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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 15216
Primeira edição
29.04.2005

Válida a partir de
30.05.2005

Armazenamento de combustíveis —
Controle da qualidade no armazenamento,
transporte e abastecimento de combustíveis
de aviação
Fuel storage – Quality control on storage, transportation and supply
of aviation fuels
Exemplar autorizado para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

Palavras-chave: Combustível de aviação. Controle da qualidade.


Descriptors: Aviation fuels. Quality control.

ICS 75.160.20

Número de referência
ABNT NBR 15216:2005
41 páginas

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ABNT NBR 15216:2005
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Sumário Página

Prefácio........................................................................................................................................................................v
1 Objetivo ..........................................................................................................................................................1
2 Referências normativas ................................................................................................................................1
3 Definições.......................................................................................................................................................4
4 Equipamentos de medição e ensaio............................................................................................................6
5 Requisitos de instalações ............................................................................................................................6
5.1 Linhas .............................................................................................................................................................7
5.2 Tanques ..........................................................................................................................................................7
5.2.1 Tanques cilíndricos verticais .......................................................................................................................7
5.2.2 Tanques cilíndricos horizontais (elevados, semi-enterrados e subterrâneos).......................................7
5.3 Instalações fixas para enchimento de tambores .......................................................................................8
6 Requisitos de equipamentos........................................................................................................................8
6.1 Para transporte ..............................................................................................................................................8
6.1.1 Caminhão-tanque ..........................................................................................................................................8
6.1.2 Navio-tanque, balsa-tanque ou vagão-tanque............................................................................................8
6.1.3 Tambor............................................................................................................................................................8
6.1.4 Contêiner ........................................................................................................................................................9
6.2 Para abastecimento de aeronaves...............................................................................................................9
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6.2.1 Caminhão-tanque abastecedor – CTA.........................................................................................................9


6.2.2 Servidor de hidrante e carreta de hidrante .................................................................................................9
6.2.3 Gabinete .........................................................................................................................................................9
6.2.4 Mangueiras de abastecimento de aeronaves .............................................................................................9
6.3 Filtros ............................................................................................................................................................10
6.4 Anéis de vedação ........................................................................................................................................10
6.5 Juntas giratórias..........................................................................................................................................10
7 Requisitos de pessoal.................................................................................................................................10
8 Procedimentos para o controle da qualidade ..........................................................................................11
8.1 Amostragem e ensaios ...............................................................................................................................11
8.2 Calibração de equipamentos, instrumentos e vidrarias..........................................................................11
8.3 Documentos da qualidade ..........................................................................................................................11
8.3.1 Análise de consistência ..............................................................................................................................12
8.4 Controle da qualidade nas bases, terminais de distribuição e aeródromos.........................................12
8.4.1 Recebimento por duto.................................................................................................................................12
8.4.2 Recebimento por balsa-tanque e caminhão-tanque ................................................................................12
8.4.3 Recebimento por navio ...............................................................................................................................13
8.4.4 Armazenamento...........................................................................................................................................13
8.4.5 Liberação e expedição ................................................................................................................................15
8.4.6 No destanqueio............................................................................................................................................15
8.5 Controle da qualidade nas operações com tambores.............................................................................16
8.5.1 Enchimento ..................................................................................................................................................17
8.5.2 Recebimento ................................................................................................................................................17
8.5.3 Armazenamento...........................................................................................................................................17
8.5.4 Abastecimento de aeronaves .....................................................................................................................18
8.6 Troca de produtos .......................................................................................................................................19
8.6.1 Caminhão-tanque ........................................................................................................................................19
8.6.2 Tanque de armazenagem............................................................................................................................20
8.6.3 Caminhão-tanque abastecedor - CTA .......................................................................................................20
8.7 Inspeção e troca dos elementos filtrantes................................................................................................20
8.7.1 Filtro micrônico............................................................................................................................................20

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8.7.2 Filtro separador ...........................................................................................................................................21


8.7.3 Filtro-monitor ...............................................................................................................................................21
8.7.4 Ensaios de filtros de membrana ................................................................................................................21
8.8 Inspeção e manuseio de mangueiras de abastecimento ........................................................................22
8.8.1 Estocagem....................................................................................................................................................22
8.8.2 Limpeza de mangueiras novas ..................................................................................................................22
8.8.3 Filtros-tela ....................................................................................................................................................22
9 Registros e rastreabilidade ........................................................................................................................23
9.1 Guarda de amostra-testemunho ................................................................................................................23
10 Segurança ....................................................................................................................................................24
10.1 Equalização estática e aterramento...........................................................................................................24
10.2 Controle de fontes de ignição ....................................................................................................................24
10.3 Extintores de incêndio ................................................................................................................................24
10.4 Derramamento de combustíveis ................................................................................................................24
Anexo A (normativo) Documentos da qualidade...................................................................................................25
Anexo B (normativo) Figuras ...................................................................................................................................37
Anexo C (normativo) Tabelas...................................................................................................................................39
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo
parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

A ABNT NBR 15216 foi elaborada no Organismo de Normalização Setorial de Petróleo (ABNT/ONS-34), pela
Comissão de Estudo de Distribuição e Armazenamento de Combustíveis (CE-34:000.04). O Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 09, de 30.09.2004, com o número de Projeto 34:000.04-040.

Esta Norma contém os anexos A, B e C, de caráter normativo.


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Armazenamento de combustíveis — Controle da qualidade no


armazenamento, transporte e abastecimento de combustíveis de aviação

1 Objetivo
1.1 Esta Norma estabelece os requisitos e procedimentos para o controle da qualidade no armazenamento,
transporte e abastecimento dos combustíveis de aviação.

1.2 Os procedimentos aplicam-se aos sistemas de distribuição, armazenamento, transporte e abastecimento de


aeronaves, e abrangem modais de transportes, tanques de armazenamento, unidades de abastecimentos de
aeronaves ou qualquer outra instalação em que os combustíveis de aviação sejam armazenados ou
transportados.

1.3 Para o cumprimento dos procedimentos determinados por esta Norma, devem ser observados os requisitos
contidos nas Portarias vigentes da ANP que tratam das especificações do querosene de aviação (QAV-1) e da
gasolina de aviação (GAV).

2 Referências normativas
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As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições
para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está
sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizem acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de
se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em
vigor em um dado momento.

ABNT NBR 6298:2000 – Gasolina, querosene de aviação e combustíveis destilados – Determinação de enxofre
mercaptídico – Método potenciométrico

ABNT NBR 6563:1983 – Gás liquefeito de petróleo e produtos líquidos de petróleo – Determinação de enxofre –
Método da lâmpada

ABNT NBR 6577:2000 – Combustíveis para aviação – Determinação da tolerância à água

ABNT NBR 7148:2001 – Petróleo e produtos de petróleo – Determinação da massa específica, densidade relativa
e °API – Método do densímetro

ABNT NBR 7821:1983 – Tanques soldados para armazenamento de petróleo e derivados – Procedimento

ABNT NBR 7974:2001 – Produtos de petróleo – Determinação do ponto de fulgor pelo vaso fechado Tag

ABNT NBR 7975:2002 – Combustíveis de aviação – Determinação do ponto de congelamento

ABNT NBR 9619:1998 – Produtos de petróleo – Determinação das propriedades de destilação

ABNT NBR 9719:1997 – Aeroportos – Parque de abastecimento de aeronaves

ABNT NBR 10441:2002 – Produtos de petróleo – Líquidos transparentes e opacos – Determinação da viscosidade
cinemática e cálculo da viscosidade dinâmica

ABNT NBR 10413:1988 – Tinta de acabamento epóxi de alta espessura, curada com poliamida, de
dois componentes – Especificação

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ABNT NBR 10720:1989 – Prevenção e proteção contra incêndio em instalações aeroportuárias – Procedimento

ABNT NBR 11909:2001 – Querosene – Determinação do ponto de fuligem

ABNT NBR 12285:1992 – Proteção contra incêndio em depósitos de combustíveis de aviação – Procedimento

ABNT NBR 13310:1995 – Carro-tanque abastecedor (CTA) de querosene para aeronaves – Especificação

ABNT NBR 13311:1995 – Servidor de hidrante para abastecimento de querosene para aeronaves

ABNT NBR 14065:1998 – Destilados de petróleo e óleos viscosos – Determinação da massa específica e da
densidade relativa pelo densímetro digital

ABNT NBR 14156:1998 – Produtos de petróleo – Determinação da pressão de vapor – Minimétodo

ABNT NBR 14359:2005 – Produtos de petróleo – Determinação da corrosividade – Método da lâmina de cobre

ABNT NBR 14525:2000 – Combustíveis – Determinação de goma por evaporação

ABNT NBR 14533:2000 – Produtos de petróleo – Determinação de enxofre por espectrometria de fluorescência de
raios X (Energia dispersiva)

ABNT NBR 14642:2001 – Combustíveis e solventes – Determinação qualitativa de enxofre ativo pelo ensaio
Doctor

ABNT NBR 14875-1:2002 – Produtos de petróleo – Determinação de enxofre pelo método de alta temperatura –
Parte 1: Detecção com iodato
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ABNT NBR 14875-2:2002 – Produtos de petróleo – Determinação de enxofre pelo método de alta temperatura –
Parte 2: Detecção com infravermelho

ABNT NBR 14883:2002 – Petróleo e produtos de petróleo – Amostragem manual

ABNT NBR 14932:2003 – Produtos líquidos de petróleo – Determinação dos tipos de hidrocarbonetos pelo
indicador de adsorção por fluorescência

ABNT NBR 14954:2003 – Combustível destilado – Determinação da aparência

ABNT NBR 14976:2003 – Combustíveis de aviação – Determinação da estabilidade à oxidação – Método do


resíduo potencial

ABNT NBR ISO 10012:2004 – Sistemas de gestão de medição – Requisitos para os processos de medição e
equipamento de medição

API STD 1529:1998 – Aviation fueling hose

API STD 2000:1999 – Venting atmospheric and low-pressure storage tanks – Nonrefrigerated and refrigerated

API/IP SPEC 1581:2002 – Specifications and qualification procedures aviation jet fuel filters/separators

API/IP SPEC 1583:2000 – Specifications and qualification procedures for aviation fuel filter monitors with absorbent
type elements

API/IP STD 1542:2002 – Identification markings for dedicated aviation fuel manufacturing and distribution facilities,
airport storage and mobile fuelling equipment

ASTM D 323:1999 – Standard test method for vapor pressure of petroleum products (Reid method)

ASTM D 909:2001 – Standard test method for knock characteristics of aviation gasolines by the supercharge
method

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ASTM D 1840:2003 – Standard test method for naphthalene hydrocarbons in aviation turbine fuels by ultraviolet
spectrophotometry

ASTM D 2276:2000 – Standard test method for particulate contaminant in aviation fuel by line sampling

ASTM D 2392:2001 – Standard test method for color of dyed aviation gasolines

ASTM D 2622:2003 – Standard test method for sulfur in petroleum products by wavelength dispersive X-ray
fluorescence spectrometry

ASTM D 2624:2002 – Standard test methods for electrical conductivity of aviation and distillate fuels

ASTM D 2700:2004 – Standard test method for motor octane number of spark-ignition engine fuel

ASTM D 3241:2004 – Standard test method for thermal oxidation stability of aviation turbine fuels (JFTOT
procedure)

ASTM D 3242:2001 – Standard test method for acidity in aviation turbine fuel

ASTM D 3338:2004 – Standard test method for estimation of net heat of combustion of aviation fuels

ASTM D 3341:2000 – Standard test method for lead in gasoline-iodine monochloride method

ASTM D 3828:2002 – Standard test methods for flash point by small scale closed cup tester

ASTM D 3948:2004 – Standard test method for determining water separation characteristics of aviation turbine
fuels by portable separometer
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ASTM D 4306: 2001 – Standard practice for aviation fuel sample containers for tests affected by trace
contamination

ASTM D 4529:2001 – Standard test method for estimation of net heat of combustion of aviation fuels

ASTM D 4809:2000 – Standard test method for heat of combustion of liquid hydrocarbon fuels by bomb calorimeter
(Precision method)

ASTM D 5001:2003 – Standard test method for measurement of lubricity of aviation turbine fuels by the ball-on-
cylinder lubricity evaluator (BOCLE)

ASTM D 5059:2003 – Standard test methods for lead in gasoline by X-Ray spectroscopy

ASTM D 5190:2001 – Standard test method for vapor pressure of petroleum products (Automatic method)

ASTM D 5452:2000 – Standard test method for particulate contamination in aviation fuels by laboratory filtration

ASTM D 5453:2003 – Standard test method for determination of total sulfur in light hydrocarbons, motor fuels and
oils by ultraviolet fluorescence

ASTM D 5972:2002 – Standard test method for freezing point of aviation fuels (Automatic phase transition method)

ASTM D 6379:2004 – Standard test method for determination of aromatic hydrocarbon types in aviation fuels and
petroleum distillates – High performance liquid chromatography method with refractive index detection

BS EN 1361:2004 – Rubber hoses and hose assemblies for aviation fuel handling - specification

BS 3158:1987 – Rubber hoses & assemblies for aircraft ground fueling & defueling

UL 58:1996 – Steel underground tanks for flammable and combustible liquids

UL 142:2002 – Steel aboveground tanks for flammable and combustible liquids

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Defense Standard 91-91:2005 – Turbine fuel, aviation kerosine type, Jet A-1 – NATO Code: F-35 – Joint service
designation: AVTUR1)

3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 água dissolvida: Água que está em solução no combustível e não pode ser removida por métodos
convencionais ou detectada por meio de equipamentos de uso em campo.

