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Elaborado por: Diac. Daniela Souza.

1° Módulo Doutrina. 1
Doutrina de intercessão

Índice:
Parte l “Imersão”.
• O que é intercessão?
• Quem é um intercessor?
• Intercessão na bíblia no AT e NT.
• O dom de línguas e a intercessão
• 9 passos para uma intercessão eficaz
• Tentações do intercessor
• Perigos na vida do intercessor
• Inimigos da oração

Parte ll “Arrumando a casa".


• As obras da carne
• O fruto do Espírito

Parte lll “Equipando- se para a guerra”.


• Tipos de oração
• Tipos de jejum
• Dons espirituais
• Armaduras
• O sangue
• O nome de Jesus
• O poder do Louvor

1° Módulo Doutrina. 2
Doutrina Parte l

Imersão à Intercessão

O Que é Intercessão?
A palavra interceder significa “colocar-se entre”, ou seja, o intercessor é
aquele que se coloca entre Aquele que pode dar e aquele que deseja receber.
Tomando seu lugar e seus sentimentos por sua necessidade de tal maneira
que luta em oração até a Vitória na vida daqueles por quem intercede..
É como o alicerce de um grande edifício, que não é visto nem admirado, mas
sem o qual o edifício não poderia erguer-se.
Intercessão é dar a luz no reino do espírito as promessas e propósitos
de Deus. É ver a necessidade da intervenção de Deus nas mais diversas
situações, vendo as circunstâncias como Cristo as vê, e unir-se a Ele em
súplica para que Deus se mova por sua vontade e propósitos Divinos sejam
cumpridos nas vidas de homens e das nações.
Quem é o Intercessor?
O intercessor é aquele que se encontra entre Deus e o povo ou entre
satanás e o povo de Deus através do nome de Jesus. Ele se coloca numa
posição de sacerdote, para pleitear a sua causa.
O intercessor não é aquele que somente faz a Deus uma oração de
pedidos. Não. Ele conhece o coração de Deus através da intimidade na oração
e na profundidade do conhecimento das promessas descritas nas Escrituras.

Possuir um ministério do Senhor não é a mesma coisa se mover em


um dom do Espírito Santo.
Para que recebamos os dons do Espírito Santo, nós precisamos buscar
e estar sensíveis às inspirações que Espírito Santo despertar em nós. Para
possuirmos um ministério do Senhor, é preciso que este nos seja dado por Ele
que deseja que nós desempenhamos uma missão especial em seu Nome.
Em I Cor 12,4-5 encontramos o seguinte texto: “Há diversidade de dons,
mas o Espírito é o mesmo; há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o
mesmo”.
Neste texto vamos entender que os dons são manifestações do Espírito
Santo para proveito da igreja, naquele momento de necessidade, enquanto que
o ministério é algo dado pelo Senhor Jesus, que envia os seus discípulos a
desempenhar missões; missões estas que são bem específicas dentro do seu
corpo, que é sua Igreja.

1° Módulo Doutrina. 3
Seu chamado chegou “Antes".
Em Jeremias 1:5 (ler) vamos encontrar um trecho que nos esclarece
muito mais a cerca da diferença entre o Dom e o ministério
O Senhor desde toda eternidade já conhecia Jeremias, desde toda
eternidade também já o havia consagrado ao ministério da profecia.
Observemos que Jeremias era ungido e enviado pelo Senhor a ser profeta, não
como um dom que iria se manifestar através dele numa hora de necessidade,
mas como um ministério à ser exercido .
Nosso passado não tem o poder de rasurar o que Deus já escreveu
sobre nós, Deus chegou primeiro! não importa o que vivemos ou o que iremos
viver a promessa está intacta à esperar de alcançada.
O chamado de intercessão, como os outros ministérios do Senhor, está
dentro do seu coração e o Senhor abençoa aqueles que ele são chamados
com todas as bençãos necessárias para o seu bom desempenho.

Intercessão Na Bíblia no AT e NT.


➢ Antigo testamento.
• Abraão
(Intercessão sem consentimento mas com efeitos)
Abraão, que se coloca como intercessor entre Deus e os habitantes de
uma cidade que deveria ser destruída por causa de seus pecados. Em Gn
18,16-33 lemos: “Os homens levantaram-se e partiram na direção de Sodoma,
e Abraão os ia acompanhando.
o Abraão aproximou-se e disse: Fareis o justo perecer com o
ímpio?
o -Talvez haja cinqüenta justos na cidade: fá-los hei perecer? (V.23)
o -Não perdoareis a cidade, em atenção aos cinqüenta justos que
nela podereis encontrar?(v. 24)
o - Não, vós não podereis agir assim, matando o justo com o ímpio!
Longe de vós tal pensamento! Não exerceria o Juiz de toda a
terra a Justiça?(V.25)
E assim Abraão através da intercessão salvou seu sobrinho Ló e sua
família, mesmo que eles não soubessem, o diálogo a intimidade e a
intercessão os alcançou.
E é assim que os intercessores de hoje devem agir. Primeiramente
devem estar na escuta de Deus, atentos, porquê a qualquer momento vai lhes
falar, para lhes comunicar suas decisões.
Crendo que a intercessão irá alcançar à quem está sendo apresentado.
Isso acontece num ato de profundo amor de Deus para o homem.

1° Módulo Doutrina. 4
• Moisés
( Intercessão por um povo rebelde e ingrato )
No livro do êxodo encontramos o verdadeiro chamado de intercessão na
pessoa de Moisés , ele é o amigo íntimo de Deus.
A fundamental característica do intercessor é a intimidade.
Moisés é conhecido por argumentar diante de Deus em favor de seu
povo, porque amava a Deus e conhecia o seu amor.
No livro do Êxodo capítulos 32,33 e 34 vemos quê:
Devido a insegurança do deserto, e por própria fraqueza carnal e
dureza de coração (rebeldia), o fato do povo já não vê Moisés por perto, nem a
imagem de Deus que ele transmitia para aquele povo. Os levou ao pecado e o
povo constrói um bezerro de ouro, o proclama deus e o adora.
A intercessão de Moisés livrou e abençoou o povo no deserto, dando à
eles os suprimentos devidos as suas necessidades, mesmos não os
merecendo.
Moisés sabia a Quem aquele povo pertencia, e Quem era O responsável
por eles. O nosso Deus, sendo assim o que viesse acontecer com aquele povo
Deus seria o causador, já que eles foram tirados do Egito para adorá- Lo.
O intercessor deve sempre se comprometer com o nome de Deus!

