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CONTRATO DE CEDÊNCIA OCASIONAL DE MÃO-DE-OBRA

Entre
M. COUTO ALVES, VIAS, S.A., sociedade comercial anónima, com sede em Luanda,
no Condomínio Belas Business Park, Edifício Malange, 4º, Talatona, Contribuinte Fiscal nº
5403099921, inserida no Regime Geral de IVA, matriculada na Conservatória do Registo
Comercial de Luanda, sob o n.º 2006.76, adiante designado por Primeira Outorgante,
E
ZUNGA FORMAL – COMÉRCIO E SERVIÇOS, LDA., sociedade comercial por
quotas, com sede no Zango 4, Estrada do SIAC, Viana, Luanda, Contribuinte Fiscal nº
5001366858, inserida no Regime de Não Sujeição de IVA, aqui representada por Gaspar
Agostinho Domingos João, que outorga na qualidade de Sócio-Gerente, adiante designado
por Segunda Outorgante,

E considerando que,
I. À Primeira Outorgante foi adjudicada a empreitada eléctrica, denominada “Reabilitação e
Ampliação da Rede de Iluminação Pública no Município de Moçâmedes, Fase II”, na província
do Namibe.
II. A Segunda Outorgante possui mão-de-obra especializada na execução de trabalhos
diversos de electricidade.
III. A necessidade premente e temporária que a Primeira Outorgante tem em recorrer a
mão-de-obra especializada para a execução dos referidos trabalhos.

É celebrado o presente contrato de cedência de mão-de-obra que, de boa-fé e por mútuo


acordo, os Outorgantes aceitam ficar submetidos às cláusulas seguintes:

Cláusula 1ª
(Objecto do Contrato)
1. Através do presente contrato, a Segunda Outorgante cede temporariamente à Primeira,
mão-de-obra qualificada para a execução de trabalhos diversos de electricidade na
empreitada acima indicada.
2. A Segunda Outorgante obriga-se a substituir a mão-de-obra, no prazo de vinte e quatro
horas, sempre que solicitado pela Primeira Outorgante, assegurando sempre que não haja
ausência dos profissionais em obra.
3. O horário de trabalho dos trabalhadores cedidos pela Segunda Outorgante será
estabelecido pela Primeira Outorgante.

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4. A Segunda Outorgante declara, desde já, que os trabalhadores cedidos manifestaram
inequívoca e expressamente que estão de acordo com tal cedência ocasional.
5. O presente contrato não constitui, sob circunstância alguma, um vínculo laboral entre a
Primeira Outorgante e os trabalhadores cedidos temporariamente pela Segunda
Outorgante, sendo esta última a exclusiva responsável pelo cumprimento das obrigações
laborais que derivem dos contratos de trabalho existentes entre ela e os trabalhadores.
6. O presente contrato não confere qualquer vínculo laboral entre os trabalhadores da
Segunda Outorgante cedidos e a Primeira Outorgante.

Cláusula 2ª
(Duração)
1. O presente contrato terá início no dia 14 de Março de 2024 e terá a sua conclusão no
dia 18 de Junho de 2024.
2. Na eventualidade do Dono de Obra parar a obra ou suprimir parte dela, a Segunda
Outorgante verá o presente contrato reduzido / terminado, não havendo lugar ao
pagamento indemnização por parte da Primeira Outorgante, cabendo-lhe apenas o
recebimento das horas em que a mão-de-obra efectivamente trabalhou.
3. Não serão pagos trabalhadores / horas a mais que não tenham sido solicitados por
escrito pela Primeira Outorgante.
4. A Primeira Outorgante pode denunciar o contrato a qualquer momento, mediante um
pré-aviso de cinco dias da data que pretende que produza efeitos.

