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Com esse olhar humano aguçado já desde o primeiro encontro, diante das
discussões presentes nas disciplinas, e o incômodo que já tinha com alunos que por
vezes não querem participar das atividades de experimentação, surgiu meu objeto de
pesquisa que compartilho com muita alegria com vocês, que é tentar entender os corpos
marginalizados nas minhas aulas, quais motivos os marginalizam e como podemos
combater, juntos, essa marginalização.
Para tanto foi necessário um mergulho também em minha própria história, para
entender quais momentos de opressão vivenciei em minha trajetória que me colocaram
com esse olhar sobre os alunos,.
Mas hoje ainda no meio do percurso, e muito trabalho pela frente, o que sei é
que nós somos inacabados, nossos alunos são inacabados, que somos humanos, que
diversos fatores podem influenciar esse aluno a participar ou não daquela atividade, que
ele traz consigo uma história, traumas, alegrias e tristezas que devem ser ouvidas,
respeitadas, e considero que essa consciência foi um dos meus grandes aprendizados até
aqui.
Enfim desejo um percurso de sucesso a todos e que possam se permitir ser mais,
não só mais graduados, mais intelectuais. Mas que possam também ser mais humanos,
mais ouvintes, mais empáticos, mais afetuosos, mais livres. E se vocês e os alunos de
vocês tiverem a liberdade de ser mais, de ser quem eles são, todo o restante valerá muito
a pena.
“A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação, exige permanente busca.
Busca permanente que só existe no ato responsável de quem a faz. Ninguém tem
liberdade para ser livre: pelo contrário, luta por ela precisamente porque não a tem.
Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho, as pessoas se libertam em
comunhão.”