3.2 água não dissolvida (água livre): Água não dissolvida no combustível, que pode estar suspensa, sob a
forma de gotas ou de turvação, ou formando uma fase aquosa no fundo do tanque do combustível. Pode ocorrer
que, estando na forma de emulsão muito bem dispersa, fique imperceptível visualmente.

3.3 aeródromo: Toda área destinada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves.

NOTA 1 Para definições dos diversos tipos de aeródromos, consultar a MCA 10-4 Glossário de Termos Aeronáuticos2).

3.4 amostra composta de tanque: Mistura obtida a partir das amostras superior, meio e inferior de um único
tanque.

3.5 amostra representativa: Amostra que contém os constituintes nas mesmas proporções com que estão
presentes no volume total.
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3.6 análise de consistência: Atividade de comparar resultados analíticos do mesmo produto, com base nos
resultados informados pela unidade expedidora, com os resultados medidos na unidade recebedora ou, no caso
de mistura de duas ou mais bateladas diferentes do produto, com os resultados teóricos previstos para a mistura,
a partir dos resultados individuais de cada parcela.

3.7 base ou terminal: Conjunto de instalações fixas compreendendo tanques, equipamentos, prédios,
administração, manutenção e outros, com a finalidade de receber, armazenar e distribuir combustíveis.

3.8 balsa-tanque: Embarcação constituída de tanques, utilizada para o transporte de combustíveis de aviação
em hidrovias.

3.9 batelada: Quantidade segregada de combustível de aviação que possa ser caracterizada por um
“certificado da qualidade”, “boletim de conformidade” ou “registro de análise da qualidade”.

3.10 boletim de conformidade: Documento da qualidade emitido pelo distribuidor ou revendedor de


combustíveis de aviação, o qual deve conter no mínimo os requisitos da especificação vigente.

NOTA 2 É utilizado para avaliar a conformidade do produto recebido através do confronto com os resultados do documento
da qualidade emitido pela unidade expedidora.

3.11 cabo ou fio antiestático: Dispositivo fabricado de material flexível e condutor elétrico utilizado para
equilibrar o potencial elétrico entre dois pontos.

3.12 carreta de hidrante: Veículo não-autopropelido contendo módulo de abastecimento constituído de carretéis
de mangueira, filtragem, medição e controles, destinado a transferir combustível do hidrante para aeronave.

3.13 caminhão-tanque: Veículo rodoviário destinado ao transporte de combustíveis inflamáveis a granel.

1) Para obter este documento, deve-se acessar o site na internet: http://www.dstan.mod.uk.

2) Para obter este documento, deve-se solicitar pelo e-mail: iac1@dac.gov.br.

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3.14 caminhão-tanque abastecedor (CTA): Veículo autopropelido constituído de tanque, carretéis de


mangueira e sistemas de bombeamento, filtragem, medição e controles, destinado a transportar combustível do
PAA até a aeronave e efetuar o seu abastecimento.

3.15 certificado de liberação: Documento requerido em todas as transferências de combustíveis de aviação,


contendo os requisitos mínimos para a sua liberação.

3.16 certificado da qualidade: Documento da qualidade requerido do produtor, importador e, eventualmente, do


distribuidor ou revendedor de combustíveis de aviação, o qual deve conter todas as informações e os resultados
da análise das características do produto, conforme especificação vigente.

3.17 chumbo tetraetila: Aditivo utilizado para aumentar o poder antidetonante da gasolina de aviação.

3.18 contêiner: Tanque móvel utilizado para armazenagem de combustíveis de aviação, dotado de facilidade
para içamento e transporte por caminhões, embarcações e helicópteros.

3.19 detector químico de água: Dispositivo, padronizado pela IATA, utilizado para detectar a presença de água
não dissolvida no QAV-1.

3.20 destanqueio: Retirada de produto da aeronave.

3.21 duto ou oleoduto: Tubulação utilizada para transportar produtos entre unidades operacionais.

3.22 filtro-cesta: Dispositivo utilizado para reter material particulado de maior granulometria.
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3.23 filtro separador: Dispositivo utilizado para remover água e impurezas sólidas do combustível de aviação
em dois estágios de filtragem.

NOTA 3 No primeiro estágio, elementos coalescedores retêm as impurezas sólidas e coalescem as gotas de água.
No segundo estágio de filtragem, o elemento separador repele a água, impedindo que as gotículas de água residual, que não
decantaram para a bacia de drenagem do vaso por ação da gravidade, fluam com o combustível através do elemento
separador.

3.24 filtro micrônico: Dispositivo de filtragem cujos elementos filtrantes são dimensionados para diferentes
tamanhos de partículas. Para combustíveis de aviação são utilizados os que retêm impurezas sólidas com
dimensões iguais ou inferiores a 5 µm.

3.25 filtro-monitor: Dispositivo de filtragem para a remoção de partículas sólidas e água não dissolvida dos
combustíveis de aviação. Tem a capacidade de interromper o fluxo do combustível quando o nível de saturação
dos elementos filtrantes atinge grau inaceitável. São geralmente instalados em unidades abastecedoras de
aeronaves como último estágio de filtração antes do abastecimento da aeronave.

3.26 filtro de argila: Dispositivo de filtragem utilizado para remoção de surfactantes presentes no combustível de
aviação, que podem comprometer o funcionamento dos filtros separadores.

3.27 gabinete: Módulo compacto de abastecimento de aeronaves composto de equipamentos de filtragem,


medição, carretel de mangueira e bico de abastecimento, interligados através de tubulação ao sistema de bombas
do parque de abastecimento de aeronaves (PAA).

3.28 gasolina de aviação (GAV ou AVGAS): Combustível utilizado em aviões com motores de ignição por
centelha.

3.29 linha: Tubulação usada para movimentação de combustíveis.

3.30 pasta delatora de água: Pasta que detecta a presença de água não dissolvida no combustível.

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3.31 parque de abastecimento de aeronaves (PAA): Conjunto de instalações fixas, compreendendo tanques,
equipamentos, prédios, administração, manutenção e outros, com a finalidade de receber, armazenar e distribuir
combustíveis de aviação, construídas conforme ABNT NBR 9719.

3.32 querosene de aviação (QAV-1 ou JET A-1): Derivado de petróleo utilizado como combustível em turbinas
de aeronaves.

3.33 redes de hidrantes: Sistemas segregados por tipo de combustível de aviação compostos de bombas, filtros,
linhas aéreas e/ou enterradas, válvulas, drenos etc., que transferem os combustíveis dos tanques de
armazenagem para os pátios dos aeródromos.

3.34 registro da análise da qualidade: Documento da qualidade emitido pelo distribuidor ou revendedor de
combustíveis de aviação, o qual deve conter no mínimo os requisitos da especificação vigente.

NOTA 4 Ele é utilizado para avaliar a conformidade do produto recebido através do confronto com os resultados do
documento da qualidade emitido pela unidade expedidora.

3.35 servidor de hidrante: Veículo autopropelido contendo módulo de abastecimento constituído de carretéis de
mangueira, filtragem, medição e controles destinados a transferir combustível do hidrante para aeronave.

3.36 sistema segregado: Sistema de manuseio de combustível de aviação (QAV-1 ou AVGAS),


compreendendo linhas, bombas, filtros, entre outros, pelo qual é escoado exclusivamente um tipo de combustível
de aviação.

3.37 sistema dedicado: Sistema de transporte utilizado exclusivamente para um tipo de combustível de aviação.
Nos casos de balsa e caminhão-tanque, é considerado dedicado aquele que transportou o mesmo produto nos
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últimos três carregamentos. Aqueles que utilizam água como lastros nas viagens de retorno devem ser tratados
como não dedicados.

3.38 tambor: Recipiente metálico fabricado em chapa de aço, revestido de epóxi, identificado e adequado para o
transporte de combustíveis de aviação.

3.39 tanque: Reservatórios metálicos, cilíndricos, especialmente construídos para o recebimento,


armazenamento e/ou operações auxiliares com combustíveis de aviação.

3.40 unidade de abastecimento de aeronaves (UAA): Denominação dos equipamentos de abastecimento de


aeronaves como CTA, servidor de hidrante, carreta de hidrante e gabinete.

4 Equipamentos de medição e ensaio


Os equipamentos de medição e ensaio em uso devem possuir certificado de calibração pela “Rede Brasileira de
Calibração” – RBC. Devem ser verificados e calibrados, conforme estabelecido na ABNT NBR ISO 10012.

5 Requisitos de instalações
É da responsabilidade do distribuidor, transportador e revendedor de combustíveis de aviação manter instalações
adequadas ao armazenamento, manuseio e distribuição do combustível a ser comercializado conforme requisitos
mínimos apresentados em 5.1 a 5.3.

Não devem ser utilizados aço galvanizado, cobre, zinco, cádmio, ou suas ligas em qualquer componente que entre
em contato com o QAV-1. As tubulações e válvulas para instrumentação, bem como as que conduzem a amostra,
devem ser de aço-inoxidável ou alumínio. Também não devem ser utilizados revestimentos internos com tinta de
silicato de zinco.

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5.1 Linhas

Quando instaladas em bases e parques de abastecimento de aeronaves (PAA) para recebimento e expedição de
produto nas unidades e nas movimentações internas, as linhas devem ser dedicadas, isto é, exclusivas para cada
tipo de combustível de aviação (QAV-1 ou GAV). Estas linhas devem ser de aço-inoxidável ou aço-carbono
revestido internamente de epóxi, sem interligações com outros produtos e com dispositivo para drenagem nos
pontos baixos.

O recebimento de combustíveis de aviação nas bases e terminais pode ser realizado por meio de linhas
multiprodutos. Na expedição direta para os aeródromos através de dutos, caminhão-tanque ou carregamento de
tambores, devem ser utilizados sistemas dedicados. Nas expedições para outras bases através de navios, balsas
ou caminhão-tanque, podem ser utilizadas linhas multiprodutos.

Em linhas de recebimento multiprodutos, cuidado especial deve ser adotado na interface entre os produtos, de
forma a proteger os combustíveis de aviação. Assim, os cortes das interfaces devem ser destinados para os
tanques de destilados médios; QAV-1 para diesel e querosene e, GAV, para gasolina e solventes leves.

5.2 Tanques

Os tanques devem estar identificados com o tipo do produto armazenado conforme API STD 1542 e as datas da
última pintura do revestimento interno e limpeza.

Nas bases e aeródromos, a superfície interna total do tanque deve ser de aço-inoxidável ou aço-carbono revestido
de epóxi.

Os combustíveis de aviação devem estar armazenados em tanques horizontais ou verticais de teto fixo, no interior
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de bacias de contenção.

Os tanques de armazenamento de GAV devem ter válvulas de alívio de pressão/vácuo; os de QAV-1 devem ter
sistema de alívio dos tanques conforme a API STD 2000. Todos devem ter tela de malha para evitar o ingresso de
corpos estranhos, com uma abertura mínima de 5 mm entre fios.