Cláusula 3ª
(Preço e Condições de Pagamento)
1. Pela cedência de mão-de-obra, a Primeira Outorgante pagará os seguintes valores / hora,
não revisíveis, à Segunda Outorgante:
• Servente ………………………….………….………….… AKZ. 770,00 / hora;
• Electricista ………………………...………………………. AKZ. 1.500,00 / hora,
estimando-se um valor total não de AKZ. 1.821.600,00 (um milhão, oitocentos e
vinte e um mil e seiscentos kwanzas), o qual será liquidado da seguinte forma:
• 30%, equivalente a AKZ. 546.480,00 (quinhentos e quarenta e seis mil,
quatrocentos e oitenta kwanzas), com a adjudicação, o qual será dado por
compensação nas facturas mensais que vierem a ser emitidas;
• 70%, equivalente a AKZ. 1.275.120,00 (um milhão, duzentos e setenta e
cinco mil, cento e vinte kwanzas), com pagamento a trinta dias, após recepção
da factura pela Primeira Outorgante.
2. A Segunda Outorgante declara que o preço inclui todos os impostos ou taxas aplicáveis a
este contrato.
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3. A Primeira Outorgante procederá ao pagamento referido no n.º 1 da presente cláusula,
através de transferência bancária para a conta do Banco BFA, com o IBAN AO06 0006 0000
9107 6680 3012 6.
4. A Segunda Outorgante obriga-se a entregar mensalmente, até ao dia 16 de cada mês, o
auto de medição mensal e respectivos justificativos de quantidades, referente às horas
trabalhadas no mês a que se refere o Auto para aprovação pela Primeira Outorgante.
5. Os pagamentos à Segunda Outorgante serão realizados, no prazo de trinta dias, após
recepção na Direcção Financeira da empresa, da factura devidamente aprovada, com a
indicação do número do contrato, acompanhada pelo auto de medição mensal, elaborado e
assinado por ambas as partes, nos seguintes moldes:
• Envio da factura via correio electrónico através do email:
mcasuppliers@mcagroup.com
ou
• em mão, para o seguinte endereço: Condomínio Belas Business Park, Edifício
Malange, 4º, Talatona, Luanda.
6. Por cada pagamento efectuado à Segunda Outorgante, a Primeira Outorgante reterá a
quantia de 6,5%, nos termos do n.º 3, do artigo 64º, da Lei 19/14 de 22 de Outubro.