• Neemias
( Intercessão por uma reconstrução de uma destruição causada pelo
pecado).
Neemias é um exemplo clássico de um intercessor. Intercessor de
oração e ação, que estava perto de Deus e também das pessoas, sempre foi
um homem muito ocupado com as suas atribuições do palácio mas não era tão
ocupado a ponto de não ter tempo para Deus.
Um dos truques do diabo é manter-nos estão ocupados que não
encontramos tempo para orar. Se Neemias Não fossem um homem de oração,
o futuro de Jerusalém teria sido outro. As orações podem nos ajudar a resolver
problemas, a força da oração é maior que qualquer combinação de esforços na
Terra.
A oração move o céu, aciona o braço Onipotente de Deus.
Neemias chorou, lamentou, orou, e jejuou durante quadro meses pela
causa do seu povo quando foi informado dos problemas que o povo estava
enfrentando ( Ne 1:4). Um egoísta jamais será um intercessor, só aqueles que
tem compaixão podem sentir na pele a dor dos outros e levá-las ao trono da
graça. Um intercessor sente a dor dos outros em sua própria pele final.

1° Módulo Doutrina. 5
Um intercessor fundamenta-se Não nos seus méritos, mas na
fidelidade de Deus.
Neemias tinha disposição para interceder, porque conhecia o caráter
fiel e misericordioso de Deus. ( Sl 86:15)
O intercessor é alguém que importuna Deus com as suas súplica,
que não descansa e nem dá descanso a Deus.
Muitas vezes, começamos a interceder por uma causa e logo a
abandonamos. Neemias orou Por 120 dias com choro e jejum, dia e noite ele
insistiu com Deus. (Is 62:6,7).
Um intercessor é alguém que reconhece e confessa seus pecados e os
pecados do povo.
Três verdades nos chama atenção no Ministério de intercessão de
Neemias .
1. O intercessor tem consciência das causas da derrota do povo (Ne
1:6).
O pecado foi a causa do cativeiro. Deus entregou o povo nas mãos do rei
da Babilônia o pecado foi a causa da miséria dos que voltaram do cativeiro.
O pecado produz fracasso, derrota e vergonha.

2. O intercessor identifica se com os pecados Do povo.


Neemias orou “ Faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, os quais
temos cometido contra ti pois eu e a casa do meu pai temos pecado.
Neemias não ficou culpando o povo, mas identificou-se com ele.
O intercessor não é um acusador, jamais aponta o dedo para os outros,
antes levanta as mãos aos céu em ardorosa Oração.

3. Um intercessor faz confissões.


Muitas confissões são genéricas e pouco específicas, sem convicção do
pecado e sem quebrantamento. Neemias foi específico, temos procedido
corruptamente contra Ti, não temos guardado os mandamentos, nem os
estatutos, nem os juízos que ordenaste a Moisés, teu servo. Para que a
oração tenha efeito precisa ser acompanhada de confissão. ( Pv 28:13).
O intercessor não pode fazer vistas grossas sobre os pecados!
Ele identifica o pecado mas exercendo amor ao pecador! O intercessor
ama !

1° Módulo Doutrina. 6
• Isaias ( Intercessão persistente e constante)
Em Is 62,6 vemos: “Sobre os teus muros, ó Jerusalém, postei guardas;
eles não se calarão nem de dia, nem de noite”.
Vemos neste texto que é um desejo do coração de Deus, e mais que um
desejo é uma promessa, que não faltará aos seus escolhidos, intercessores,
sentinelas que jamais se calarão.
São esses os intercessores que o Senhor deseja, homens que não
descansem e nem dêem a Ele descanso “até quê”...
A persistência é uma outra característica forte do intercessor. Ele não
desiste facilmente e se apóia firmemente nas promessas do próprio Deus,
naquilo que Ele próprio prometera.

• Ezequiel ( Intercessão acessível e altruísta).


No livro do profeta Ezequiel, o Senhor se queixa por não ter encontrado
nenhum intercessor disponível e voluntário como vemos:
“Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na
brecha perante mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a
ninguém, achei”.( Ez 22:30).
Por isso se faz urgente em nossas famílias, igrejas, e etc, que se levante
intercessores dispostos para tapar as brechas dos que estão no pecado e as
fraquezas de seu povo. Quê ame o pecador mais do abomine o pecado.

➢ Novo Testamento
No novo testamento vemos Paulo, quando escreve aos efésios, exorta-
os a intensificar o ministério de intercessão, isto é, fazê-lo crescer, quando diz:
“Intensificai as vossas invocações e súplicas.
Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa
vigília de súplica por todos os cristãos”. (Ef 6,18).
Também repete a mesma coisa aos Filipenses quando diz: “Não vos
inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas
preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graça” (Fl 4,6).
Paulo, ainda, confiando no ministério de intercessão dos colossenses,
anima-os e pede a intercessão por ele: “Sede perseverantes, sede vigilantes na
oração, acompanhada de ações de graça. Orai também por nós. Pedi a Deus
que dê livre curso à nossa Palavra para que possamos anunciar o ministério de
Cristo” (Col 4,2-3).

1° Módulo Doutrina. 7
O Ministério Intercessor De Jesus
Jesus é o intercessor por excelência, aliás, Ele é “o intercessor”. É Ele
que se coloca entre o céu e a terra na sua cruz como expiação pelos nossos
pecados.
É dele que Paulo fala em Rm 8:34 (Ler).
É dele também que nos fala João em I Jo 2:1 (Ler).
E o próprio Jesus se apresenta aos discípulos como intercessor quando
diz em Jo 14:12-14 (Ler).
Qualquer coisa que pedirdes em meu nome, vo-lo darei”. Então, de
posse destas três passagens nós vamos entender que Jesus é o intercessor,
nosso advogado de defesa diante do Pai.
É por Jesus, só por Jesus, que o Pai atende aos intercessores. É Jesus
quem fica diante do Pai a interceder por nossos pecados. A Ele, nada o Pai
pode negar, pois, Ele todo já se deu ao Pai, para o resgate da humanidade.
É por isso que o pedido do intercessor deve ser feito ao Pai em nome de Jesus
como nos manda a Sagrada Escritura em Jo 14,13; Jo 15,7; Jo 16,23-28.
Poderíamos citar outros exemplos mas vamos nos ater somente à
esses.

❖ O Dom De Línguas e o Chamado De Intercessão.


