MECON/MF/MAMB/MPI/MNE. e médias empresas cujos projetos de investimento traduzam
Principais Promotores: IAPMEI/Agência Portuguesa do a valorização económica dos ativos imobiliários através de
Ambiente, I. P. (APA, I. P.)/autarquias locais. atividades turísticas, ou outras relacionadas, que promovam
Calendário: 2018 e 2019. o desenvolvimento, a dinamização e a sustentabilidade das
Articulações: Portaria n.º 280/2015, de 15 de setembro/ economias locais e regionais.
Portaria n.º 332-B/2015, de 5 de outubro. Área de Governação: MECON.
4462 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 6 de setembro de 2018

Principais Promotores: SET/Turismo Fundos-SGFII, S. A. Descrição da Medida: Organizar uma mostra anual de
Calendário: 2018 e 2019. produtos regionais do interior nas principais cidades portu-
Articulações: ERT. guesas com o objetivo de divulgar e promover os produtos
e recursos de excelência destes territórios. A mostra pre-
N.º 2.83 tende convidar os visitantes a fazer um passeio gastronó-
Denominação: Dinamização da rede de FabLabs. mico de norte a sul do país, numa programação variada em
Descrição da Medida: Promover o papel fundamental conteúdos culturais, patrimoniais e históricos associados
que os FabLabs, bem como outros Makerspaces, represen- a estes territórios. A mostra de produtos regionais do in-
tam em matéria de valorização do conhecimento e de expe- terior de Portugal pode também ser apresentada em várias
rimentação e, genericamente, no processo de digitalização cidades estrangeiras, destinadas aos mercados externos e
da produção. Os FabLabs são, ainda, atores relevantes igualmente à Diáspora portuguesa enquanto plataforma
para a consolidação de práticas efetivamente colaborativas de promoção e facilitação, no âmbito de missões empre-
passíveis de contribuir para dar resposta a desafios sociais, sariais portuguesas no estrangeiro e em idênticas missões
considerando o contexto territorial em que se inscrevem. a Portugal de empresas estrangeiras.
Nesta iniciativa será fortemente considerado e incentivado Área da Governação: MAFDR/MADJ/MECON/MNE.
o envolvimento dos FabLabs nos territórios do interior. Principais Promotores: Autarquias locais/Federação
Área da Governação: MECON/MCTES. Minha Terra/ADL/Rede Rural Nacional/Rede Diplomática
Principais Promotores: SEI/SECTES. e Consular de Portugal.
Calendário: 2018 e 2019. Calendário: 2018 e 2019.
Articulações: Associação de FabLabs. N.º 2.87

N.º 2.84 Denominação: Compras Públicas de Proximidade.


Descrição da Medida: Implementar medidas de forma-
Denominação: Promoção e valorização do papel das ção e de sensibilização das novas regras de contratação pú-
autarquias do Interior em iniciativas i4.0. blica que possibilitem às entidades públicas ou equiparadas
Descrição da Medida: Dinamizar, através das autarquias sujeitas ao CCP (Escolas, IPSS, Hospitais, entre outras) o
locais do interior, a realização de iniciativas com impacto abastecimento da restauração coletiva a partir de circuitos
no tecido empresarial local, com vista a criar e acelerar curtos agroalimentares e agricultores familiares.
ideias de negócio que se enquadram na Indústria 4.0 ou Áreas de Governação: MADJ/MF/MPI/MAI/MAFDR/
processos de transformação digital de modelos de negó- MPMA.
cio já existentes. Pretende-se que estas iniciativas sejam Principais Promotores: CIM/ADL/autarquias locais/Ins-
práticas, amplas e abrangentes, assumindo uma dinâmica tituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Constru-
própria. Os participantes terão a oportunidade de visitar ção/Observatório da Contratação Pública/AMA.
algumas das empresas líder, comunicar com especialistas Calendário: 2018 e 2019.
e outros stakeholders nos seus respetivos setores. Articulações: Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro,
Área da Governação: MECON/MAI. alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 111-B/2017, de
Principais Promotores: Autarquias locais/IAPMEI/ANI. 31 de agosto (retificado pelas Declarações de Retificação
Calendário: 2018 e 2019. n.os 36-A/2017, de 30 de outubro, e 42/2017, de 30 de
N.º 2.85
novembro)/SIMPLEX + 2018 «Quinta + Próxima».