Cláusula 4ª
(Conformidade)
1. O Prestador e os seus fornecedores, bem como as respectivas afiliadas, funcionários,
titulares de cargos sociais, representantes ou outros agentes deverão cumprir o disposto
nas Leis Anti-Corrupção aplicáveis na obtenção de quaisquer certificações, alvarás e licenças
relativas à sua actividade e ao projecto, e, em todos os outros aspectos, dirigir o projecto e
a sua actividade em conformidade com as Leis Anti-Corrupção aplicáveis. As práticas e
controlos internos em matéria de gestão e contabilidade do Fornecedor e de cada um dos
seus Sub-fornecedores deverão ser suficientes para assegurar de forma razoável a
conformidade com as Leis Anti-Corrupção aplicáveis e a prevenção de Pagamentos
Proibidos. Nem o Fornecedor, qualquer Sub-fornecedor ou qualquer pessoa que actue em
nome do Fornecedor ou de qualquer Sub-fornecedor poderá realizar qualquer Pagamento
Proibido.
2. O Prestador e os seus fornecedores, e as respectivas afiliadas, funcionários, titulares de
cargos sociais, representantes ou outros agentes deverão cumprir os requisitos aplicáveis
(A) das Leis em matéria de Combate ao Branqueamento de Capitais, (B) dos Regulamentos
do OFAC, e (C) de todas as demais leis aplicáveis em matéria de controlo de exportações e
anti-boicote, bem como as Leis em matéria de Sanções Económicas relacionadas com a sua
actividade e instalações.
3. Definições:
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"Leis Anti-Corrupção" significa (a) a Lei dos EUA relativa a práticas de corrupção no
estrangeiro, de 1977 – “Foreign Corrupt Practices Act of 1977” – (Pub. L. No. 95-213,
§§101-104), na redacção em vigor, (b) a Lei do Reino Unido Anti-Suborno de 2010 (“UK
Bribery Act 2010”), e (c) qualquer outra Lei em matéria de suborno, comissões ilícitas ou
práticas comerciais análogas.
"Leis em matéria de Combate ao Branqueamento de Capitais " significa (a) a Lei
relativa ao Sigilo Bancário (“Bank Secrecy Act”), na redacção que se encontrar em vigor
resultante, designadamente, do USA PATRIOT Act, de 2001 (Pub. L. No. 107-56), (b) a Lei
relativa aos Produtos do Crime, de 2002 (“Proceeds of Crime Act 2002”), e (c) qualquer
outra lei, regulamento, despacho, decreto ou directiva de qualquer jurisdição relevante, com
força de lei e relativa ao combate ao branqueamento de capitais.
"Pagamento Proibido" significa a doação ou realização, por qualquer pessoa (designada
por “Pagador”) de qualquer oferta, presente, pagamento, promessa de pagamento ou
autorização de pagamento de quaisquer quantias monetárias ou objectos de valor, directa
ou indirectamente, a ou para a utilização ou em benefício de qualquer Funcionário Público
(incluindo a ou para a utilização ou em benefício de qualquer outra pessoa, se o Pagador
tiver conhecimento, ou motivos razoáveis para crer, que a outra pessoa utilizaria a referida
oferta, presente, pagamento, promessa ou autorização de pagamento em benefício de
qualquer Funcionário Público), para efeitos de influenciar qualquer acto, decisão ou omissão
de qualquer Funcionário Público com a finalidade de obter, conservar ou direcionar
negócios, ou para assegurar qualquer benefício ou vantagem indevida para o Empreiteiro ou
o projecto, ou qualquer outra pessoa; sendo que qualquer oferta, presente, pagamento,
promessa ou autorização de pagamento não serão considerados um Pagamento Proibido se
(a) forem expressamente permitidos po lei, ou (b) forem realizados com a finalidade de
agilizar ou assegurar a realização de um acto governamental de rotina (conforme
interpretado ao abrigo da lei).
"Funcionário Público" significa qualquer pessoa que:
a) Seja titular de um cargo oficial de natureza executiva, legislativa, reguladora,
administrativa ou judicial, de qualquer tipo;
b) Represente, dirija, seja contratado ou actue em nome de um governo ou
organização pública;
c) Represente, dirija, seja contratado ou actue em nome de uma empresa pública;
d) Represente, dirija, seja contratado ou actue em nome de uma organização pública
internacional;
e) Esteja envolvido em serviços ou funções públicas, em nome de um país ou sub-
divisão do mesmo (por exemplo, as forças militares);
f) Seja considerado (ou que deva ser equiparado a) um funcionário público ao abrigo
de qualquer Lei;
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g) Tenha sido nomeado, eleito, designado, contratado ou de outra forma
formalmente indicado para desempenhar qualquer cargo acima descrito; ou
h) Seja um funcionário, agente, representante, pessoa nomeada ou familiar próximo
dos acima referidos, incluindo, sem que a isso se limite, qualquer dirigente de um
partido político ou candidato a cargo político em Angola, ou qualquer dirigente ou
funcionários (a) do governo de Angola (incluindo qualquer autoridade
governamental do mesmo) ou (b) de uma organização pública internacional.
"OFAC" significa o Gabinete de Controlo de Activos Estrangeiros (“Office of Foreign
Assets Control”) do Ministério das Finanças dos E.U.A. (“U.S. Department of the
Treasury”), o qual administra e aplica sanções económicas e comerciais com base na política
externa e nos objectivos de segurança nacional dos E.U.A. relativamente a pessoas
singulares específicas, organizações e países e regimes estrangeiros.
"Lista do OFAC" significa a Lista de Cidadãos Nacionais Especificamente Indicados e de
Pessoas Interditas de entrar no País (“Specially Designated Nationals and Blocked Persons
List”) e quaisquer outras listas administradas ou aplicadas pelo OFAC, incluindo,
nomeadamente, a lista da Parte 561 (“Part 561 list”), em cada caso, conforme sejam
publicadas pelo OFAC e disponibilizadas na hiperligação http://www.treasury.gov/resource-
center/sanctions/SDN-List/Pages/default.aspx ou em qualquer Website oficial que venha a
suceder ao mesmo;
"Regulamentos do OFAC" significa (a) as regras e regulamentos promulgados pelo
OFAC, conforme publicados no Título 31, Capítulo V do Código dos Regulamentos
Federais (“Code of Federal Regulations”), e (b) quaisquer Despachos Executivos que
administrem ou imponham sanções económicas a pessoas singulares, organizações ou países
e regimes estrangeiros;
"Lei em matéria de Sanções Económicas" significa quaisquer sanções económicas ou
financeiras administradas pelo Gabinete de Controlo de Activos Estrangeiros (“Office of
Foreign Assets Control”) do Ministério das Finanças dos E.U.A. (“U.S. Department of the
Treasury”), o Departamento de Estado dos E.U.A. (“U.S. State Department”), qualquer
outra agência do Governo dos E.U.A., das Nações Unidas, da União Europeia ou de
qualquer estado-membro da mesma, Japão ou qualquer outra autoridade nacional
competente em matéria de sanções económicas.
4. A comprovada violação dos preceitos indicados nesta cláusula, constitui justa causa para a
resolução unilateral do presente contrato, sem prejuízo da imputação de eventuais perdas e
danos causados à Primeira Outorgante.
5. Para o tratamento exclusivo de questões de compliance e / ou para a denúncia de
irregularidades devem ser utilizados os seguintes endereços electrónicos: compliance@mca-
grupo.com ou ethics@mca-grupo.com