O Espírito Santo que mora em nosso coração é fruto da plenitude do
Amor que há entre o Pai e o Filho. E este Espírito que nos foi dado para nossa
santificação vem auxiliar a nossa fraqueza.
Quando a vontade de Deus parece obscura para nós, quando não
entendemos os desígnios de Deus para a nossa vida, ou para a vida do irmão
por quem intercedemos, podemos, com toda certeza, orar na língua do Espírito
Santo e deixar que os “gemidos inexprimível” cheguem ao Trono de Deus, na
certeza de que o Espírito só intercede dentro da vontade de Deus e jamais
sairá dela (Rm 8:26-27).
O ministro de intercessão jamais poderá deixar de orar nesta língua,
porque ele tem a certeza de que o Espírito Santo caminha muito além do que
se pode perceber ou experimentar, pois Ele entra até mesmo as profundezas
de Deus. (I Cor 2:10).

1° Módulo Doutrina. 8
Nove Passos Para Uma Intercessão Eficaz.
1. Um coração limpo diante de Deus
depois de ter dado tempo ao Espírito Santo de convencê-lo do pecado
ainda não confessado. Sl 65,18: “Se intentasse no coração o mal, não me teria
ouvido o Senhor.
2.Reconheça que você não pode orar sem a orientação e o poder do
Espírito Santo.
Rm 8,26: “Outrossim, o Espírito vem em auxílio a nossa fraqueza,
porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o
Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis.”
3. Renuncie as próprias idéias, desejos e preocupações por aquilo que
se deve orar.
Provérbios 3:5 nos diz “Que teu coração deposite toda confiança no
Senhor! Não te firmes em sua própria sabedoria”. Veja também Isaías 55:8.
4. Peça a orientação do Espírito Santo
“buscai a plenitude do Espírito” (Ef 5,18 ) e agradeça-o pois “sem fé é
impossível agradá-lo” (Heb 11,6).
5. Fé
Hebreus 11:6 diz: Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é
necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é
galardoador dos que o buscam. Louve o Senhor creia, pela fé, no ministério
maravilhoso que Ele lhe concede.
6. Seja agressivo com o inimigo
Vá contra Ele com o poderoso nome de Jesus e com a “espada do
Espírito”, que é a Palavra de Deus. “Sede submissos a Deus. Resisti ao
demônio e ele fugirá para longe de vós.” Tiago 4:7.
7. Paciência.
Em silêncio expectante na obediência e na fé, que o Senhor lhe fale. Jo
10,27: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me
seguem”.
8. Use a Sagrada Escritura para orientação e confirmação.
Sl 118,105: “Vossa Palavra é um facho que ilumina meus passos. É uma
luz em meu caminho”.

9. Adoração e Gratidão
Quando terminarem as intercessões, louve e agradeça ao Senhor pelo que Ele
fez lembrando-se de que “tudo é dele, por Ele e para Ele. A Ele a glória pelos
séculos.” (Rm 11: 36).

1° Módulo Doutrina. 9
❖ Tentações Na Vida Do Intercessor
• Fofoca ( Tg 1:26 ; Pv 11:13).
• Exibicionismo e vaidade ( Mt 6. 1-4).
• Orgulho ( Pv 16:18 ; Pv 29:23).

❖ Perigos Na Vida Do Intercessor


• Pecado não confessado (Sl 32.1-5).
• Sentimento de culpa ( Is 43:25).
• Complexos de inferioridade ou superioridade ( Lc 18. 9-14).
• Sentimentos feridos ( Mt 5. 23-24).
• A ausência de perdão ( Mt 5. 23-24).
• Revide ( Rm 12. 17-19).
• Falsas posições ( Jr 23.16- 40).
o Pensar que Deus dirige somente o visão o meios espetaculares.
o Pensar que toda direção vem de Deus.

❖ Inimigos Da Oração
• Indiferença ( Pv 21: 13).
• Independência, rebeldia ( 1 Sm 15:23).
• Insensibilidade ( Ne 9:16 ; Pv 29:1).
• Carnalidade ( Tg 4: 16).
• Indignação (Ef 4:26-27).
• Inconstância ( Tg 1. 5-8).

Anotações:
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1° Módulo Doutrina. 10
Doutrina Parte ll

“Arrumando á Casa”

As Obras da Carne
As obras da carne são pecados graves que resultam da natureza
pecaminosa do homem. Foi o apóstolo Paulo quem apresentou uma lista uma
lista de praticas denominadas por ele como “obras da carne” ao escrever para
os cristãos da Galácia (Gálatas 5:20,21).

❖ O que significa “obras da carne”?


Para entendermos o significado da expressão “obras da carne”,
precisamos primeiramente entender a forma com que o apóstolo Paulo utiliza a
palavra “carne” em suas epístolas. No Novo Testamento, “carne” o grego sarx.
Num sentido geral, se referindo simplesmente à humanidade. Num
sentido mais específico, se referindo ao aspecto físico e material da vida
humana.
Num sentido ainda mais específico, se referindo à natureza humana
depravada e corrompida pelo pecado. Neste caso inclui a mente e a alma do
homem.
Falando sobre as obras da carne no capítulo 5 da Carta aos Gálatas, é
evidente que Paulo está aplicando a palavra “carne” para se referir à natureza
humana pecaminosa. Inclusive, ele estabelece um contraste especial entre
“carne” e “Espírito”, do grego pneuma.
As obras da carne são vícios originados da própria natureza humana
caída.

❖ O que são as obras da carne?


Na lista registrada em Gálatas, o apóstolo mencionou quinze elementos
colocado como “obras da carne”.
São eles:
• Pecados relacionados à imoralidade: prostituição, impureza e lascívia.
• Pecados relacionados aos falsos deuses: idolatria e feitiçaria.
• Pecados relacionados à rivalidade: inimizades, porfias, ciúmes, iras,
discórdias, dissensões, facções e invejas.
• Pecados relacionados aos excessos: embriaguez e glutonaria.

