Você está na página 1de 91

2021

2a SÉRIE

GABARITOS E
RESOLUÇÕES

SAEP
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS
TECNOLOGIAS

Questões de 01 a 27

QUESTÃO 01
_21_1EM_2S_ING_LZ_L1_Q01
A frightening amount of drivers will fess up to texting
while driving. One recent survey found that 70% of people
will admit to using their smartphones at the wheel. Now a
new study goes beyond bad behaviors to investigate the
motivations behind them. When it comes to teen drivers at
least, it appears the culprit is an ascendant cultural plague:
FOMO.
FOMO, an acronym for “fear of missing out”, is not just
another cloying bit of slang, report Liberty Mutual Insurance
and the non-profit SADD, an acronym for Students Against
Destructive Decisions. In their study of 1,622 high school
juniors and seniors around the country, teen drivers said
they feel pressure to respond immediately to texts even
while driving and that they can’t help but peek at their
phones when notifications pop up in their apps. The
expectations of their “always on” lifestyles, the researchers
say, have “potentially deadly consequences.”
STEINMETZ, Katy. “FOMO is making teens terrible drivers”.
Disponível em: <https://time.com>. Acesso em: 25 jun. 2020.

O artigo trata da relação entre a síndrome do FOMO (fear of


missing out) e o uso do celular ao volante por adolescentes.
Com relação a essa atitude perigosa, a causa informada
pelo artigo é a
a) tendência entre os mais jovens de tomar atitudes
autodestrutivas.
b) característica da geração mais jovem de estar sempre
com pressa.
c) necessidade dos mais jovens de responder
imediatamente as notificações.
d) imaturidade dos mais jovens por não desenvolverem
responsabilidade no trânsito.
e) impossibilidade de adiar a resposta às mensagens dado
o imediatismo do mundo atual.

Gabarito: C

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C2H6
BNCC: EM13LGG401

No primeiro parágrafo do artigo, informa-se que 70%


das pessoas admitem usar o celular enquanto dirigem.
Ao investigar as causas desse mau comportamento, um
estudo encontrou relação entre jovens condutores e o
FOMO. No parágrafo seguinte, essa relação é explicada:
condutores mais jovens se sentem pressionados a
responder imediatamente as notificações que recebem em
seus celulares, o que caracteriza a síndrome do “medo de
ficar de fora”.

Alternativa A: incorreta. O artigo menciona apenas o nome


da organização Students Against Destructive Decisions
(Estudantes contra atitudes destrutivas), mas não traz como
causa do uso do celular no volante a tendência a cometer
atitudes destrutivas.
Alternativa B: incorreta. O artigo não menciona o fato de os
jovens estarem com pressa.
Alternativa D: incorreta. Em nenhum momento o artigo
menciona falta de maturidade por parte dos jovens.
Alternativa E: incorreta. Não se trata de uma
impossibilidade, pois sempre é possível aguardar para
responder uma mensagem. No entanto, a geração mais
jovem, que sofre de FOMO, sente-se pressionada a
responder imediatamente às notificações.
QUESTÃO 02
_21_1EM_2S_ING_VP_L1_Q01

The mysterious origins of Europe’s


oldest language
Euskara, spoken in the autonomous communities of
Navarre in northern Spain and the Basque Country across
northern Spain and south-western France, is a mystery: it
has no known origin or relation to any other language, an
anomaly that has stumped linguistic experts for ages.
“Nobody is able to say where [the language] comes
from”, according to Pello Salaburu, professor and director
at the Basque Language Institute at The University of the
Basque Country in Bilbao. “Scholars used to research
this problem many years ago, but there are no clear
conclusions.”
BITONG, Anna. Disponível em: <http://www.bbc.com>.
Acesso em: 10 ago. 2020.

O texto trata da misteriosa língua chamada euskara. A


julgar pelo contexto, o phrasal verb em destaque poderia
ser substituído por
a) “got lost”.
b) “is going”.
c) “is spoken”.
d) “has ended”.
e) “was originated”.

Gabarito: E

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C2H5
BNCC: EM13LGG401

Os mistérios que envolvem o idioma euskara estão


associados à sua origem e à sua relação com outras
línguas. O phrasal verb “come from” refere-se ao mistério
da origem do idioma, pois significa ser resultado de algo,
ter nascido em um lugar específico, ser obtido, produzido
ou encontrado em um determinado local.

Alternativa A: incorreta. O contexto não fala que a língua


se perdeu; entende-se que ela ainda é falada.
Alternativa B: incorreta. Os mistérios estão relacionados à
origem do euskara e à sua relação com outras línguas, e
não ao seu destino.
Alternativa C: incorreta. A primeira linha do texto já informa
onde a língua é falada.
Alternativa D: incorreta. A língua ainda é falada, não foi
extinta.
QUESTÃO 03
_21_1EM_2S_ING_LZ_L1_Q02
Cyberbullying is becoming more common and more
severe, a new survey has found, especially for members of
minority groups.
Some 35% of Americans have experienced harassment
online this year due to racial, religious, or sexual identity –
an increase of 3% from 2018, according to a study released
Tuesday by the Anti-Defamation League. Religion-based
harassment in particular increased to 22% in 2020, up from
11% in 2018.
“It is by definition difficult to be part of a marginalized
group, and that is as true in the online world as it is in the
real world,” said Jonathan A. Greenblatt, the CEO of the
ADL.
Cyberbullying is not only increasing but intensifying,
with 28% of Americans now saying they have experienced
“severe” online hate this year, including sexual harassment,
stalking, physical threats, or sustained harassment.
The vast majority (77%) of harassment took place on
Facebook, the survey found. That is a significant increase
from 2018, when 56% of harassment occurred on the social
network. Smaller percentages of respondents experienced
harassment or hate on Twitter (27%), YouTube (18%),
Instagram (17%) and WhatsApp (6%).
PAUL, Kari. Disponível em: <https://www.theguardian.com>.
Acesso em: 25 jun. 2020.

O artigo aborda o cyberbullying, termo que se refere à


violência praticada contra alguém por meio da internet.
De acordo com o texto, é correto afirmar que, nos Estados
Unidos, o cyberbullying
a) atinge as minorias religiosas de forma mais severa.
b) aumentou contra minorias sociais de 2018 até o presente.
c) não acomete pessoas pertencentes a grupos
privilegiados.
d) ocorre equitativamente nas redes sociais com maior
número de usuários.
e) cresceu em porcentagem de atingidos, mas não na
severidade dos casos.

Gabarito: B

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C2H6
BNCC: EM13LGG401

O artigo ressalta justamente o crescimento do cyberbullying


entre as minorias sociais desfavorecidas, de acordo com o
primeiro parágrafo do texto. O segundo parágrafo também
informa que 35% dos americanos sofreram algum tipo de
assédio devido a identidade racial, religiosa ou sexual, um
crescimento de 3% desde 2018.

Alternativa A: incorreta. O texto afirma que o cyberbullying


baseado em religião aumentou – “Religion-based
harassment in particular increased to 22% in 2020, up
from 11% in 2018.”. Em nenhum momento, ele diz que
o cyberbullying atinge de forma mais severa minorias
religiosas.
Alternativa C: incorreta. Embora o artigo informe que as
minorias sociais são mais atingidas, em nenhum momento
se afirma que os grupos privilegiados estão livres dessa
forma de assédio.
Alternativa D: incorreta. O último parágrafo mostra que a
grande maioria dos casos ocorre no Facebook.
Alternativa E: incorreta. O texto deixa claro que, nos
Estados Unidos, o cyberbullying não apenas está
aumentando, como também está se tornando mais severo
– “Cyberbullying is not only increasing but intensifying,
with 28% of Americans now saying they have experienced
‘severe’ online hate this year”.
QUESTÃO 04
_21_1EM_2S_ING_LZ_L1_Q04

THAVES, Bob. Frank and Ernest. Disponível em: <https://www.gocomics.com>. Acesso em: 25 jun. 2020.

Na tira, o efeito de humor é produzido pela


a) revelação de que a personagem que ouve a notícia tem fingido interesse nas notícias lidas pelo amigo há anos.
b) desinformação da personagem que lê a notícia, haja vista que a inteligência artificial já havia sido inventada.
c) convicção, por parte da personagem que ouve a notícia, de que ele é mais inteligente do que o amigo.
d) associação feita pela personagem que ouve a notícia entre inteligência artificial e inteligência falsa.
e) revelação de que a personagem que ouve a notícia é um robô artificialmente inteligente.

Gabarito: D

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C2H6
BNCC: EM13LGG402

Ao ouvir a notícia sobre o desenvolvimento de inteligência artificial, a personagem que ouve a notícia diz: “Estou à frente
deles! Tenho fingido [a inteligência] há anos!”. Essa fala revela que a personagem interpreta inteligência artificial como uma
inteligência falsa, inventada; quando, na realidade, refere-se ao desenvolvimento de computadores inteligentes.

Alternativa A: incorreta. A personagem que ouve a notícia revela estar fingindo inteligência, e não interesse pelas notícias.
Alternativa B: incorreta. A personagem que ouve a notícia acredita já ter a inteligência artificial, mas ela não havia sido
inventada ainda.
Alternativa C: incorreta. A personagem que ouve a notícia se considera à frente dos cientistas, e não de seu amigo.
Alternativa E: incorreta. A personagem que ouve a notícia revela que tem fingido inteligência há anos, e não que é um robô
artificialmente inteligente.
QUESTÃO 05
_21_1EM_2S_POR_NB_L1_Q01

Pesquisadores ligam as queimadas no


Pantanal ao desmatamento da Amazônia
Em Mato Grosso do Sul, pesquisadores identificam
o desmatamento na Amazônia como um dos principais
fatores nos incêndios no Pantanal.
O helicóptero da Marinha lança mais água sobre as
chamas. O incêndio está longe de acabar. Em terra, as
equipes reviram o solo para evitar o ressurgimento de focos.
Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 17 ago. 2020.

Ao analisar a notícia e seus elementos sintáticos, percebe-


-se que há predominância de um determinado tipo de
sujeito que pode ser identificado como
a) simples. d) desinencial.
b) composto. e) indeterminado.
c) inexistente.

Gabarito: A

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H25
BNCC: EM13LP07

Nas orações que compõem o texto da notícia, os sujeitos


são predominantemente simples.
Caso 1: Pesquisadores ligam as queimadas no Pantanal ao
desmatamento da Amazônia.
Caso 2: Em Mato Grosso do Sul, pesquisadores identificam
o desmatamento na Amazônia como um dos principais
fatores nos incêndios no Pantanal.
Caso 3: O helicóptero da Marinha lança mais água sobre
as chamas.
Caso 4: O incêndio está longe de acabar.
Caso 5: Em terra, as equipes reviram o solo para evitar o
ressurgimento de focos.

Alternativa B: incorreta. O sujeito composto é aquele


que é formado por mais de um núcleo, como no
exemplo adaptado da notícia: “Em Mato Grosso do Sul,
pesquisadores e cientistas identificam o desmatamento na
Amazônia como um dos principais fatores nos incêndios no
Pantanal”. Nesse caso, o núcleo é formado pelos sujeitos
“pesquisadores” e “cientistas”. Isso não ocorre nas orações
do texto da notícia.
Alternativa C: incorreta. O sujeito inexistente ocorre na
chamada oração sem sujeito e é acompanhado por um
verbo impessoal. Esse sujeito pode indicar: fenômenos da
natureza (chover, nevar, fazer frio, fazer calor etc.); tempo
decorrido (ser, fazer, etc.) e existência ou acontecimento de
algo (haver).
Alternativa D: incorreta. O sujeito desinencial ou oculto
não aparece na frase de forma explícita. Ele pode ser
identificado pela desinência do verbo da frase.
Alternativa E: incorreta. Por definição, o sujeito
indeterminado é aquele que não se pode precisar pelo
contexto e nem pela desinência verbal. Nesses casos,
são utilizados verbos no infinitivo impessoal, na terceira
pessoa do plural e na terceira pessoa do singular seguidos
da partícula “se”. Esses casos não se aplicam às orações
apresentadas no texto, uma vez que nelas os sujeitos estão
definidos e na forma simples.
QUESTÃO 06
_20_ENEM_POR_HT_L2_Q07

Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
– porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas"
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2015.

No poema “Não há vagas”, em que se retratam questões


de ordem social, há evidência de que
a) a metalinguagem é usada para reforçar a importância
do fazer poético, o qual se apresenta no decorrer da
história como inexoravelmente contestador.
b) a crítica ao fazer poético está relacionada ao contexto
de crise social no qual o indivíduo não encontra tempo
para a fruição artística.
c) o homem sem estômago representa quem sofre diante
de problemas sociais como a miséria, a fome e o
desemprego.
d) as oficinas escuras caracterizam uma metáfora para
os momentos de crise, nos quais a produção industrial
cessa.
e) os problemas sociais são maiores e mais urgentes que a
poesia, a qual frequentemente não dá conta deles.

Gabarito: E

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H17
BNCC: EM13LP48

O poema de Gullar trata da ideia de que na poesia não há


espaço (vaga) para o drama social que atinge o cotidiano de
milhares de pessoas, como se a poesia estivesse fechada
para essa realidade. A vida é maior e mais complexa que
a literatura, por isso o homem sem estômago (aquele que
não sente fome), a mulher de nuvens (que está distante da
realidade) e a fruta sem preço (a natureza desvinculada do
capitalismo) estão no domínio do poema, em detrimento de
todo o resto.

Alternativa A: incorreta. Há uso de metalinguagem, no


entanto o texto não busca reforçar a importância da poesia,
mas problematizá-la, refletindo sobre suas limitações.
Alternativa B: incorreta. Não se trata de falta de tempo para
fruição, mas da falta de espaço na poesia para tratar de
aspectos da vida humana, como os problemas sociais.
Alternativa C: incorreta. O homem sem estômago é aquele
que não enfrenta em seu dia a dia a angústia de batalhar
por comida.
Alternativa D: incorreta. As oficinas escuras são os locais
nos quais trabalha o operário que não encontra vaga no
poema, ou seja, o sujeito sobre o qual o texto poético não
versa.
QUESTÃO 07
_21_1EM_2S_ART_CE_L1_Q01
O que o Impressionismo fez foi virar ao avesso a
pintura figurativa, a partir da exploração de descobertas
ligadas à ciência. Não se tratava de romper com a ideia
de representação fiel da natureza, mas de levar essa
ideia ao extremo na tentativa de reproduzir a experiência
visual. O questionamento da tridimensionalidade,
fundado na concepção de que os dados visuais não
passam de cores, desencadeou um processo no qual o
Ilusionismo foi abandonado em favor de uma explicitação
da materialidade da pintura. Para enfatizar a diferença
desta com relação à fotografia – nova maneira de captar
e representar o mundo visível –, ficavam aparentes
elementos como o plano da tela, a tinta aplicada sobre
ela, a marca das pinceladas.
SÜSSEKIND, Pedro. Teoria do fim da arte. Rio de Janeiro: 7Letras, 2017.

