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o método de Gauss consiste em fazer operações entre linhas deste sistema até chegarmos a um novo sistema
(que terá a mesma solução que o inicial) com a forma triangular:
Claro que a determinação da solução de (1.3) é óbvia e direta: o valor de x(n) já está determinado na última
equação. O valor de x(n-1) será determinado na penúltima, substituindo-se o valor de x(n); o valor de x(n-2)
será obtido na penúltima linha com os valores já determinados de x(n) e x(n-1) , e assim por diante até
determinamos x(1). Então, desde que se consiga levar o sistema (1.2) na forma (1.3) sem alterar suas
soluções, o nosso problema está resolvido. Vejamos, então, como fazer esta transformação. Usaremos um
exemplo para tornar o processo mais claro.
3. zerar todos os coeficientes abaixo da diagonal principal; para isso vamos fazer:
3.2. vamos somar à 2a equação a 1a , multiplicada pelo coeficiente m21, e colocar o resultado na 2a linha.
Isto também não altera a solução do sistema; repetir para as equações abaixo, usando mi1 na i-ésima
equação;
Para representar todas as mudanças vamos formar uma matriz com duas partes: a 1a será a matriz dos
coeficientes e a 2a será o vetor dos termos independentes:
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Todos os passos indicados serão realizados sobre B, e assim economizamos tempo e simplificamos a
notação:
Passo 3: Com m32 = - (a'32/ a'22)= -2/7 zeramos o elemento da posição (3,2):
(7/3) x2 + (2/3) = 3 ; x2 = 1.
Da 1a linha vem:
3x1+ 2 + 1 = 6 ; x1= 1.
B=
Então procuraremos chegar a outra matriz, com os passos do método anterior, com a forma diagonal:
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Isto quer dizer que se conseguirmos chegar da matriz B à matriz B', a solução do sistema é imediata.
Podemos, ainda, dividindo cada linha pelo elemento da diagonal, chegar à matriz identidade.
Por exemplo:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
Observações:
Uma análise rápida do método de eliminação de Gauss nos mostra que, ao invés de resolvermos um sistema
completo da forma (1.1), resolvemos, na realidade, um sistema triangular da forma (1.3). Isso quer dizer que,
a partir do sistema dado, geramos outro, que conserva suas soluções originais.
(2.3) AX = B
cuja matriz A' é triangular, mas as soluções são as mesmas que do sistema (1.1). Naturalmente a passagem de
uma forma à outra não pode ser arbitrária. Para termos a garantia de que as raízes são preservadas só
permitimos operações elementares sobre as linhas do sistema. Cada uma dessas operações, como veremos
abaixo, equivale à multiplicação da matriz do sistema por uma matriz elementar. Assim, a cada
transformação fica definida uma certa matriz Gi e temos:
(2.6) A' = Ak .
Naturalmente, se modificamos um dos membros do sistema, também deveremos modifcar o outro, isto é:
Gk . . . G2.G1.A.X = Gk . . . G2 G1.A.B
No caso do método de Gauss-Jordan, essas multiplicações são extendidas de modo a se formar no fim do
processo a matriz identidade ou seja:
Gm . . .G2.G1.A.X = Gm . . .G2.G1.B
(2.10) Gm . . .G2.G1.A = I
I.X = X = B''
Este resultado é o que nos permite utilizar o método de eliminação para inverter matrizes:
A.X = B
(2.11) A1 = ( A | I )
Então:
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Gm . . .G2.G1.( A| I )
= ( I | Gm . . .G2.G1 = )
Exemplo 1.6
Então: = = 1/4.
Observação: algumas vezes todas as tentativas que fazemos para levar a matriz A na matriz identidade são
infrutíferas. Acontece que a inversa de A pode não existir. Para evitar isso, basta verificar se det(A) é
diferente de 0.
A= .
Como se pode verificar é impossível obter do lado esquerdo a matriz identidade; mas det(A)=0 e A não tem
inversa.
2.4 - Fatoração de A
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Observamos que no caso do método de Gauss, podemos transformar uma dada matriz A em outra A',
triangular superior. Vamos agora, explicitar o que acontece com as matrizes Gi definidas anteriormente, obter
um novo método direto, chamado método compacto de Banachievicz ou Doolittle. Ele representa a fatoração
da matriz A no produto L.U onde L é triangular inferior e U triangular superior, isto é, A = L.U. Vejamos
como isso funciona.