Deve ser instalado um sistema adequado de recuperação de produto drenado dos tanques, filtros e unidades
abastecedoras, para proporcionar o retorno deste produto aos tanques principais após a eliminação de toda água
e impurezas existentes.

Os tanques de QAV-1 localizados em bases, terminais de distribuição e aeródromos devem ser obrigatoriamente
equipados com sistema de sucção flutuante com cabos de aço-inoxidável de modo a possibilitar a verificação do
seu funcionamento.

Os tanques devem possuir linhas de recebimento e saída independentes, respiro e amostrador, além de
dispositivos que permitam realizar amostragem conforme ABNT NBR 14883.

Dois tipos de tanques são utilizados para o armazenamento de combustíveis de aviação, descritos
em 5.2.1 e 5.2.2.

5.2.1 Tanques cilíndricos verticais

Devem ser construídos conforme ABNT NBR 7821 com teto fixo, fundo cônico invertido com declividade mínima
de 1:30 para bacia única de drenagem e dreno na parte mais baixa da bacia.

As chapas de fundo devem ser soldadas e sobrepostas de modo a evitar o acúmulo de água. Os dispositivos de
entrada dos tanques devem ser equipados com difusores ou dispositivos semelhantes que permitam dissipar as
cargas estáticas.

5.2.2 Tanques cilíndricos horizontais (elevados, semi-enterrados e subterrâneos)

Devem ser montados com uma declividade mínima de 1:30, onde na sua parte mais baixa esteja localizada a
bacia de drenagem com drenos voltados para a parte externa.

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ABNT NBR 15216:2005

Nos tanques cilíndricos horizontais aéreos e semi-enterrados instalados acima do nível do solo, as drenagens
podem ser efetuadas por gravidade ou por meio de bomba. Nos casos dos tanques subterrâneos e semi-
enterrados com geratriz inferior abaixo do nível do solo, as drenagens devem ser realizadas por meio de bomba.

Os tanques devem está de acordo com UL 58 ou UL 142, conforme o tipo, e atendendo às legislações, exigências
ou condicionantes dos órgãos ambientais pertinentes.

5.3 Instalações fixas para enchimento de tambores

As instalações fixas para enchimento tambores de combustíveis de aviação devem ser construídas em
aço-inoxidável ou aço-carbono revestido internamente de epóxi, montadas com uma declividade onde na sua
parte mais baixa, esteja localizada a bacia de drenagem com drenos para a parte externa e segregados por tipo
de produto. No caso de gasolina de aviação, deve ser instalado na linha de enchimento um filtro micrônico e, para
querosene de aviação, deve ser instalado filtro separador ou filtro-monitor.

6 Requisitos de equipamentos

6.1 Para transporte

Os acessórios que venham a ter contato com o QAV-1 não podem ter em sua constituição cobre, zinco, chumbo,
cádmio, ou ligas destes metais, ferro, aço-galvanizado ou material plástico.

6.1.1 Caminhão-tanque
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O tanque deve ser de aço-inoxidável, alumínio ou de aço-carbono revestido internamente de epóxi. Deve possuir
ponto baixo com dreno e dispositivo que permita a realização de inspeções. Seu uso deve ser dedicado, isto é,
utilizado para transportar um único produto.

Durante o transporte entre unidades, os tanques devem ser lacrados com lacre especial colorido com numeração
contendo no mínimo três dígitos.

6.1.2 Navio-tanque, balsa-tanque ou vagão-tanque

Vagões-tanques devem ser de aço-inoxidável, de alumínio ou de aço-carbono, revestidos internamente de epóxi.


No caso de vagões-tanques não dedicados, devem ser seguidos os procedimentos de adequação descritos
em 8.6.

No navio-tanque ou balsa-tanque, os produtos transportados nos três últimos carregamentos devem ser
compatíveis com o combustível de aviação que deve ser transportado. Além disto, antes do carregamento, deve
ser comprovado mediante certificado que os tanques foram lavados com água doce e secados manualmente.
Este procedimento não é requerido se o último carregamento for do mesmo tipo de combustível de aviação.

A balsa-tanque deve ter compartimentos segregados e revestidos internamente de epóxi.

O QAV-1 não pode ser transportado em tanque de navios que possuam serpentina de aço-galvanizado, cobre ou
linhas que contenham este metal.

6.1.3 Tambor

Os tambores utilizados para acondicionar combustíveis de aviação devem ser de aço, bitola 18 BG, revestidos
internamente de epóxi, com as seguintes características:

a) capacidade de 200 L;

b) preferencialmente novos ou totalmente recondicionados, isentos de qualquer defeito na superfície externa e


no revestimento interno;

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c) duas aberturas de recebimento de produto que proporcione uma completa estanqueidade quando fechadas
(livre de amassados, tinta e roscas danificadas);

d) bujões limpos com roscas utilizáveis e superfície selante livre de tinta e abrasões;

e) juntas dos bujões novos, sem deformação, no tamanho certo para cada tipo de bujão, em Buna N;

f) identificados de acordo com a última versão da API STD 1542, para cada tipo de produto de aviação
acondicionado.

Quando recondicionados, os tambores devem ser submetidos a um processo de lavagem no qual não podem ser
utilizados produtos de limpeza cáusticos ou ácidos.

6.1.4 Contêiner

O contêiner deve ser feito de alumínio, aço-inoxidável ou aço-carbono revestido internamente de epóxi. Deve ser
construído de modo que seja possível a drenagem efetiva da água eventualmente acumulada no combustível,
com conexões seletivas. Seu uso deve ser dedicado, isto é, utilizado para transportar um único produto. É vedada
a utilização de contêiner de plástico.

6.2 Para abastecimento de aeronaves

6.2.1 Caminhão-tanque abastecedor – CTA

O caminhão-tanque abastecedor (CTA) utilizado nas operações de abastecimento de aeronaves deve ser
construído e certificado conforme ABNT NBR 13310.
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O tanque do CTA deve ser construído de aço-inoxidável, alumínio ou aço-carbono revestido internamente de
epóxi, conforme ABNT NBR 10413. Além disso, deve possuir sistema de filtragem e, para os casos de
abastecimento sob asa, estar equipado com dispositivo controlador de pressão.

O enchimento do CTA deve ser efetuado pelo fundo e, para eliminar a possibilidade de enchimento com um tipo
diferente de combustível, deve-se prover a instalação e o veículo com conexões seletivas.

Deve ser provido de um sistema contra transbordamento no veículo e/ou na instalação, que podem ser
combinações de medidor pré-ajustado, desligamento automático com nível alto, mostrador do conteúdo do veículo
ou outros mecanismos semelhantes.

6.2.2 Servidor de hidrante e carreta de hidrante

Essas unidades devem possuir módulo de filtragem e sistema controlador de pressão, conforme
ABNT NBR 13311. Ambos os equipamentos devem ser dotados de ponto baixo com dreno.

6.2.3 Gabinete

O gabinete deve possuir módulo de filtragem e medição e ser construído com os mesmos requisitos dos materiais
e equipamentos utilizados para as unidades móveis de abastecimento.

6.2.4 Mangueiras de abastecimento de aeronaves

Os tipos e procedimentos de utilização devem atender à especificação API STD 1529 ou BS EN 1361 (BS 3158).

Nas pontas das mangueiras, onde estão engatadas as válvulas acopladoras de reabastecimento sob a asa ou
bicos de reabastecimento sobre a asa, devem ser previstos dispositivos para instalação de filtro-tela de 100 mesh
nas pontas das mangueiras.

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6.3 Filtros

O sistema de filtração deve ser adequado para garantia da qualidade do produto e instalado em todas as etapas
de movimentação conforme as configurações mínimas apresentadas na tabela C.1.

Os filtros separadores e monitores devem atender às API/IP SPEC 1581 e API/IP SPEC 1583, respectivamente.
Os sistemas de filtração devem possuir drenos, tomadas para amostragem, manômetro de leitura direta de
diferencial de pressão, válvulas de alívio de pressão, eliminadora de ar e dispositivos que permitam a realização
de amostragens e ensaio de filtro membrana.

Caso sejam utilizados elementos-filtrantes diferentes daqueles estabelecidos pelo fabricante, deve ser mantido no
local um certificado de similaridade fornecido pelo fabricante do elemento em uso.

Os filtros devem possuir placas com identificação do fabricante, bem como dos elementos filtrantes com a
identificação da última inspeção e troca realizadas.

6.4 Anéis de vedação

Todos os anéis de vedação dos equipamentos de abastecimento de aeronaves que entrem em contato direto com
QAV-1 ou GAV devem ser de:

a) copolímero de butadieno e acrilonitrila1);

b) elastômero de fluorcarbono2).
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6.5 Juntas giratórias

As juntas giratórias do sistema rígido de abastecimento devem ser lubrificadas com o próprio produto ou com
produtos especiais compatíveis com combustíveis de aviação.

7 Requisitos de pessoal
A equipe envolvida no controle de qualidade dos combustíveis de aviação deve estar tecnicamente capacitada e
treinada para a execução das operações e ensaios segundo as normas especificadas.

Os operadores de instalações e equipamentos são responsáveis por assegurar que todo o pessoal sob a sua
supervisão e controle esteja treinado e qualificado para executar as tarefas a eles especificadas neste documento.

Devem ser mantidos para cada empregado ou contratado os registros de treinamento contendo no mínimo as
seguintes informações:

a) data de realização e descrição do treinamento;

b) instrutor;

c) avaliação.

Devem ser utilizados obrigatoriamente pela equipe os equipamentos de proteção individual – EPI – apropriados
para cada operação. Esses equipamentos devem ser avaliados periodicamente.

______________________________
1)
Comercialmente conhecido como “Buna N”.
2)
Comercialmente conhecido como “Viton”.

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8 Procedimentos para o controle da qualidade

8.1 Amostragem e ensaios

Nas várias etapas do sistema de distribuição dos combustíveis de aviação são necessárias a coleta de amostras e
a realização de ensaios de modo a verificar a conformidade do produto com as respectivas especificações, bem
como, através da análise de consistência, detectar possíveis contaminações ou degradação do combustível de
aviação no transporte do produto.

Cuidados especiais devem ser tomados na amostragem para minimizar os riscos de inflamabilidade devido à
possível ocorrência de descargas eletrostáticas. Os recipientes metálicos coletores de amostras devem estar
ligados com cabos antiestáticos ao equipamento do qual a amostra deve ser retirada. Nas amostragens realizadas
em drenos de filtros e após filtros, o aterramento realizado deve ser mantido por 30 s após a retirada da amostra.

Devem ser coletadas amostras representativas do recebimento e da expedição do combustível de aviação de


acordo com ABNT NBR 14883 ou ASTM D 4306.

É vedada a utilização de recipientes plásticos e galvanizados para a amostragem de combustíveis de aviação.

Os controles previstos nesta seção devem ser precedidos da verificação da homogeneidade do produto no tanque
através da determinação da massa específica em amostras coletadas nos níveis superior, médio e inferior, no
caso dos tanques verticais, conforme ABNT NBR 14883. Caso a diferença entre as massas específicas seja maior
que ± 3 kg/m3, os ensaios de controle da qualidade do tanque devem ser realizados nas três amostras de níveis.
Caso comprove-se a homogeneidade do tanque, os ensaios podem ser realizados na amostra composta.

Em todas as etapas dos procedimentos de controle da qualidade em que for previsto o ensaio da aparência,
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devem ser observados o aspecto, a cor e a presença de água no combustível. O combustível deve estar claro,
límpido e visualmente isento de água não dissolvida e material sólido. A avaliação deve ser realizada em amostra
de 1 L em recipiente de vidro transparente, sem qualquer tipo de imperfeição, com tampa, de modo a possibilitar a
agitação por turbilhonamento da amostra.

8.2 Calibração de equipamentos, instrumentos e vidrarias

Os equipamentos, instrumentos e vidrarias para a realização dos ensaios devem possuir certificado de calibração
emitido por órgãos nacional (RBC do INMETRO) ou internacionalmente reconhecidos, conforme estabelecido nos
respectivos métodos, e mantidos calibrados segundo norma específica ou instrução dos fabricantes dos
equipamentos.