De acordo com o texto, o movimento artístico conhecido


como Impressionismo foi responsável por uma das maiores
inovações no campo das artes, na medida em que
a) favoreceu o surgimento de pintores apegados à
representação explícita da natureza.
b) provocou o desvio do olhar artístico para a obra em si, e
não mais para o que ela representava.
c) construiu uma ruptura com a ideia de representação fiel
da realidade, própria do Academicismo.
d) questionou o olhar artístico da fotografia,
desconsiderando o fato de que ela pudesse ser vista
como arte.
e) abandonou o ímpeto da representação figurativa,
concentrando-se em um olhar científico da arte.

Gabarito: B

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C4H14
BNCC: EM13LGG604

De acordo com o texto, o Impressionismo foi responsável


por uma grande revolução na história da Arte, pois foi o
momento em que os artistas passaram a olhar não mais
para a representação da realidade propriamente, mas
para a impressão que a realidade causava, o que abre
o caminho para as diversas formas de arte moderna. A
princípio, como a fotografia havia assumido o papel de
registro, a arte ficou “sem propósito”, e os artistas passaram
a valorizar o processo artístico, desenvolvendo novas
técnicas e concepções de arte, que não mais objetivavam
representar a realidade.

Alternativa A: incorreta. Os impressionistas não mais


procuravam a representação explícita, como é possível
em fotografias, e eram favoráveis a uma explicitação da
materialidade da pintura, e não da natureza em si.
Alternativa C: incorreta. O Impressionismo não rompeu
com a representação fiel, e o autor fala disso no texto; o
que se valorizava era o processo de criação artística, e não
mais a imagem em si.
Alternativa D: incorreta. Na realidade, não se trata de
questionar o fator artístico da fotografia, mas de relegar
a ela um tipo de representação que a pintura não mais
comportaria.
Alternativa E: incorreta. A representação figurativa não foi
completamente abandonada; o que se fez foi criar novas
técnicas de representação, valorizando a impressão da
imagem e o processo de criação, e não exatamente o
resultado final.
QUESTÃO 08
_21_1EM_2S_POR_NB_L1_Q02

Milho verde na manteiga


— Seu milho é orgânico?
— Eu que planto.
— A manteiga é de que leite?
— De vaca.
— Muito colesterol, né?
— Um pouco.
— Cozinha o milho na água mineral?
— Torneiral. Vai uma espiguinha?
— Não, só queria saber como é feito o milho. Me vê
uma Fanta.
CASTELO, Carlos. Disponível em: <https://emais.estadao.com.br>.
Acesso em: 17 ago. 2020.

O trecho “na água mineral”, em destaque no texto, tem a


função de expressar uma circunstância de
a) lugar, pois indica onde o milho foi cozido.
b) meio, pois revela onde o milho foi cozido.
c) modo, pois revela como o milho foi cozido.
d) afirmação, pois evidencia o nome da receita.
e) negação, pois evidencia um questionamento.

Gabarito: C

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H25
BNCC: EM13LP08

Na oração “Cozinha o milho na água mineral?”, o termo “na


água mineral” desempenha o papel de advérbio de modo
e indica, considerando o fato de que o contexto traz a
forma/receita de preparação de um alimento, a maneira, o
modo ou o que foi usado para cozinhar o milho. Ademais,
avaliando o contexto de diálogo, o interlocutor não quer
saber se é aqui ou ali, mas sim “como”: “só queria saber
como é feito o milho.”.

Alternativa A: incorreta. O termo “na água mineral” não faz


referência ao lugar de cozimento do milho, o qual poderia
ser evidenciado pela utilização de advérbios ou locuções
adverbiais de lugar como “no fogão” ou “na panela”. No
caso do texto, por se tratar de uma receita, “na água mineral”
evidencia a forma, o modo de preparo ou a maneira como
o milho foi cozido.
Alternativa B: incorreta. A expressão “na água mineral”
não pode ser considerada de meio, pois não indica um
instrumento para que o cozimento seja realizado.
Alternativa D: incorreta. A expressão “na água mineral”
não é um adjunto adverbial de afirmação, pois se trata de
um modo como a ação de cozinhar foi realizada.
Alternativa E: incorreta. As conjecturas de questionamentos
podem ou não apresentar elementos de negação, e essa
circunstância pode ser evidenciada, por exemplo, pelos
advérbios e locuções adverbiais como “nunca”, “de maneira
alguma” ou “não”. Sob tal ótica, o período “— Cozinha
o milho na água mineral?” contraria a possibilidade de
interpretação proposta pela alternativa.
QUESTÃO 09
_21_1EM_2S_POR_MB_L1_Q04

Eu, que sou feio


Eu que sou feio, sólido, leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada,
Quero estimar-te, sempre, recatada
Numa existência honesta, de cristal.

Sentado à mesa de um café devasso,


Ao avistar-te, há pouco fraca e loura,
Nesta babel tão velha e corruptora,
Tive tenções de oferecer-te o braço.

E, quando socorrestes um miserável,


Eu, que bebia cálices de absinto,
Mandei ir a garrafa, porque sinto
Que me tornas prestante, bom, saudável.

Via-te pela porta envidraçada;


E invejava, — talvez que não o suspeites! —
Esse vestido simples, sem enfeites,
Nessa cintura tenra, imaculada.

Com elegância e sem ostentação,


Atravessavas branca, esbelta e fina,
Uma chusma1 de padres de batina,
E de altos funcionários da nação.

E eu, que urdia2 estes frágeis esbocetos3,


Julguei ver, com a vista de poeta,
Uma pombinha tímida e quieta
Num bando ameaçador de corvos pretos.

E foi, então, que eu, homem varonil,


Quis dedicar-te a minha pobre vida,
A ti, que és ténue, dócil, recolhida,
Eu, que sou hábil, prático, viril.
PASCHOALIN, Maria Aparecida (Org.) Cesário Verde –
literatura comentada. São Paulo: Abril Educação, 1982.

1
Chusma: bando, multidão.
2
Urdia: tecia, compunha.
3
Esbocetos: esboços.

Os versos de Cesário Verde expressam algumas das


principais linhas temáticas de sua poesia, como a
experiência do indivíduo em meio à realidade urbana,
metropolitana. Na cena em que o eu lírico contempla, à
porta de um café, uma mulher, ocorre uma
a) visão romântica da mulher e da pátria, ambas
caracterizadas à luz da idealização projetada pela mente
do eu lírico.
b) concepção trágica da existência humana à maneira
gótica, que se manifesta por meio do desejo de
autoextermínio do eu lírico.
c) análise cientificista da vida em sociedade, em que se
destacam o positivismo e o determinismo.
d) descrição de hábitos, rotinas e valores próprios da vida
coletiva, com destaque para as noções de trabalho e de
crítica social.
e) percepção de contraste entre a pureza da mulher amada
e a degradação do ambiente ao redor e do próprio
sujeito poético.

Gabarito: E

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H16
BNCC: EM13LP50

Na imagem da pomba, observa-se a simbolização da


pureza. Na dos corvos, a da degradação e da impureza. Na
justaposição de ambas, dá-se um jogo de contrastes.

Alternativa A: incorreta. Apesar de a representação


da mulher ser carregada de idealização, não se fazem
referências positivas ao território, à paisagem ou a qualquer
elemento que simbolize a pátria.
Alternativa B: incorreta. O eu lírico não faz referências
explícitas a um desejo de autoextermínio. Pelo contrário,
expressa desejo de regenerar-se e estar ao lado da amada.
Alternativa C: incorreta. Não se faz uma descrição científica
de viés determinista, afinal a mulher amada permanece
pura, a despeito do meio corrompido em que se insere.
Alternativa D: incorreta. Não se fazem referências ao
mundo do trabalho, tampouco em viés crítico. O poema é
lírico, sentimental e trata, portanto, de assuntos de ordem
pessoal e amorosa.
QUESTÃO 10
_20_1EM_2S_POR_NB_L1_Q6

GONSALES, Fernando. Níquel Náusea –


Com mil demônios!. São Paulo: Devir, 2002. p. 8.

No primeiro quadrinho, a expressão “de pássaro” é


a) objeto direto, assim como “um gato” no segundo
quadrinho.
b) predicativo do sujeito, assim como “Oba!” no terceiro
quadrinho.
c) adjunto adnominal de “Comida”, assim como “de gato”
no segundo quadrinho.
d) objeto indireto de “Comida”, assim como “na embalagem”
no mesmo quadrinho.
e) complemento nominal de “Comida”, assim como “do
almoço” no terceiro quadrinho.

Gabarito: C

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H27
BNCC: EM13LP08

As expressões “de pássaro” e “de gato” funcionam como


adjuntos adnominais de “Comida”. Os adjuntos adnominais
são termos cuja função é caracterizar ou determinar um
substantivo.

Alternativa A: incorreta. A expressão “de pássaro” é um


adjunto adnominal, pois funciona como termo acessório
para caracterizar o substantivo “Comida”. O termo “um
gato” é, de fato, um objeto direto, já que complementa o
verbo “ter”, no segundo quadrinho.
Alternativa B: incorreta. A interjeição “Oba!” não é
predicativo do sujeito, tampouco há uma oração no terceiro
quadrinho.
Alternativa D: incorreta. A expressão “na embalagem” é
um adjunto adverbial de lugar.
Alternativa E: incorreta. As expressões “de pássaro” e “do
almoço” são adjuntos adnominais, e não complementos
nominais, pois especificam ou delimitam o significado dos
substantivos “comida” e “hora”.
QUESTÃO 11
_20_1EM_2S_POR_MB_L1_Q05
— Aqui estou outra vez, Sr. Maigrat – disse a mulher
com humildade, ao dar com ele justamente à porta.
O homem encarou-a sem responder. Era gordo, frio e
polido, e gabava-se de nunca voltar atrás numa decisão.
— O senhor não pode mandar-me embora como
ontem. Temos de comer pão, daqui até sábado... Eu sei,
nós lhe devemos sessenta francos há dois anos...
Tentava explicar-se em frases curtas, saídas a
custo. Era uma dívida antiga, contraída durante a última
greve. Vinte vezes tinham prometido saldá-la, mas não
conseguiam, mal podiam entregar-lhe quarenta soldos por
quinzena. Para cúmulo, acontecera-lhes uma desgraça
na antevéspera, ela tivera de pagar vinte francos a um
sapateiro que os ameaçava com uma penhora; eis a razão
por que estavam sem dinheiro, de outro modo teriam ido
até sábado, como os outros mineiros.
Maigrat, barrigudo, de braços cruzados, respondia
negativamente com a cabeça a cada súplica.
— Só dois pães, Sr. Maigrat. Sou comedida, nem quero
café. Nada mais que dois pães de três libras por dia...
— Não! – berrou ele enfim com toda a força.
ZOLA, Émile. Germinal. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

Germinal é considerada uma obra exemplar da estética


antirromântica. No excerto, a conversação travada entre o
Sr. Maigrat, pequeno comerciante local, e a Sra. Maheu, uma
operária endividada, verifica-se a influência do pensamento
a) marxista, porque demonstra a tensão entre o pequeno
burguês e o proletariado, ambos reféns da luta de
classes presente na estrutura social capitalista.
b) positivista, devido à convicção na Ciência como única
modalidade consistente de conhecimento do mundo e
do homem.
c) determinista, em decorrência da crença de que a
conduta humana é modelada pelo meio no qual o
indivíduo está inserido.
d) darwinista social, em que se propõe a adaptação
da teoria da seleção natural darwiniana à lógica das
sociedades humanas.
e) psicanalítico, com a perspectiva de que as sutilezas
e nuances do comportamento humano devem ser
entendidas a partir do funcionamento do inconsciente.

Gabarito: A

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H15
BNCC: EM13LP50

Na cena, o conflito entre o pequeno burguês e a operária


endividada em torno da aquisição de víveres revela como
a luta de classes se manifesta cotidianamente. Germinal,
portanto, é uma obra em que se destaca a preocupação
de Émile Zola em escrever a realidade com exatidão e
denunciar os grandes problemas e injustiças sociais de sua
época.

Alternativa B: incorreta. Auguste Comte acreditava que


os problemas sociais e as sociedades, em geral, deveriam
ser estudados com o mesmo rigor científico com que as
demais ciências naturais tratavam seus respectivos objetos
de estudo. Não se observa nenhum indício de exaltação da
Ciência propriamente dita no trecho em questão.
Alternativa C: incorreta. Embora fosse uma corrente de
pensamento em voga no contexto de produção das obras
de Émile Zola, o determinismo, ou seja, a ideia de que
o meio em que o indivíduo vive determina suas ações,
não é evidenciado no fragmento da obra Germinal, já
que a interação entre as duas personagens — uma delas
devedora e a outra credora — coloca em evidência as
dificuldades de subsistência causadas pela exploração do
proletariado.
Alternativa D: incorreta. Embora seja uma das grandes
influenciadoras do movimento naturalista idealizado por
Émile Zola, a teoria da evolução de Charles Darwin – que
entendia o homem como um produto da natureza, sujeito,
portanto, à seleção natural e à herança de características
das gerações anteriores – não representa a lógica da
conversação travada entre o Sr. Maigrat e a Sra. Maheu.
Alternativa E: incorreta. O naturalismo, cunhado por
Émile Zola, propunha retratar o homem conforme suas
ações exteriores e sociais, evidenciando, com base na
observação fiel da realidade e da experiência, que o
indivíduo é determinado pelo ambiente onde vive. Dessa
forma, como se pode analisar no trecho da obra Germinal,
Zola não pretendeu explorar ou analisar o comportamento
humano por sua psique ou seu inconsciente.
QUESTÃO 12
_21_1EM_2S_POR_VP_L1_Q04

Receita de Ano Novo


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Discurso de primavera e
algumas sombras. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

No excerto do poema, o eu lírico oferece conselhos ao


leitor. No quinto verso, o conectivo “mas”, em destaque,
tem a função de
a) alterar o assunto iniciado, do ano antigo para o ano novo.
b) restringir, delimitando as ações que o leitor deve tomar
no Ano Novo.
c) estabelecer a verdade, mostrando que a dica dada
antes era duvidosa.
d) mostrar oposição, sugerindo que tentar e experimentar
serão tarefas difíceis.
e) enfatizar surpresa, já que a situação sugerida causará
muito espanto no leitor.

Gabarito: D

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H26
BNCC: EM13LP06

O conectivo “mas” articula-se ao período anterior “eu sei


que não é fácil”, sugerindo que tentar e experimentar não
serão tarefas fáceis. A oposição deixa implícito que, mesmo
sendo uma tarefa árdua, os resultados são compensadores.