Denominação: EXPORT ADVANCE: Programa Avan- N.º 2.88
çado de Internacionalização para as empresas do Interior. Denominação: Formação em Transporte e Segurança
Descrição da Medida: Operacionalizar um programa na navegabilidade fluvial.
específico de capacitação das empresas sediadas e com Descrição da Medida: Apoiar a realização de cursos de
atividade nos territórios do interior, em colaboração com formação em Transporte e Segurança Fluvial para potenciar
associações empresariais e instituições do ensino superior as oportunidades de emprego local criadas com as infraes-
e business schools, na temática das exportações, inter- truturas ribeirinhas/fluviais existentes ou decorrentes das
nacionalização e aumento de competitividade, diversi- melhorias das condições de navegabilidade, para criação
ficando mercados de destino, intensificando a presença de novas competências, como contributo para a fixação
nos mesmos, conquistando a confiança dos clientes e im- de jovens e famílias no interior do país, ao longo dos con-
plementando boas práticas de negócios internacionais. celhos ribeirinhos (fluviais).
O público-alvo são as empresas exportadoras ou com po- Área de Governação: MM/MCTES/MTSS.
tencial exportador. Principais Promotores: MM (FORMAR)/autarquias
O Programa EXPORT ADVANCE — Programa Avan- locais.
çado de Internacionalização visa promover a internacio- Calendário: 2019 e seguintes.
nalização sustentada das empresas através da formação
avançada e do desenvolvimento de um projeto aplicado Um território interior
de internacionalização à sua medida.
Área da Governação: MADJ/MNE/MECON. + Sustentável
Principais Promotores: AICEP.
Calendário: 2019. N.º 3.29
Denominação: Receitas da exploração da atividade mi-
N.º 2.86
neira para os territórios do Interior.
Denominação: Mostra Nacional dos Recursos dos Ter- Descrição da Medida: Definir uma nova minuta de
ritórios do Interior. contrato para atribuição de direitos de prospeção e pes-
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 6 de setembro de 2018 4463

quisa de depósitos minerais, no âmbito dos Decretos-Leis de 26 de maio/Iniciativa E.02.P08.1 do SGIFR — Sistema
n.os 88/90, de 16 de março, e 54/2015, de 22 de junho, no de Gestão Integrada de Fogos Rurais.
qual ganha relevo o teor da nova cláusula 16.ª — Encargos
de exploração. N.º 3.31
A alteração à referida cláusula permite abater, até 50 %, Denominação: Plano Nacional Solar.
o montante dos encargos de exploração, nos seguintes Descrição da Medida: Promover o investimento na
moldes: infraestrutura elétrica nacional, com vista a um aprovei-
a) 12,5 % em programas locais/regionais de responsa- tamento do potencial solar em termos energéticos, sem
bilidade social; tarifa feed-in.
b) 12,5 % em programas locais, regionais ou nacionais Esta estratégia tem por base um estudo realizado pelo
de ambiente e do património geológico e mineiro; Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG),
c) 50 % em apoio a projetos locais propostos pelas au- pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e pelo
tarquias, designadamente, câmaras municipais e freguesias concessionário Redes Energéticas Nacionais (REN), com
abrangidas pela área da concessão; o objetivo de fazer um levantamento do potencial solar do
d) 12,5 % em apoio a projetos de investigação no do- país e o seu ajustamento à rede elétrica nacional.
mínio da geologia; Áreas de Governação: MECON.
e) 12,5 % em apoios a «start ups» dedicadas à atividade Principais Promotores: Entidades privadas.
mineira. Calendário: 2018 e seguintes.