1° Módulo Doutrina. 11
❖ Análise das obras da carne
➢ Prostituição
Também podendo ser traduzido como imoralidade, é um termo utilizado
pelo apóstolo em outras passagens( Efésios 5:3; Colossenses 3:5; 1
Tesalonicensses 4:3) e que se refere a toda espécie de relações sexuais
ilícitas.
➢ Impureza
Incluindo não só as ações, mas também as palavras, pensamentos e
intenções impuras.
➢ Lascívia
Uma palavra que também pode ser traduzida como indecência ou
libertinagem. Este termo enfatiza, principalmente, a falta de domínio próprio,
onde a pessoa se entrega totalmente aos seus próprios desejos
pecaminosos sem qualquer decência.
Idolatria
Um termo que não se refere apenas à adoração de imagens.
A idolatria inclui toda prática de adoração e culto à falsos deuses, pessoas,
objetos ou a qualquer coisa que desvie a adoração ao verdadeiro Deus.
Feitiçaria
Esta palavra traduz o termo grego pharmakeia, que basicamente
não possui conotações morais. Este termo grego pode ser traduzido como
“droga” (remédio), “veneno” ou “poção”, enfatizando a manipulação destes
elementos.
O termo aplicado pelo apóstolo no sentido de bruxaria, onde pessoas
buscam em fórmulas, poções e encantamentos, um poder sobre-humano,
refletindo a fé num tipo de magia ao invés da confiança em Deus.
➢ Inimizades
Se refere à hostilidade e antipatia (cf. Efésios 2:16).
➢ Porfias
São disputas, discórdias, rixas, busca pela superioridade sobre os
outros e contendas ( Romanos 1:29; 13:13; 2 Coríntios 12:20; Filipenses 1:15;
1 Timóteo 6:4; Tito 3:4).
➢ Ciúmes
Paulo menciona este termo em conexão com as “disputas” (cf. Romanos
13:13; 1 Coríntios 3:3; 2 Coríntios 12:20). Isto significa que o ciúme do qual o
apóstolo fala, está relacionado ao egocentrismo que reflete o ressentimento e a
inveja pela realização de outras pessoas.

1° Módulo Doutrina. 12
➢ Iras
Ele está diretamente relacionado às inimizades, porfias e ciúmes que
resultam certamente em explosões de ira (cólera).
➢ Discórdias
Aplicado no sentido de “ambições egoístas”, isto é, disputas pelo poder.
Esse tipo de comportamento resulta sempre em reações contrárias às opiniões
de outras pessoas (cf. Romanos 2:8; 2 Coríntios 12:20; Filipenses 1:17; 2:3).
➢ Dissensões
Resulta das discórdias mencionadas acima, ou seja, os homens levados
por motivos egoístas buscam honras para si mesmos a qualquer custo (cf.
Romanos 16:17).
➢ Facções
Grupos se formam e tramam uns contra os outros ameaçando a unidade
da Igreja. Esse comportamento implica em intrigas partidárias (cf. 1 Coríntios
11:19).
➢ Inveja
Se refere ao sentimento de descontentamento pelo o que o outro é ou
possui. Esse é um tipo de sentimento que leva a pessoa a consumir-se (
Romanos 1:29; Filipenses 1:15; 1 Timóteo 6:4; Tito 3:3).
Na Bíblia encontramos vários textos que apontam para o perigo da
inveja, como no caso da morte de Abel por Caim, ou na forma com que José foi
tratado pelo seus irmãos.
➢ Embriaguez
Se refere às manifestações de descontrole e intemperança ocasionados
por bebidas embriagantes ( Romanos 13:13; Lucas 21:34).
➢ Glutonaria
O termo aplicado por Paulo se refere ao estilo de vida desenfreado e
extravagante sem limites.

❖ Qual o perigo das obras da carne?


O apóstolo Paulo faz uma grave exortação quanto ao perigo das obras
da carne. Sobre isso, ele escreve que “não herdarão o reino de Deus os que
tais coisas praticam” (Gálatas 5:21).
Com isto o apóstolo está dizendo que quem não vive segundo o Espírito,
ou seja, quem se entrega às práticas da natureza pecaminosa, não participará
da consumação do reino de Deus quando Cristo voltar.

1° Módulo Doutrina. 13
A verdadeira liberdade em Cristo pode ser vista no fruto do Espírito, enquanto a
libertinagem pode ser vista nas obras da carne.

O Fruto do Espírito Santo (Gálatas 5.22-23).


No interior de cada crente é travado um grande conflito: o Espírito contra
a carne (Gl 5.17). Até o dia da nossa conversão, a "carne" ou a natureza
pecaminosa reinava sozinha.
Nascemos de novo e o Espírito Santo veio habitar em nós com o
objetivo de controlar e mudar toda a nossa vida.
O conflito é inevitável, mas se desejamos uma vida cristã vitoriosa,
devemos entregar o controle e a direção da nossa vida ao Espírito Santo.
Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito (Gl 5.25).
O Espírito Santo reinando em nós produzirá o caráter cristão. Ele
produzirá em nós as virtudes do caráter de Jesus Cristo.

➢ O QUE É O FRUTO?
O fruto do Espírito são qualidades morais divinamente implantadas. São
resultados da ação do Espírito em nosso caráter.

O nosso interior é como um campo onde estamos semeando diariamente.


Aquilo que você semear você irá colher.
"Semeie um pensamento, e você colherá uma ação; semeie uma ação, e você
colherá um hábito; semeie um hábito e você colherá um caráter; semeie um
caráter e você colherá um destino".
Se você deseja que o Espírito Santo produza o fruto em você, forneça-lhe os
meios: oração e leitura bíblica.
"A graça nos confere os meios para colhermos abundante safra espiritual".

Antes de ser um fruto maduro, há etapas que precisam ser cumpridas. Isto
demanda tempo: primeiro a flor, depois o embrião e por fim, o fruto (Mc 4.28).
➢ As virtudes do Fruto ( Gl 5.22-23).
Há uma classificação comum destas virtudes:
o Amor, alegria e paz (meu relacionamento com Deus);
o Longanimidade, benignidade e bondade (meu relacionamento
com os outros)
o Fidelidade, mansidão e domínio próprio (relacionamento comigo)

1° Módulo Doutrina. 14
❖ Vejamos cada virtude separadamente:
Amor
Na língua grega "amor" (ágape) é uma palavra distinta usada para
descrever a natureza do amor de Deus (Jo 3.16).
Ele nos amou sem que oferecêssemos motivos para que Ele nos
amasse. E é esse amor que o Espírito derrama em nosso coração (Rm 5.5),
para que possamos obedecer ao mandamento de Jesus:
O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como
eu vos amei (Jo 15.12).

Em 1 Co 13 Paulo apresenta quinze características do amor: é sofredor,


benigno, não é invejoso, não se ufana, não é soberbo, não é indecoroso, não é
interesseiro, não se irrita, não se ressente do mal, não se alegra com a
injustiça, alegra-se com a verdade, tudo aguenta, tudo acredita, tudo espera e
tudo suporta.
Examinando- se hoje, você ama verdadeiramente à Deus, à si e ao seu
próximo?
O amor expressa o conteúdo total da fé cristã. O amor é a essência do
caráter divino: Deus é amor (1 Jo 4.8).
Alegria:
A alegria (no grego "charis") é o gozo da graça, é um bem-estar
espiritual, resultado de uma correta relação com Deus.
A fonte desta alegria é o Senhor (Rm 12.12). É a chamada "alegria da
fé" (Rm 15.13) e a "alegria no Espírito Santo" (Rm 14.17).
Esta alegria independe das circunstâncias externas e pode ser
desfrutada em meio às tristezas e aflições desta vida.
Paz:
Paz Shalom, no hebraico inclui tudo quanto Deus tem dado em todas as
áreas da vida.
A paz é uma dádiva de Deus (SI 4.8; 29.10-11; 119.165) e pode ser
desfrutada somente na presença de Deus (Nm 6.24).
No contexto do Novo Testamento, Jesus é a nossa paz. Confira em Ef 2.14-18.
Nele encontramos sossego, mesmo em meio às tribulações.
A paz de Cristo não significa ausência de guerra, mas é uma
tranquilidade interior gerada pelo Espírito Santo.