Alternativa A: incorreta. A utilização do conectivo “mas”


não tem como objetivo mudar o contexto sobre o qual
se estava falando no início do poema. Pelo contrário, o
assunto iniciado, ou seja, os desafios de se fazer um ano
novo (“você, meu caro, tem de merecê-lo, / tem de fazê-
-lo novo”), é reforçado positivamente após o uso dessa
conjunção, indicando que, embora seja difícil, o indivíduo
deve tentar, experimentar, estando sempre consciente das
próprias ações. Portanto, não há nenhuma alteração de
assunto para se tratar do ano antigo e do ano novo.
Alternativa B: incorreta. A conjunção “mas” foi utilizada em
um contexto em que o eu lírico diz que, embora seja difícil
construir um ano novo diferente daquilo a que o leitor está
acostumado (“você, meu caro, tem de merecê-lo, / tem de
fazê-lo novo, eu sei que não é fácil”), é possível fazê-lo caso
o leitor “tente, experimente, consciente”. Dessa forma, não
há instruções restritivas ou delimitadas para se ter um novo
ano: o autor diz para tentar e experimentar, mas não diz o
quê tentar ou experimentar.
Alternativa C: incorreta. No poema, a conjunção “mas”
tem como objetivo suavizar a dificuldade ou o desafio que
é fazer um ano verdadeiramente novo, permitindo ao eu
lírico dizer ao leitor que é possível se ele se esforçar, já que
não são ações fáceis (“eu sei que não é fácil”). Dessa forma,
sua utilização não busca estabelecer a verdade ou mostrar
que o que foi dito anteriormente era duvidoso ou falso, mas
dizer que não é impossível.
Alternativa E: incorreta. A utilização da conjunção “mas” e
dos termos subsequentes aos quais ela se refere indica ao
leitor a possibilidade, mesmo que árdua, de fazer um ano
novo tentando e experimentando. Além disso, a reação
de “muito espanto” proposta na alternativa é diferente
daquela que pode ser inferida pela análise do texto, já que
é possível imaginar um leitor otimista ou esperançoso com
as ações sugeridas pelo eu lírico.
QUESTÃO 13
_21_1EM_2S_ART_BS_L1_Q03
TEXTO I
Os ricos que jamais conheceram tal espécie de
sofrimento encontrarão certamente aqui algo de mesquinho
e de incrível, mas as angústias dos desgraçados não
merecem menos atenção que as crises que revolucionam
a vida dos poderosos e dos privilegiados da terra.
BALZAC, Honoré de. Ilusões perdidas. São Paulo: Abril Cultural, 1981. p. 96.

TEXTO II

Jean-François Millet, Pastora com seu rebanho, 1863, óleo sobre tela,
81 cm × 101 cm, Museu d’Orsay, Paris, França.

A passagem do Antigo Regime para a sociedade moderna


na França é marcada por uma ruptura e uma brutalidade
únicas. Assim, para alguns pensadores da época, os grandes
temas da arte acadêmica pareciam irrelevantes na Paris da
metade do século XIX. Os textos I e II foram realizados por
integrantes do movimento artístico do Realismo, que surge
neste momento conturbado na França. Ambos os textos
a) retratam uma realidade fictícia, valorizando a imaginação
criativa do artista.
b) são o reflexo da transição social natural que estava
acontecendo na época.
c) preocupam-se com a representação e a opinião da
classe dominante da época.
d) ridicularizam a condição inferior do trabalhador rural
para entreter a classe dos ricos.
e) contrapõem-se à expectativa artística da época, dando
valor ao cotidiano do trabalhador.

Gabarito: E

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C4H14
BNCC: EM13LGG603

Ao retratar a trabalhadora em sua tela com tamanho


realismo, Millet contrapõe-se aos grandes temas da arte
acadêmica e valoriza os trabalhos do cotidiano em vez
de cenas históricas, mitológicas ou religiosas dos ricos. É
possível observar a mesma linha de pensamento no texto
de Balzac, que expõe: “as angústias dos desgraçados não
merecem menos atenção que as crises que revolucionam a
vida dos poderosos e dos privilegiados da terra.”.

Alternativa A: incorreta. Tanto Millet quanto Balzac abordam


temas da realidade, e não da ficção.
Alternativa B: incorreta. Não há uma transição social natural
nesta época, conforme exposto pelo enunciado. Ambos os
textos são reflexos da transição bastante dura e desigual
ocorrida na França do período.
Alternativa C: incorreta. Ao ilustrar uma cena corriqueira
de trabalhadores em sua obra, Millet sugere que aqueles
indivíduos são tão importantes quanto os heróis ou
aristocratas que normalmente eram retratados em pinturas.
Ao mesmo tempo, está claro no texto de Balzac que “as
angústias dos desgraçados não merecem menos atenção”.
Alternativa D: incorreta. Não há ridicularização do
trabalhador rural; pelo contrário, tanto o texto de Balzac
quanto a obra de Millet buscam dar voz à classe subjugada
da época.
QUESTÃO 14
_21_1EM_2S_POR_VS_L1_Q01
TEXTO I
A minha dor
A minha Dor é um convento ideal
Cheio de claustros, sombras, arcarias,
Aonde a pedra em convulsões sombrias
Tem linhas dum requinte escultural.

Os sinos têm dobres de agonia


Ao gemer, comovidos, o seu mal...
E todos têm sons de funeral
Ao bater horas, no correr dos dias...

A minha Dor é um convento. Há lírios


Dum roxo macerado de martírios,
Tão belos como nunca os viu alguém!

Nesse triste convento aonde eu moro,


Noites e dias rezo e grito e choro,
E ninguém ouve... ninguém vê... ninguém...
ESPANCA, Florbela. Poemas de Florbela Espanca.
São Paulo: Martins Fontes, 1999.

TEXTO II

Frida Kahlo, A coluna partida, 1944, óleo sobre masonita, 39,8 cm × 30,7 cm,
Museu Dolores Olmedo Patiño, Cidade do México, México.

A estética da dor evidencia-se tanto no poema de Florbela


Espanca como na pintura de Frida Kahlo. As obras dessas
artistas, permeadas de uma beleza dolorosa, apresentam
uma tentativa delas de
a) demonstrar austeridade religiosa por meio de exaltações
ao sofrimento.
b) ressignificar de forma positiva o próprio sofrimento por
meio de eufemismos.
c) representar o próprio sofrimento por meio de metáforas
verbais e não verbais.
d) expor a fragilidade da sociedade por meio de analogias
com construções em ruínas.
e) mascarar as angústias pessoais por meio de referências
ao que há de belo na natureza.

Gabarito: C

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H16
BNCC: EM13LP46

A presença de metáforas é perceptível tanto no poema


como na pintura. Ambas as artistas constroem figuras de si
mesmas baseadas na dor que sentem: no caso de Florbela,
tais metáforas são verbais (a dor é um convento, um local
enorme cheio de corredores que levam a outros locais),
enquanto, no caso de Frida, a metáfora é visual (ela se vê
dilacerada, como se alguém tivesse trocado sua coluna
vertebral por uma coluna grega em ruínas).

Alternativa A: incorreta. Embora Florbela faça uma


comparação religiosa, Frida não apresenta tal característica.
Alternativa B: incorreta. Não há eufemismos no poema ou
na pintura. O sofrimento e a dor são descritos de forma
explícita, sem a preocupação de abrandá-los.
Alternativa D: incorreta. Não há referência à sociedade em
nenhuma das obras. A fragilidade não é da sociedade, mas
das próprias autoras.
Alternativa E: incorreta. Não há a tentativa de mascarar as
angústias, pois elas estão explícitas em ambas as obras. No
que se refere à natureza, Frida contraria o belo ao colocar
um campo árido ao fundo, e Florbela cita os lírios de cor
roxa macerada de martírios, metaforizando uma pureza/
castidade imposta a contragosto do eu lírico.
QUESTÃO 15
_21_1EM_2S_POR_NB_L1_Q03
Desde quando surgiu, o conceito de feminismo foi
deturpado por uma série de preconceitos e aspectos
negativos que não correspondem ao que ele realmente
é. O objetivo do movimento feminista é simples: alcançar
uma sociedade em que homens e mulheres tenham
direitos iguais, ou seja, sem hierarquia de gênero. “O
feminismo é necessário, não apenas para que as mulheres
tenham direitos iguais, mas também para que possam ser
respeitadas em sua humanidade”, explica Djamila Ribeiro,
filósofa e pesquisadora do programa de pós-graduação
em Filosofia da Escola de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH/
Unifesp) – Campus Guarulhos.
SUDRÉ, Lu. “Preconceito distorce luta pela igualdade
de gênero”. Entreteses, n. 6, nov. 2016.

Para evidenciar uma questão social, o autor lança mão de


recursos linguísticos variados. Para ampliar a informação,
percebe-se o uso de
a) estruturas narrativas, tal como em “Desde quando surgiu,
o conceito de feminismo foi deturpado por uma série de
preconceitos”.
b) expressão retificadora, como no fragmento “ou seja,
sem hierarquia de gênero”.
c) discursos indiretos, tal como em “O feminismo é
necessário, não apenas para que as mulheres tenham
direitos iguais, mas também para que possam ser
respeitadas em sua humanidade”.
d) vocativo, como no fragmento “explica Djamila Ribeiro,
filósofa e pesquisadora do programa de pós-graduação”.
e) aposto, como no fragmento “filósofa e pesquisadora do
programa de pós-graduação em Filosofia da Escola de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas”.

Gabarito: E

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H26
BNCC: EM13LP07

O fragmento utilizado como exemplo na alternativa é


classificado como o aposto do termo “Djamila Ribeiro”. A
função exercida pelo aposto é a de ampliar e explicar um
termo anterior, no caso, explicar quem é Djamila.

Alternativa A: incorreta. O trecho “Desde quando surgiu,


o conceito de feminismo foi deturpado por uma série de
preconceitos”, evidencia constatações feitas pela própria
autora do texto. Dessa forma, não funciona como recurso
linguístico que contribui para ampliar ou dar fundamento às
informações apresentadas.
Alternativa B: incorreta. “Ou seja” não é uma expressão
retificadora, pois não há intenção de corrigir informação, e
sim de explicá-la.
Alternativa C: incorreta. O trecho trata-se de um discurso
direto, já que corresponde à citação de fala de alguém de
forma literal.
Alternativa D: incorreta. No trecho, não há presença
de vocativo. No período, “Djamila Ribeiro” é o sujeito da
oração, e isso pode ser comprovado pela inversão dos
termos em “Djamila Ribeiro, filósofa e pesquisadora do
programa de pós-graduação, explica”.
QUESTÃO 16
_21_1EM_2S_POR_MB_L1_Q06
Nem este meu supercivilizado amigo compreendia
que longe de armazéns servidos por três mil caixeiros; e de
Mercados onde se despejam os vergéis e lezírias de trinta
províncias; e de Bancos em que retine o ouro universal;
e de fábricas fumegando com ânsia; e de Bibliotecas
abarrotadas, a estalar, com a papelada dos séculos; e de
fundas milhas de ruas, cortadas, por baixo e por cima, de
fios de telégrafos, de fios de telefones, de canos de gases,
de canos de fezes; e da fila atroante dos ônibus, tramas,
carroças, velocípedes, calhambeques, parelhas de luxo;
e de dois milhões duma vaga humanidade, fervilhando, a
ofegar, através da Polícia, na busca dura do pão ou sob a
ilusão do gozo – o homem do século XIX pudesse saborear,
plenamente, a delícia de viver!
QUEIRÓS, Eça de. A Cidade e as Serras. São Paulo: Martin Claret, 2007.

Em A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, debate-


-se a controversa situação de Portugal em relação à
modernidade europeia, cujo epicentro situava-se na
França. Na obra, Jacinto, português residente em Paris, está
sempre às voltas com os últimos inventos da vida moderna.
No excerto, verifica-se a crítica de Eça de Queirós à
a) ausência de infraestrutura adequada ao desenvolvimento
da civilização no contexto da cidade descrita.
b) crença de que o progresso técnico, científico e material
é a chave para uma existência plena e satisfeita.
c) visão determinista de que o homem tem seu caráter
moldado pelo meio que o cerca, razão pela qual a
tecnologia é desnecessária.
d) compreensão romântica da existência humana, de
acordo com a qual a vida é vista como fase mórbida que
se interpõe à verdadeira libertação, a morte.
e) euforia quanto à ideia de vida desenfreada, acelerada e
dinâmica, em conformidade com os ideais do Futurismo.

Gabarito: B

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H17
BNCC: EM13LP50

No excerto, revela-se que as muitas comodidades e


parafernálias tecnológicas introduzidas pela modernidade
não são, elas próprias, sinônimos de felicidade. As orações
subordinadas podem dificultar a leitura, mas a ideia básica
poderia ser sintetizada em “O supercivilizado amigo não
compreendia que o homem pudesse saborear a delícia de
viver sem aquilo tudo”.

Alternativa A: incorreta. Há uma descrição minuciosa e


abundante da infraestrutura existente na cidade.
Alternativa C: incorreta. O meio é altamente tecnológico.
Nessa perspectiva, o homem seria moldado pela tecnologia
e, logicamente, não a julgaria desnecessária.
Alternativa D: incorreta. Não há desejo de morte ou impulso
de autoextermínio no excerto, a dualidade exposta não tem
referência entre a vida e a morte, mas, sim, entre campo
e cidade, em que esta é encarada como desordenada e
infeliz e aquele como sinônimo de tranquilidade e paz.
Alternativa E: incorreta. A alternativa é anacrônica ao fazer
referência a um movimento do século XX, o Futurismo.
Além disso, o narrador não exalta a vida moderna e urbana,
mas a critica.
QUESTÃO 17
_21_1EM_2S_ART_BS_L1_Q02

Cena da apresentação de Giselle pelo


Balé do Teatro Scala de Milão.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 13 ago. 2020.

O balé Giselle foi apresentado pela primeira vez em 1840


na Ópera Nacional de Paris. Este balé de repertório tem
em sua narrativa a idealização do amor e a sua tragédia,
contando com cenários sombrios e figurino campestre,
além da aparição de seres sobrenaturais. Este balé utiliza-
-se da técnica para dar maior leveza aos passos de dança
e faz parte do movimento artístico
a) neoclássico, fortemente influenciado pela dança
moderna.
b) romântico, com maior rigidez e movimentos quase
estáticos.
c) contemporâneo, com uma interpretação mais subjetiva
da dança.
d) romântico, com a busca da fluidez e a expressividade
dos movimentos.
e) neoclássico, com maior liberdade na coreografia e
privado de padrões técnicos.

Gabarito: D

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C4H12
BNCC: EM13LGG602

O balé Giselle, cujo livreto foi escrito por Théophile Gautier,


é um clássico do balé romântico tanto pela temática, com
a supervalorização do amor romântico, como pela técnica,
com o uso da liberdade de movimento e da expressividade
corporal e facial dos bailarinos.

