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sobre o romantismo
⚸Orexia
/cs/
substantivo feminino
desejo, vontade de comer; apetite.
Lana, uma jovem garota, sua pele cor de ébano brilha com o cintilar da
lua. Dona de um olhar vazio, suas roupas com correntes rangem pela
casa. Ela está sozinha... Não totalmente. As vozes de sua cabeça
imploram por atenção. As vozes sussurram, e o cérebro dança com
imagens vermelhas. Cada batida do coração é um convite para a
escuridão.
Silêncio.
As vozes se calaram...
Por enquanto.
⚸Sonder
(N.)
substantivo feminino
Os ecos nos seus sentidos, Dos seus afetos doentes, São mais longos, mais compridos, Do que
rastos de serpentes. Nascida profunda e pegada, A turbilhões de aflição: Na cara traz estampado
O seu perfil de obsessão. Trouxe consigo o espinho essencial de ser consciente, A vaga náusea, a
doença incerta, de se sentir. Sempre esta inquietação mordida aos bocados, Como pão ralo
escuro, que se esfarela caindo. A impetuosidade passageira a decepção com a previsibilidade, a
necessidade de imperfeições e perfeições, a necessidade de humanidade.
A imagem da garota não sai de sua cabeça cada curva, cada dobra de seu corpo está impregnada
em sua mente, ela queria achá-la, queria saber cada detalhe, cada falha, cada obsessão, cada
gosto. Mas ela sabia , sabia que se fosse fazer a mesma coisa de sempre iria se cansar, enjoar,
perder o brilho, Lana queria manter essa sensação de mistério, essa sensação de curiosidade.
Ademais não se aguentou…
Voltara aonde havia visto-a, no centro da cidade, nas ruas emboladas cheias de pessoas, a
procura de alguma pista, algo que a levasse a mulher. Depois de muito andar, muito procurar,,
ela finalmente a encontra em uma floricultura, parece que a jovem trabalhava lá.
O receio penetrava em sua espinha, entrar? Não entrar? Era uma dúvida cruel, e ela decidira não
entrar…
O sol se tornara um empecilho para sua perseguição ela se escondia na sombra de sua
sombrinha , espreitando , observando, admirando. a obsessão a corroía, como um verme
insaciável que se alimentava de suas entranhas. Cada passo em direção à floricultura era um ato
de sacrifício, uma oferenda aos deuses da curiosidade e do desejo. O medo de perder o encanto,
de desvendar os mistérios que envolviam aquela mulher, a atormentava. Ela queria conhecê-la,
mas também temia que a realidade pudesse desfazer o feitiço que a mantinha cativa.
A porta de vidro parecia um portal para outro mundo. Lana observava, escondida na sombra,
enquanto os clientes entravam e saíam. Seus olhos se fixaram na jovem, que manuseava
delicadamente as flores. Os dedos pequenos e grossos tocavam as pétalas com reverência, como
se cada flor guardasse um segredo.
Ela notou os cabelos castanhos, presos em um coque despretensioso. A pele, pálida como
porcelana, contrastava com os lábios vermelhos como cerejas maduras. Os olhos, ah, os olhos…
Lana não conseguia desviar o olhar. Eram da cor do oceano profundo, um azul intenso que
parecia esconder abismos de mistério. O rosto redondo, bochechas macias , tudo parecia
encantador
A jovem usava um vestido floral, com padrões de rosas e lírios entrelaçados. Lana imaginou o
cheiro das flores impregnado no tecido, como se a própria natureza a envolvesse. Os
movimentos graciosos, quase etéreos, faziam-na parecer uma criatura saída de um sonho.
Mas o que mais a intrigava eram as cicatrizes. Lana notou uma pequena marca no pulso da
jovem, quase imperceptível. Uma lembrança de algum passado doloroso? Ou apenas um
acidente banal? Ela queria saber, precisava saber. Mas o medo a paralisava.
A jovem olhou na direção da porta, como se sentisse a presença de Lana. Seus olhos
encontraram os dela por um breve instante. Lana sentiu o coração disparar, como se tivesse sido
atingida por um raio. A mulher sorriu, um sorriso enigmático que fez o mundo girar ao redor de
Lana.
Ela não podia mais recuar. A obsessão a impelia para frente. Com mãos trêmulas, empurrou a
porta de vidro e entrou na floricultura. O sino tilintou, anunciando sua chegada. A jovem olhou-
a novamente, e Lana soube que estava prestes a descobrir segredos que mudariam sua vida para
sempre.
“ Olá boa tarde vim a procura de um vaso de flores, dizem que cada flor tem um significado
próprio, poderia me auxiliar?” – Diz se dirigindo ao balcão
“Ah, seja bem vinda, claro que posso lhe ajudar, que tipo de flor está procurando? Que signifique
alegria? Calma? Plenitude? Amor?…” – Começa a citar e apontar para flores perto delas, uma
jarra de flores copo de leite, um ramo de rosas, e girassóis em vaso
“Talvez um sentimento um pouco mais forte que amor” – Os olhos de Lana engoliam a florista
“Err, que tal Angélicas? A Angélica, com sua beleza misteriosa e aroma intenso, representa a
intensidade e a fixação de sentimentos, incluindo a obsessão e luxúria” – A jovem começou meio
nervosa com o olhar de Lana, mas a medida que ia falando se empolgava
A vampira sorriu
“ 5 moedas”
Ela para por um instante e as bochechas da florista tomam uma cor avermelhada , a florista a
alcança e pergunta
“ Como pode me dar uma flor sem ao menos eu saber seu nome?!”
A cacheada finalmente sai da floricultura deixando somente uma palavra para trás
“Lana…”
Julieta…
Julieta…
Julieta…
como tentar se segurar em uma pedra no meio de um rio com muita correnteza.
Do latim oppia
Esta é a sensação que você tem quando olha para alguém nos olhos,
e percebe que está ficando mais vulnerável...
"Eu te amo, Lana", ela sussurrou, sua voz carregada de angústia. "Eu te
amo mais do que a mim mesma. Me deixe te salvar, me deixe te mostrar o
que é o amor verdadeiro."
Lana observou Julieta com uma mistura de piedade e repulsa. Sua
obsessão era doentia, um reflexo da escuridão que consumia sua própria
alma.
"Você não pode me salvar, Julieta", disse Lana, sua voz gélida como o
inverno. "Você está tão perdida quanto eu."
As palavras de Lana atingiram Julieta como um golpe fatal. A esperança
que a mantinha viva se estilhaçou em mil pedaços, dando lugar a um
desespero absoluto.
"Então me deixe ficar com você", Julieta implorou, suas mãos agarrando
as de Lana com força. "Me deixe te amar, mesmo que seja em meio à
escuridão. Eu preciso de você, Lana. Você é tudo que me resta."
Lana se afastou de Julieta, seus olhos cheios de tristeza.
"Você não sabe o que está pedindo, Julieta", ela disse, sua voz quase
inaudível. "O amor que eu ofereço é um veneno, uma maldição que te
consumirá por dentro."
Julieta ignorou as palavras de Lana. Ela se agarrou a ela com força, como
se estivesse se afogando em um mar de desespero.
"Eu não me importo", ela chorou. "Eu te amo, Lana. E isso é tudo que
importa."
Naquele momento, Lana finalmente cedeu. Ela abraçou Julieta com força,
suas lágrimas se misturando com as da jovem.
"Então fique", ela sussurrou. "Fique comigo até o fim”
⚸ Elipsismo
Uma tristeza de não saber como a história vai terminar
visto como tudo aconteceu, mas não ser capaz de contar para o seu ‘eu’ do passado