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6. A Segunda Outorgante obriga-se a cumprir com o código de conduta do Grupo MCA,
que lhe foi enviado.

Cláusula 5ª
(Condições de Emprego e de Trabalho)
1. A Segunda Outorgante deverá cumprir todas as Leis laborais aplicáveis ao seus Pessoal,
incluindo as Leis relacionadas com o seu vínculo laboral, salários, saúde, segurança, bem-
estar, nomeadamente, mas não só, condições adequadas de alojamento, imigração e
emigração, devendo permitir-lhe o exercício de todos os seus direitos legais.
2. A Segunda Outorgante deverá exigir aos seus funcionários o cumprimento de todas as
Leis aplicáveis, incluindo as leis em matéria de segurança no local de trabalho.
3. A Segunda Outorgante obriga-se a conferir aos trabalhadores utilizados na execução
deste contrato um tratamento justo, assim como a proporcionar-lhes condições de trabalho
seguras e saudáveis.
4. A Segunda Outorgante não empregará crianças de nenhuma forma, não sendo permitida
a inclusão na execução do presente contrato de trabalhadores com idade inferior a 18
(dezoito) anos.
5. A Segunda Outorgante não fará uso a trabalho forçado, que seja exercido por um
trabalhador, com recurso ao uso força, coerção, ou mediante a aplicação de penalidade,
abrangendo, nomeadamente, mas não só:
• Trabalho não remunerado;
• Servidão por dívida;
• Métodos similares (forçado) de contratação de pessoal.
6. O Subempreiteiro não contratará trabalhadores traficados.

Cláusula 6ª
(Liberdade Sindical)
A Segunda Outorgante obriga-se a respeitar a liberdade e actividade sindical dos seus
trabalhadores em conformidade com o disposto na Lei Geral de Trabalho, nomeadamente,
mas não só:
• Garantia a liberdade sindical e consequente direito à organização e ao exercício da
actividade sindical;
• Garantir que os seus trabalhadores possam exercer ou serem candidatos ao
exercício de funções de representação sindical ou no órgão de representação dos
trabalhadores ou outras funções destas resultantes;
• Permitir e justificar as faltas laborais por actividade sindical ou representação dos
trabalhadores, devidamente justificadas pelos seus trabalhadores;

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• Garantir a Protecção Especial Contra Despedimento dos seus trabalhadores que
exerçam ou tenham exercido funções de dirigente sindical, de delegado sindical, ou
de membro de órgão representativo dos trabalhadores no exercício legal da
actividade sindical.