Alternativa A: incorreta. O balé Giselle não sofre influência


da dança moderna. Consegue-se ver pela imagem que se
trata de um balé influenciado pelo balé clássico.
Alternativa B: incorreta. De acordo com a imagem, não há
rigidez nos movimentos mas fluidez e expressividade.
Alternativa C: incorreta. O balé Giselle, apresentado
pela primeira vez em 1840, não é contemporâneo, e sim
influenciado pelo balé clássico.
Alternativa E: incorreta. O balé Giselle, além de não ser um
balé neoclássico, não apresenta liberdade na coreografia,
pois o balé clássico é extremamente técnico, seguindo
padrões preestabelecidos, como as sapatilhas de ponta e
movimentos exatos com joelhos esticados.
QUESTÃO 18
_21_1EM_2S_POR_VP_L1_Q02
TEXTO I
Novo dinossauro “primo” do Tiranossauro rex
é descoberto em ilha britânica
Disponível em: <https://www.bbc.com>. Acesso em: 13 ago. 2020.

TEXTO II
“Parente” do T. Rex, novo dinossauro é
descoberto na Inglaterra
MOTA, Renato. Disponível em: <https://olhardigital.com.br>.
Acesso em: 13 ago. 2020.

As manchetes foram divulgadas em sites diferentes, mas


abordam o mesmo acontecimento. Uma semelhança entre
elas é a omissão de quem fez a descoberta, pois
a) o agente dessa ação está implícito e não precisa ser
mencionado.
b) os jornais acham indiferente revelar ou não quem fez a
descoberta.
c) o objetivo é destacar a descoberta em si, ou seja, o novo
dinossauro.
d) a intenção é dar a entender que foi por acaso que o
dinossauro foi descoberto.
e) os jornais não têm autorização para divulgar a autoria ou
o local da descoberta.

Gabarito: C

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H26
BNCC: EM13LP08

As manchetes optaram por omitir o agente da ação da


descoberta e por fazer o uso da voz passiva analítica
para dar evidência e chamar a atenção do leitor para
a descoberta de uma espécie de dinossauro que tem
parentesco genético com um dos dinossauros mais
conhecidos atualmente, o Tiranossauro rex.

Alternativa A: incorreta. Ambas as manchetes apresentam


os discursos na voz passiva analítica, e, nesse tipo de
construção, a ação verbal (ser descoberto) é sofrida pelo
sujeito (“Novo dinossauro ‘primo’ do Tiranossauro rex”
ou “‘Parente’ do T. Rex, novo dinossauro”). Ademais, ao
contrário do que é dito na alternativa, o agente da ação não
está implícito, mas indeterminado, e não pode ser definido
pela construção verbo-nominal das manchetes.
Alternativa B: incorreta. Não se pode afirmar, com base
nas manchetes, que é indiferente para os jornais revelarem
quem fez a descoberta. Nas notícias das respectivas
manchetes, é muito provável que será descrito como,
onde, por quem e quando foi descoberto o fóssil. Ademais,
para chamar a atenção do leitor, as manchetes pretendem
destacar o fato de a espécie descoberta ser “parente” de
um dos dinossauros mais conhecidos atualmente.
Alternativa D: incorreta. Nas duas manchetes, o objetivo
foi evidenciar somente a descoberta do dinossauro com
semelhanças genéticas ao Tiranossauro rex e o local em
que foi descoberto. Com base nesses textos, não se pode
inferir como o fóssil foi descoberto, se por acaso ou não.
Essas informações estarão, provavelmente, contidas no
corpo da notícia a que as manchetes se referem.
Alternativa E: incorreta. Os jornais costumam revelar a
autoria sem necessariamente apresentá-la na manchete.
Quanto ao local da descoberta, ele está explícito em ambas
as manchetes: “ilha britânica” e “Inglaterra”.
QUESTÃO 19
_21_1EM_2S_POR_MB_L1_Q02
TEXTO I
E viu a Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma
saia, surgir de ombros e braços nus, para dançar. A lua
destoldara-se1 nesse momento, envolvendo-a na sua cama
de prata, a cujo refulgir2 os meneios3 da mestiça melhor
se acentuavam, cheios de uma graça irresistível, simples,
primitiva, feita toda de pecado, toda de paraíso, com muito
de serpente e muito de mulher.
Ela saltou em meio da roda de samba, com os braços
na cintura, rebolando as ilhargas4 e bamboleando a
cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, como numa
sofreguidão de gozo carnal, num requebrado luxurioso
que a punha ofegante; já correndo de barriga empinada;
já recuando de braços estendidos, a tremer toda, como se
se fosse afundando num prazer grosso que nem azeite, em
que se não toma pé e nunca se encontra fundo.
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço.

1
Destoldara-se: tornara-se clara, limpa, sem nuvens.
2
Refulgir: brilhar, cintilar, reluzir.
3
Meneios: balanços, oscilações, requebros.
4
Ilhargas: região logo acima dos quadris.

TEXTO II
Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza,
entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance,
em que o autor sobredoura1 a realidade e fecha os olhos
às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe
maculasse2 o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era
bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele
feitiço, precário e eterno, que indivíduo passa a outro
indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília,
e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia
de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma
devoção, devoção, ou talvez medo; creio que medo.
Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato físico e moral
da pessoa que devia influir mais tarde na minha vida; era
aquilo com dezesseis anos.
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas.

1
Sobredoura: doura por cima; envolve com capa dourada.
2
Maculasse: manchasse, sujasse.

Para muitos estudiosos, o Naturalismo é uma vertente


radicalizada do Realismo. Sob esse prisma, a despeito
das particularidades que diferenciam o Naturalismo, o
movimento guarda semelhanças estilísticas marcantes com
o Realismo. A comparação entre os excertos de O Cortiço,
de Aluísio Azevedo, e Memórias Póstumas de Brás Cubas,
de Machado de Assis, corrobora essa análise em razão da
a) descrição abundante, com a utilização de ampla
adjetivação para construir uma visão completa e
abrangente da personagem de acordo com seus
caracteres e atributos definidores.
b) criação de um retrato psicológico amiudado de ambas
as personagens femininas, de modo a destacar a análise
interior do ser humano.
c) denúncia social realizada nas duas narrativas, as quais
instigam o leitor a cultivar um olhar mais sensível para o
problema da submissão feminina na sociedade.
d) idealização do perfil feminino, dado que as personagens
apresentadas correspondem a uma imagem de mulher
casta e sublime.
e) compreensão positivista da realidade, baseada em
elementos que ressaltam uma visão empírica e factual
do homem e de suas relações.

Gabarito: A

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H16
BNCC: EM13LP49

Tanto o Realismo como o Naturalismo primam pela


descrição como método minucioso de documentação
da realidade. Para isso, os adjetivos são utilizados em
abundância. No Naturalismo, destaca-se a descrição
de aspecto exterior, de ordem fisionômica e de cenas e
paisagens. No Realismo, por sua vez, há preferência pela
descrição do mundo interior das personagens, com realce
para atributos psicológicos e sentimentais.

Alternativa B: incorreta. Rita Baiana não é apresentada


em perspectiva psicológica. Seu retrato é fisiológico e
comportamental.
Alternativa C: incorreta. Rita Baiana é mostrada em uma
cena de divertimento e encantamento. Não há caráter
de denúncia nesse momento da narrativa. Ademais, em
nenhum dos trechos se fala em submissão feminina; pelo
contrário, são construídos perfis muito libertários, ainda que
a visão social da mulher fosse estereotipada pela época.
Alternativa D: incorreta. Na representação de Rita, esbanja-
-se sensualidade. Não há castidade.
Alternativa E: incorreta. Na descrição de Virgília, há uma
descrição de ordem interior e psicológica, e não de caráter
exterior e factual.
QUESTÃO 20
_21_1EM_2S_POR_VP_L1_Q01

SANTOS, Arionauro da Silva. Disponível em:


<http://www.arionaurocartuns.com.br>. Acesso em: 8 set. 2020.

Considerando o contexto da charge, a expressão nominal


“falta de educação” indica a
a) falta de estudo da personagem, que não compreende a
identificação da lixeira.
b) noção de civilidade da personagem, que critica a má
conduta dos demais cidadãos.
c) hipocrisia da personagem, que pratica um
comportamento que ela mesma censura.
d) autocrítica da personagem, que atribui a si mesma a
culpa pelo acúmulo de lixo na cidade.
e) agressão verbal da personagem, que insulta quem se
comporta de forma diferente da dela.

Gabarito: C

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H26
BNCC: EM13LP08

A expressão nominal “falta de educação” pode apresentar


vários significados dependendo do contexto. No caso da
charge, trata-se de jogar lixo em um local inapropriado.
Tal conduta é praticada com hipocrisia pela própria
personagem, pois ela descarta uma latinha na rua e critica
os demais cidadãos pelo mesmo comportamento.

Alternativa A: incorreta. O contexto não permite inferir


o grau de escolaridade da personagem. Além disso, os
aspectos verbais e não verbais permitem afirmar que ela,
em vez de não compreender o que está identificado na
lixeira, parece, por outro lado, ignorar os locais corretos
para a destinação do lixo.
Alternativa B: incorreta. A atitude incorreta de descartar
lixo na rua demonstra que a personagem não tem noção
de civilidade.
Alternativa D: incorreta. No primeiro quadrinho, a
personagem atribui a culpa às outras pessoas: “[Eles]
Jogaram muito lixo nesse terreno”; e, posteriormente, não
se preocupa em descartar apropriadamente o lixo que
carrega.
Alternativa E: incorreta. A personagem, na realidade, insulta
as pessoas que se comportam do mesmo modo que ela.
QUESTÃO 21
_21_1EM_2S_POR_VS_L1_Q02

Evolução
Fui rocha, em tempo, e fui, no mundo antigo,
Tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...

Rugi, fera talvez, buscando abrigo


Na caverna que ensombra urze e giesta1;
Ou, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paul2, glauco3 pascigo4...

Hoje sou homem – e na sombra enorme


Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, na imensidade...

Interrogo o infinito e às vezes choro...


Mas, estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade.
QUENTAL, Antero de. Sonetos. 3 ed. São Paulo: Principis, 2019.

1
Urze e giesta: arbustos.
2
Paul: pântano; lodaçal.
3
Glauco: de tom verde-azulado.
4
Pascigo: pasto; terreno.

O soneto “Evolução”, de Antero de Quental, maior


representante da poesia realista portuguesa, tem estrutura
interna bipartida, de forma a apresentar o passado e o
presente. Essa divisão permite verificar a ótica realista no
poema uma vez que
a) traz a perspectiva de que o homem, caracterizado como
monstro primitivo, é incapaz de tomar consciência de si.
b) retrata, de forma expressiva, o panorama histórico e a
realidade atual das classes sociais menos favorecidas.
c) evidencia o irracionalismo que acompanha e enclausura
o ser humano desde o início de sua existência.
d) demonstra o processo evolutivo do ser humano e a
sua tomada de consciência acerca de suas dores e
angústias.
e) representa as inconsistências da teoria da evolução,
ao considerar o ser humano um monstro primitivo sem
liberdade.

Gabarito: D

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H16
BNCC: EM13LP48

A literatura realista portuguesa teve influência expressiva


das teorias científicas de Darwin (teoria da evolução)
e das teorias filosóficas de Hegel, quem defende o
conhecimento como tomada de consciência. É possível
vislumbrar a influência dos dois pensadores no soneto
apresentado, o qual apresenta, nas duas primeiras quadras,
a evolução progressiva experienciada pelo ser humano
(foi rocha, tronco ou ramo, onda e, por fim, monstro
primitivo) e a tomada de consciência de sua condição
humana que, seguindo as características da estética
realista, é corrompida, vazia e com poucas esperanças
(“Hoje sou homem – e na sombra enorme / Vejo, a meus
pés, a escada multiforme, / Que desce, em espirais, na
imensidade...”). Ademais, o eu lírico, por fim, tenta acreditar
na possibilidade, ainda que distante, de encontrar a própria
liberdade (“Mas, estendendo as mãos no vácuo, adoro / E
aspiro unicamente à liberdade.”).

Alternativa A: incorreta. O processo de tomada de


consciência, demonstrado após a evolução do ser humano,
ocorre no tempo presente. Na terceira estrofe, quando o eu
lírico afirma “Hoje sou homem”, ele afirma a compreensão
de si para, logo, evidenciar que a situação em que vive
lhe causa grandes angústias. Ademais, ele demonstra a
capacidade de fazer indagações (“Interrogo o infinito e às
vezes choro...”), competência intrínseca ao ser humano.
Alternativa B: incorreta. Não há menção ao coletivo
ou à sociedade, e as considerações do eu lírico tratam
especificamente da condição e tomada de consciência
individual.
Alternativa C: incorreta. O poema de Quental evidencia
o processo evolutivo do ser humano e as duas últimas
estrofes contestam o que é proposto pela alternativa,
uma vez que o eu lírico, ao dizer “Hoje sou homem”, tem
consciência de seu estado e de sua existência. Ademais, ao
interrogar o infinito, é corroborada a ideia de que ele é um
ser pensante, pois a capacidade de questionar é inerente
apenas à humanidade, espécie dotada de racionalidade.
Alternativa E: incorreta. A teoria da evolução de Charles
Darwin foi uma das grandes influências dos escritores
realistas, uma vez que, na época, desenvolveu-se o
pensamento de que a Ciência deveria explicar toda a
existência humana. Dessa forma, Quental, assim como os
escritores de sua geração (Geração de 70 ou Coimbrã),
toma a teoria darwiniana para escrever seu poema, no qual
demonstra a evolução do ser humano que, inicialmente, era
“monstro primitivo” e, posteriormente, toma consciência de
si como ser racional.
QUESTÃO 22
_21_1EM_2S_POR_NB_L1_Q05

A partícula
Nada sei sobre mim,
quem sou ou de onde vim.
Não sei para onde vou
quando me for para onde.
Não sei se esse ir me expõe
ou se esse ir me esconde.
Sei apenas que o Sol
clareia meu jardim
onde uma lagartixa
me separa de mim.
Ignoro quem é este
que diz ou é ser eu.
[...]
IVO, Lêdo. O rumor da noite. São Paulo: Nova Fronteira, 2000.

Os versos “Não sei se esse ir me expõe / ou se esse ir


me esconde.”, em destaque no poema, são construídos
sintaticamente por relação(ões) de
a) período simples e período composto.
b) subordinação e coordenação.
c) orações opositivas.
d) subordinação.
e) coordenação.

Gabarito: B

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H27
BNCC: EM13LP06

Nos versos em destaque, existe uma relação de


coordenação entre as orações “se esse ir me expõe” e
“ou se esse ir me esconde”, cuja classificação é oração
coordenada sindética alternativa, pois as orações não são
dependentes sintaticamente e são ligadas pela conjunção
“ou”, a qual dá ideia de alternância. Entretanto, também
existe, no período que forma os versos, uma relação de
subordinação, em que as orações supracitadas estão
conectadas à oração principal “Não sei” por subordinação,
sendo essa ligação, portanto, caracterizada por orações
subordinadas substantivas objetivas diretas.