1° Módulo Doutrina. 15
Longanimidade:
Longanimidade ("makrothumia", no grego) significa literalmente "fôlego
comprido" ou "lento à ira".
É a paciência para suportar injúrias de outras pessoas. E um atributo de
Deus, que tolera pacientemente todas as fraquezas humanas, não se deixando
tomar por explosões de ira ou furor (Nm 14.18; SI 86.15; Rm 2.4; 1 Pe 3.20).
O Espírito Santo nos capacita à longanimidade, isto é, sermos tolerantes
com as pessoas cuja conduta visa provocar-nos à ira (Mt 18.21-35).

Benignidade:
Benignidade (no grego, "chrestotes") significa uma disposição gentil e
graciosa para com os outros. Também significa "excelência de caráter" e
"honestidade".
É um atributo divino (Mt 11.30; Tt 3.4). Jesus Cristo é o nosso modelo
de gentileza, pois sempre se mostrou gentil para com os seus semelhantes.
Bondade:
Bondade (no grego, "agathosune") significa aquilo que é bom e útil. É a
qualidade de generosidade e de ação gentil para com outras pessoas.
"Uma pessoa é bondosa quando se dispõe a ajudar àqueles que estão
em necessidade" (M. Lutero).
A bondade é um atributo de Deus (SI 34.8; 107.1; Mt 19.17). Bondade e
benignidade são termos que estão ligados entre si (Rm 2.4; Ef 2.7).
Fidelidade:
Fé (no grego, "pistis") pode significar tanto "confiança" quanto
"fidelidade". Para Paulo, "fé" significa o recebimento da mensagem da salvação
e a conduta baseada no Evangelho (Rm 1.8; 1).
O cristão vive pela fé, e de fé em fé (Hb 11.1-6).

Mansidão:
Mansidão (no grego, "prautes") possui três significados principais:
o Submissão a Deus (Mt 5.5; 11.29);
o Dócil ou não soberbo (Tg 1.21)
o Consideração (1 Co 4.21; 2 Co 10.1; Ef 4.2).
A mansidão é o resultado da verdadeira humildade, que reconhece o valor do
outro e se recusa a se considerar superior. É a virtude daqueles que herdarão
a terra (Mt 5.5). Jesus Cristo é o modelo perfeito de mansidão.

1° Módulo Doutrina. 16
Domínio Próprio:
Domínio próprio (no grego, "egkrateia") significa "autocontrole", o
domínio dos próprios desejos e apetites. É o senhorio sobre a língua, os
pensamentos, os apetites e as paixões sexuais (Pv 16.32; 1 Co 7.9; 9.25).
A vitória mais difícil é a vitória sobre o próprio eu ou sobre as próprias
paixões. Somente com o poder do Espírito Santo é possível o domínio próprio.

Quando olhamos para o fruto do Espírito Santo vemos um retrato de


Jesus Cristo.
Todas as nove virtudes estão presentes no caráter de Cristo.
Elas só podem ser implantadas no crente, por intermédio do Espírito
Santo.
Ele é quem opera a transformação moral do crente (2 Co 3.18).

Anotações
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1° Módulo Doutrina. 17
Doutrina Parte lll

“Equipando-se para a Guerra”

Tipos de Oração
I Tessalonicenses 5.17 "orai sem cessar"
• Oração de ADORAÇÃO: Salmos 113.1-6
A oração de adoração ou de louvor é uma oração onde você fala com
Deus sobre os atributos dele exaltando ao Senhor pela sua Grandeza, força,
eternidade, poder e etc.
Seria como elogiar a Deus falando sobre o que Ele é. Jesus disse que
Deus procura adoradores (João 4.24).
Adore a Deus reconhecendo sua Glória e Majestade.
• Oração de CONFISSÃO: Salmos 32.1-5
A oração de confissão é o momento que refletimos, arrependemos e
confessamos a Deus os nossos pecados. Devemos falar com Deus contando o
que fizemos, falamos e até mesmo pensamos de errado, reconhecendo que
somos falhos.
Os erros que cometemos contra nós mesmos ou contra alguém também
aborrece a Deus e deve ser confessado.
• Oração de INTERCESSÃO: Salmos 20.1-4
Na oração de intercessão oramos não por nós mesmos e sim por outras
pessoas. É um momento em que nos colocamos no lugar de alguém para pedir
a bênção do Senhor por suas vidas (Atos 12.5). Durante a oração você se
lembra de alguém que está precisando e ora por esta pessoa, isso é
intercessão.

• Oração de PETIÇÃO: Salmos 54.1-4


As petições são seus pedidos especiais por sua vida, família e pelo
Reino . É o momento que fala com Deus sobre os desejos do seu
coração (Salmos 37.4),. Peça crendo, porquê Ele é Onipotente . (Mateus
7.7,8).
• Oração de AÇÃO de GRAÇAS: Sl 92.1-5
Esta oração é um agradecimento por algo específico que Deus fez em
sua vida. Uma expressão de gratidão. Por exemplo por um livramento, cura ou
resposta de oração. Agradeça a Deus declarando suas maravilhas em sua
vida (Salmos 75.1).

1° Módulo Doutrina. 18
• Oração em LÍNGUAS
São orações que O Espirito nos leva à fazer quando somos incapazes
de pensar em palavras adequadas (Romanos 8.26-27). O próprio Espírito
intercede por nós.

• Oração de CONCORDÂNCIA
É feita quando a oração é feita com dois ou mais pessoas. Uma só
levanta a voz alta e os demais concorda com as palavras proferidas.

Seja constante
A caminhada de oração se aprende passo a passo. A ordem não
importa, o indispensável é orar. Orar é conversar com Deus e deve ser feito
sem cessar (I Ts 5.16-18).
À medida que crescemos no nosso amor por Jesus Cristo, naturalmente
desejaremos falar com Ele.
Afinal não existe relacionamento bem sucedido sem um bom diálogo.