8.3 Documentos da qualidade

Os seguintes documentos da qualidade são partes integrantes desta Norma, conforme definições contidas na
seção 3.

a) certificado da qualidade (ver tabela A.1 e tabela A.2);

b) boletim de conformidade (ver tabela A.3 e tabela A.4);

c) registro da análise da qualidade (ver tabela A.5 e tabela A.6).

Os números dos documentos da qualidade, a que se refere a batelada expedida, devem constar na nota fiscal do
produto.

Qualquer aditivação realizada no combustível de aviação deve ser informada no documento da qualidade.

Para a execução dos ensaios previstos nas Portarias da ANP e indispensáveis para emissão do “certificado da
qualidade”, são necessários 25 L de GAV e 2 L de QAV-1.

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O certificado da qualidade quando emitido pelo produtor ou importador, deve conter os tipos e volumes dos
aditivos utilizados e, se for o caso, as frações percentuais hidroprocessada e severamente hidroprocessada do
combustível de aviação, de modo a proporcionar a rastreabilidade do produto

Para a emissão do “boletim de conformidade”, são necessárias amostras de 2 L de QAV-1 e 2 L de AVGAS.

Para a emissão do “registro da análise da qualidade”, é necessário 1 L de amostra de cada um dos combustíveis
de aviação.

8.3.1 Análise de consistência

Todas as operações de controle da qualidade de combustíveis de aviação envolvem a análise de consistência,


conforme definido na seção 3. Esta análise deve ser realizada em cada etapa do recebimento, armazenamento e
liberação do produto.

A tabela C.2 apresenta as diferenças máximas admissíveis para a liberação automática do produto quando
comparados os resultados das análises de uma mesma batelada realizadas no tanque de expedição e na unidade
recebedora.

O resultado da avaliação da análise da consistência deve ficar registrado no documento da qualidade


correspondente.

A liberação de produto com diferenças maiores do que as recomendadas na tabela C.2 demanda uma minuciosa
investigação a ser conduzida para identificar as causas dessas variações. O resultado desta investigação deve ser
documentado, e a aprovação deste produto para uso somente poderá ser autorizada pelo responsável técnico
designado pela empresa.
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8.4 Controle da qualidade nas bases, terminais de distribuição e aeródromos

Todo o combustível recebido ou expedido em bases, terminais e aeródromos deve ser acompanhado de um
“certificado de liberação” e, adicionalmente de um “certificado da qualidade”, “boletim de conformidade” ou
“registro da análise da qualidade”.

Antes do recebimento do produto, devem ser verificados os resultados dos ensaios realizados na origem,
constantes no documento da qualidade em relação ao atendimento às especificações vigentes.

As primeiras avaliações realizadas no recebimento do produto são a aparência e a massa específica.

Se observada qualquer não-conformidade na aparência do produto ou uma diferença entre os valores da massa
específica, determinadas no tanque expedidor e no recebimento, que excedam ± 3 kg/m3, o recebimento ou
descarga do produto deve ser suspenso e realizada uma investigação técnica para avaliar a razão da diferença
observada.

O produto só deve ser recebido depois de esclarecida a razão da diferença. A liberação para a continuidade da
operação de recebimento deve ser documentada e assinada pelo responsável técnico designado pela empresa
recebedora.

8.4.1 Recebimento por duto

No recebimento por dutos segregados e dedicados, o controle da aparência e da massa específica deve ser
realizado durante a transferência (pelo menos no início, meio e final da operação). Ocorrendo troca de tanque
expedidor durante o bombeio, deve ser reiniciado o processo de coleta de amostra-início, meio e final. No caso de
polidutos, deve ser realizado um acompanhamento mais rigoroso, devendo ser coletadas e avaliadas amostras a
cada 2 h durante todo o recebimento.

8.4.2 Recebimento por balsa-tanque e caminhão-tanque

Verificar a inviolabilidade dos lacres na boca-de-visita, conexões de descarga e enchimento, de acordo com os
números e cor informados pelo fornecedor.

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Verificar a documentação relativa ao produto transportado anteriormente. No caso de caminhões-tanque e balsas-


tanque não segregados, verificar, primeiramente, a documentação relativa à adequação do tanque, conforme 8.6.

A verificação de conformidade do produto deve ser realizada em cada tanque.

No caso de caminhão-tanque, coletar amostra do dreno, de modo a verificar a presença de qualquer vestígio de
partículas contaminante e água não dissolvida.

8.4.3 Recebimento por navio

Nos recebimentos por navios, confirmadas as consistências da aparência e massa específica de cada tanque com
os dados de origem, devem ser realizados os seguintes ensaios adicionais numa amostra composta de bordo:
destilação para GAV; destilação e ponto de fulgor para QAV-1, e realizada a análise de consistência.

É importante verificar na documentação emitida pelo fornecedor as quantidades referentes ao carregamento e as


apuradas no recebimento. Qualquer variação pode indicar a contaminação do combustível a bordo do navio.

8.4.4 Armazenamento

Após o término do recebimento da batelada, a unidade recebedora deve identificá-la com um número que deve
constar nas documentações de todas as movimentações posteriores do produto, juntamente com o número do
tanque, até o recebimento de uma nova batelada no tanque, quando então deve ser dado novo número de
batelada, e assim subseqüentemente.

O tanque recebedor do produto deve ser analisado a cada batelada recebida, devendo ser verificada a
consistência dos resultados obtidos com os resultados dos documentos da qualidade emitidos pelo(s)
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fornecedor(es).

Quando os tanques de armazenamento estiverem equipados com válvulas para duplo bloqueio, válvulas com dois
selos, ou duas válvulas com carretel para segregação do mesmo tipo de produto, o sistema de drenagem entre as
válvulas (ou selos) deve ser acionado após o recebimento.

Caso seja verificada a passagem inadequada de produto em qualquer ponto do sistema, o combustível deve ser
analisado para emissão de um “boletim de conformidade”. Caso os resultados da análise estejam fora dos limites
da tabela C.2, deve ser emitido um “certificado da qualidade”.

8.4.4.1 Decantação do produto

Após o recebimento, e a cada movimentação, o produto deve ser submetido a um período de decantação
suficiente para garantir que, após a drenagem, o produto esteja visualmente claro, límpido e isento de água e
material sólido em suspensão. Os seguintes tempos mínimos de decantação devem ser cumpridos:

a) QAV-1: 3 h por metro de altura de produto no tanque ou 24 h, o que for menor;

b) GAV: 45 min por metro de altura de produto no tanque.

Nas instalações de aeródromos que recebem o QAV-1 ou GAV por meio de dutos ou caminhões-tanque
dedicados, o tempo de decantação para liberação do tanque pode ser reduzido para 1 h em tanque horizontal e
2 h em tanque vertical, desde que o produto seja procedente de uma unidade cujo histórico documentado dos
últimos cinco recebimentos comprove a inexistência de água não dissolvida, determinada por detector químico.

Após a decantação, o tanque deve ser drenado e verificada a homogeneidade do produto, através da avaliação
dos resultados da massa específica das amostras coletadas no topo, meio e fundo do tanque, bem como a sua
consistência com os dados de origem.

Nos sistemas segregados, se os resultados estiverem consistentes, o produto deve estar liberado para expedição
após esta verificação.

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Nos sistemas não segregados é necessária uma análise adicional em amostra composta do tanque para a
emissão de um “boletim de conformidade”.

Deve ser realizada uma análise de consistência entre os resultados do tanque expedidor com os do produto
contido no tanque após o recebimento, considerando a qualidade do produto eventualmente existente antes do
recebimento. Caso diferença de uma ou mais propriedades esteja fora dos limites estabelecidos na tabela C.2,
deve ser realizada uma investigação técnica.

O produto só pode ser liberado para comercialização depois de esclarecida a razão da diferença. A liberação deve
ser documentada e assinada pelo responsável técnico designado pela empresa.

Na ausência de recebimento de produto, seis meses para o QAV-1 e três meses para o GAV, o combustível deve
ser analisado para a emissão de um novo boletim de conformidade antes de ser expedido. Caso permaneça a
situação de estoque estático, um novo boletim de conformidade deve ser emitido a cada três meses para ambos
os produtos.

8.4.4.2 Drenagem de tanques

Os tanques devem estar isentos de água. A verificação da presença de água deve ser realizada e registrada
diariamente, preferencialmente de manhã cedo, quando o produto deve estar na sua menor temperatura.

A drenagem é obrigatória antes da liberação do produto para expedição, de modo a eliminar qualquer vestígio de
água e partículas sólidas.

Para minimizar os riscos de fogo devido à possível ocorrência de descargas eletrostáticas, o recipiente metálico
utilizado para a drenagem deve estar ligado com cabo antiestático ao equipamento.
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8.4.4.3 Sucção flutuante

A operação correta dos sistemas de sucção flutuante dos tanques deve ser verificada semanalmente.

8.4.4.4 Limpeza de tanques

Os tanques de QAV-1 devem ser internamente inspecionados e limpos um ano após o comissionamento e
subseqüentemente, de acordo com os intervalos constantes na tabela C.3.

Para a inspeção visual interna sem a necessidade de entrar no tanque, é necessário que se tenha visualização
total da superfície do fundo e laterais e que não haja obstáculos que a dificultem.

Não devem ser utilizados na limpeza dos tanques de combustíveis de aviação produtos químicos e materiais de
limpeza que possam contaminar os produtos que serão posteriormente armazenados.

Os tanques de GAV devem ser limpos um ano após o comissionamento e subseqüentemente a cada três anos.
Onde o histórico de inspeção e limpeza demonstrar ausência de contaminantes sólidos, a freqüência de limpeza
pode ser estendida para cinco anos.

Para inspeção interna dos tanques, devem ser observados os seguintes aspectos de segurança:

a) ventilação adequada e contínua para remoção dos vapores tóxicos, de modo a garantir a segurança dos
inspetores e/ou operadores;

b) participação de pelo menos duas pessoas na inspeção;

c) equipamento de proteção individual adequado para execução dos trabalhos.

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8.4.5 Liberação e expedição

Toda a transferência de combustível deve ser acompanhada de certificado de liberação (ver tabela A.7); e um dos
seguintes documentos da qualidade:

a) certificado da qualidade;

b) boletim de conformidade; ou

c) registro de análise da qualidade.

A amostra analisada para a emissão do “certificado de liberação” deve ser tomada do fundo do tanque.

Deve ser emitido um boletim de conformidade do tanque expedidor no caso de carregamento de caminhão-tanque
e balsa ou bombeio para base secundária ou um registro da análise da qualidade no caso de bombeio para
aeródromo.

Se a batelada a ser transferida for composta por mais do que um tanque expedidor, o certificado de liberação deve
conter, separadamente, as informações de cada tanque.

8.4.5.1 Por meio de balsa-tanque e caminhão-tanque

Antes do carregamento com combustíveis de aviação, todos os compartimentos da balsa ou do caminhão-tanque


devem ser verificados quanto à ausência de água e resíduos.

No caso de utilização de balsas e caminhão-tanque não dedicados, deve ser assegurado que as últimas cargas
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transportadas sejam compatíveis com o combustível a transportar.

Após o enchimento e drenagem do caminhão-tanque, deve ser coletada uma amostra para a emissão de um
“registro da análise da qualidade” e realizada a análise de consistência com os dados do tanque expedidor.

No caso de balsa-tanque, devem ser coletadas amostras de cada compartimento, preparada uma amostra
composta para a emissão de um “registro da análise da qualidade” e realizada a análise de consistência com os
dados do tanque expedidor.

8.4.5.2 Por meio de unidades de abastecimento de aeronaves

No caso do QAV-1, deve ser cumprida a programação de ensaios, por tipo de unidade, apresentada na tabela C.4.

No caso do GAV, deve ser cumprida a programação de ensaios, por tipo de unidade, apresentada na tabela C.5.

8.4.6 No destanqueio

O destanqueio de aeronaves é eventualmente solicitado pelas companhias aéreas.

Em geral, os motivos de solicitação de destanqueio são:

a) ajuste de carga após o abastecimento;

b) calibração dos equipamentos de indicação do nível de combustível e pesagem da aeronave;

c) manutenção da aeronave;

d) suspeita de produto contaminado.