Alternativa A: incorreta. Essa alternativa não diz respeito


ao tipo de relação que pode existir entre as orações que
compõem um período composto, uma vez que nela são
apresentadas apenas as classificações dadas a um período:
simples, que apresenta somente uma oração, e composto,
que é formado por duas ou mais orações.
Alternativa C: incorreta. As duas últimas orações do
período, “se esse ir me expõe / ou se esse ir me esconde”,
apresentam ideais que se alternam e, ao mesmo tempo,
se opõem semanticamente. Entretanto, a classificação de
“oração opositiva” não pode ser dada, nem sintática nem
semanticamente, para o tipo de relação que existe entre
elas e a oração principal “Não sei”, dado que a primeira
relação se dá por coordenação (independência sintática) e
esta se dá por subordinação (dependência sintática).
Alternativa D: incorreta. A afirmativa se refere a apenas um
verso composto pela oração “se esse ir me expõe”.
Alternativa E: incorreta. A afirmativa se refere a apenas um
verso composto pela oração “ou se ir me esconde” e não
estabelece a ideia de relação.
QUESTÃO 23
_21_1EM_2S_POR_MB_L1_Q05
— A verdade, meus senhores, é que os estrangeiros
invejam-nos... E o que vou a dizer não é para lisonjear
a vossas senhorias: mas enquanto neste país houver
sacerdotes respeitáveis como vossas senhorias, Portugal
há de manter com dignidade o seu lugar na Europa!
Porque a fé, meus senhores, é a base da ordem!
— Sem dúvida, senhor conde, sem dúvida, disseram
com força os dois sacerdotes.
— Senão, vejam vossas senhorias isto! Que paz, que
animação, que prosperidade!
Tipoias1 vazias rodavam devagar; nalguma magra
pileca2, ia trotando algum moço de nome histórico, com a
face ainda esverdeada da noitada de vinho; pelos bancos
de praça gente estirava-se num torpor3 de vadiagem; um
carro de bois, aos solavancos sobre as suas altas rodas,
era como o símbolo de agriculturas atrasadas de séculos.
E o homem de Estado, os dois homens de religião,
todos três em linha, junto às grades do monumento (a
estátua de Camões), gozavam de cabeça alta esta certeza
gloriosa da grandeza do seu país.
QUEIRÓS, Eça de. “O crime do padre Amaro”. In: Obras de
Eça de Queiroz. Porto: Lello&Irmão, 1986. (Adaptado)

1
Tipoias: carruagens.
2
Pileca: cavalo reles.
3
Torpor: sono, modorra.

Vinculado ao Realismo, Eça de Queirós valeu-se da


literatura como um instrumento de reflexão e de denúncia
a respeito da situação de seu país, Portugal. No excerto de
O crime do padre Amaro, essa concepção crítica quanto à
realidade portuguesa expressa-se por meio da
a) relação de metonímia existente entre os sacerdotes e a
Igreja, de modo a destacar a falência dessa instituição.
b) metáfora relacionada à praça que serve de cenário à
interação entre as personagens, pois, simbolicamente,
representa o espírito corrompido dos sacerdotes.
c) hipérbole que diz respeito à ideia de que os estrangeiros
sentem inveja de Portugal, afinal, as qualidades referidas
no diálogo das personagens são intensificadas pela
narração.
d) ironia que se manifesta pelo descompasso entre
o discurso idealizado e os fatos de uma realidade
melancólica, em que se destacam o atraso e a falta de
perspectiva do país.
e) personificação do espírito português na estátua de
Camões, que simboliza a fé no progresso da nação e a
certeza de dias melhores.

Gabarito: D

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H15
BNCC: EM13LP46

O trecho da obra pretende destacar, de maneira irônica


e exagerada, a visão da realidade dos representantes
de Estado e do clero em Portugal, os quais, apesar
das conjunturas agrícola e tecnológica atrasadas e
da pobreza em que o país vivia, se vangloriavam e
tinham orgulho do que viam (ou fingiam ver), como nas
passagens “— A verdade, meus senhores, é que os
estrangeiros invejam-nos...” e “Que paz, que animação,
que prosperidade!”. Ademais, o narrador tem papel de
demonstrar a real circunstância do país e o descaso do
Estado e da Igreja, como comprovam os fragmentos: “[...]
pelos bancos de praça gente estirava-se num torpor de
vadiagem; um carro de bois, aos solavancos sobre as suas
altas rodas, era como o símbolo de agriculturas atrasadas
de séculos. E o homem de Estado, os dois homens de
religião [...] gozavam de cabeça alta esta certeza gloriosa
da grandeza do seu país.”.

Alternativa A: incorreta. Embora os sacerdotes


representem, metonimicamente, a Igreja, a cena mostra a
corrupção da sociedade, e não da própria Igreja.
Alternativa B: incorreta. O narrador não destaca a
degradação dos padres, e sim de todo o ambiente.
Ademais, os três homens em evidência no texto, o
representante do Estado e os dois sacerdotes, sentem-se
orgulhosos do cenário atrasado “de séculos” de Portugal
e, diferentemente do que é afirmado na alternativa, no final
do texto, os três encontram-se reunidos próximos à estátua
de Camões, que, notoriamente, representa o orgulho das
expansões e explorações portuguesas do século XV.
Alternativa C: incorreta. Eça de Queirós apresenta
um diálogo em que os representantes do Estado e da
Igreja exaltam a situação de prosperidade de Portugal
(“— A verdade, meus senhores, é que os estrangeiros
invejam-nos...” e “— Senão, vejam vossas senhorias isto!
Que paz, que animação, que prosperidade!”). Essa ideia
de abundância é contrariada pelo narrador, o qual expõe
e critica a conjuntura defasada do país como no fragmento
“um carro de bois, aos solavancos sobre as suas altas
rodas, era como o símbolo de agriculturas atrasadas de
séculos.”).
Alternativa E: incorreta. Na cena, não existe verdadeira
crença no progresso e no avanço da civilização portuguesa.
Pelo contrário, mostra-se a decadência.
QUESTÃO 24
_21_1EM_2S_POR_VP_L1_Q03

Disponível em: <https://me.me>. Acesso em: 17 ago. 2020.

As falas da personagem, associadas à imagem utilizada,


geram o humor do meme. Considerando a presença ou
não de verbos nessas três falas, classifica-se a
a) primeira como período simples, com a presença de um
verbo.
b) terceira como um período simples, por haver uma
locução verbal.
c) segunda como uma frase, porque é muito curta, com
duas palavras.
d) segunda como período composto, porque contém uma
locução verbal.
e) primeira como uma frase, pois, mesmo sem verbo, tem
unidade de sentido.

Gabarito: E

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H26
BNCC: EM13LP02

A fala “Meu Deus, uma vida alheia” não apresenta núcleos


verbais, o que a classifica como frase, e é dotada de
unidade de sentido, indicando que o locutor está surpreso,
espantado ou feliz e revela esse estado de espírito por
meio da utilização de um vocativo: “Meu Deus”.

Alternativa A: incorreta. A primeira fala é “Meu Deus, uma


vida alheia”, a qual, por não conter elemento verbal, deve
ser classificada como frase, e não como período simples.
Alternativa B: incorreta. Na terceira fala (“que eu tenho
que tomar conta”), é possível observar a presença de dois
núcleos verbais, “tenho” e “tomar”, o que classifica essa
construção como período composto.
Alternativa C: incorreta. A extensão de uma fala,
contradizendo o que é proposto na alternativa, não
condiciona a sua classificação. Além disso, “Me solta”
apresenta um núcleo verbal, a forma no imperativo
afirmativo “solta”, o que faz com que a classificação da
segunda fala seja de período simples.
Alternativa D: incorreta. A definição de período composto
está relacionada à quantidade de núcleos verbais (no caso
dos períodos compostos, deve haver mais de um núcleo
verbal) de forma que, uma locução verbal, a qual é formada
por dois ou mais verbos, constitui somente um núcleo e não
forma, sozinha, um período composto. Ademais, no caso da
terceira fala, há a presença de dois núcleos verbais, “tenho”
e “tomar”, e não de uma locução verbal.
QUESTÃO 25
_20_1EM_2S_POR_MB_L1_Q13

Hino à razão
Razão, irmã do Amor e da Justiça,
Mais uma vez escuta a minha prece.
É a voz dum coração que te apetece,
Duma alma livre só a ti submissa.

Por ti é que a poeira movediça


De astros, sóis e mundos permanece;
E é por ti que a virtude prevalece,
E a flor do heroísmo medra e viça.

Por ti, na arena trágica, as nações


buscam a liberdade entre clarões;
e os que olham o futuro e cismam, mudos,

Por ti podem sofrer e não se abatem,


Mãe de filhos robustos que combatem
Tendo o teu nome escrito em seus escudos!
QUENTAL, Antero de. Sonetos. 7 ed. António Sérgio
(Org.). Lisboa: Sá da Costa Editora, 1984.

No soneto “Hino à razão”, de Antero de Quental, os impactos


do racionalismo sobre as correntes de pensamento estético
na Europa se fazem perceber, pois
a) promove-se a dissociação entre a razão e as virtudes.
b) atribui-se à razão o papel de ordenamento do Cosmos
e da própria vida.
c) verifica-se que, em escala de importância, a razão se
sobrepõe ao amor e à justiça.
d) sugere-se que, ao perseguirem objetivos racionais, as
nações estão condenadas à guerra.
e) indica-se que a religiosidade católica é uma forma de
alcançar o racionalismo, afinal o poema é uma espécie
de prece.

Gabarito: B

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H15
BNCC: EM13LP48

De acordo com o eu lírico, por meio da razão, compreende-


-se o movimento da poeira do Cosmos, atinge-se um
comportamento ético e virtuoso e as nações buscam a
liberdade.

Alternativa A: incorreta. O poema não promove a


dissociação entre a razão e as virtudes, conforme se vê no
verso: “E é por ti que a virtude prevalece”.
Alternativa C: incorreta. A razão é irmã da justiça e do amor,
o que supõe uma posição de nivelamento e igualdade.
Alternativa D: incorreta. Não é essa a ideia do eu lírico. O
conflito está associado ao fato de que, à medida que se
tornam racionais, as nações não aceitam serem submetidas
ou dominadas por outras e, portanto, buscam liberdade e
independência.
Alternativa E: incorreta. Não há alusões à religiosidade
católica; a prece é dirigida à razão, e não a uma divindade
ou a santos que caracterizam a religião. A religiosidade,
muitas vezes, caminha em direção oposta à razão.
QUESTÃO 26
_21_1EM_2S_POR_NB_L1_Q04

Fumaça de incêndio no Pantanal viaja quase


430 km e deixa céu de Campo Grande acinzentado
DIAS, Flávio. Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 17 ago. 2020.

O(s) termo(s) da oração que concentra(m) a informação


principal dada na manchete está(ão) no
a) sujeito da primeira oração “Fumaça de incêndio”.
b) adjunto adverbial “no Pantanal”.
c) verbo intransitivo “viaja”.
d) verbo transitivo direto “deixa” e no predicativo do objeto
“acinzentado”.
e) sujeito da segunda oração “céu de Campo Grande”.

Gabarito: D

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H27
BNCC: EM13LP06

A informação principal está na forma verbal transitiva direta


“deixa” e seus complementos “céu”, que é o objeto direto,
e seu predicativo “acinzentado”. O predicativo do objeto,
na manchete, tem a função de contribuir na síntese do
assunto noticiado.

Alternativa A: incorreta. A manchete evidencia que o sujeito


da oração principal é “Fumaça de incêndio no Pantanal”.
Assim, o incêndio aconteceu no Pantanal, e dele resultou
uma fumaça que percorreu a distância de 430 km e fez
com que o céu de Campo Grande ficasse acinzentado.
Ademais, sujeito não é núcleo informacional.
Alternativa B: incorreta. O adjunto adverbial acrescenta
informações, mas não concentra a informação principal,
visto que sua função é acessória. Ademais, “no Pantanal” é
adjunto adnominal de “incêndio”, ao qual acrescenta uma
circunstância de lugar.
Alternativa C: incorreta. O verbo “viajar”, no contexto
da manchete, embora seja intransitivo, não é capaz de
concentrar a informação principal que é dada, vale destacar,
pelo sujeito da oração, “Fumaça de incêndio no Pantanal”.
Alternativa E: incorreta. Na segunda oração, “deixa céu
de Campo Grande acinzentado”, o sujeito só pode ser
determinado pela primeira oração (“Fumaça de incêndio no
Pantanal viaja quase 430 km”), sendo ele o termo “Fumaça
de incêndio no Pantanal”, o qual realiza a ação de deixar
o céu da cidade acinzentado. Além disso, “céu de Campo
Grande” é objeto direto do verbo “deixar”.
QUESTÃO 27
_21_1EM_2S_POR_MB_L1_Q01
Ao desafio da mulata, Piedade saltara ao pátio,
armada com um dos seus tamancos. Uma pedrada
recebeu-a em caminho, rachando-lhe a pele do queixo, ao
que ela respondeu desfechando contra a adversária uma
formidável pancada na cabeça.
E pegaram-se logo a unhas e dentes. Por algum
tempo lutaram de pé, engalfinhadas, no meio de grande
algazarra dos circunstantes. [...]. Dois partidos todavia
se formavam em torno das lutadoras; quase todos os
brasileiros eram pela Rita e quase todos os portugueses
pela outra. Discutia-se com febre a superioridade de cada
qual delas [...].
Quando menos se esperava, ouviu-se um baque
pesado e viu-se Piedade de bruços no chão e a Rita por
cima [...]:
— [...] Toma, galinha podre! Toma, pra não te meteres
comigo! Toma! Toma, baiacu da praia!
Os portugueses precipitaram-se para tirar Piedade de
debaixo da mulata. Os brasileiros opuseram-se ferozmente.
— Não pode!
— Enche!
— Não deixa!
— Não tira!
— Entra! Entra!
E as palavras “galego” e “cabra” cruzaram-se de todos
os pontos, como bofetadas.
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço.

Na cena de O Cortiço, de Aluísio Azevedo, o conflito entre


as personagens Rita Baiana e Piedade supera a dimensão
de uma disputa pessoal, pois é fato desencadeador de
violentas reações de grupo. Nesse contexto, o confronto
entre as mulheres é agravado por uma concepção
a) positivista da existência humana, afinal a rixa é descrita
de modo analítico e empírico, destacando a realidade
dos fatos.
b) determinista da existência humana, em decorrência
de o comportamento das mulheres ser, como indica a
narração, moldado pelo meio em que se inserem.
c) biológica da existência humana, visto que a utilização
de termos como “galinha podre” e “baiacu da praia”
comprova o interesse em estudar o homem à luz da vida
animal.
d) darwinista da existência humana, pois o choque entre
os indivíduos insere-se em um quadro mais amplo de
hostilidades motivadas pela luta frenética das raças pela
sobrevivência.
e) marxista da existência humana, em razão de se fazer
o retrato da vida dura das camadas inferiores da
população, cujos problemas de vida são explicados pelo
viés da luta de classes.