❖ Orando a Palavra
Assim como a constituição de um país é o norteador para todas as suas
Leis; como o código Penal apresenta os parâmetros para todas as acusações
ou absolvições, a Bíblia, que é a Palavra de Deus, é a constituição do Reino de
Deus, nosso manual e fonte de oração.
O Senhor mesmo declara, por boca do profeta Isaías: Is 55:10,11.(ler)
Deus quer dizer: “ A Palavra que sai da Minha boca, antes de retornar
para Mim, produzirá o que ela disse".

❖ Coloque em seu espírito este princípio:


A Palavra de Deus produz exatamente o que ela diz. Logo, quando a
oramos, já começamos com a resposta.
Lendo as orações registradas na Bíblia, vemos que a Palavra é
invocada, a promessa é lembrada.
Quem ora assim, está dizendo: “ Escrito está.... é isto mesmo, Senhor.
Concordo, creio, reivindicou, suplico, aproprio-me.
As orações firmadas na Palavra são diretas, objetivas e carregadas de
vida e fé.

1° Módulo Doutrina. 19
❖ Prepare-se para orar
Estabeleça um horário e um lugar fixo para seu período de oração. Isto
te ajudara-lo a criar o hábito.
Mais vale um pequeno período sistemático, perseverante, constante, do
que um longo tempo de vez em quando.

❖ Conheça a vontade de Deus pela Palavra


Nossas orações devem estar em linha com a Sua vontade (1 João 5:14, 1).
Como conhecer o que está na mente de Deus e saber Sua ?
A resposta é na Sua própria Palavra.
A maioria das coisas que Ele quer fazer em nossa vida, já está nela
revelada. Conhecendo a Palavra de Deus, saberemos discernir Sua vontade, e
orando-a, estaremos em linha com Seu propósito revelado, pelo que podemos
ter a confiança de que Ele já nos respondeu, antes mesmo de vermos sua
materialização ( Rm 12:2).

❖ Mude a linguagem da oração


A maioria das palavras de muitas orações brota de frustrações,
conceitos errados sobre Deus, incredulidade, é dúvida, razão porque nada
acontece.
Se quisermos ver Deus agindo, leiamos a Palavra, façamos dela nossa
fonte de meditação e de conversa: em suma, vivamos a Palavra e baseemos
nela nossa orações, pois a única coisa que Deus confirma é a Sua Palavra.
Nossa fé é baseada em Deus e Sua Palavra, pois a fé é tomar por
verdadeira a Palavra de Deus.
A fé crescerá na proporção do nosso conhecimento, pois como exercer a
fé naquilo que não se conhece?
Não podemos crer numa promessa desconhecida. O que nos leva à
ousadia da fé é o conhecimento da promessa.
Se Deus disse que alguma coisa é nossa, então assim é!
O que temos de fazer é crer e tomar posse do que já é nosso.
Se Deus nos prometeu uma benção, é porque Ele quer dar.
Creia !

1° Módulo Doutrina. 20
➢ Tipos Jejum
O jejum não muda a Deus. Ele é o mesmo antes, durante e depois de
seu jejum. Mas, jejuar mudará você. Vai lhe ajudar a manter-se mais Sensível
ao Espírito de Deus”.

• O jejum não tornará Deus mais bondoso ou misericordioso para


conosco, ele está ligado diretamente a nós, à nossa necessidade
de romper com as barreiras e limitações da carne.
• O jejum deixará nosso espírito atento pois mortifica a carne e
aflige nossa alma. Jesus deixou-nos um ensino precioso acerca
disto quando falava sobre o jejum:

“Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho


romperá os odres; e tanto se perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho
novo em odres novos.” (Mc 2.22).
O odre era um recipiente feito com pele de animais, que era
devidamente preparada mas, com o passar do tempo envelhecia e ressecava.
O vinho, era o suco extraído da uva que fermentava naturalmente dentro do
odre.
Portanto, quando se fazia o vinho novo, era sábio colocá-lo num
recipiente de pele (o odre) que não arrebentasse na hora em que o vinho
começasse a fermentar, e o melhor recipiente era o odre novo.
Com essa ilustração Jesus estava ensinado-nos que o vinho novo que
Ele traria (o Espírito Santo) deveria ser colocado em odres novos, e o odre (ou
recipiente do vinho) é nosso corpo. A Bíblia está dizendo com isto que o jejum
tem o poder de “renovar” nosso corpo.
O propósito primário do jejum é mortificar a carne, o que nos fará mais
suscetíveis ao Espírito Santo.
Alguns acham que o jejum é uma “varinha de condão” que resolve as
coisas por si mesmo, mas não podemos ter esse tipo de entendimento errado.
A resposta às orações flui melhor quando jejuamos porque através desta
prática estamos liberando nosso espírito na disputada batalha contra a carne, e
por isso que as coisas acontecem.
Por exemplo, a fé é do espírito e não da carne; portanto, ao jejuar
estamos removendo o entulho da carne e liberando nossa fé para se
expressar.
Quando Jesus disse aos discípulos que não puderam expulsar um
demônio por falta de jejum (Mt 17.21), ele não limitou o problema somente a
isto mas falou sobre a falta de fé (Mt 17.19,20) como um fator decisivo no
fracasso daquela tentativa de libertação.

1° Módulo Doutrina. 21
O jejum nos faz mais conscientes da autoridade que nos foi delegada.

➢ Diferentes Formas De Jejum


A) Jejum Parcial
Normalmente o jejum parcial é praticado em períodos maiores ou quando
a pessoa não tem condições de se abster totalmente do alimento (por causa do
trabalho, por exemplo). Se absteve de alimentos, porém não totalmente. E
embora tenha escolhido o que aparentemente seja a forma menos rigorosa de
jejuar.
B) Jejum Normal.
É a abstinência de alimentos mas com ingestão de água. Foi a forma
que nosso Senhor adotou ao jejuar no deserto.

C) Jejum Total.
É abstinência de tudo, inclusive de água. Na Bíblia encontramos poucas
menções de ter alguém jejuado sem água, e isto dentro de um limite: no
máximo três dias. Não se esqueça que estará lutando contra sua carne
(natureza e impulsos) e não contra o seu corpo físico.