Articulações: Despacho n.º 3528/2018, de 9 de abril,
Estes abatimentos devem: do Secretário de Estado da Energia.
a) Corresponder a montantes efetivamente pagos pela N.º 3.32
entidade concessionária, devidamente comprovados, no
período de referência; Denominação: EPDGF — Empresa Pública de Desen-
b) Corresponder a projetos de caráter social ou am- volvimento e Gestão Florestal.
biental ou do património geológico e mineiro, com vista, Descrição da Medida: Criar uma empresa pública de
desenvolvimento e gestão florestal para gerir espaços flo-
respetivamente, a maximizar a responsabilidade social, a
restais próprios, arrendados ou cedidos a outro título, por
consciência ambiental e o património mineiro;
forma a promover uma gestão profissional e sustentável
c) Corresponder a projetos acordados entre a concessio-
da floresta, com sede em Figueiró dos Vinhos. Esta em-
nária e a(s) autarquia(s), designadamente, a câmara muni-
presa deverá contribuir para reduzir a fragmentação da
cipal e freguesias abrangidas pela área da concessão. propriedade e da produção e gestão florestal, incentivando
o emparcelamento de terras; promover a gestão conjunta
O produto líquido da exploração mineira pode reverter e a certificação; assegurar a sustentabilidade da floresta,
para projetos de caráter social, ambiental ou de património incentivando o planeamento e a gestão sustentável, a pro-
em benefício das autarquias locais, promovendo, quando teção da biodiversidade e a promoção de uma floresta
essas autarquias se situarem no interior, um adequado multiúsos; promover estratégias com os atores do setor; e
incentivo à coesão territorial. contribuir para um território mais resiliente aos incêndios
Áreas de Governação: MECON. florestais e mais seguro para os seus habitantes.
Principais Promotores: Autarquias locais. Área da Governação: MADJ/MAFDR.
Calendário: 2018 e seguintes. Principais Promotores: SEFDR.
Articulações: Decretos-Leis n.os 88/90, de 16 de março, Calendário: 2018.
e 54/2015, de 22 de junho. Articulações: Pacote legislativo da Reforma Florestal
de 2017/Medidas 1.2.3 Benefícios e incentivos fiscais aos
N.º 3.30 investimentos no setor florestal e 1.2.4 Fomento à criação
Denominação: PLATBIOMASSA. de organismos de investimento florestal coletivos, do PRPI.
Descrição da Medida: Criar a Plataforma Nacional para
a Biomassa e Biorrefinarias, no âmbito do Plano Nacional N.º 3.33
para a Promoção das Biorrefinarias (PNPB), que reúna Denominação: Estatuto da Agricultura Familiar.
entidades públicas e privadas, representativas dos dife- Descrição da Medida: Aprovar estatuto que reconheça
rentes atores intervenientes na fileira da biomassa, com e valorize a agricultura familiar, através da adoção de me-
vista a promover a partilha e articulação de conhecimento, didas de apoio específicas, a aplicar preferencialmente ao
capacidades, recursos e competências no apoio à tomada nível local, para atender à diversidade e especificidade de
de decisão política e a preparar os planos de ação anuais estruturas e realidades agrárias, bem como aos constrangi-
do PNPB. mentos e potencial de desenvolvimento de cada território.
Áreas de Governação: MECON. O Estatuto consagra o acesso a um conjunto de direitos
Principais Promotores: Laboratório Nacional de Energia exclusivos para os pequenos agricultores familiares, pro-
e Geologia (LNEG)/Agência para a Energia (ADENE)/ movendo a sua inclusão ativa em intervenções promovidas
APA. por políticas públicas de desenvolvimento.
Calendário: 2018 e seguintes. Os principais destinatários da medida — cerca de 242,5 mil
Articulações: Plano Nacional para a Promoção de Bior- explorações agrícolas — estão localizados com maior re-
refinarias (PNPB), aprovado pela Resolução do Conselho levância nos territórios do Interior do País, sobretudo nas
de Ministros n.º 163/2017, de 31 de outubro/Plano Nacional regiões Norte e Centro.
de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI), apro- Área de Governação: MAFDR.
vado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 65/2006, Principais Promotores: SEFDR.
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Calendário: 2018 e seguintes. Intervenções previstas para o período 2018-2022, no


Articulações: Estatuto da Pequena Agricultura Fami- valor de 260 milhões de euros de investimento:
liar, consagrado pelo Decreto-Lei n.º 64/2018, de 7 de
Requalificação integral/duplicação do IP3 Coimbra-
agosto.