Cláusula 7ª
(Não Discriminação)
1. A Segunda Outorgante garante que todos os cidadãos terão acesso às oportunidades de
trabalho, com igualdade de oportunidades e sem qualquer discriminação baseada na raça,
cor, sexo, origem étnica, estado civil, origem e condição social, razões religiosas, opinião
política, filiação sindical e língua, nos termos definidos pela Constituição da República de
Angola.
2. A Segunda Outorgante obriga-se a assegurar para um mesmo trabalho ou para um
trabalho de valor igual, a igualdade de remuneração entre os trabalhadores sem qualquer
discriminação.
3. A Segunda Outorgante assegura que os diferentes elementos constitutivos da
remuneração devem ser estabelecidos segundo normas idênticas para os homens e para as
mulheres.
4. O Subempreiteiro assegura que é garantido à mulher trabalhadora, por referência ao
homem, a igualdade de tratamento e a não discriminação no trabalho. Garante ainda às
mulheres trabalhadoras:
• O acesso a qualquer emprego, profissão ou posto de trabalho;
• A igualdade de oportunidades e de tratamento no acesso as acções de formação e
de aperfeiçoamento profissional;
• O direito a que sejam comuns para os dois géneros as categorias e os critérios de
classificação e de promoção;
• O direito a salário igual para trabalho igual ou de valor igual;
• O direito a ausência de qualquer outra discriminação, directa ou indirecta, fundada
no género.
5. A Segunda Outorgante garante ainda que a seropositividade não será factor a considerar
em relação à contratação, promoção e despedimento dos seus trabalhadores.
6. O Subempreiteiro compromete-se a aplicar uma política de prevenção, habilitação e
participação da pessoa com deficiência, através da promoção da igualdade de oportunidades
no acesso ao trabalho e à de formação.

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Cláusula 8ª
(Pessoal)
1. A Segunda Outorgante obriga-se a respeitar toda a legislação em vigor, na parte que lhe
for aplicável, devendo nomeadamente observar as prescrições legais sobre sanidade, salários
mínimos, horários de trabalho, segurança e responsabilidade por acidentes de trabalho,
sendo único responsável por quaisquer determinações ou sanções que lhe sejam impostas
por entidades oficiais.
2. A Segunda Outorgante deverá garantir para coordenação dos serviços nas instalações da
Primeira Outorgante, um chefe de equipa, de trato urbano e capaz de gerir qualquer
conflito nas equipas de trabalho, o qual deverá zelar pelo cumprimento do contrato e pela
disciplina e compostura do pessoal.
3. A Segunda Outorgante obriga-se a substituir qualquer elemento do seu pessoal, a pedido
da Primeira Outorgante, no período máximo de vinte e quatro horas após a comunicação.
4. Findo o contrato, independentemente do fundamento da cessação, o destino do pessoal
e as consequências emergentes dos contratos de trabalho celebrados são da
responsabilidade da Segunda Outorgante.

Cláusula 9ª
(Condições de Trabalho)
1. A Segunda Outorgante assegura o desenvolvimento das seguintes políticas, na relação
com os seus trabalhadores:
a) Regras específicas de engajamento com sindicatos e associações de trabalhadores;
b) Políticas específicas para a não discriminação e igualdade de oportunidades nas relações
de emprego (políticas de RH específicas), disponibilizando um mecanismo de queixas e
reclamações dos trabalhadores;
c) Desenvolver um mecanismo interno de queixas e sugestões para os trabalhadores;
d) Plano de gerenciamento de emprego com programas de desmobilização e contenção.

Cláusula 10ª
(Segurança no Trabalho)
1. A Segunda Outorgante deverá, a todo o tempo, adoptar, respeitar e cumprir todas as
medidas de precaução razoáveis para manter a saúde e segurança do seu Pessoal.
2. A Segunda Outorgante deverá nomear um supervisor do Local, o qual é responsável pela
manutenção da segurança e pela protecção contra acidentes. O referido supervisor deverá
estar apto a assumir a referida responsabilidade e ter poderes para emitir instruções e
adoptar medidas de protecção destinadas a evitar acidentes.
3. A Segunda Outorgante deverá comunicar à Primeira, os detalhes de qualquer acidente,
ou incidente dentro das instalações da Primeira Outorgante ou no seu perímetro
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circundante, com a maior brevidade possível após a ocorrência do mesmo. A Segunda
Outorgante deverá manter os registos e elaborar os relatórios em matéria de saúde,
segurança e bem-estar das pessoas, e de danos materiais, que a Primeira Outorgante possa
razoavelmente solicitar.
4. A Segunda Outorgante obriga-se a sensibilizar os seus colaboradores para as regras de
higiene e segurança no trabalho, bem como a facultar aos seus colaboradores equipamento
de proteção e segurança individual e coletiva.
5. A Segunda Outorgante deverá apresentar planos de gerenciamento relacionados com a
Saúde e Segurança Ocupacional, bem como facultar um plano para actividades internas de
formação e campanhas de conscientização sobre saúde e segurança no trabalho.

