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da igreja
INTRODUÇÃO
1. A maior necessidade da igreja não é das bênçãos de Deus, é de Deus. O Deus das bênçãos é
melhor do que as bênçãos de Deus. A igreja contemporânea mudou a sua ênfase. A pregação
moderna diz que o fim principal do homem é glorificar a Deus, mas o fim principal de Deus é
glorificar o homem. O evangelho moderno ensina que é Deus quem está a serviço do homem e
não o homem a serviço de Deus. O foco mudou. Não é mais Deus que é a medida e o fim de
todas as coisas, mas o homem que é a medida de todas as coisas.
2. Hoje o homem trocou Deus pelas dádivas de Deus. As pessoas querem a salvação e não o
salvador. Querem os dons e não o doador. Querem coisas e não Deus.
3. No passado, a presença de Deus era a coisa mais importante que o povo de Deus buscava.
Deus apareceu para Moisés no deserto numa sarça. A glória de Deus se manifestou e Moisés caiu
com o rosto em terra. A presença de Deus revelou-se poderosa no Egito e quebrou o poder dos
deuses e o orgulho de Faraó.
4. O povo foi liberto pelo sangue do Cordeiro e protegido pela presença de Deus na coluna de
fogo e na coluna de nuvem. A nuvem era o símbolo da presença de Deus. A presença de Deus
dava direção de dia e proteção à noite.
5. Mas, houve um dia em que a presença de Deus foi embora do arraial de Israel. O povo pecou e
o pecado faz separação entre nós e o nosso Deus. A maior tragédia do pecado é que ele afasta
de nós a presença de Deus. 1) Deus disse para Josué que não seria mais com o povo enquanto
houvesse pecado no arraial de Israel; 2) Quando os filhos de Eli pecaram contra Deus, a arca,
símbolo da presença de Deus foi roubada e a glória de Israel, a presença de Deus, se apartou do
povo; 3) No tempo de Ezequiel a glória de Deus se afastou da cidade, do templo, do monte e o
povo foi levado ao cativeiro.
• A igreja necessita desesperadamente da presença de Deus. Nossas vidas serão vazias, nossos
cultos sem vida, nossas músicas sem unção e nossas mensagens mortas se Deus não estiver
presente. Muitas vezes, confundidos a onipresença de Deus com a presença manifesta de Deus.
Deus está em toda parte, mas Deus não está em toda parte com a sua presença manifesta.
Quando Deus está entre o seu povo isso é notório, como quando Jacó acordou em Betel.
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• Muitas vezes nós falamos para as pessoas que Deus está entre nós. Elas vêm e não vêm Deus.
Elas então chegam à conclusão que fazemos propaganda enganosa. Dizemos que tem pão na
casa do pão, mas só temos fornos frios, prateleiras vazias e receitas de pão.
• Quando Deus se agrada de nós, podemos dizer como Josué e Calebe: “Se o Senhor se agradar
de nós, podemos.”
• Arão cede à pressão do povo para se desviar (32:22-23) e depois usa uma racionalização
descabida (32:24).
• Essa é a maior tragédia que pode acontecer ao povo de Deus: é Deus se afastar dele. Se Deus é
por nós, quem será contra nós, mas e se Deus não for consoco?
• Deus disse que iria se retirar e se retirou. A nuvem desapareceu. A coluna de fogo sumiu. Os
sinais visíveis da presença de Deus desapareceram. A igreja está fraca e seus membros caindo
nos mesmos pecados do mundo, porque não vivem na presença de Deus. Amam o mundo,
porque não deleitam na sublimidade do conhecimento de Cristo. Têm prazer nos banquetes do
mundo, porque não têm fome de Deus. Conhecem a respeito de Deus, mas não a Deus.
• O pecado traz vergonha e opróbrio sobre nós. O pecado ofende a santidade de Deus. O pecado
provoca a ira de Deus. Quando o povo redimido de Deus se rebela e peca contra Deus, isso é
uma calamidade.
• Hoje temos uma visão superficial da malignidade do pecado. Estamos nos acostumando com o
pecado. Nem mesmo sentido saudade de Deus. Não sentimos fome de Deus. Nem todamos que
a glória de Deus se apartou de nós. Nem sentimos falta da presença de Deus entre nós.
2. Precisamos ter consciência que é por causa do pecado que Deus está se retirando do meio do seu povo
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• O Deus que fizera milagres tremendos, arrancando-os com mão poderosa do Egito, triunfando
sobre seus deuses, sobre Faraó e seus cavaleiros, abrindo o Mar Vermelho, não estava mais com
eles. Isso os encheu de desalento. Isso os alarmou e os levou a prantear (33:4).
• As bênçãos de Deus sem o Deus das bênçãos não têm valor. Canaã sem Deus não tem valor. A
terra que mana leite e mel sem Deus não tem valor. A posse da terra sem Deus não tem valor. A
comunhão com Deus é a própria essência da vida eterna (Jo 17:3).