-Santa Comba-Viseu, abrangendo os concelhos de Coim-
N.º 3.34 bra, Penacova, Santa Comba, Tondela e Viseu, numa ex-
Denominação: Revisão da Lei Orgânica do Instituto da tensão de 75 km;
Conservação da Natureza e das Florestas, I. P. Prolongamento do IP5-A25 entre Vilar Formoso e Fron-
Descrição da Medida: Rever a Lei Orgânica do ICNF, I. P., teira, abrangendo o concelho de Almeida, numa extensão
dotando-o dos recursos necessários à prossecução de novas de 3,5 km;
missões de preservação da paisagem rural e de valorização Requalificação da ER342 — Arganil (Km 92+530) e
do capital natural, de ordenamento e promoção da compe- Coja (Km 105+200), abrangendo o concelho de Arganil,
titividade das fileiras florestais e de gestão de fogos rurais, numa extensão de 12,7 km;
com reforço das unidades desconcentradas e da presença Requalificação EN344 — Pampilhosa/Vale de Pereiras
no território. (EN351), abrangendo o concelho de Pampilhosa da Serra,
Áreas de Governação: MAFDR/MAMB. numa extensão de 7,7 km;
Principais Promotores: SEF/SEOTCN/ICNF. Requalificação ER344 — Vale de Pereiras (EN351)/
Calendário: 2018. Alvares (EN2), abrangendo os concelhos de Pampilhosa
Articulações: PNPOT/PVI/PRPI/Diretiva Única de Pre- da Serra e Góis, projeto e obra a cargo do município e
venção e Combate. financiamento a cargo das Infraestruturas de Portugal,
numa extensão de 13,9 km;
N.º 3.35 Ligação de Mondim de Basto à EN210, abrangendo os
concelhos de Mondim de Basto e Celorico de Basto, numa
Denominação: Rede Escolar dos Geoparques. extensão de 3,7 km;
Descrição da Medida: Criar uma rede de agrupamentos Sistema de Mobilidade do Mondego, numa extensão
de escolas, em parceria com instituições do ensino superior de 43 km, com a utilização de veículos 100 % elétricos
e o projeto Ciência Viva na Escola, para a conceção, desen- de MetroBus.
volvimento e execução de projetos educativos nos domí-
nios das ciências naturais através de trabalho colaborativo Área da Governação: MPI.
e com recurso à metodologia de projeto, conexionando Principais Promotores: Infraestruturas de Portugal/au-
o processo de ensino e aprendizagem com o território tarquias locais.
vivido pelos alunos, designadamente no geoparque das Calendário: 2018-2022.
Terras de Cavaleiros, na região de Trás-os-Montes, e nos Articulações: Portugal 2020.
geoparques Naturtejo da Meseta Meridional e Arouca, na
região Centro. N.º 4.29
Área da Governação: MEDU/MCTES.
Principais Promotores: Agrupamentos de escolas/ins- Denominação: Gestão autárquica do Património Imo-
tituições do ensino superior/autarquias locais/Agência biliário do Estado sem utilização.
Ciência Viva. Descrição da Medida: Concretizar a transferência do
Calendário: 2018 a 2020. património imobiliário do Estado para a gestão autárquica,
Articulações: Fórum Português de Geoparques Mun- nos termos previstos no processo de descentralização em
curso.
diais da UNESCO/Programa Nacional de Promoção do
Área da Governação: MAI/MF.
Sucesso Escolar.
Principais Promotores: SEAL/Direção-Geral do Tesouro
Um território interior
e Finanças/autarquias locais.
Calendário: 2018 e 2019.
+ Conectado
Articulações: Decreto-Lei n.º 280/2007, de 7 de agosto,
na sua atual redação/processo de descentralização.