Gabarito: D

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H16
BNCC: EM13LP48

No confronto entre Rita Baiana e Piedade, a rixa


pessoal expande-se para a coletividade, por meio do
enfrentamento entre brasileiros e portugueses, em um
conflito que reflete as hostilidades vividas entre esses
povos no cortiço em sua luta pela sobrevivência. No
contexto cientificista do século XIX, os povos eram
compreendidos como “raças”.

Alternativa A: incorreta. Não há descrição de caráter


metódico ou científico, baseada na experimentação
científica. Há apenas a descrição viva e dinâmica da
confusão entre brasileiros e portugueses.
Alternativa B: incorreta. Não se verifica, no excerto em
destaque, uma relação de determinismo entre o indivíduo
e o meio, pois não há indicações de que as mulheres se
comportem da maneira como se comportam em reação a
influências estabelecidas pelo meio.
Alternativa C: incorreta. As expressões (zoomorfizações)
têm valor conotativo e são usadas como insulto.
Alternativa E: incorreta. No conflito entre Rita e Piedade,
ambas pertencem a um extrato desfavorecido de
trabalhadoras braçais, lavadeiras. Na perspectiva marxista,
a luta de classe ocorreria entre membros de classes
distintas, e não de uma mesma classe, como é o caso da
brasileira e da portuguesa, ou seja, há uma disputa de
“raças”.
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS
TECNOLOGIAS
Questões de 28 a 49

QUESTÃO 28
_21_1EM_2S_GEO_JF_L1_Q04
A guerra começou quando as forças norte-coreanas
cruzaram o paralelo 38, onde a União Soviética e os
Estados Unidos dividiram a península, então colônia
japonesa, nos dias finais da Segunda Guerra Mundial. [...]
A Coreia do Norte insiste até hoje que foi atacada pelos
Estados Unidos e seus “fantoches” da Coreia do Sul.
AFP. Disponível em: <https://www.istoedinheiro.com.br>.
Acesso em: 28 ago. 2020.

A Guerra da Coreia, um dos conflitos que envolveu Estados


Unidos e União Soviética, é importante para entender as
formas de disputa do período da Guerra Fria. O confronto
ocorreu por meio do(a)
a) envio de tropas estadunidenses e soviéticas para a
batalha.
b) busca de processos de independência de países
subdesenvolvidos.
c) tentativa de anexação de territórios pelas duas potências
hegemônicas.
d) êxito dos Estados Unidos em impor o capitalismo como
sistema econômico.
e) interesse de impedir o crescimento da área de influência
da potência adversária.

Gabarito: E

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C3H15
BNCC: EM13CHS503

O ponto fundamental em apoiar um dos respectivos


lados envolvidos na Guerra da Coreia seria permitir
que o vencedor passasse a adotar o capitalismo ou o
socialismo como sistema político-econômico. Desse modo,
os principais interesses dos EUA ou da URSS seriam,
simultaneamente, ampliar a sua própria zona de influência
para a região e também impedir que a influência inimiga ali
se constituísse.

Alternativa A: incorreta. Os EUA enviaram tropas do


próprio exército ao conflito, enquanto a URSS forneceu
armamentos, apoio financeiro e treinamento às tropas
norte-coreanas e também ao exército chinês, que foi ativo
no conflito ao lado dos exércitos do Norte.
Alternativa B: incorreta. Por mais que o território coreano
estivesse ocupado desde o princípio do movimento
expansionista e imperialista japonês, não havia, naquele
caso, um interesse deliberado em apoiar um processo de
independência na península da Coreia, e sim em fomentar
uma disputa local como modo de impor os interesses
político-econômicos das superpotências da Guerra Fria.
Alternativa C: incorreta. A anexação de territórios não era
uma ação comum das potências hegemônicas da Guerra
Fria. Estados Unidos e União Soviética buscavam atrair
países para a sua área de influência, a fim de expandir seus
interesses para além de seus territórios.
Alternativa D: incorreta. Os EUA não podem ser
considerados vitoriosos no conflito, uma vez que a Coreia
do Norte se consolidou, ao final da disputa, como um país
alinhado ao sistema político-econômico adotado pela
URSS.
QUESTÃO 29
_21_1EM_2S_HIS_LM_L1_Q05
Mesmo tendo interesses e estruturas bem diferentes,
não se pode afirmar que as regiões fossem completamente
antagônicas. O norte, mais avançado em termos industriais,
tinha uma classe média nascente e uma indústria de
importância crescente. O sul, embora apresentando
características fundamentalmente agrícolas, baseava-se no
sistema de plantation e escravidão, muito bem inserido no
sistema capitalista; o escravizado era visto como mercadoria.
KARNAL, Leandro. História dos EUA. São Paulo:
Contexto, 2007. p. 129. (Adaptado)

A guerra que se iniciou em 1861 entre as colônias do norte


e do sul dos EUA teve como uma das principais causas o(a)
a) tentativa do sul de proclamar a independência do norte.
b) discordância entre ambas sobre a questão da escravidão.
c) defesa da inserção social dos indígenas nas colônias do
sul.
d) desacordo entre as colônias sobre a exploração do
território.
e) desejo das colônias do norte de não expandir mais o
território.

Gabarito: B

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C3H15
BNCC: EM13CHS603

As colônias do norte queriam a abolição da escravidão,


enquanto as do sul queriam mantê-la. Isso se tornou um
dos principais fatores que desencadearam a chamada
Guerra de Secessão.

Alternativa A: incorreta. O sul não tentou proclamar


independência do norte porque não pertencia ao norte. A
independência dos EUA havia ocorrido no século anterior,
sem que as colônias do norte tivessem poder sobre as do
sul ou vice-versa.
Alternativa C: incorreta. A política de expansão territorial
em direção ao oeste levou a um massacre das populações
indígenas, e não a uma inclusão.
Alternativa D: incorreta. Tanto as colônias do norte quanto
as do sul tinham interesse em explorar o território, cada
uma de sua maneira.
Alternativa E: incorreta. As colônias do norte tinham
interesse em expandir o território, já que dependiam das
pequenas porém numerosas propriedades rurais familiares
para a geração de riquezas, o que demandava a posse de
terras.
QUESTÃO 30
_21_1EM_2S_FIL_FA_L1_Q05
Essas leis da liberdade, à diferença das leis da
natureza, chamam-se morais. Na medida em que se refiram
apenas às ações meramente exteriores e à conformidade
destas à lei, elas se chamam jurídicas; mas, na medida
em que exijam também que elas próprias devam ser os
fundamentos de determinação das ações, então são
éticas. Diz-se, portanto: a concordância com as primeiras
é a legalidade, com as segundas a moralidade da ação.
KANT, Immanuel. Metafísica dos costumes. Petrópolis;
Bragança Paulista: Vozes; Edusf, 2013. p. 22.

No contexto da discussão kantiana especificamente sobre


a convergência entre liberdade e autonomia, ser autônomo
significa
a) considerar-se exterior ao mundo sensível.
b) escolher meios éticos para fins jurídicos.
c) autoimpor-se leis puramente racionais.
d) observar seus direitos e deveres.
e) criticar as leis estabelecidas.

Gabarito: C

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C5H23
BNCC: EM13CHS101

Autonomia coincide com liberdade porque se trata, afirma


Kant, de obedecer a uma lei determinada pela própria
razão: nesse sentido, o sujeito autônomo é súdito de uma
lei da qual ele mesmo é o autor. A pureza racional da lei
moral como critério da ação é o elemento que garante a
liberdade do agente.

Alternativa A: incorreta. Kant afirma que o ser humano


apresenta uma dupla dimensão: sensível – determinada
pelas leis da natureza – e inteligível – determinada pelas
leis da razão. Embora a autonomia se restrinja à dimensão
inteligível, o sujeito autônomo, enquanto humano, não pode
nunca se considerar como exterior ao mundo sensível.
Alternativa B: incorreta. As leis éticas, segundo Kant, têm
seu fim em si mesmas e nunca aparecem como meios; é
o reconhecimento dessa finalidade incondicionada da
ética que fundamenta, para o filósofo, a possibilidade da
autonomia.
Alternativa D: incorreta. Autonomia significa, para Kant,
dar a si mesmo a norma do próprio agir. Esse movimento,
no entanto, só é possível porque a norma interior da ação
depende exclusivamente da racionalidade. Trata-se então
de um movimento subjetivo, independente de direitos ou
deveres externos.
Alternativa E: incorreta. Autonomia, para Kant, não significa
obedecer ou infringir as leis estabelecidas; para ele, o
domínio da legalidade não coincide com o da ética. O
sujeito autônomo se define como tal por sua relação com
as leis determinadas pela pura razão, e não com aquelas
presentes nos códigos jurídicos.
QUESTÃO 31
_21_1EM_2S_GEO_BW_L1_Q03
Entre os anos 2020 e 2050, a população do estado de
São Paulo deverá aumentar apenas 6%. Os dados apontam
tendências diferentes de crescimento entre os grupos
etários. Por exemplo, entre os menores de 39 anos, até
2050 haverá redução de 20% no conjunto da população.
Já a faixa de 40 a 59 anos apresentará crescimento de 5%;
o grupo de 60 a 79 anos quase dobrará; e o contingente
de maiores de 80 anos, a chamada quarta idade, triplicará.
MARINI, Wilson. “Envelhecimento: estudo aponta para mudanças no perfil
da população de SP”. Disponível em: <https://www.dgabc.com.br>.
Acesso em: 21 ago. 2020.

A tendência apresentada no texto causará impactos diretos


aos investimentos públicos relacionados à
a) saúde.
b) cultura.
c) moradia.
d) educação.
e) segurança.

Gabarito: A

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C2H8
BNCC: EM13CHS201

O envelhecimento da população impacta diretamente os


setores ligados à saúde e à previdência social. À saúde, pois
pessoas com mais idade tendem a desenvolver doenças e
condições típicas dessa fase da vida. À previdência social,
pois a população idosa não é considerada economicamente
ativa e utiliza dos fundos da previdência para se manter, por
meio de aposentadorias e pensões.

Alternativa B: incorreta. A cultura é de suma importância


para todas as faixas etárias da população. Dessa forma, não
há um impacto diretamente relacionado ao envelhecimento
da população.
Alternativa C: incorreta. A aplicação de uma maior parte
do orçamento público às políticas de moradia não está
associada, necessariamente, às faixas etárias de idade
mais avançada.
Alternativa D: incorreta. Geralmente, os investimentos em
educação são mais voltados às camadas mais jovens da
sociedade, especialmente à população em idade escolar
(normalmente designada como as pessoas entre 2 e 18
anos).
Alternativa E: incorreta. A segurança é um setor que não
apresenta, necessariamente, uma demanda maior de um
determinado setor da sociedade, e é de interesse de toda
a população a ampliação dos investimentos aplicados a
esse tipo de serviço público.
QUESTÃO 32
_21_1EM_2S_SOC_PT_L1_Q01
O espírito positivo, segundo Comte, instaura as
ciências como investigação do real, do certo e indubitável,
do precisamente determinado e do útil. Nos domínios do
social e do político, o estágio positivo do espírito humano
marcaria a passagem do poder espiritual para as mãos
dos sábios e cientistas e do poder material para o controle
dos industriais.
COMTE, Auguste. Curso de filosofia positiva. José Arthur Gianotti e Miguel
Lemos (Trad.). São Paulo: Abril Cultural, 1978. (Coleção Os Pensadores)

Para Comte, no estágio inicial do progresso do espírito, a


sociedade
a) busca respostas racionais aos fenômenos naturais.
b) tem coesão social fragmentada pelo individualismo.
c) é predominantemente monoteísta em sua visão
cosmológica.
d) tem o capitalismo industrial como principal organização
social.
e) atribui autoridade a entidades de caráter sobrenatural e
transcendente.

Gabarito: E

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C1H2
BNCC: EM13CHS101

Na primeira etapa da evolução do espírito – a teológica –, o


homem apoia-se em entidades sobrenaturais e divindades
(politeístas, em um primeiro momento, e monoteístas, em um
segundo). Os fenômenos naturais e sociais são explicados
com base em narrativas mitológicas e religiosas, apoiadas
pela fé.

Alternativa A: incorreta. Tanto a naturalização dos


fenômenos – isto é, a compreensão de que suas causas
não são sobrenaturais – como a busca pela racionalidade
pressupõem, segundo Comte, um amadurecimento
do espírito que só pode se dar no último estágio de
desenvolvimento.
Alternativa B: incorreta. A autoridade usualmente
centralizada das sociedades que, segundo Comte, vivem
no estágio primitivo de desenvolvimento promove uma
forte coesão e previne a tomada de consciência individual
que seria capaz de levar à fragmentação da ordem vigente.
Alternativa C: incorreta. O monoteísmo é a fase
intermediária entre o teológico e o metafísico. O estágio
inicial da evolução do espírito é politeísta.
Alternativa D: incorreta. O desenvolvimento do capitalismo
supõe uma série de conquistas e marcos culturais e
científicos que não podem ser efetuados no estágio inicial
do espírito. Trata-se, com relação à industrialização, de
uma consequência de progressos prévios, não apenas nas
ciências (Física e Economia, por exemplo), mas também nas
formas de sociabilidade existentes.
QUESTÃO 33
_21_1EM_2S_HIS_LT_L1_Q02
Na Bahia, a Guerra da Independência foi intensa
e prolongada: começou sete meses antes do Grito do
Ipiranga e estendeu-se até a expulsão dos portugueses
em 2 de julho de 1823 – data até hoje festejada com
feriado estadual e desfile popular. No longo cerco à tropa
do general português Madeira de Melo, entrincheirado
em Salvador, destacou-se a jovem Maria Quitéria, que se
disfarçou de homem para alistar-se como combatente. Nos
últimos dois meses da guerra, o “Partido Brasileiro” contou
com o apoio de sete navios comandados por Cochrane.
“A proclamação da Independência”. Atlas Histórico do Brasil FGV.
Disponível em: <https://atlas.fgv.br>. Acesso em: 3 ago. 2020

A Guerra de Independência do Brasil, ocorrida entre 1822


e 1823, revelou a
a) majoritária participação popular em seu processo.
b) unidade política entre as províncias da ex-colônia.
c) possibilidade de um processo de abolição da
escravatura.
d) divisão entre as províncias da ex-colônia sobre o
processo político.
e) aliança entre “brasileiros” e portugueses na defesa pela
mudança política.