Cláusula 11ª
(Obrigações)
1. A Primeira Outorgante obriga-se a:
a) Pagar à Segunda Outorgante nos termos definidos na cláusula 3ª.
b) A facultar com a maior brevidade à Segunda Outorgante eventuais esclarecimentos
necessários sobre a execução do Contrato.
2. A Segunda Outorgante obriga-se a:
a) Cumprir por seus pressupostos as obrigações e deveres assumidos no presente
contrato;
b) Empregar mão-de-obra necessária e suficiente à execução deste contrato;
c) Responder por todos os encargos tributários, fiscais relativos à sua actividade;
d) Suportar por sua conta as despesas relativas a alojamento, alimentação, transporte,
assistência médica, que por conta do contrato forem devidas ao seu pessoal;
e) Designar um responsável, devidamente qualificado para responder à Primeira Outorgante
sempre que solicitados esclarecimentos sobre o Contrato;
f) Fornecer equipamentos de protecção individual aos seus trabalhadores;
g) Ter em dia os seguros obrigatórios;
h) Responsabilizar-se por quaisquer danos causados a terceiros e provenientes da execução
dos trabalhos pelo seu pessoal;
i) Proceder ao pagamento dos impostos que forem devidos em decorrência direta ou
indireta do presente contrato e da sua execução.

Cláusula 12ª
(Confidencialidade)
1. Todos os desenhos, programas, mapas, registos, relatórios, dados técnicos, patentes de
propriedades, isto é, todas as informações vinculadas ao Contrato serão tratadas pelas
Partes de forma confidencial, não podendo ser reveladas a terceiros sem consentimento
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unânime e por escrito da outra Parte, salvo nos casos em que a informação seja solicitada
por autoridade competente, em razão de procedimento legal administrativo.
2. Em tudo o que se relacione com o objeto do presente Contrato, a Segunda Outorgante
obriga-se a exercer a sua actividade em regime de exclusividade, comprometendo-se a não
assumir qualquer compromisso e/ou colaboração com terceiros.
3. Em caso de rescisão ou caducidade do presente Contrato as Partes continuam obrigadas
ao cumprimento dos deveres de confidencialidade consignados na presente Cláusula

Cláusula 13ª
(Penalidades por Incumprimento)
1. A Segunda Outorgante obriga-se a cumprir escrupulosamente os pressupostos presentes
no presente contrato.
2. Se a Segunda Outorgante por razões a si imputáveis, não colocar em obra a mão-de-obra
solicitada pela Primeira Outorgante, no prazo e pelo período por si solicitada, ser-lhe-á
aplicada até à reposição em obra da mão-de-obra solicitada, ou até à eventual rescisão do
Contrato por parte da Primeira Outorgante, a multa diária de 2% sobre o valor do auto
aprovado pela Primeira Outorgante.
3. As multas considerar-se-ão aplicadas por comunicação escrita ou auto lavrado pela
Primeira Outorgante, dirigido à Segunda Outorgante, manifestando a intenção de o fazer,
sem prejuízo do direito da Segunda Outorgante poder apresentar, no prazo de cinco dias
úteis após a recepção da referida comunicação ou do auto, uma contestação na qual deduza
todas as razões que julgue assistirem-lhe e da Primeira Outorgante poder, em dez dias úteis
após a recepção de tal contestação, reavaliar a posição da Segunda Outorgante.
4. As penalidades anteriormente referidas serão descontadas nos pagamentos a efectuar
pela Primeira à Segunda Outorgante.

Cláusula 14ª
(Casos de Força Maior)
1. Não será tido como incumprimento contratual, a impossibilidade de um dos Outorgantes
realizar a prestação a que está obrigado, em resultado da ocorrência de motivo de força
maior.
2. Para efeito do número anterior, serão tidas como força maior as circunstâncias anómalas
e não previsíveis que ocorram independentemente da vontade dos Outorgantes ou que os
impossibilitem de cumprir com as obrigações decorrentes deste contrato, nomeadamente,
greves gerais, as catástrofes naturais, as epidemias, as pandemias, os incêndios, estado de
guerra e distúrbios.

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3. A execução do presente contrato poderá ser suspensa se os motivos de força maior
subsistirem por mais de trinta dias, o que deverá ser comunicado ao outro Contraente, por
aquele que houver sido afectado por tais circunstâncias.