Antes do destanqueio deve ser retirada uma amostra de cada tanque da aeronave para a análise da aparência,
massa específica e água não dissolvida por detector químico. Em caso de conformidade com a especificação, o
produto pode ser descarregado para um CTA.

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O produto descarregado não deve passar através da unidade de filtro do CTA até que possa ser decantado no
tanque do veículo e verificada a sua conformidade quanto à aparência, massa específica e água não dissolvida
por detector químico em amostra coletada no dreno do tanque do veículo.

No caso de ajuste de carga após o abastecimento, o produto destanqueado deve ser devolvido ao cliente.
A utilização do produto para abastecimento de outra aeronave só deve ocorrer se forem atendidas as alíneas a),
b) e c) abaixo relacionadas:

a) autorizado pelo cliente;

b) o volume destanqueado for menor que 10% da capacidade do tanque do veículo abastecedor;

c) após o destanqueio, antes do abastecimento da próxima aeronave, o veículo abastecedor receber produto do
PAA até que o volume destanqueado represente, no máximo, 10% da nova carga.

Nas solicitações motivadas pela necessidade de pesagem da aeronave, calibração dos equipamentos de
indicação do nível de combustível ou qualquer outro tipo de manutenção, se o volume destanqueado for maior do
que 10% da capacidade do veículo abastecedor, o produto deve ser destanqueado para um CTA vazio ou para
um caminhão segregado e devolvido em seguida para a própria aeronave ou, se não for possível, o produto deve
ser segregado e analisado para a emissão de um certificado da qualidade, de modo a verificar a conformidade do
produto com a respectiva especificação. Neste caso, atestada a qualidade do produto, este pode ser devolvido
para um tanque de armazenamento.

No caso de solicitação de destanqueio por suspeita de contaminação do produto, presença de água, impurezas,
crescimento microbiológico etc., o produto deve ser descarregado para um caminhão segregado e analisado para
a emissão de um certificado da qualidade. Se especificado, o produto poderá ser devolvido para o tanque de
armazenamento.
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Se ocorrer a entrada de um produto de qualidade questionável no CTA, o tanque do veículo deve ser
inspecionado internamente quanto à presença de água e impurezas. Todos os pontos de drenagem devem ser
purgados para esvaziar as tubulações, mangueiras, filtro, bombas e outros equipamentos. Caso necessário, deve
ser efetuada a limpeza do tanque e troca de elementos filtrantes.

Depois de cumpridas as providências acima, o CTA deve ser enchido na capacidade total do tanque e o produto
deve ser devolvido, na vazão máxima de operação da bomba (pelo menos 1 000 L por mangueira de
reabastecimento) para um tanque de armazenagem. O tanque de armazenagem recebedor deve conter pelo
menos 20 000 L de combustível.

8.5 Controle da qualidade nas operações com tambores

Para a operação com combustíveis de aviação os tambores devem ser primeiramente inspecionados quanto ao
atendimento aos requisitos contidos em 6.13.

Os dois bujões dos tambores devem ser retirados para que possam ser examinados internamente com a ajuda de
uma lâmpada aprovada para uso em área classificada, de modo a garantir que estejam isentos de qualquer
resíduo, ferrugem e umidade.

Antes do enchimento do tambor, assegurar os procedimentos de equalização estática através da conexão de um


fio antiestático entre o tambor e a unidade de enchimento.

Tal operação deve ser evitada em condições climáticas adversas, principalmente sob chuvas fortes.

No transporte de tambores de combustíveis de aviação devem ser cumpridas as normas específicas de transporte
de cargas perigosas.

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8.5.1 Enchimento

Assegurar que a vazão máxima de enchimento não ultrapasse 90 L/min e que o nível de combustível no tambor,
após o enchimento, não ultrapasse 90% de sua capacidade máxima, de modo a possibilitar uma câmara de
expansão para o produto.

NOTA 5 Em aeródromos, o enchimento de tambores pode ser efetuado por meio de uma unidade abastecedora que tenha
sistema de abastecimento com bico dotado de tubo acalmador, colocando-se a ponta do tubo no fundo do tambor. Deve ser
observado que a área designada para esta operação cumpra a legislação de segurança e de proteção ambiental em vigor.

Os tambores devem ser fechados com lacre apropriado, identificado por cor e número. Após o fechamento, os
lacres devem ser inspecionados pela firmeza de sua aplicação e pressão uniforme de aperto em toda a
circunferência.

Os tambores devem ser marcados com a data do enchimento, números do tanque e da batelada e data do
certificado de liberação.

A nota fiscal que acompanha os tambores deve conter os números e cores dos lacres contidos nos tambores.

8.5.2 Recebimento

No recebimento de tambores contendo combustíveis de aviação, deve ser verificado o seguinte:

a) os documentos de liberação dos tambores, assegurando que as informações contidas nos tambores são as
mesmas descritas nos documentos de despacho;
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b) a inviolabilidade e identificação dos lacres quanto ao número e cor, conforme registrado na nota fiscal;

c) as condições externas dos tambores, assegurando que estes não estejam amassados ou com vazamentos.

8.5.3 Armazenamento

Durante o armazenamento os tambores devem:

a) estar agrupados de acordo com o tipo de produto,

b) ser posicionados na horizontal, com os tampões alinhados e a costura de emenda do costado imersa em
produto de modo a manter todas as juntas submersas;

c) se estocados em local descoberto, devem ser colocados em posição inclinada, de modo a impedir qualquer
umidade sobre os bujões ou, se empilhados na vertical, os tambores da fileira superior devem ser cobertos
com uma lona ou manta de material sintético.

A figura B.1 apresenta as diversas alternativas para a armazenagem adequada de tambores.

8.5.3.1 Freqüência de ensaios

O combustível de aviação contido em tambores deve ser avaliado a cada seis meses depois de armazenado.

Uma amostra de 1 L, representativa da batelada, deve ser coletada de acordo com o número de tambores em
estoque, conforme tabela C.6, e analisada para a emissão de um “boletim de conformidade”.

Em caso de conformidade dos resultados da análise, os tambores remanescentes devem ser rotulados com a data
e mês da inspeção, e podem ser considerados como se fossem de novo recebimento.

Se na análise de consistência forem observadas as variações que excedam os limites da tabela C.2, uma nova
amostragem e análise devem ser realizadas.

Caso persista o mesmo resultado obtido na análise anterior, o produto deve ser analisado para emissão de um
“certificado da qualidade”.

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Os tambores com o restante do produto dos quais foram tiradas as amostras devem ser lacrados, identificados,
usados tão cedo quanto possível e, caso não sejam utilizados num prazo de três meses, uma nova análise deve
ser realizada.

8.5.3.2 Amostragem

A coleta da amostra deve ser efetuada utilizando-se luvas limpas e adequadas para evitar o contato com a pele e
um tubo construído de aço-inox, vidro ou alumínio, com comprimento maior do que a altura do tambor e diâmetro
de cerca de 12 cm observando-se a seguinte seqüência:

a) verificar se o tubo amostrador está completamente limpo na suas partes interna e externa, isento de
impurezas e umidade. Em caso contrário, proceder à limpeza;

b) remover qualquer impureza da parte superior do tambor;

c) remover os bujões; inserir o tubo amostrador até uma profundidade de mais ou menos 40 cm através da
abertura maior do tambor e fechar o seu topo com o dedo polegar;

d) retirar o dedo polegar, de modo a permitir que o produto entre no tubo;

e) fechar novamente o topo do tubo com o dedo polegar e retirar o tubo;

f) enxaguar o tubo com o produto, mantendo-o na horizontal;

g) movimentar o tubo de modo que o produto entre em contato com a sua parte interna;

h) descartar o produto usado para o enxágüe em local apropriado para descarte de resíduos;
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i) inserir o tubo novamente, deixando o topo aberto até o tubo atingir o fundo do tambor; fechar o topo do tubo
com o dedo polegar e retirar do tambor;

j) manter o dedo polegar sobre o topo do tubo até que todo o conteúdo seja transferido para o recipiente de
amostragem;

k) repetir esta operação quantas vezes forem necessárias para obter o volume de 1 L e em seguida fechar o
recipiente;

l) identificar e enviar as amostras para o laboratório.

8.5.4 Abastecimento de aeronaves

Nos abastecimentos com tambores devem ser utilizadas bombas acopladas de filtro micrônico para GAV, e
separador ou monitor para QAV-1, conforme configuração da tabela C.1.

8.5.4.1 Antes do abastecimento

a) verificar se a identificação do produto contida nos tambores é a mesma que o requerido para o abastecimento
da aeronave;

b) assegurar os procedimentos de equalização estática através da conexão de um fio antiestático entre o tambor
e a aeronave;

c) remover todas as impurezas e água depositada em torno dos bujões, deixando o tampo superior do tambor
limpo e seco;

d) inclinar os tambores na direção do bujão maior e colocar um pequeno calço de cerca de 7 cm sob a base, na
parte oposta a este bujão;

e) verificar a presença de água no tambor, utilizando uma régua e pasta delatora de água. Se for detectada
água, o combustível do tambor não pode ser utilizado até que toda a água seja totalmente removida.

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8.5.4.2 Durante o abastecimento

a) inclinar o tambor na direção do bujão menor e colocar um pequeno calço de cerca de 7 cm sob a base, na
parte oposta a este bujão;

b) a sucção da bomba a ser utilizada na amostragem deve ser introduzida através da abertura maior;

c) por meio da bomba, retirar o produto diretamente para um vidro de amostragem para avaliação da aparência
e água não dissolvida por detector químico;

Repetir todos os itens das alíneas a), b) e c) acima para os sucessivos tambores necessários para completar o
abastecimento da aeronave.

8.6 Troca de produtos

A troca de produtos em tanques de armazenagem, balsas-tanque, caminhões-tanque e CTA deve ser evitada
devido aos riscos de segurança que a operação de adequação dos tanques envolve e a possibilidade de
contaminação entre os produtos.

Quando imprescindível, devem ser observados os seguintes procedimentos de segurança:

a) específicos para tanques que armazenaram produto contendo chumbo tetraetila;

b) drenagem de todos os compartimentos, tubulações, bombas, filtros e outros dispositivos, após esgotamento
do tanque;
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c) limpeza minuciosa dos tanques sem a utilização de produtos químicos; no caso de tanques de
armazenagem, utilizar pedaços de pano limpos, se necessário;

d) descartar produtos provenientes de drenagem ou limpeza de tanques em local adequado para a coleta de
resíduos;

e) inspecionar o tanque, antes do enchimento com o novo combustível, para assegurar que o seu interior esteja
limpo e seco;

f) adequar os filtros, substituindo os elementos filtrantes;

g) modificar, se necessário, válvulas e tubulações para manter a segregação positiva. Acoplamentos seletivos,
onde utilizados, devem ser substituídos;

h) alterar as placas de identificação e codificação das cores dos produtos após a adequação;

Adicionalmente, observar o mencionado em 8.6.1.

8.6.1 Caminhão-tanque

O caminhão-tanque utilizado na substituição temporária do caminhão-tanque dedicado deve:

a) ter sido utilizado somente em transporte de produtos claros, classe I e II;

b) apresentar condições para esgotamento e circulação de produto;

c) conter certificado de capacitação do caminhão-tanque para o novo combustível de aviação.

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Se necessária limpeza adicional com corrente de vapor ou com o novo tipo de combustível a ser transportado,
seguir um dos três procedimentos abaixo:

a) procedimento A – limpeza com vapor para tanques sem revestimento interno (aço-inox ou alumínio):

Aplicar corrente de vapor a 95ºC, durante 2 h, aguardar 10 min e proceder a drenagem de cada compartimento
até que estejam secos;

b) procedimento B – limpeza com vapor para tanques com revestimento interno à base de epóxi:

Aplicar corrente de vapor a 95°C, durante 30 min, aguardar 10 min. Aplicar injeção de ar por 1 h antes de
proceder à drenagem de cada compartimento até que estejam secos;

c) procedimento C – limpeza com o combustível a ser transportado:

Encher os compartimentos com o combustível a ser transportado até a altura de no mínimo 5 cm acima da
válvula de fundo ou de pé. Deixar por 10 min antes de proceder à drenagem de todos os compartimentos,
tubulações, bombas, filtros e outros dispositivos.