Gabarito: D

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C3H15
BNCC: EM13CHS401

A independência foi, de modo geral, bem aceita, mas, em


algumas regiões, militares e comerciantes portugueses,
com o objetivo de manter laços com Portugal, decidiram
resistir e lutar, mostrando sua fidelidade à metrópole. Tais
batalhas aconteceram na Bahia, no Maranhão, no Pará, no
Piauí e na Província Cisplatina, o que demonstra a divisão e
a autonomia das então províncias em relação à política e ao
modo como organizavam sua defesa. D. Pedro I, ainda sem
um exército significativo e preparado, contratou milícias
mercenárias, que derrotaram os revoltosos.

Alternativa A: incorreta. A luta pela independência


não partiu de um levante popular, mas do interesse
de latifundiários e grandes comerciantes que viam na
permanência da unidade com Portugal prejuízos para seus
negócios, ao passo que as resistências à independência
partiram dos membros da elite portuguesa de algumas
províncias da ex-colônia.
Alternativa B: incorreta. A notícia da independência
demorou meses para chegar às províncias brasileiras mais
distantes; além disso, as diferentes reações a essa notícia
demonstram o quão desunidas e independentes umas das
outras eram as províncias brasileiras.
Alternativa C: incorreta. Houve pouquíssimas mudanças
sociais com a independência; a situação dos mais pobres e
dos escravizados permaneceu tal e qual era antes.
Alternativa E: incorreta. No processo, os “brasileiros” se
antagonizaram massivamente com os portugueses. Apenas
os portugueses do chamado Partido Português (próximo a
D. Pedro I) foram a favor da independência.
QUESTÃO 34
_21_1EM_2S_FIL_FA_L1_Q04
De modo contrário a outros filósofos, Kant busca
assegurar que a felicidade não é um bem incondicionado,
mas apenas condicionado, ou seja, um bem relativo. Desse
modo, a felicidade é insuficiente para a fundamentação
de um fim moral, pois ela é determinada por um elemento
empírico. O problema da felicidade como princípio moral é
sua determinação por um elemento empírico, e por isso é
formalmente indeterminada e indeterminável.
ZANELLA, Diego Carlos. “O conceito de felicidade na fundamentação
da moral em Kant”. Intuitio, v. 2, n. 2, out. 2019. p. 97.

Kant concebe a equivalência entre moralidade e felicidade


como insustentável porque a
a) felicidade é pessoal e a moralidade é social.
b) moralidade condiciona a aquisição da felicidade.
c) felicidade é o objetivo, e não o princípio da moralidade.
d) moralidade é empírica e a felicidade é transcendental.
e) felicidade é irrelevante no consequencialismo kantiano.

Gabarito: B

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C5H23
BNCC: EM13CHS103

Criticando principalmente os utilitaristas, Kant compreende


que a moralidade não pode ser diretamente associada
à felicidade, pois suas origens e seus modos de ser são
diferentes: enquanto a moralidade é incondicional e
determinante, a felicidade é condicionada e indeterminável.
O filósofo afirma ainda que é necessário ser moral para ser
feliz, mas o primeiro estado não garante o segundo, muito
menos o contrário. A moralidade, portanto, é condição
(necessária) para a felicidade (provável). As duas não
coincidem.

Alternativa A: incorreta. Tanto felicidade como moralidade


pertencem ao escopo subjetivo, pessoal. A diferença é que
os critérios da moralidade dependem exclusivamente da
razão, ao passo que a felicidade é determinada por fatores
empíricos e, portanto, incompatível com o caráter formal da
moralidade kantiana.
Alternativa C: incorreta. Para Kant, o dever moral é um fim
em si mesmo, e não um meio para se alcançar algo como
a felicidade. O vínculo entre moralidade e felicidade não
se dá em termos de princípios nem de objetivos; trata-se
de um vínculo apenas possível, acidental, variável, portanto
não filosófico.
Alternativa D: incorreta. O oposto é que é verdadeiro:
a felicidade é empírica, pois varia conforme fatores
imprevisíveis da experiência; já a moralidade é
transcendental, pois está ligada às condições puramente
racionais da ação e se realiza por meio de princípios
formais, desprovidos de conteúdo empírico.
Alternativa E: incorreta. A ética kantiana é deontológica,
considera o dever como princípio ético válido por si só. É o
exato oposto de uma ética consequencialista, para a qual
as consequências práticas de uma ação, e não um princípio
transcendental de dever, são o que conta. A felicidade é um
elemento importante na reflexão ética de várias filosofias
consequencialistas, mas não na filosofia kantiana.
QUESTÃO 35
_21_1EM_2S_GEO_BW_L1_Q02
Segundo os filmes dos Vingadores, Thanos viu sua
terra natal quase entrar em colapso devido a uma crise de
falta de alimentos, que gerou muito sofrimento e conflitos.
Quando ficou mais velho, Thanos iniciou uma jornada com
o objetivo de aniquilar metade da população do universo
para restabelecer o equilíbrio cósmico entre população e
recursos. A sua intenção era acabar com o problema da
fome, com as guerras, e com todo tipo de desigualdade,
melhorando a qualidade de vida da população restante.
Disponível em: <https://www.blogs.unicamp.br/ciencianerd>.
Acesso em: 22 ago. 2020.

A história fictícia apresentada no texto se assemelha a qual


teoria populacional?
a) Marxista, por reprovar o consumo exacerbado.
b) Marxista, por desejar o fim das classes sociais.
c) Reformista, por justificar as taxas de natalidade.
d) Malthusiana, por incentivar as novas tecnologias.
e) Malthusiana, por criticar a superpopulação mundial.

Gabarito: E

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C4H17
BNCC: EM13CHS201

O texto explica que a personagem fictícia Thanos acreditava


que, ao dizimar metade da população do universo, estaria
proporcionando melhor qualidade de vida ao restante das
pessoas. No mesmo caminho, Thomas Malthus afirmava
que a população crescia em progressão geométrica
enquanto a oferta de alimentos em progressão aritmética,
o que resultaria em escassez de alimentos e consequentes
conflitos.

Alternativa A: incorreta. A aplicação das formulações


marxistas à perspectiva dos estudos demográficos entende
que as más condições socioeconômicas são, na realidade,
uma causa das elevadas taxas de natalidade. Assim, uma
maneira de controlar o crescimento demográfico de um
local seria prover uma melhoria nas condições de vida, o
que não dialoga, portanto, com a ideia descrita pelo texto.
Alternativa B: incorreta. As formulações teóricas marxistas,
quando aplicadas aos estudos demográficos, entendem
como necessária a melhoria da qualidade de vida como
estratégia para o controle de natalidade, o que não
corresponde à perspectiva descrita pelo texto.
Alternativa C: incorreta. Os reformistas acreditavam que as
taxas de natalidade eram consequência, e não causa, das
desigualdades sociais. Ao contrário da personagem fictícia
Thanos, que afirmava que a diminuição da população
resultaria em melhoria da qualidade de vida para o restante
das pessoas.
Alternativa D: incorreta. Uma das críticas atuais à
teoria malthusiana é o fato de Thomas Malthus não ter
considerado o desenvolvimento tecnológico para a
produção de alimentos, que passou a acompanhar o
crescimento populacional.
QUESTÃO 36
_21_1EM_2S_HIS_LM_L1_Q01
Para a massa do povo comum, o problema era mais
simples. [...] sua condição nas grandes cidades e nos
distritos fabris da Europa Ocidental e Central empurrava-
-os inevitavelmente em direção a uma revolução social.
Seu ódio aos ricos e aos nobres daquele mundo amargo
em que viviam, e seus sonhos com um mundo novo e
melhor deram a seu desespero um propósito, embora
somente alguns deles, principalmente na Grã-Bretanha e
na França, tivessem consciência deste significado.
HOBSBAWM, E. A era das revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997. p. 329.

O texto mostra o cenário social europeu na década de


1840. Na França, em 1848, esse cenário resultou em um(a)
a) grande revolução popular.
b) processo revolucionário operário.
c) revolta protagonizada pela burguesia.
d) fôlego extra para o regime monárquico.
e) longa aliança entre os pobres e a burguesia.

Gabarito: A

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C2H10
BNCC: EM13CHS603

Em 1848, uma grande revolução popular teve início na


cidade de Paris. Um dos grandes fatores motivadores dessa
revolução foram as condições de extrema pobreza em que
se encontrava grande parte da população na época.

Alternativa B: incorreta. A revolução de 1848 não envolveu


apenas a classe operária, mas todas as classes, sobretudo
as populares, e tinha caráter nacionalista, liberal, socialista
e democrática.
Alternativa C: incorreta. Apesar de, em um primeiro
momento, a burguesia apoiar o povo contra a monarquia,
o protagonismo da revolta foi da população mais pobre.
Posteriormente, a burguesia se voltaria contra a revolta,
com medo de muitas transformações sociais.
Alternativa D: incorreta. A revolução de 1848 fez cair o
regime monárquico, e não o contrário.
Alternativa E: incorreta. Houve uma pequena aliança inicial
entre os pobres e a burguesia, em que ambos estavam
contra a monarquia, mas, quando esta caiu, a burguesia,
reacionária, tratou de sufocar os anseios do proletariado.
QUESTÃO 37
_21_1EM_2S_SOC_PT_L1_Q02
Aspecto fundamental da sociologia comteana é a
distinção entre a estática e a dinâmica sociais. A primeira
estudaria as condições constantes da sociedade;
a segunda investigaria as leis de seu progressivo
desenvolvimento. A ideia fundamental da estática é a
ordem; a da dinâmica, o progresso.
COMTE, Auguste. Curso de filosofia positiva. José Arthur Giannotti e Miguel
Lemos (Trad.). São Paulo: Abril Cultural, 1978. (Coleção Os Pensadores)

Sobre a sociologia comteana, é correto afirmar que o(a)


a) fluxo contínuo e dinâmico do progresso é sempre
prioritário.
b) propriedade privada pode ser violada com o intuito de
promover o progresso.
c) educação deve ser crítica, antissistêmica e revolucionária
para libertar o espírito.
d) coesão social pressupõe a constância dos elementos
permanentes da sociedade.
e) evolução não é contínua e consecutiva, mas fruto de
movimentos conflitantes e dialéticos.

Gabarito: D

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C3H11
BNCC: EM13CHS101

A coesão social é diretamente ligada às leis que regulam


as constantes de uma sociedade, ou seja, aquelas ligadas à
estática e à ordem: família, religião, propriedade, linguagem
etc. Assim, é fundamental que esses elementos estejam
em constante ordem para que haja progresso.

Alternativa A: incorreta. Na teoria sociológica comteana,


o progresso só ocorre quando contrabalanceado por uma
ordem (estática social) firme; a prioridade é o equilíbrio, a
compatibilidade entre ordem e progresso.
Alternativa B: incorreta. Para Comte, a propriedade privada
é parte da estática e da ordem. Portanto, é constante e
fundamental para a coesão social.
Alternativa C: incorreta. A educação positivista não é crítica
ou revolucionária; pelo contrário, ela deve ser estritamente
científica e ensinar a reprodução social dos elementos da
ordem e a defesa da harmonia social.
Alternativa E: incorreta. Para Comte, as leis sociais
propulsionam uma evolução contínua e consecutiva. Não
há espaços, na teoria evolutiva de Comte, para revoluções
e rupturas.
QUESTÃO 38
_21_1EM_2S_HIS_LT_L1_Q03
Todas as vezes que na Assembleia se tratou de
questões que envolvessem relações dela com o imperador,
as suscetibilidades dos constituintes chegam ao auge.
Logo nas primeiras sessões, uma simples frase de D.
Pedro na fala do trono, frase em que afirmava “esperar
da Assembleia uma constituição digna dele e do Brasil”,
foi suficiente para levantar tempestades. E não tarda a
retificação. Na resposta, declara a Assembleia que “confia
que fará uma constituição digna da nação brasileira, de
si e do imperador”, em que a referência a D. Pedro era
acintosamente colocada em último lugar.
PRADO JÚNIOR, Caio. Evolução política do Brasil: colônia e império.
São Paulo: Brasiliense, 2007. p. 55-6.

O caso narrado pelo autor refere-se ao conflito, dentro da


Assembleia de 1823, entre os projetos
a) liberal e centralista.
b) federalista e socialista.
c) republicano e monarquista.
d) separatista e republicano.
e) abolicionista e escravista.

Gabarito: A

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C5H22
BNCC: EM13CHS101

Na Assembleia Constituinte, havia dois partidos em


oposição: o Partido Português e o Partido Brasileiro.
Enquanto o primeiro buscava defender as prerrogativas
do imperador, reivindicando-lhe poderes centralizadores, o
segundo – influenciado pelo liberalismo – queria a divisão
de poderes e que o imperador estivesse submetido ao
Poder Legislativo. Tal conflito de interesses era mediado
por José Bonifácio, ministro do imperador.

Alternativa B: incorreta. Os ideais socialistas surgiram com


mais intensidade após as revoluções na Europa (1848),
período posterior à Assembleia Constituinte.
Alternativa C: incorreta. A forma de governo não
estava em discussão no momento, ambos os partidos
concordavam com a monarquia; a disputa estava em como
se relacionariam o Executivo e o Legislativo nesse modelo.
Alternativa D: incorreta. A Assembleia queria construir o
Estado brasileiro, e não se separar dele. Por outro lado,
nenhum dos projetos em jogo (liberalista de um lado, e
centralista do outro) eram republicanos, pois subentendiam
a monarquia constitucional.
Alternativa E: incorreta. Ambos os lados (liberais e
conservadores, ou Partido Brasileiro e Partido Português)
eram escravocratas, principalmente porque o poder político
estava nas mãos dos grandes proprietários rurais.
QUESTÃO 39
_21_1EM_2S_GEO_JF_L1_Q01
Os Estados Unidos viram como a Rússia bloqueou,
juntamente com a China, a resolução que exigia que
o regime de Nicolás Maduro permitisse a entrada da
ajuda humanitária e reclamava a convocação imediata
de eleições. Logo depois, as principais potências
ocidentais rejeitaram a contramoção russa, que exortava a
comunidade internacional a se comprometer a respeitar a
soberania venezuelana.
POZZI, Sandro. “Rússia e China vetam na ONU resolução dos EUA que exigia
eleições na Venezuela”. Disponível em: <https://brasil.elpais.com>.
Acesso em: 22 nov. 2020.

O Conselho de Segurança é o órgão da ONU responsável


por tratar de assuntos de segurança mundial e pode,
inclusive, interferir nos conflitos a fim de solucioná-los.
No caso citado no texto, percebe-se que os membros
permanentes desse órgão
a) aprovaram uma intervenção estrangeira na Venezuela.
b) utilizaram o poder de veto para beneficiar a Venezuela.
c) mantiveram uma divergência sem relações diplomáticas.
d) conservaram o poder entre grupos contrários ao
presidente.
e) enfrentaram um impasse na tentativa de solução do
conflito.