• A igreja pode ter prosperidade, influência, dinheiro, influência na sociedade, mas Deus está
presente? Sua glória está entre nós? Canaã não nos interessa sem Deus. O que precisamos mais
do que a água para matar a nossa sede é da presença de Deus: “A minha alma tem sede de Deus,
do Deus vivo” (Sl 42:1).
3. Se queremos a presença de Deus em nossa igreja, precisa ter coragem para romper com tudo aquilo que
nos afasta de Deus – v. 4-5
• Foram esses adornos que os havia levado à queda. A simples lembrança era odiosa. Deus disse:
Despojem-se deles e eles o fizeram. Se queremos a presença de Deus, precisamos nos despojar
de coisas que ofendem a santidade de Deus. Deus disse para Jacó: tira as roupas contaminadas,
lave as mãos sujas e jogue fora os ídolos. Deus disse para Josué: tire as coisas contaminados do
arraial. Elias removeu o baal que se enterpunha entre o povo e as torrentes do céu.
• É uma coisa maravilhosa ter o anjo do Senhor acampado ao nosso redor. Eles são ministros de
Deus em nosso favor. Mas Moisés queria Deus, e não apenas o anjo de Deus. Não há substitutos
para a presença de Deus no meio da igreja.
• Deus prometeu a eles desalojar os povos da terra. Eles teriam vitória contra os seus inimigos,
mas não comunhão com Deus. E Moisés não queria apenas vitória, ele queria Deus. Ele não
queria apenas bênçãos, ele queria o abençoador. Canaã, sem Deus é terra estranha. Nada
substitui Deus em nossa vida.
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2. Não basta apenas, deixar o pecado, é preciso ansiar ardentemente pela volta da presença de Deus – v. 7-
8
• Moisés estava ansioso para que a presença de Deus retornasse. Assim, ele estabeleceu um
lugar de oração. Ele não pressionou. Era espontâneo (33:7): “Todo aquele que buscava ao Senhor
saia à tenda da congregação”. Nem todos foram à tenda da congregação. Mas houve pessoas que
sentiram o mesmo fardo que Moisés sentiu e foram buscar a presença de Deus.
• É importante notar que eles não se contentaram em orar em suas próprias tendas. Eles tinham
um lugar específico para se reunirem em oração. Precisamos nos reunir para orar. A igreja
primitiva orava nos lares e também no templo.
• Outros não foram à tenda para orar, mas viram os que tinham fome da presença de Deus
entrando na tenda (33:8). Não espere que toda a igreja venha orar. Venha você e verá que todos
serão impactados.
a) Moisés buscava a Deus continuamente (33:7) – Ele era um homem de oração. Ele costumava
tomar a tenda e armá-la para si fora do arraial. Mesmo diante da crise espiritual do povo, ele
mantinha a sua vida íntima de oração.
b) Deus falava com Moisés face a face (33:11) – Moisés tinha intimidade com Deus. Na oração,
não somente Moisés falava com Deus, mas Deus também falava com Moisés. Oração não é um
monólogo, mas um diálogo com Deus.
a) Ele quer conhecer a Deus na intimidade (33:13) – Rogo-te que me faças saber neste momento
o teu caminho, para que te conheça e ache graças aos teus olhos.
b) Ele quer restabelecer a honra da igreja (33:13) – “E considera que esta nação é o teu povo.”
c) Ele quer mais de Deus para a sua vida e para o seu povo – (33:11) – “Então voltava Moisés para
o arraial, porém o moço Josué, seu servidor, filho de Num, não se apartava da tenda.”
d) Ele quer ver a glória de Deus – (33:18) – “Então, ele disse: “Rogo-te que me mostres a tua
glória.”
• Quando Moisés se separou para buscar a Deus e o povo também foi buscar a Deus, a nuvem da
presença de Deus veio sobre a tenda da congregação (33:9).
• Quando a presença de Deus veio sobre a tenda, o povo começou a adorar a Deus nas suas
tendas (33:10).
A oração muda as coisas. Deus havia dito que sua presença não iria com o povo (33:2-3). Mas,
quando o povo se arrependeu e orou e buscou a Deus, Deus disse: “A minha presença irá
contigo, e eu te darei descanso” (33:14).
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• Quando a presença de Deus é restaurada, o povo quer mais de Deus (33:11).
CONCLUSÃO
• O sinal da presença de Deus que tinha ido embora, volta. A igreja é restaurada quando há uma
manifestação da presença de Deus em seu meio. Há uma nova vitalidade. A adoração torna-se
viva. As orações fervorosas. Quando a coluna de nuvem cobre a tenda, os corações se dobram
nos lares.
• A glória de Deus foi manifestada em Jesus. “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de
graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1:14). E ele
prometeu: “Eis que estarei convosco todos os dias até a consumação do século” (Mt 28:20). Jesus
está aqui. Ele está entre nós. Ele está em nós. Adoremo-lo!
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