Cláusula 15ª
(Resolução)
1. Qualquer uma das partes, pode pedir a resolução do contrato havendo incumprimento
contratual, após emissão de comunicação escrita à outra parte a informar o facto, além da
possibilidade do livre acordo entre as partes para tal fim.
2. Sem prejuízo de outras circunstâncias que possam constituir incumprimento nos termos
gerais de direito, constituem causas de rescisão as seguintes ocorrências:
a) Atraso no pagamento pela Primeira Outorgante superior a trinta dias a contar da data do
vencimento;
b) Não colocação do número de trabalhadores solicitados em obra, pela Segunda
Outorgante por um período de vinte e quatro horas.
c) Abandono da obra pela Segunda Outorgante, equivalendo ao mesmo, a ausência de
pessoal seu no local de obra por mais de dois dias úteis seguidos ou interpolados.
3. Constituem ainda causa de resolução do contrato pela Primeira Outorgante a existência
de quaisquer ocorrências ou decisões do Dono de Obra que tenham impacto no presente
contrato, nomeadamente a supressão total dos trabalhos ou ainda a cessação do contrato
de empreitada. Nestas situações a Segunda Outorgante terá apenas direito ao preço dos
trabalhadores cedidos / horas trabalhadas até essa data.

Cláusula 16ª
(Cessão)
1. É vedada às partes a cessão ou transferência dos direitos e obrigações decorrentes do
presente contrato, incluindo o recurso a factoring, salvo se existir consentimento prévio por
escrito da Primeira Outorgante.
2. É também vedada a subcontratação sem consentimento prévio por escrito.

Cláusula 17ª
(Requisitos Legais)
A Segunda Outorgante declara que possui todas as autorizações e preenche todos os
requisitos legalmente exigidos para a prestação dos serviços referidos no presente contrato,
tendo a sua situação perante as entidades angolanas devidamente regularizada.

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Cláusula 18ª
(Higiene e Segurança no Trabalho)
1. A Segunda Outorgante obriga-se a respeitar e cumprir rigorosamente as regras relativas à
higiene e segurança no trabalho e boas práticas ambientais.
2. A Segunda Outorgante obriga-se a sensibilizar os seus trabalhadores para as regras de
higiene e segurança no trabalho, bem como a facultar aos seus colaboradores equipamento
de proteção e segurança individual e coletiva.
3. O não cumprimento pela Segunda Outorgante, das regras de higiene e segurança no
trabalho em vigor na Primeira Outorgante, faculta a esta a resolução do presente contrato.

Cláusula 19ª
(Entrada em vigor)
1. O presente contrato entra em vigor no dia da assinatura, retroagindo, contudo, os seus
efeitos à data de início da cedência de mão-de-obra (14 de Março de 2024).
2. O presente contrato só é válido após a assinatura do mesmo por ambas as Outorgantes,
não sendo efetuado qualquer pagamento por parte da Segunda Outorgante enquanto não
tenham sido devolvidas as cópias do contrato devidamente assinadas.

Cláusula 20ª
(Foro)
Nos casos omissos aplicar-se-á a a Lei dos Contratos Públicos de Angola – Lei 41/20 de 23
de Dezembro e, em caso de litígio considera-se competente para a sua resolução os
Tribunais da Província de Luanda.

Cláusula 21ª
(Notificações)
1. Qualquer notificação ou comunicação que deva ser feita entre os Contraentes ao abrigo
do presente Contrato considerar-se-á válida e vinculante se expedida por e-mail ou por
carta registada para endereços que para o efeito venham a ser indicados por uma das Partes
à outra, e produzirá efeitos no dia da sua receção efetiva.
2. Os Contraentes considerar-se-ão notificados nos seguintes contactos:
PRIMEIRA OUTORGANTE
MCA Vias – José Grilo
Tel.: 940 904 200
Mail: jose.grilo@mcagroup.com
Morada: Condomínio Belas Business Park, Edifício Malange, 4º andar
Talatona, Luanda
SEGUNDA OUTORGANTE
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Zunga Formal – Gaspar João
Tel.: 940 211 409 / 992 917 845
Mail: gadj.empreendimentos@outlook.pt
Morada: Zango 4, Estrada do SIAC, Viana, Luanda

Luanda, 19 de Março de 2024

A Primeira Outorgante, A Segunda Outorgante,

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