➢ A Duração Do Jejum
A Bíblia não determina regras deste gênero, portanto cada um é livre
para escolher quando, como e quanto jejua.
Vemos vários exemplos de jejuns de duração diferente nas Escrituras:
1 dia – O jejum do Dia da Expiação
3 dias – O jejum de Ester (Et 4.16) e o de Paulo (At 9.9);
7 dias – Jejum por luto pela morte de Saul (I Sm.31.13);
14 dias – Jejum involuntário de Paulo e os que com ele estavam no
navio (At 27.33);
21 dias – O jejum de Daniel em favor de Jerusalém (Dn 10.3);
40 dias – O jejum do Senhor Jesus no deserto (Lc 4.1,2);
A Bíblia fala de Moisés (Ex 34.28) e Elias (1 Re 19.8) jejuando períodos de
quarenta dias. Porém vale ressaltar que estavam em condições especiais, sob
o sobrenatural de Deus.

Se Não significa Nada pra você, Não significará Nada para Deus.

1° Módulo Doutrina. 22
❖ Dons Espirituais
Os dons espirituais são “habilidades” que são dadas por Deus para nós,
a igreja. Eles são essenciais para o nosso crescimento individual e também
de todo o corpo de Cristo.

Paulo fala sobre 9 dons espirituais que a igreja pode receber.

• Dons de fala
– Profecia
– Variedade de línguas
– Interpretação de línguas

• Dons de revelação
– Palavra de sabedoria
– Palavra de conhecimento
– Discernimento de espíritos

• Dons de poder
– Fé
– Dom de cura
– Operação de maravilhas

Vejamos de modo detalhado:

➢ Palavra de conhecimento
É quando você tem uma revelação de alguma coisa que já aconteceu
ou está acontecendo.
Geralmente, é algo em que você precisa refletir sobre o significado do
que foi revelado para você.
Isso pode acontecer através de um testemunho interior — aquilo que
você simplesmente sabe sem ninguém precisar ter falado para você —
, visões, sonhos etc.

➢ Palavra de sabedoria
Este dom é bem parecido com a palavra de conhecimento, mas
está mais ligado ao futuro.

Ele é a revelação de algo, seguido de um conselho.


Muitas pessoas o confundem com o dom de profecia, pois eram
os profetas do antigo testamento que exercitavam este dom. Porém, na
verdade, é a palavra de sabedoria o dom que mais se aproxima daquilo que
chamamos de “profecia” hoje em dia.

Vale ressaltar que esse dom não tem a ver com o conhecimento
humano ou sobre ciência. O nome “sabedoria” se deve ao fato do conselho
gerado após a revelação.

1° Módulo Doutrina. 23
➢ Discernimento de espíritos
Ele nos dá a capacidade de perceber o mundo espiritual a nossa
volta.
Se você já ouviu a voz de Deus audivelmente, se já viu anjos — ou
demônios — ou conseguiu identificar espíritos malignos em meio a batalhas
espirituais, isso foi uma manifestação do dom de discernimento de
espíritos.

➢ Dom de cura
Ele é o dom de poder mais simples de explicar. Resumidamente, é
a manifestação de qualquer milagre que envolva cura.

➢ Fé
A fé também é um dom de poder. Mas este dom não é igual a fé que
temos normalmente.
Podemos dizer que é uma fé “especial”. Este dom é quando ocorrem
milagres cujo único propósito é exaltar o Reino de Deus. Mas é algo que
ocorre de forma passiva. Ou seja, o milagre acontece com a pessoa
que recebe o dom.

A diferença dele para os outros dons de poder é que ele coloca a pessoa
em uma vitrine para que todos vejam o milagre e o Reino de Deus seja
exaltado por conta disso.

➢ Operação de maravilhas
Este dom é quando se manifestam milagres que não sejam nem de
cura e nem de fé. Ou seja, você realiza o dom de forma ativa e não o recebe.

O melhor exemplo disso são os milagres que Jesus realizava, como


transformar a água em vinho ou andar sobre as águas.

➢ Variedade de línguas
O dom de variedade de línguas é, como o nome diz, para falar outras
línguas. O fato de você não saber o que está sendo dito, não impede que este
seja um idioma falado em outro local. Vemos isso claramente em Atos 2.
O dom de variedade de línguas serve para falar qualquer língua.

Interpretação de línguas
Este dom, como o próprio nome já diz, é quando ocorre a interpretação
daquilo que está sendo dito por outra pessoa que se manifesta no dom
de variedade de línguas.
O legal é que a Bíblia diz que, somados, os dons de variedade de
línguas e o de interpretação de línguas são iguais ao dom de profecia —
como podemos ver em I Coríntios 14:5.

1° Módulo Doutrina. 24
➢ Profecia
Este dom geralmente funciona como confirmação de algo que a gente
já sabe. Ele serve para 3 propósitos
específicos: edificação, exortação e consolação das pessoas.

❖ Para que servem os dons espirituais?


Os dons espirituais nos são dados visando o bem comum. Ou seja, os
dons espirituais são para a edificação da igreja,
seu crescimento e amadurecimento.

Além disso, serve também como sinal para aqueles que ainda não
acreditam em Deus.

❖ Quem distribui os dons espirituais?


É Deus quem nos dá os dons através do Espírito Santo. Ele que separa
os dons para as pessoas e nos ajuda a exercê-los, como podemos ver neste
texto: 1 Coríntios 12:11
Então, fica claro que é o Espírito Santo quem reparte os dons entre os
irmãos. Por isso, muitas pessoas se movem em algum dom e outros não.
Porém, todos nós temos acesso a estes 9 dons espirituais, só precisamos
buscá-los.

❖ Como desenvolver os dons espirituais?


A melhor forma de desenvolver um dom espiritual é praticando. Assim
como um músico, que embora saiba as notas e os acordes, só ficará bom se
praticar.
Além disso, vemos claramente na Bíblia que ninguém nasce sabendo,
mas sim vai melhorando no manifestar do dom: ( 1 Coríntios 14:12).

É possível crescer nos dons espirituais, logo tem um progresso e


uma melhora que precisa ser buscada.

Os dons existem e já temos acesso a eles, só falta a nossa dedicação


em buscá-los e praticá-los.

Anotações

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1° Módulo Doutrina. 25
➢ Armadura de Deus na Bíblia Éfesios 6.10-17.
Diariamente o Cristão luta contra inimigos na esfera espiritual, por isso
precisa de equipamentos espirituais para vencer seus principais adversários,
Satanás e seus aliados.
A verdade sobre esse confronto é que a batalha não é contra seres
humanos, mas sim contra poderes espirituais da maldade (Efésios 6:12).

Se o cristão luta contra pessoas, ele estará perdendo tempo, pois


deveria lutar contra o diabo, que busca incansavelmente controlar os indivíduos
e transformá-los em inimigos de Deus.