Gi=
Então, o produto G dessas matrizes também será triangular inferior com diagonal de elementos 1. Além
disso, desde que existe (pois det Gi = 1) também existirá a inversa :
podemos escrever que também é triangular inferior, com elementos 1 na diagonal. Assim, após a
triangularização de A, teremos:
Esse método usa o fato de que é possível determinar duas matrizes L e U tais que seu produto seja A e
determinar essas matrizes diretamente.
vemos que reduzimos a solução do sistema original na solução de dois subsistemas interligados, ambos com
matrizes triangulares o que facilita sua solução. Consideremos, então, as matrizes L e U na sua forma geral:
L= U=
Então, a igualdade L.U = A, feita diretamente nos dará o valor dos l's e dos u's , de acordo com os produtos:
(2.12)
(2.13)
(2.14)
(2.15)
(2.16)
(2.17)
Observação: as condições u11diferente de 0, . . . , unn diferente de 0, são equivalentes à exigência det (Ak)
diferente de 0, onde Ak, k = 1, . . ., n, são as sucessivas matrizes obtidas de A ao longo da diagonal: A11 =
(a11); etc.
Exemplo 1.7
A= L= eU=
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Então:
L= eU=
L= eU=
Em certos casos, a fatoração da matriz A apresenta vantagens. Por exemplo, se A for real, simétrica e
positivo-definida a fatoração é bastante facilitada e conhecida como método de Cholesky.
Se A é positivo-definida, então:
(A.X , X) =
qualquer que seja X , X diferente de 0 (estamos trabalhando com A real). Uma das características
dessas matrizes é que todos os determinantes de ordens desde 1 a n definidos sobre sua diagonal são
positivos:
Essas matrizes, quando são reais e simétricas, admitem uma fatoração mais simples, da forma
A = L Lt
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que utiliza apenas a matriz triangular L. O procedimento de obtenção dos elementos (lij) de L é o mesmo dos
métodos anteriores, levando-se em consideração o fato de que U = Lt. Nesse caso podemos definir o
algoritmo:
a)
Podemos garantir que L11 é real pois, desde que A é positivo-definida, temos que a11 > 0. O mesmo
acontece com as demais raízes que ocorrem nos passos abaixo:
b)
c)
2.7 - Conclusão
Apresentamos os métodos diretos, e estes, após um certo número de operações fornecem a solução exata de
um sistema, pelo menos teoricamente. Isto porque, quando fazemos muitas divisões e multiplicações,
introduzimos erros de arredondamento produzidos pelo computador. Por isso, os métodos diretos só são
indicados para o caso em que temos um sistema pequeno, de modo que, em sua solução tenhamos de fazer
um número reduzido de operações; senão a solução que vamos obter muitas vezes se afasta da solução real.
Para os sistemas maiores, esse efeito diminui com outros métodos que garantem em certos casos, qualquer
precisão desejada. Estes métodos são chamados métodos iterativos, onde usamos uma aproximação inicial da
solução e a melhoramos quantas vezes sejam necessárias para chegarmos a uma precisão satisfatória.
1) Seja (métrica em R)
3) Mostre que o algoritmo Xn+1 = Xn ( 2.I - A.Xn ) permite aproximar a inversa de uma matriz (nxn).
4) Construa uma matriz M(4x4) real redutível . Em seguida resolva o sistema MX = Y reduzindo-o a dois
subsistemas.
Obs : Yt = (1,1,1,1)
5x + y = 13500
x + 5y -(3/2)z + w = 11250
x + y + 5z = 12000
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(1/2)x - y + w = 4250
a) Utilizando determinante, verifique se o sistema tem solução. Se existe, ache-a por eliminação Gaussiana.
b) O sistema acima pode ser escrito da forma A.X = Y . Utilizando a inversa de A resolva-o.
6) Sem realizar a decomposição, mostre que é possível decompor M, abaixo, no produto Ut.U ( U triangular
superior) e, em seguida determine a matriz U.
7) Resolva o sistema AX = B, onde A e B são dados abaixo, usando o fato de que A é redutível.
b) Determine a inversa de A
c) Defina a matriz M = Mi.Mi-1 ..... M2.M1 que leva a matriz A em sua inversa (são matrizes elementares)
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