8.6.2 Tanque de armazenagem

Passar um volume três vezes maior que o conteúdo da linha de expedição do novo produto pelas tubulações,
bombas, filtros-cesta e outros dispositivos, e drenar em seguida.

Após a adequação do tanque e recebimento do novo combustível, deve ser tomada uma amostra para análise e
emissão do “boletim de conformidade”. No caso de QAV-1, analisar adicionalmente a estabilidade térmica.
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8.6.3 Caminhão-tanque abastecedor - CTA

Após a adequação do tanque, encher o caminhão até a sua plena capacidade e passar pelo medidor e
mangueiras pelo menos 1 000 L do novo combustível na vazão máxima para um recipiente adequado, de modo a
descartar este produto.

Drenar todos os pontos do caminhão para verificar o aspecto visual do combustível e assegurar que a limpeza foi
devidamente realizada.

8.7 Inspeção e troca dos elementos filtrantes

Os elementos filtrantes e as condições internas dos vasos devem ser inspecionados anualmente. Além das
inspeções anuais, devem ser observados os critérios de 8.7.1 a 8.7.4 para a troca dos elementos.

8.7.1 Filtro micrônico

Os elementos do filtro micrônico devem ser trocados:

a) de acordo com tempo máximo de uso instruído pelo fabricante;

b) se, na vazão máxima corrigida, o diferencial de pressão atingir o limite recomendado pelo fabricante;

c) se, na vazão máxima corrigida, acontecer uma queda brusca no diferencial de pressão que possa indicar um
rompimento do elemento filtrante;

d) se forem observadas partículas sólidas após o filtro.

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8.7.2 Filtro separador

8.7.2.1 Primeiro estágio

Os elementos coalescentes devem ser trocados:

a) de acordo com tempo máximo de uso instruído pelo fabricante;

b) quando a vazão máxima corrigida atingir o diferencial de pressão de 1,0 bar (15 psi);

c) quando acontecer uma queda brusca no diferencial de pressão que possa indicar um rompimento do
elemento filtrante na vazão máxima corrigida;

d) se forem observadas partículas sólidas ou água não dissolvida ou em suspensão após o filtro;

e) se o ensaio de membrana indicar partículas contaminantes maiores do que 0,5 mg/L;

f) quando na inspeção visual for observada a presença de manchas devido à contaminação microbiológica.

8.7.2.2 Segundo estágio

Os elementos separadores de teflon e elementos sintéticos devem ser trocados:

a) de acordo com tempo máximo de uso instruído pelo fabricante;

b) quando forem observadas rupturas na inspeção visual dos elementos;


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c) se falhar o ensaio de repelência à água.

8.7.3 Filtro-monitor

Os elementos tipo monitor devem ser trocados:

a) de acordo com tempo máximo de uso instruído pelo fabricante;

b) quando o diferencial de pressão atingir o limite recomendado pelo fabricante na vazão máxima corrigida;

c) se o ensaio de membrana indicar partículas contaminantes maiores do que 0,5 mg/L;

d) quando forem observadas partículas sólidas ou água não dissolvida ou em suspensão após o filtro;

e) se durante a operação a vazão atingir nível muito baixo.

8.7.4 Ensaios de filtros de membrana

Os ensaios de filtro de membrana devem ser realizados conforme a ASTM D 2276, quando realizados no campo,
e ASTM D 5452, quando realizados em laboratório.

8.7.4.1 Ensaios colorimétricos

a) ensaios com uma membrana colorimétrica: nas instalações fixas dos aeródromos devem ser conduzidos
trimestralmente a jusante de cada dispositivo filtrante e, mensalmente, nos equipamentos de reabastecimento;

b) ensaios com duas membranas colorimétricas: devem ser conduzidos quando o ensaio realizado com uma
membrana colorimétrica apresentar um das seguintes situações:

― a diferença dos resultados entre as membranas úmida e seca for maior que 2;

― o resultado da membrana seca for igual ou maior do que 4;

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― a diferença entre os resultados da membrana seca, comparada com a cor obtida nas membranas dos dois
resultados anteriores no mesmo filtro, for maior do que 2.

Se o resultado do ensaio com duas membranas colorimétricas, secas, apresentar uma diferença de cor entre a
leitura da membrana inferior e a superior igual ou maior do que 3, uma investigação deve ser conduzida.

As investigações devem incluir novos ensaios com duas membranas colorimétricas e ensaios gravimétricos,
ambos com amostras obtidas a montante e a jusante do(s) filtro(s) e inspeção dos elementos e condições internas
do(s) filtros(s).

Se confirmado o resultado anterior, o filtro deve ser inspecionado e as causas das diferenças identificadas e
solucionadas.

8.7.4.2 Ensaios gravimétricos

Devem ser realizados pelo menos a cada seis meses.

Deve ser conduzida uma inspeção visual dos elementos filtrantes, se o resultado do ensaio gravimétrico de
membrana for maior do que 0,2 mg/L.

Quando for realizado o ensaio gravimétrico não é necessário efetuar o ensaio colorimétrico em separado.
A avaliação da cor da membrana utilizada para a avaliação gravimétrica é suficiente.

8.8 Inspeção e manuseio de mangueiras de abastecimento

8.8.1 Estocagem
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Todas as mangueiras utilizadas para abastecimento de aeronaves devem atender à API STD 1529 ou
BS EN 1361 (BS 3158).

A área de estocagem da mangueira de abastecimento deve ser ventilada, escura e sem umidade.

As mangueiras devem ser estocadas vazias, limpas internamente e, em ambas extremidades, devem ser
colocados protetores de poeira não corrosivos.

As mangueiras não devem ser estocadas em posição que possa vincar ou torcer e, quando armazenadas em
forma de espirais, devem ser posicionadas de forma que fiquem no plano horizontal.

8.8.2 Limpeza de mangueiras novas

Quando da instalação das mangueiras novas nas UAA, encher primeiramente a mangueira com produto e deixar
encharcando por no mínimo 8 h, se a temperatura ambiente for igual ou maior que 15°C. Se a temperatura for
mais baixa do que 15°C, o tempo de encharcamento deve ser acrescido de 10% para cada grau centígrado a
menos.

Depois de obedecido o tempo para encharcamento, devem ser circulados no mínimo 2 000 L de produto através
da mangueira.

Os procedimentos acima garantem que os lubrificantes do mandril eventualmente usados na fabricação da


mangueira sejam eliminados.

8.8.3 Filtros-tela

Os filtros-tela instalados nas pontas das mangueiras devem ser mensalmente retirados para inspeção e
verificados quanto ao acúmulo de partículas sólidas, rasgos ou furos.

A reposição dos filtros-tela deve ser efetuada após a limpeza das impurezas encontradas ou, substituídos, se
observado qualquer rasgo ou furo.

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Na ocasião da instalação de mangueiras novas nas unidades abastecedoras, quando da circulação de produto, os
filtros-tela também devem ser verificados.

9 Registros e rastreabilidade
Para assegurar a qualidade do combustível de aviação ao longo da cadeia de distribuição, da refinaria até a
aeronave, é indispensável a rastreabilidade qualitativa e quantitativa do produto. Desta maneira, onde requeridos,
datados e assinados por um responsável da empresa, devem estar disponíveis:

a) documentos da qualidade conforme descrito em 8.3;

b) registro no certificado de liberação da análise de consistência;

c) identificação dos volumes recebidos e expedidos;

d) detalhes operacionais (decantação, drenagem etc.) da liberação de tanques para uso;

e) informações sobre bateladas e numeração alocada;

f) registros de data de recebimentos e transferências de produto;

g) registros de manutenção e comissionamento de tanque;

h) registro do início de operação de tanques liberados para operação;

i) registros de drenagens de tanques e filtros;


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j) registros de ensaios de membranas filtrantes, incluindo a guarda destas por três anos;

k) registros de limpeza e inspeção de tanques;

l) registros de datas de substituição de elementos e gráficos de diferencial de pressão de filtros micrônicos,


separadores e monitores;

m) registros de conformidade das mangueiras;

n) registros de utilização de hidrantes e da drenagem de pontos baixos;

o) registros de datas de todos os trabalhos de manutenção realizados nas suas instalações de armazenamento.

Os registros de limpeza de tanques e filtros devem ser guardados por um período mínimo de cinco anos.
Os demais registros devem ser guardados por três anos.

9.1 Guarda de amostra-testemunho

Amostras de combustíveis de aviação devem ser retidas por um período de três meses nos seguintes pontos da
cadeia de distribuição: refinarias, bases e terminais e aeródromos que funcionem como supridor de outros
aeródromos ou clientes com tancagem.

As amostras devem ser guardadas em recipientes adequados, conforme determinado nas normas específicas de
amostragem, em ambiente ventilado e protegido da luz.

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10 Segurança
No que tange à prevenção e proteção contra incêndio, devem ser observadas as ABNT NBR 10720 e
ABNT NBR 12285.

10.1 Equalização estática e aterramento

Todos os cabos utilizados para aterramento elétrico, garras e carretéis devem ser verificados diariamente quanto à
sua fixação e condição geral, e semanalmente quanto à sua continuidade elétrica.

O limite máximo de resistividade para aterramento é de 10 Ω.

Nas operações de recebimento de caminhão-tanque e de enchimento de CTA, os veículos devem estar sempre
ligados com cabos antiestáticos às instalações fixas e estas, por sua vez, devem estar adequadamente aterradas.
O aterramento deve ser realizado antes do início das operações e deve permanecer conectado até após o término
da operação.

Nas operações de abastecimentos de aeronaves, o cabo antiestático deve ser o primeiro equipamento a ser
conectado à aeronave e o último a ser retirado ao final da operação, de modo a equalizar o potencial elétrico entre
a aeronave e a unidade de abastecimento.

10.2 Controle de fontes de ignição

Nas áreas onde são realizadas as operações de enchimento de caminhões-tanque, CTA ou aeronaves, a
presença de vapores torna a atmosfera potencialmente explosiva.
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Nessas áreas é proibido fumar ou utilizar equipamentos elétricos que não sejam intrinsecamente seguros.

Nas áreas operacionais somente equipamentos de comunicação intrinsecamente seguros podem ser utilizados.

10.3 Extintores de incêndio

Extintores de incêndio devem estar instalados em locais de fácil acesso e manejo, tanto nas instalações de
armazenamento quanto nas unidades abastecedoras de aeronaves.

Estes extintores devem ser periodicamente inspecionados e mantidos de acordo com as instruções dos
fabricantes.

Toda a equipe deve ser treinada para a utilização dos extintores.

10.4 Derramamento de combustíveis

Derrames e vazamentos devem ser evitados em todas as ocasiões. Qualquer liberação de combustível não
controlada representa perigo em potencial de incêndio, bem como poluição do meio ambiente.

É de responsabilidade do trabalhador comunicar imediatamente ao responsável da instalação e/ou à


administração aeroportuária qualquer derrame ou vazamento ocorrido. Cada derrame apresenta características
distintas, tais como local, dimensões, condições climáticas entre outras.

Deve ser elaborado plano de emergência contra derrames, assegurando que sejam atendidas as legislações
estabelecidas pelo órgão ambiental competente. Esse plano deve estar atualizado e toda a equipe treinada, de
modo a estar preparada em casos de derrame.