N.º 4.28
N.º 4.30
Denominação: Programa de investimentos nas acessi-
bilidades de proximidade. Denominação: Programa BEM — Beneficiação de
Descrição da Medida: Intervir num conjunto de ligações Equipamentos Municipais.
rodoviárias de modo a melhorar as acessibilidades de pro- Descrição da Medida: Celebrar contratos-programa no
ximidade, com uma forte aposta na região Centro Interior. âmbito de iniciativas de natureza municipal que promovam
As intervenções preconizadas visam maioritariamente a re- a coesão territorial e o aumento da capacidade de atração
qualificação de infraestruturas já existentes, incrementando dos territórios do interior, designadamente projetos de
os seus padrões de funcionalidade e de operacionalidade, valorização e requalificação de espaços, infraestruturas
ou equipamentos municipais que potenciem o desenvol-
contribuindo, desta forma, para a mobilidade inter-regional
vimento desses territórios. Os projetos a cofinanciar terão
das populações, o que garante uma efetiva promoção da
por objeto a realização de investimentos em património
coesão territorial. As intervenções garantem, na sua quase
municipal, nas seguintes áreas:
generalidade, melhores condições de acessibilidade ao
tecido empresarial, mitigando os custos de contexto as- Valorização de infraestruturas e espaços desportivos;
sociados a transporte de mercadorias, potenciando, deste Valorização de infraestruturas e equipamentos culturais;
modo, o incremento da competitividade da economia local Valorização de património classificado como de inte-
e regional. resse municipal ou nacional;
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 6 de setembro de 2018 4465

Valorização de infraestruturas e equipamentos para ha- para níveis standard europeus, aumentando a capacidade
bitação social; de tráfego da via navegável e os seus níveis de segurança,
Valorização de infraestruturas e equipamentos para em termos de comunicações, sinalização, correção do canal
prestação de serviços de apoio à população; navegável e reabilitação das eclusas, promovendo a sus-
Valorização de edifícios sede de municípios cujo inves- tentabilidade ambiental, o turismo e o desenvolvimento
timento revista carácter urgente, tendo em vista assegurar regional.
a funcionalidade dos órgãos e serviços municipais e a A promoção da navegabilidade do transporte fluvial
dignidade do exercício do poder local. no rio Tejo, até Castanheira do Ribatejo, fomentará as
condições de incremento do transporte fluvial e serviços
Área da Governação: MAI — SEAL/MF — SEO. associados na ligação do Porto de Lisboa à zona de ativi-
Principais Promotores: DGAL/autarquias locais. dades logísticas da Castanheira do Ribatejo e o desenvol-
Calendário: 2018. vimento da ligação às plataformas logísticas existentes na
Articulações: Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro/ zona norte de Lisboa.
Decreto-Lei n.º 384/87, de 24 de dezembro, na sua atual A navegabilidade do troço VRSA-Alcoutim, assegurada
redação. pela DGRM (Direção-Geral de Recursos Naturais, Segu-
N.º 4.31 rança e Serviços Marítimos) tem prevista uma nova inter-
venção ao abrigo do Programa INTERREG V-A Espanha-
Denominação: Agenda para a Cooperação Transfron- -Portugal (873 mil euros de investimento nacional), ainda
teiriça. a iniciar-se em 2018.
Descrição da Medida: Criar uma equipa interministerial, Área de Governação: MM.
coordenada pelo Ministro Adjunto, que prepare e programe Principais Promotores: Administração dos Portos do
uma estratégia de médio/longo prazo para aplicação dos Douro, Leixões e Viana do Castelo, S. A. (APDL)/Admi-
fundos comunitários para a cooperação transfronteiriça nistração do Porto de Lisboa, S. A. (APL)/DGRM/APA.
para o período pós-2020 (QFP 2021-2027), no quadro dos Calendário: 2018 e seguintes.
programas de cooperação territorial da União Europeia,
que assegure a máxima eficiência e eficácia dos investi- Um território interior
mentos a efetuar.
Áreas de Governação: MADJ/MNE/MEDU/MPI/ + Colaborativo
MAMB/MECON/MAFDR/MCTES/MS.
Principais Promotores: SEDC/Agência para o Desen- N.º 5.12
volvimento e Coesão/Comissão Permanente de Apoio ao
Investidor/FCT/ANI. Denominação: Redistribuição regional de vagas no en-
Calendário: 2018 e 2019. sino superior público.