O Apóstolo Paulo adverte que Satanás é um inimigo forte e somente


pelo Poder de Deus é possível enfrentá-lo e derrotá-lo. Subestimar o poder do
Diabo é um erro, não é por coincidência que ele é comparado com uma
serpente, um dragão e com um leão (Apocalipse 12:9, 1 Pedro 5:8).
Ao ler o Livro de Jó é possível perceber o que o Diabo pode realizar na
vida, na família e nos bens de uma pessoa. Jesus trata Satanás como um
ladrão, e afirma que ele veio para “roubar, matar e destruir” (João 10:10).
Ele não é somente forte, mas também astuto e malicioso.

Para a alegria do Cristão, Jesus Cristo já venceu Satanás e deixou


disponível uma armadura e algumas armas espirituais, mas é necessário
aceitar pela fé os recursos que Deus dá para enfrentar o inimigo. Sendo assim
você não está sozinho nessa guerra.

Deus supriu a Igreja com “toda a armadura” necessária para o combate.


Paulo ordena que nenhuma parte pode deixar de ser usada. Satanás
sempre procura uma brecha como alvo para seus ataques.

• Cingindo-vos com a verdade


A área da cintura ou abdômen era, em geral, considerada o centro das
emoções. Cingir essa área com a verdade é obrigar as emoções a crerem na
verdade. Com frequência, uma pessoa conscientemente se permite crer numa
mentira por causa do medo ou da autocomiseração. Crentes devem manter um
compromisso com a verdade quaisquer que sejam as repercussões. ( Jo 8. 32,
36).

1° Módulo Doutrina. 26
• Vestindo vos da coração da justiça .
O peito geralmente é considerado como o lugar da alma. Devemos manter o
coração puro e justo porque o pecado da ao inimigo um ponto de apoio.
Confissão e perdão com base no sangue de Cristo purificam o coração.

• Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz.


Calçados apropriados permitem que os pés caminhem de um lado para o outro.
Os crentes devem estar ocupados com os negócios de seu pai, isto é, com a
difusão do evangelho da paz e dar reconcilie reação.

• Embraçando sempre o escudo da fé


O inimigo é o nosso acusador ( Ap 12.10) E mandará seus dados de fogo para
produzir dúvida, medo e culpa. A fé reagem como um escudo invisível que
desvia essas falsas acusações ( Hb 11.6).

• O capacete da salvação
Um capacete protege a cabeça, isto é é o cérebro e os pensamentos. Certeza
da salvação é uma poderosa defesa contra a dúvida a insegurança e as outras
obras do maligno ( 1Jo 5.11-13).
• A espada do espírito
A palavra de Deus, a única arma ofensiva dessa armadura, foi usada pelo
senhor Jesus contra Satanás( Lc 4.1-13). A palavra viva é poderosa, eficiente
eficiente e instrutiva (Hb 4. 12; 2 Tm 3.16-17).

➢ O Poder do sangue de Jesus


o O Sangue de Jesus tem o poder do PERDÃO
Quando clamamos pelo sangue de Jesus, a primeira coisa que precisamos é
do seu perdão. Jesus morreu na cruz para nos perdoar dos pecados
(Apocalipse 7.14). Somente através do sangue de Cristo podemos ser lavados
de nossas culpas e voltar para Deus. Quem está com Jesus não tem mais a
condenação do pecado por causa do sangue de Cristo (Romanos 8.1).
Clame o sangue de Jesus para receber o Perdão de Deus!

1° Módulo Doutrina. 27
o O Sangue de Jesus tem o poder da SANTIFICAÇÃO
Hebreus 9.14 “muito mais o sangue de cristo, que, pelo Espírito eterno, a si
mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de
obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!”.

Para o ser humano é impossível ser santo, mas pelo poder do sangue de Jesus
somos lavados e purificados por Deus. Quando recebemos Jesus nos
tornamos uma nova criatura e o passado não conta mais (II Coríntios 5.17).
A libertação de vícios, maus hábitos e quaisquer pecados acontece através do
sangue de Jesus.

o O Sangue de Jesus tem o poder de COMUNHÃO


I Coríntios 10.16 “Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a
comunhão do sangue de cristo? O pão que partimos não é a comunhão do
corpo de Cristo?”.

O ser humano vive separado de Deus e do próximo por causa do


pecado, ”mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes
aproximados pelo sangue de Cristo” (Efésios 2.13).
A Santa Ceia relembra o sacrifício de Jesus ao derramar seu sangue para que
possamos ter comunhão com Deus e com os irmãos (Mateus 26.26-29).
Clame o sangue de Jesus para a Comunhão com Deus e o próximo!

o O Sangue de Jesus tem o poder da ADORAÇÃO


Hebreus 10.19, 20 “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos
Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos
consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne”.

Somos incapazes de comparecer diante de Deus para adorá-lo, mas através


do sangue de Jesus foi aberto um “novo e vivo caminho” (Hebreus 10.20) para
chegarmos até Deus como “adoradores que o adorem em Espírito e em
verdade” (João 4.24). Hoje temos liberdade de adorar ao Senhor onde, como e
onde quisermos. Quando adoramos a Deus estamos sob a cobertura do
sangue de Cristo.

1° Módulo Doutrina. 28
➢ O Poder do Nome de Jesus.
O nome de Jesus é uma arma ofensiva que serve para atacar o inimigo.
Essa arma também é utilizada para frustrar os planos forjados no inferno contra
as nossas vidas.
Há poder no nome de Jesus para renegar os vínculos que você fez no
passado, para quebrar os pactos, para quebrar as maldições, para curar os
enfermos do corpo e da alma e para expulsar os demônios.

O nome de Jesus tem poder…


o Para SALVAR a sua VIDA
o Para TORNÁ-LO FILHO de Deus
o Para DERROTAR as ações do Diabo
O Poder do Louvor
A adoração e uma arma eficaz na mão do cristão, como cooperadores do reino
devemos Intensificar nossa adoração cada vez mais, mergulhando num nível cada vez
mais profundo, o louvor a Deus tem o poder de expulsar o inimigo como diz em
1Samuel16;14-23 sempre que um espírito mau se aproximava de Saul,o Davi era
chamado pra louvar com sua harpa e assim o espírito mau se afastava dele.
Em (atos 16:25-26) fala a respeito de Paulo e Silas na prisão ... “E perto da meia noite,
Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos o escutavam. E
derrepente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se
moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.
Com esses versículos entendemos que o louvor tem poder pra expulsar demônios,
abrir grilhões e derrubar muralhas e através do louvor contemplamos a vitória de Deus
sobre nossos inimigos

Anotações
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1° Módulo Doutrina. 29

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