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ABNT NBR 15216:2005

Anexo A
(normativo)

Documentos da qualidade

Tabela A.1 — Certificado da qualidade de querosene de aviação - QAV-1

Certificado de qualidade Nº /
Querosene de aviação – QAV-1
N.º do tanque expedidor:
Data da coleta da amostra:
Método
Características Unidades Resultados Limites ABNT ASTM
Aparência

Claro, límpido e Visual


visivelmente isento de /
água não dissolvida e
Aspecto e cor ⎯
material sólido à
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temperatura ambiente ABNT


normal NBR 14954
Composição
Acidez total, máx. mg KOH/g 0,015 ⎯ ASTM D 3242
ABNT NBR
Aromáticos, máx 1) % volume 25,0 ⎯
14932
ou aromáticos totais,
% volume 26,5 ⎯ ASTM D 6379
máx.1)
ABNT ⎯
NBR 6563

ABNT
NBR 14875 ⎯
Enxofre total, máx. % massa 0,30
ABNT
NBR 14533
⎯ ASTM D 2622
⎯ ASTM D 5453
Enxofre mercaptídico, ABNT
% massa 0,0030 ⎯
máx. NBR 6298
ABNT
ou ensaio doctor2) - Negativo ⎯
NBR 14642
Componentes na
⎯ ⎯
refinaria produtora:
Fração
% volume Anotar ⎯ ⎯
hidroprocessada3)

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Tabela A.1 (continuação)

Certificado de qualidade Nº /
Querosene de aviação – QAV-1
N.º do tanque expedidor:
Data da coleta da amostra:
Método
Características Unidades Resultados Limites ABNT ASTM
Composição
Fração severamente
% volume Anotar ⎯ ⎯
hidroprocessada3)
Volatilidade
4)
Destilação ABNT NBR 9619 ⎯
P.I.E. (Ponto inicial de
ºC Anotar ⎯ ⎯
ebulição)
10% vol.
ºC 205 ⎯ ⎯
Recuperado, máx.
50% vol. Recuperado ºC Anotar ⎯ ⎯
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90% vol. Recuperado ºC Anotar ⎯ ⎯


P.F.E. (Ponto final de
ºC 300 ⎯ ⎯
ebulição), máx.
Resíduo, máx. % volume 1,5 ⎯ ⎯
Perda, máx. % volume 1,5 ⎯ ⎯
40 ABNT NBR 7974 ⎯
Ponto de fulgor, mín. ºC
ou 38 ⎯ ASTM D 3828
ABNT
Massa específica a NBR 7148 ⎯
kg/m3 771,3 – 836,6
20ºC5) ABNT ⎯
NBR 14065
Fluidez

Ponto de ABNT NBR 7975 ⎯


ºC - 47
congelamento, máx. ⎯ ASTM D 5972
Viscosidade a - 20ºC, ABNT
(mm2/s) cst 8,0 ⎯
máx. NBR 10441

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Tabela A.1 (continuação)

Certificado de qualidade Nº /
Querosene de aviação – QAV-1
N.º do tanque expedidor:
Data da coleta da amostra:
Método
Características Unidades Resultados Limites ABNT ASTM
Combustão
ASTM D 4529,
Poder calorífico ASTM D 3338,
MJ/kg 42,8 ⎯
inferior, mín.
ASTM D 4809
ABNT
Ponto de fuligem, mín. mm 25 ⎯
NBR 11909
ou ⎯ ⎯
Ponto de fuligem, mín. ABNT
mm 19 ⎯
e NBR 11909
Naftalenos, máx. % volume 3,0 ⎯ ASTM D 1840
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Corrosão
Corrosividade à prata,
1
máx.6)
Corrosividade ao
ABNT
cobre (2 h a 100ºC), 1 ⎯
NBR 14359
máx.
Estabilidade
Estabilidade térmica a
⎯ ASTM D 3241
260ºC
Queda de pressão no
mm Hg 25,0 ⎯ ⎯
filtro, máx.
<3
Depósito no tubo (não deve ter depósito
⎯ ⎯ ⎯
(visual) de cor anormal ou de
pavão)
Contaminantes
ABNT
Goma atual, máx. mg/100 mL 7 ⎯
NBR 14525
ABNT
Tolerância à água ⎯
NBR 6577
Condições
1b ⎯ ⎯
interfaciais, máx.

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Tabela A.1 (continuação)

Certificado de qualidade Nº /
Querosene de aviação – QAV-1
N.º do tanque expedidor:
Data da coleta da amostra:
Método
Características Unidades Resultados Limites ABNT ASTM
Contaminantes
Índice de separação
⎯ ⎯ ASTM D 3948
de água, MSEP 7)
Com dissipador de
⎯ 70 ⎯ ⎯
cargas estáticas, mín.
Sem dissipador de
⎯ 85 ⎯ ⎯
cargas estáticas, mín.
Condutividade
Condutividade elétrica pS/m 50 – 4508) ⎯ ASTM D 2624
Lubricidade
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Lubricidade, BOCLE
mm 0,85 ⎯ ASTM D 5001
máx. 9)
Aditivos10)
Antioxidante 11) mg/L 17,0 – 24,0
Desativador de metal,
mg/L 5,7
máx. 12)
Dissipador de cargas
mg/L 5,0
estáticas , máx. 13)
Inibidor de formação
% volume 0,10 – 0,15
de gelo 14)
Detector de
mg/kg 1,0
vazamentos, máx. 15)
Melhorador da
lubricidade16)

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Tabela A.1 (conclusão)


1)
Em caso de conflito entre os resultados de aromáticos pela ABNT NBR 14932 e aromáticos totais pela
ASTM D 6379, deve prevalecer o limite especificado para aromáticos.
2)
Em caso de conflito entre os resultados de enxofre mercaptídico e de ensaio doctor, deve prevalecer o limite especificado
para o enxofre mercaptídico.
3)
No certificado de qualidade emitido pelo produtor devem constar as frações percentuais hidroprocessada e severamente
hidroprocessada do combustível na batelada, inclusive zero ou 100%. Entende-se como fração hidroprocessada aquela que
foi hidrotratada, hidroacabada ou hidrocraqueada, e como fração severamente hidroprocessada, aquela hidrotratada,
hidroacabada ou hidrocraqueada, submetida a uma pressão parcial de hidrogênio acima de 7 000 kPa (70 bar ou 1 015 psi)
durante a sua produção.
4)
Embora classificado como produto do grupo IV para o ensaio de destilação, deve ser utilizada a temperatura do
condensador entre 0°C e 4°C durante o ensaio.
5)
O valor da massa específica a 20°C deve ser sempre relatado. A massa específica a 15°C pode ser relatada
adicionalmente para facilitar as transações comerciais. Aplica-se para a temperatura de 15°C os limites de
775,0 kg/m3 a 840,0 kg/m3.
6)
Deve ser determinada, pelo método do Instituto de Petróleo da Inglaterra (Institute of Petroleum) – IP 227, somente nos
fornecimentos às Forças Armadas.
7)
O índice de separação de água microseparometer (MSEP) é requerido apenas na produção. Um valor baixo de MSEP
encontrado no combustível, quando da distribuição, deve ser motivo de investigação, mas não de rejeição do produto. Não
existe limite de precisão para o combustível com aditivo dissipador de cargas estáticas.
8)
Limites exigidos no local, hora e temperatura de entrega ao comprador no caso de o combustível conter aditivo dissipador
de cargas estáticas.
9)
O controle de lubricidade aplica-se apenas a combustíveis contendo mais que 95% de fração hidroprocessada, sendo que
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destes no mínimo 20% foram severamente hidroprocessadas. O limite se aplica somente na produção.
10)
O certificado de qualidade deve indicar os tipos e as concentrações dos aditivos utilizados, inclusive as não adições. São
permitidos apenas os tipos de aditivos relacionados nesta tabela, qualificados e quantificados na edição mais atualizada da
norma do Ministério da Defesa da Inglaterra, denominada Defence Standard 91-91 (Defence Standard 91-91 do United
Kingdom - Ministry of Defence).
11)
Se o combustível não for hidroprocessado, a adição do antioxidante é opcional. Neste caso, a concentração do material
ativo do aditivo não deve exceder 24,0 mg/ L.
Se o combustível ou componente do combustível for hidroprocessado, a adição do antioxidante é obrigatória.
Neste caso, a concentração do material ativo do aditivo deve estar na faixa de 17,0 mg/L a 24, 0 mg/L.
A adição do antioxidante deve ser realizada logo após o hidroprocessamento e antes de o produto ser enviado aos tanques
de estocagem. Quando o combustível final for composto de mistura de produto hidroprocessado e não hidroprocessado,
devem ser reportados a composição da mistura e os teores de aditivos utilizados na porção hidroprocessada e não
hidroprocessada, separadamente, se este for o caso.
12)
O aditivo desativador de metal pode ser utilizado para melhorar a estabilidade térmica do querosene de aviação. Neste
caso, devem ser relatados os resultados da estabilidade térmica obtidos antes e após a adição do aditivo.
A concentração máxima permitida na primeira aditivação é de 2,0 mg/L. Uma nova aditivação posterior pode ser realizada,
não excedendo o limite máximo acumulativo de 5,7 mg/L.
13)
O aditivo dissipador de cargas estáticas pode ser utilizado, quando necessário, para aumentar a condutividade elétrica do
querosene de aviação.
A concentração máxima permitida na primeira aditivação é de 3,0 mg/L. Uma aditivação complementar posterior pode ser
realizada sem exceder a concentração máxima acumulativa especificada de 5,0 mg/L.
14)
É opcional a adição do aditivo inibidor de formação de gelo, que pode ser utilizado conforme acordo entre fornecedor e
comprador devendo, se utilizado, atender aos limites especificados nesta tabela.
15)
Quando necessário, pode ser utilizado para auxiliar na detecção de vazamentos no solo provenientes de tanques e
sistemas de distribuição de querosene de aviação.
16)
É permitida a utilização de aditivo melhorador da lubricidade cuja adição deve ser acordada entre fornecedor e
comprador.

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Assinatura do químico responsável:
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Tabela A.2 — Certificado da qualidade de gasolina de aviação – GAV

Certificado de qualidade Nº /
Gasolina de aviação - AVGAS
Nº do tanque expedidor:
Data da coleta da amostra:
Método
Características Unidades Resultados Limites ABNT ASTM
Aparência:

Claro, límpido e Visual


visivelmente /
isento de água
Aspecto ⎯ não dissolvida e ABNT NBR ⎯
material sólido à 14954
temperatura (Procedimento
ambiente normal 1)

Cor ⎯ Azul Visual Visual

Cor, aceitabilidade do teor de


⎯ Passa ⎯ ASTM D 2392
corante
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Teor de corante, máx.1) mg/L 2,7 ⎯ ⎯


2)
Destilação
P.I.E. (ponto inicial de
ºC Anotar
ebulição)
10% vol. evaporado, máx. ºC 75
40% vol. evaporado, mín. ºC 75
50% vol. evaporado, máx. ºC 105
90% vol. evaporado, máx. ºC 135
ABNT
P.F.E. (Ponto final de ⎯
ºC 170 NBR 9619
ebulição), máx.
Soma das temperaturas 10%
+ 50% º 135
Evaporados, mín.
Recuperado, mín. % volume 97
Resíduo, máx. % volume 1,5
Perda, máx. % volume 1,5
ABNT
ASTM D 323
NBR 14156
Pressão de vapor a 37,8°C kPa 38,0 - 49,0 ASTM D 5190

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Tabela A.2 (continuação)

Certificado de qualidade Nº /
Gasolina de aviação - AVGAS
Nº do tanque expedidor:
Data da coleta da amostra:
Método
Características Unidades Resultados Limites ABNT ASTM
ABNT
NBR 7148 ⎯
Massa específica a 20ºC kg/m3 Anotar
ABNT ⎯
NBR 14065
ABNT NBR
Enxofre total, máx. % massa 0,05 6563 ASTM D 2622

ASTM D 3338,
Poder calorífico inferior, mín. MJ/kg 43,5 ⎯ ASTM D 4809,
ASTM D 4529
Poder antidetonante:
Exemplar autorizado para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

Mistura pobre:
N.º de octano – Método 99,5 ⎯ ASTM D 2700
motor, mín.
Mistura rica:
Método supercharge – Índice 130,0 ⎯ ASTM D 909
de desempenho, mín.
ABNT NBR
Ponto de congelamento, máx. ºC - 60 ⎯
7975
Corrosividade ao cobre (2 h ABNT NBR
- 1 ⎯
a 100ºC), máx. 14359
ABNT NBR
Estabilidade a oxidação, 16 h ⎯
14976
Goma potencial, máx. mg/100mL 6
Chumbo precipitado, máx. mg/100mL 2
ABNT NBR
Goma atual, máx. mg/100mL 3 ⎯
14525
ABNT NBR
Tolerância à água ⎯
6577
Mudança de volume, máx. mL ±2 ⎯ ⎯
Condições da interface, máx. 2 ⎯ ⎯

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Tabela A.2 (conclusão)