Articulações: Comissão Luso-Espanhola para a Coope- Descrição da Medida: Alargar a base social de apoio ao
ração Transfronteiriça (CLECTF)/Programa INTERREG ensino superior e estimular a coesão e equilíbrio territorial
V-A Espanha — Portugal (POCTEP) 2014-2020/Declara- através de uma distribuição equitativa dos estudantes do
ção Conjunta da XXIX Cimeira Luso-Espanhola/Secretaria ensino superior pelas diversas regiões do país, reduzindo
Geral dos Assuntos Técnicos do Ministério dos Negócios as assimetrias atuais na distribuição de vagas de cursos
Estrangeiros espanhol. de formação inicial no ensino superior. Implica alargar
as oportunidades de acesso ao ensino superior por jovens
N.º 4.32 que terminam o ensino secundário por via profissional,
Denominação: Alargar a cobertura da Rede de Ciência, assim como alargar o âmbito dos apoios sociais para a
Tecnologia e Sociedade. frequência no ensino superior, designadamente no interior
Descrição da Medida: Dotar as instituições de ensino (Programa + Superior). Adicionalmente, implica assumir
superior público do interior de meios avançados de co- compromissos de âmbito plurianual a implementar em
municação, por via do alargamento da rede de ciência, diálogo com as instituições de ensino superior e tendo por
tecnologia e sociedade, permitindo a participação em ativi- base um processo contínuo de monitorização do impacto
dades que requeiram a aquisição, transmissão e tratamento das novas regras de fixação de vagas no ensino superior
de grandes volumes de dados e contribuindo, através das público introduzidas para 2018-19. Inclui a correção dos
suas competências específicas, para atividades de ensino, desequilíbrios territoriais na evolução do ensino superior
investigação e inovação, articulando-se em rede e criando público em Portugal ao longo das últimas décadas, através
agregação de competências a nível regional. da redistribuição gradual das vagas para formação inicial
Área de Governação: MPI/MCTES/MF. nas instituições de ensino superior em associação com o
Principais Promotores: ANACOM/FCT/FCCN. Concurso Nacional de acesso ao ensino superior, assim
Calendário: 2018 e seguintes. como o estímulo a formações curtas nos politécnicos do
Articulações: FCT — Unidade FCCN. interior.
Área da Governação: MCTES.
N.º 4.33 Principais Promotores: DGES, em estreita colaboração
Denominação: Navegabilidade fluvial. com as IES.
Descrição da Medida: Promover a mobilidade e trans- Calendário: 2018 e 2019.
porte de pessoas e mercadorias através da melhoria das Articulações: Despacho n.º 5036-A/2018, de 21 de maio.
infraestruturas de navegabilidade dos rios Douro, Tejo e
N.º 5.13
Guadiana, potenciando as interligações do litoral com o
interior. Denominação: Plataforma MOVE IN.
O projeto de navegabilidade do Douro consiste na me- Descrição da Medida: Criar uma plataforma online com
lhoria das condições atuais, desde o Porto ao Pocinho, o objetivo de divulgar informação base e fomentadora
4466 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 6 de setembro de 2018

da fixação de pessoas e empresas nos territórios do in- N.º 5.16


terior, que congregue a oferta de trabalho/necessidade Denominação: Programa de integração de refugiados/as.
por concelho, habitação disponível, espaços empresariais, Descrição da Medida: Lançar um programa/rede de pro-
incentivos/programas dos municípios, prédios rústicos tocolos que promova a fixação de refugiados/as no Interior,
disponíveis para serem utilizados na atividade agrícola por designadamente em áreas onde comprovadamente exista ca-
parte de cidadãos residentes ou que se pretendam fixar em rência de mão-de-obra. Inclui a atração de estudantes do en-
territórios do interior, entre outras informações. A plata- sino superior de regiões em situação de emergência tendo por
forma funcionará igualmente como ferramenta de apoio base o novo regime legal de apoio social a esses estudantes.
à definição das políticas públicas dirigidas ao emprego e Áreas de Governação: MPMA/MTSSS/MAI/MCTES.
à formação/qualificação. Principais Promotores: SECI-ACM/autarquias locais/
Áreas de Governação: MADJ/MPMA/MTSSS/MC- DGES.
TES/MAFDR. Calendário: 2018 e 2019.
Principais Promotores: MADJ/INE/IEFP/autarquias
N.º 5.17
locais/CIM.
Calendário: 2018 e 2019. Denominação: Novas centralidades de estímulo a ativi-
Articulações: Orçamento Participativo Portugal. dades de I&D e de difusão da cultura científica.