Certificado de qualidade Nº /
Gasolina de aviação - AVGAS
Nº do tanque expedidor:
Data da coleta da amostra:
Método
Características Unidades Resultados Limites ABNT ASTM
Condutividade elétrica pS/m 50 - 450 ⎯ ASTM D 2624
Aditivos
ASTM D 3341
Chumbo tetraetila, máx. g Pb / L 0,56 ⎯
ASTM D 5059
Antioxidante, máx. mg/L 24,0 ⎯ ⎯
Dissipador de cargas
mg/L 3,0 ⎯ ⎯
estáticas, máx.
1)
Quando utilizado o corante na forma líquida, o teor máximo especificado não inclui o solvente.
2)
Embora classificado como produto do grupo IV para o ensaio de destilação, deve ser utilizada a temperatura do
condensador entre 0°C e 4°C durante o ensaio.
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Data:

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Tabela A.3— Boletim de conformidade de querosene de aviação - QAV-1


Boletim de conformidade
Querosene de aviação - QAV-1
Nº do tanque expedidor:
Data da coleta da amostra:
Método
Caracteristicas Unidades Resultados Limites ABNT ASTM
Aparência Claro, límpido e
Aspecto e cor visivelmente isento
de água não ABNT NBR

dissolvida e material 14954
sólido à temperatura
ambiente normal
ABNT
Destilação ⎯
NBR 9619
PIE °C Anotar ⎯ ⎯
10% vol. recuperado °C 205 máx. ⎯ ⎯
50% vol. recuperado °C Anotar ⎯ ⎯
90% vol. recuperado °C Anotar ⎯ ⎯
PFE °C 300 ⎯ ⎯
Exemplar autorizado para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

Resíduo % volume 1,5 máx ⎯ ⎯


Perda % volume 1,5,máx. ⎯ ⎯
40 mín ou ABNT
NBR 7974 ⎯
Ponto de fulgor °C
ASTM D 3828
38 ⎯
ABNT
Massa específica a NBR 7148, ⎯
kg/m³ 771,3 - 836,6
20°C ABNT ⎯
NBR 14065
- 47 ABNT
Ponto de NBR 7975 ⎯
°C
congelamento ASTM D 5972

Corrosividade ao
cobre ABNT
1 máx. ⎯
NBR 14359
(2 h a 100°C)
7 máx. ABNT
Goma atual mg/100 mL ⎯
NBR 14525
Tolerância à água ABNT
condições 1máx. NBR 6577 ⎯
interfaciais
Condutividade 50 - 450
pS/m ⎯ ASTM D 2624
elétrica1)
1)
Quando utilizado aditivo dissipador de cargas estáticas no combustível.
Data:
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Tabela A.4 — Boletim de conformidade de gasolina de aviação - GAV

Boletim de conformidade
Gasolina de aviação - GAV
N.º do tanque expedidor:
Data da coleta da amostra:
Método
Caracteristicas Unidades Resultados Limites ABNT ASTM
Aparência ⎯ ⎯
Aspecto ⎯ ⎯
Cor ⎯ ⎯
Destilação
PI.E ºC ⎯ ⎯
10% evaporado ºC ⎯ ⎯
40% evaporado ºC ⎯ ⎯
50% evaporado ºC ⎯ ⎯
90% evaporado ºC 135 máx. ⎯ ⎯
PFE ºC 170 máx. ⎯ ⎯
Resíduo ºC volume 1,5 máx. ⎯ ⎯
Perda ºC volume 1,5 máx. ⎯ ⎯
ABNT
Exemplar autorizado para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

Massa específica a NBR 7148 ⎯


kg/m³ Anotar
20°C ABNT ⎯
NBR 14065

⎯ ASTM D 323
Pressão de vapor a
kPa ABNT ASTM D 5190
37,8°C
38,0 - 49,0 NBR 14156 ⎯

Corrosividade ao cobre
1 máx. ABNT
(2 h a 100°C) ⎯
NBR 14359
mg/100 ABNT
Goma atual 3 máx. ⎯
mL NBR 14525
ASTM D 3341
Chumbo tetraetila g Pb / L 0,56 máx. ⎯
ASTM D 5059
Poder antidetonante:
Mistura pobre:
Nº de Octano – Método 99,5 mín. ⎯ ASTM D 2700
Motor
Mistura rica:
Método supercharge – 130,0 mín. ⎯ ASTM D 909
Índice de desempenho
Data:
Assinatura do químico responsável:
Número do registro no órgão de classe:

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Tabela A.5 — Registro da análise da qualidade de querosene de aviação - QAV-1


Registro da análise da qualidade
Querosene de aviação - QAV-1
Nº do tanque expedidor:
Data da coleta da amostra:
Método

Caracteristicas Unidades Resultados Limites ABNT ASTM

Claro, límpido e Visual


visivelmente isento de
Aparência: água não dissolvida e ABNT ⎯
Aspecto material sólido à NBR 14954
temperatura ambiente
normal
ABNT ⎯
kg/m³ NBR 7148 ⎯
Massa específica a
771,3 - 836,6 ou
20°C
ABNT
NBR 14065
Detetor químico de -
Mudança de cor Visual ⎯
água1)
1)
Obrigatório somente para liberação dos tanques dos aeródromos e nos abastecimentos das aeronaves.
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Data:
Assinatura do químico responsável:
Número do registro no órgão de classe:

Tabela A.6 — Registro da análise da qualidade de gasolina de aviação GAV


Registro da análise da qualidade
Gasolina de aviação
Nº do tanque expedidor:
Data da coleta da amostra:
Método
Caracteristicas Unidades Limites ABNT ASTM
Claro, límpido e Visual
visivelmente isento de ⎯
Aparência água não dissolvida e ABNT
Aspecto e cor material sólido à NBR 14954
temperatura ambiente
normal
ABNT
NBR 7148 ⎯
Massa específica a 20°C kg/m³ Anotar ou
ABNT ⎯
NBR 14065
Detetor de água de papel 1) - Mudança de cor Visual ⎯
1)
Obrigatório somente nos tanques dos aeródromos e nos abastecimentos das aeronaves.
Data:
Assinatura do químico responsável:
Número do registro no órgão de classe:

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Tabela A.7 — Certificado de liberação

Certificado de liberação
Querosene de aviação - QAV-1 Gasolina de aviação – GAV
Nº do tanque expedidor:
Data da coleta da amostra:
Documentação do produtor ou importador
Produtor ou importador
Local
Tanque expedidor
Batelada n°
Data do bombeio
N° do certificado da qualidade
Laboratório
Data da emissão CQ
Químico responsável
N° do CRQ
Documentação do distribuidor
Tanque recebedor
N° do boletim de conformidade
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Laboratório
Data da emissão CQ
Químico responsável
N° do CRQ
Análise de consistência
Número
Data da emissão
Data e hora
Dados da expedição
Produto
Número do tanque:
Número da batelada:
Análise da amostra coletada na expedição
Aparência: Claro, límpido e visualmente isento de água não dissolvida e Sim
material sólido à temperatura ambiente normal
Massa específica a 20°C, kg/m³

NOTA Conforme informações contidas neste certificado e nos resultados da análise realizada por ocasião
desta expedição, declaramos que o QAV-1 e GAV atende às especificações vigentes.
Data:

Responsável da unidade expedidora:

Número do documento do responsável:

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Anexo B
(normativo)

Figuras
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(5 x 10) cm ou (10 x 10) cm

NOTA A linha da tampa deve ser aproximadamente horizontal.

NOTA Cabeças sempre voltadas para o corredor.

Figura B.1a) — Armazenamento com empilhamento horizontal

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Figura B.1b) — Armazenamento inclinado

Figura B.1-c) — Armazenamento com empilhamento vertical

Figura B.1 — Disposições utilizadas para o armazenamento de tambores

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Anexo C
(normativo)

Tabelas

Tabela C.1 — Configurações para filtração de combustíveis de aviação

Instalações de armazenagem de bases, terminais e PAA Abastecimento


de aeronaves -
UAA
Recebimento Expedição Expedição
Bases e terminais Bases e terminais
Cesta: Micrônico (5 µ mínimo)
29,6 µm (80 mesh) mínimo ou
Separador
Separador
QAV-1 PAA PAA ou
Cesta 37 µm (100 mesh) mínimo monitor
e
Separador ou monitor
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Micrônico (5 µ mínimo)
ou
Separador ou monitor

Bases e terminais Bases e terminais


Cesta: 29,6 µm (80 mesh) mínimo e Micrônico
PAA PAA (5 µ mínimo)
GAV
Cesta 37 µm (100 mesh) mínimo micrônico ou
e (5 µ mínimo) monitor
Micrônico: (5 µ mínimo)

Tabela C.2 — Diferenças máximas admissíveis entre os resultados de uma mesma batelada

Limites
Características
QAV-1 GAV
Aparência Especificado Especificado
Destilação, oC1) 8 8
Ponto de fulgor ,oC 3 ⎯
Massa específica , kg/m3 3 3
Pressão de vapor Reid, kPa x 4,5
Ponto de congelamento 3 ⎯
Goma atual, mg/100 mL 3,0 3,0
Chumbo, g /L2) 0,0026 0,05
Poder antidetonante (MON) ⎯ 3
1)
Limite aplicável para os pontos recuperados do QAV-1 e pontos evaporados da GAV.
2)
Caso de possível contaminação com chumbo oriunda de movimentação anterior no sistema com GAV.

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Tabela C.3 — Intervalos para limpeza e inspeção

Intervalo máximo, anos


Material Inspeção visual interna Inspeção interna
sem ingressar no e limpeza
tanque
Aço-inox ou carbono revestido
3 5
internamente com epóxi
Tabela C.4 — Programação de ensaio para QAV-1

Freqüência Local da amostragem Ensaio Limites


Através de CTA
Diariamente Nos drenos, do filtro e Aparência Da especificação
do tanque
Após enchimento No dreno do tanque Aparência Da especificação
Após enchimento, durante o Aparência Da especificação
primeiro abastecimento Água por 30 ppm máximo (na
No filtro
pressurizado detector temperatura da expedição)

A cada abastecimento No filtro Aparência Da especificação


Após o enchimento, ao final do Aparência Da especificação
primeiro abastecimento com No filtro Água por 30 ppm máximo (na
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bico de gatilho detector temperatura da expedição)


Quando o CTA tiver pernoitado Aparência Da especificação
com o tanque cheio, durante o Água por 30 ppm máximo (na
primeiro abastecimento detector temperatura da expedição)
No filtro
pressurizado ou final do primeiro
abastecimento com bico de
gatilho
Mensal Na saída do filtro Membrana - Cor 4 máx. (membrana seca)
1)
Colorimétrico
Semestral Na saída do filtro Membrana – Cor 4 máx. (membrana seca)
Colorimétrico 0,5 mg/L máx.2)
Gravimétrico1)
Através de carretas, servidores de hidrantes e gabinetes
Diariamente Dreno dos filtros Aparência Da especificação
Durante cada abastecimento No filtro Aparência Da especificação
pressurizado Água com 30 ppm máximo (na
detector temperatura da expedição)
Ao final de cada abastecimento No filtro Aparência Da especificação
com bico de gatilho Água com 30 ppm máximo (na
detector temperatura da expedição)
Mensal Na saída do filtro Membrana - Cor 4 máx. (membrana seca)
Colorimétrico1)
Semestral Na saída do filtro Membrana – Cor 4 máx.(membrana seca)
Colorimétrico 0,5 mg/L máx.2)
Gravimétrico1)
1)
Realizados com 5 L de amostra de combustível.
2)
Resultados superiores a 0,2 mg/L requerem investigação e a liberação do produto deve ser justificada em documento.

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Tabela C.5 — Programação de ensaio para GAV

Freqüência Local da amostragem Ensaios Limites


Através CTA
Diariamente Drenos, do filtro e do Aparência Da especificação
tanque
água com
detector
Após enchimento e após cada Nos dreno do tanque
Aparência Da especificação
abastecimento da aeronave
Através de carretas, servidores de hidrantes e gabinetes
Diariamente Nos drenos do filtro Aparência Da especificação
Durante o abastecimento da No filtro
Aparência Da especificação
aeronave

Tabela C.6 — Número mínimo de tambores selecionados para amostragem

Número de tambores armazenados Número de tambores a serem amostrados


Exemplar autorizado para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

1a4 Todos
5 a 60 5
61 a 200 6
201 a 400 7
400 a 500 8
501 a 800 9
801 a 1 000 10

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