Descrição da Medida: Criar novas centralidades de es-
N.º 5.14 tímulo à promoção do emprego científico e qualificado
e de difusão de cultura científica em regiões de menor
Denominação: Territorializar a Estratégia Nacional para densidade populacional, estimulando a promoção de si-
a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030 (Portugal nergias existentes e considerando ainda o estímulo a uma
+ Igual). rede transfronteiriça de parcerias de ciência e tecnologia
Descrição da Medida: Desenvolver iniciativas que pro- entre Portugal e Espanha.
movam a integração e concretização dos objetivos da es- Área da Governação: MCTES.
tratégia nacional a nível local e regional, com um enfoque Principais Promotores: instituições científicas e acadé-
no interior, designadamente: micas, em colaboração com autarquias, a FCT e a ANI.
Calendário: 2018 e seguintes.
Novos protocolos a celebrar entre as autarquias locais e
a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género; N.º 5.18
Abertura de concurso para projetos que aplicam ins-
trumentos de integração da perspetiva da igualdade entre Denominação: Laboratório de Artes de Montanha Graça
mulheres e homens e da não discriminação nas políticas Morais (LAM-GM).
locais e regionais, designadamente ao nível da conciliação Descrição da Medida: Promover novas oportunidades
para atividades de ensino e investigação baseada na prática
da vida profissional, familiar e pessoal; na área das artes no contexto de montanha, assim como
Abertura de concurso para projetos a nível local e re- estimular novas centralidades de intervenção científica
gional que visam aumentar a liderança e a participação e cultural de relevância internacional, tendo por base a
cívica e política de mulheres e raparigas; inventariação e criação de um centro de documentação
Aumento dos protocolos/fluxogramas de atuação de sobre a obra da pintora Graça Morais, assim como desen-
base territorial concluídos entre a Rede Nacional de Apoio volver um serviço de educação associado ao Centro de Arte
a Vítimas de Violência Doméstica (RNAVVD) e outras Contemporânea Graça Morais, MB/CACGM e em estreita
entidades que concorrem para a prevenção e combate à interação com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
violência contra as mulheres e à violência doméstica. O LAM-GM tem ainda como objetivo ser um projeto
de prática e investigação na área das Artes integrado no
Áreas de Governação: MPMA. Centro de Investigação de Montanha (CIMO) do IPB, em
Principais Promotores: SECI-CIG/autarquias locais. parceria estrutural com o Município de Bragança através do
Calendário: 2018-2021. Centro de Arte Contemporânea Graça Morais (CACGM),
Articulações: Resolução do Conselho de Ministros incluindo o apoio do Instituto de História da Arte (IHA) da
n.º 61/2018, de 21 de maio (Estratégia Nacional para Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030 «Portu- Nova de Lisboa. O LAM-GM surge ainda com o intuito de
gal + Igual»). promover, em Bragança, novas centralidades para ativida-
des intensivas em conhecimento, incluindo a produção e
N.º 5.15 difusão de novos saberes na relação mútua entre a arte, a
investigação de montanha e a inovação associadas a pro-
Denominação: Promoção da integração das pessoas dutos naturais. O LAM-GM tem também como objetivo
ciganas no Interior. desenvolver um trabalho em rede, incluindo o estímulo
Descrição da Medida: Alargar a cobertura nacional do a uma rede transfronteiriça de parcerias entre o nordeste
Programa Escolhas, com um enfoque em territórios do transmontano e as regiões espanholas da Galiza e Castela-
interior com elevada população cigana, e promover o rea- -Leon rentabilizando o papel de cada um dos intervenientes
lojamento das pessoas ciganas que estão atualmente em a um nível que atualmente não é possível almejar.
habitação não clássica. Área da Governação: MCTES.
Áreas de Governação: MPMA. Principais Promotores: IP Bragança/Município de Bra-
Principais Promotores: SECI-ACM/IHRU/autarquias gança, em colaboração com o Instituto de História da Arte
locais. (IHA) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da
Calendário: 2018 e seguintes. Universidade Nova de Lisboa e o apoio da FCT.
Articulações: Estratégia Nacional para a Integração das Calendário: 2018 e 2019.
Comunidades Ciganas. 111621786

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