Gabarito: E

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C2H9
BNCC: EM13CHS603

Acerca da crise venezuelana, o poder de veto exercido


pelos membros permanentes do Conselho de Segurança
da ONU levou a uma situação de impasse, em que tais
membros acabaram barrando qualquer iniciativa que
contrariem seus interesses. Isso dificulta, em alguns casos,
a busca por soluções de conflitos.

Alternativa A: incorreta. No caso venezuelano nenhuma


medida foi aprovada; os países orientais que compõem
o Conselho de Segurança da ONU – Rússia e China –
vetaram a intervenção estrangeira na Venezuela.
Alternativa B: incorreta. Os países ocidentais utilizaram seu
poder de veto para atuar em favor próprio no conflito na
Venezuela, de modo que não houve, necessariamente, um
benefício para esse país.
Alternativa C: incorreta. Apesar de haver uma profunda
divergência entre os países que constituem o Conselho de
Segurança, as relações diplomáticas permanecem vigentes
entre eles.
Alternativa D: incorreta. Parte dos países envolvidos na
questão se posicionaram de modo alinhado aos interesses
do presidente venezuelano.
QUESTÃO 40
_21_1EM_2S_FIL_FA_L1_Q01
O utilitarismo é uma ampla tradição do pensamento
filosófico e social, não um princípio único. A ideia utilitarista
central consiste em que a moralidade e a política estão [e
devem estar] centralmente preocupadas com a promoção
da felicidade. Não se trata, unicamente, de uma doutrina
que foca nossa atenção em ações particulares. Os
utilitaristas frequentemente têm estado mais interessados
em avaliar códigos de regras morais ou sistemas de
instituições políticas.
MULGAN, Tim. Utilitarismo. Fábio Creder (Trad.).
Petrópolis: Vozes, 2012. p. 1. (Adaptado)

De acordo com as ideias fundamentais do utilitarismo, o


cálculo avaliativo sobre o caráter ético de determinada
ação deve deixar de lado, deliberadamente,
a) a intenção moral do agente.
b) o bem-estar das pessoas afetadas.
c) as consequências políticas da ação.
d) a quantidade de sujeitos beneficiados.
e) o prazer causado às pessoas beneficiadas.

Gabarito: A

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C5H23
BNCC: EM13CHS101

O utilitarista avalia quais são os efeitos da ação humana


para atribuir um valor moral a ela. Para si, não é importante
o que se quis fazer, mas o que efetivamente se fez. Se os
efeitos atendem às necessidades humanas, em particular
ou em sociedade, então eles têm um valor moral, bem
como a ação que os produziu.

Alternativa B: incorreta. O princípio de utilidade, na base


da doutrina utilitarista, consiste precisamente na ideia de
que o bem-estar, a satisfação ou a felicidade das pessoas
afetadas por uma ação devem ser numericamente
considerados e priorizados na reflexão ética.
Alternativa C: incorreta. Como o autor destaca no texto,
a proposta utilitarista é eminentemente política. Para o
utilitarismo, deliberar sobre o caráter ético de uma ação
significa, em termos gerais, calcular a melhor maneira de
afetar positivamente o maior número possível de pessoas;
desse modo, pode-se afirmar com segurança que a sua
preocupação ultrapassa a esfera individual e insere-se no
plano coletivo, político.
Alternativa D: incorreta. O utilitarista dimensiona os efeitos
da ação humana de modo quantitativo, considerando
quantos são os beneficiados com a ação. Em um dilema
moral, é preferível tomar o curso de ação que beneficie o
maior número de pessoas.
Alternativa E: incorreta. O prazer, ou a satisfação de uma
necessidade, está ligado à felicidade e é outro efeito
avaliado pelo utilitarista.
QUESTÃO 41
_21_1EM_2S_HIS_LM_L1_Q03

Finalmente, a perna direita dentro da bota.


Garibaldi: Se não servir, senhor, tente com um pouco
mais de pólvora.
Disponível em: <http://gerberapeuro.blogspot.com>.
Acesso em: 23 ago. 2020. (Adaptado)

A charge ilustra Giuseppe Garibaldi calçando as botas do


rei Vitor Emanuel II no contexto da unificação italiana e
mostra a
a) submissão de Garibaldi ao poder da burguesia.
b) derrota dos ideais democráticos perante a monarquia.
c) falta de munição para os revolucionários nos conflitos.
d) preocupação de Garibaldi com o bem-estar dos italianos.
e) tentativa de Garibaldi de causar um grande atentado na
Itália.

Gabarito: B

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C2H8
BNCC: EM13CHS603

Garibaldi foi um revolucionário que buscou criar uma Itália


democrática. Apesar de ter sido um personagem importante
no processo da unificação italiana, ele perdeu a disputa
política para Vitor Emanuel II, que se tornaria o primeiro rei
da Itália unificada. Dessa forma, a imagem mostra a vitória
da monarquia sobre um sistema democrático.

Alternativa A: incorreta. Ao apoiar Vitor Emanuel II, Garibaldi


não se submeteu ao poder da burguesia, e sim ao poder
da monarquia, pois preferia ver uma Itália monárquica unida
do que uma Itália desunida.
Alternativa C: incorreta. A charge não ilustra a falta de
munição dos revolucionários no conflito. Ela ilustra Garibaldi
reconhecendo que o processo revolucionário já havia se
encerrado.
Alternativa D: incorreta. A bota representa a Itália; ao
ajudar o rei a vesti-la, Garibaldi não se mostra exatamente
preocupado com o povo, e sim submisso ao poder do novo
rei da Itália.
Alternativa E: incorreta. A pólvora a que se refere Garibaldi
não seria usada para cometer um atentado na Itália, mas
é uma referência à possibilidade de se utilizar de mais
violência para garantir a unificação do país.
QUESTÃO 42
_21_1EM_2S_GEO_BW_L1_Q01
A população mundial continua a crescer, mas a um
passo mais lento: estima-se que de 7,7 bilhões de pessoas
no mundo em 2019 passe-se a 8,5 bilhões em 2030, 9,7
bilhões em 2050 e 10,9 bilhões em 2100. A partir daí, a
população mundial tende a se estabilizar. É o que mostra
relatório das Nações Unidas, o World Population Prospects
2019.
Disponível em: <https://fpabramo.org.br>. Acesso em: 25 ago. 2020.

A dinâmica demográfica explicitada no texto é resultante


da combinação dos seguintes fatores:
a) Crescimento da mortalidade e redução da longevidade.
b) Crescimento da natalidade e redução da população
relativa.
c) Crescimento da expectativa de vida e redução da
fertilidade.
d) Aumento do saldo migratório e diminuição da população
absoluta.
e) Aumento da mortalidade infantil e diminuição do bônus
demográfico.

Gabarito: C

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C2H9
BNCC: EM13CHS201

O fenômeno descrito pelo texto representa uma diminuição


do ritmo de crescimento da população mundial, decorrente
de uma combinação de indicadores demográficos, que
podem ser diferenciados em dois principais grupos:
aqueles associados à mortalidade e outros associados à
natalidade. Na medida em que as pessoas têm uma maior
expectativa de vida, há uma tendência de diminuição da
mortalidade, o que seria um processo que contribuiria para
o crescimento populacional previsto até o ano de 2100.
Por outro lado, há uma diminuição do número de filhos que
cada pessoa tem (por diferentes fatores socioeconômicos
e culturais), fenômeno descrito como taxa de fertilidade, o
que pode fazer com que o número de nascimentos (taxa
de natalidade) também sofra uma redução. Esse segundo
fator, em especial, poderia ser utilizado com argumento
para justificar a graduada estabilização do crescimento
populacional do planeta, prevista para o início do próximo
século.

Alternativa A: incorreta. A longevidade é um aspecto


demográfico ligado à expectativa de vida. Os dados
mencionados no texto projetam um aumento da
longevidade e uma redução do índice de mortalidade.
Alternativa B: incorreta. Com a redução da taxa de
fertilidade no mundo, haverá uma tendência de redução
dos índices de natalidade. Já a população relativa, ou
densidade demográfica, é a relação entre a população
absoluta do local e a área por ela ocupada. Com o aumento
da população absoluta, haverá aumento da população
relativa, considerando o globo.
Alternativa D: incorreta. O saldo migratório é a diferença
entre a emigração e a imigração em uma certa região.
Esse conceito não se engloba nesse contexto, pois, com
o aumento da população mundial, haverá tanto áreas com
saldo migratório positivo como áreas com saldo migratório
negativo. Já a população absoluta, ou seja, o número total
de habitantes, vai aumentar, mesmo que em um ritmo mais
lento.
Alternativa E: incorreta. A mortalidade infantil, ou seja,
a taxa de morte de crianças no primeiro ano de vida,
apresenta tendência de queda em escala global. Já o bônus
demográfico é quando há uma quantidade de pessoas em
idade economicamente produtiva maior do que a parcela
de pessoas em idade não produtiva, como idosos e
crianças. Observando a redução da taxa de fecundidade e
a diminuição da mortalidade da população mundial, haverá
um aumento desse saldo, e não uma diminuição.
QUESTÃO 43
_21_1EM_2S_SOC_PT_L1_Q03
Vargas desde logo perfilou-se ao positivismo. Em
discurso ao recém-eleito presidente Afonso Pena que
visitava o Rio Grande do Sul em 1906, ao discursar em
nome dos estudantes, usou nítida retórica positivista, por
exemplo, ao afirmar: “A lei não é arbítrio do legislador;
esta nada mais faz do que reconhecer as necessidades
gerais, garantir-lhes o desenvolvimento, aplainando as
dificuldades que lhe possam sopear a marcha progressiva”
[Correio do Povo, 16/08/1906, p. 1].
FONSECA, Pedro Cezar Dutra. “As fontes do pensamento de Vargas
e seu desdobramento na sociedade brasileira”. In: RIBEIRO, Maria
Thereza Rosa (Org.). Intérpretes do Brasil: leituras críticas do pensamento
social brasileiro. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2001. p. 103-24.

Observa-se a influência positivista no discurso do estudante


Getúlio Vargas porque, para ele,
a) a elite política é capaz de conceber o que é melhor para
seu povo.
b) o legislador deve legislar para satisfazer as vontades da
maioria da população.
c) os estudantes deveriam se organizar e lutar contra o
autoritarismo dos legisladores.
d) a marcha progressiva depende da ação de líderes como
o próprio Getúlio para ocorrer.
e) o legislador deve reconhecer as necessidades gerais da
sociedade e buscar o progresso.

Gabarito: E

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C3H14
BNCC: EM13CHS101

O trabalho do legislador, para o então estudante Getúlio


Vargas, é saber reconhecer as necessidades gerais, ou
seja, o que a sociedade necessita para que a marcha
do desenvolvimento e do progresso possam ocorrer
naturalmente. Ele não cria, tampouco satisfaz, a vontade da
maioria, mas aprende a reconhecer os movimentos e as
constâncias das leis sociais.

Alternativa A: incorreta. A elite não deve conceber o que


é melhor, mas reconhecer as necessidades com base na
compreensão do funcionamento das leis sociais. Ela não
legisla por seu próprio arbítrio.
Alternativa B: incorreta. Não se trata de satisfazer as
vontades e os desejos da maioria, mas de saber reconhecer
o que a sociedade precisa. A educação positivista busca
contribuir para que a própria população o saiba – não se
trata de atender às vontades de uma maioria, e sim de
entender do que a maioria precisa.
Alternativa C: incorreta. Apesar do discurso crítico de
Getúlio, revoltas e rupturas contra autoridades (mesmo que
autoritárias) não são princípios positivistas.
Alternativa D: incorreta. Ainda que Getúlio tenha se
posicionado como liderança ao discursar em nome dos
alunos perante o presidente, a marcha do progresso ocorre,
a princípio, naturalmente. Ela depende das autoridades
para manter-se no curso, não para tornar a marcha possível.
QUESTÃO 44
_21_1EM_2S_FIL_FA_L1_Q02
TEXTO I
[...] o conhecimento seguro dos desejos leva a
direcionar toda escolha e toda recusa para a saúde do
corpo e para serenidade do espírito, visto que esta é a
finalidade da vida feliz: em razão desse fim praticamos
todas as nossas ações, para nos afastarmos da dor e do
sofrimento.
EPICURO. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Álvaro Lorencini;
Enzo Del Carratore (Trad.). São Paulo: Editora Unesp, 2002. p. 35.

TEXTO II
Soma todos os valores de todos os prazeres de um
lado, e todos os valores de todas as dores do outro. O
balanço, se for favorável ao prazer, indicará a tendência
boa do ato em seu conjunto, com respeito aos interesses
desta pessoa individual; se o balanço for favorável à dor,
indicará a tendência má do ato em seu conjunto.
BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação.
Luiz João Baraúna (Trad.). São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 23.

Pela concepção de ética e de natureza humana, é possível


visualizar uma aproximação entre a formulação do cálculo
utilitarista proposto por Bentham e os ensinamentos
do epicurismo, escola filosófica da Antiguidade. Essa
comparação é possível porque, para essas correntes
filosóficas, o(a)
a) bem deve condicionar as ações.
b) felicidade é a suspensão dos juízos.
c) fim das ações deve gerar bem-estar.
d) felicidade é guiada pelas leis da natureza.
e) vida livre de futilidades é a verdadeira felicidade.

Gabarito: C

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C1H4
BNCC: EM13CHS103

O epicurismo e o utilitarismo compartilham a valorização das


ações que resultam em bem-estar, de modo a beneficiar os
seres humanos.

Alternativa A: incorreta. O bem é uma ideia importante


para o platonismo e o aristotelismo.
Alternativa B: incorreta. A suspensão do juízo é uma atitude
epistêmica defendida pelos céticos.
Alternativa D: incorreta. A relação entre ordem natural e
ética é fundamental para os estoicos.
Alternativa E: incorreta. O desapego das futilidades é
valorizado pelos cínicos.
QUESTÃO 45
_21_1EM_2S_HIS_LT_L1_Q04
Não passaria desapercebido o fato de o imperador
dissolver a Assembleia e impor uma nova Constituição ao
país. Também não restaria invisível o fato de o novo círculo
de burocratas e mercadores – muitos deles portugueses
ou com laços fortes com a ex-metrópole – fazer parte
agora da esfera íntima de D. Pedro I.
SCHWARCZ, Lilia; STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia.
São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 236.

Um fator de desestabilização do Primeiro Reinado foi o(a)


a) excesso de liberdade dado às províncias.
b) estratégia política descentralizadora de D. Pedro I.
c) privilégio dado pelo império aos negócios de brasileiros.
d) absolutismo instaurado pela Constituição outorgada em
1824.
e) insatisfação de liberais e moderados com o autoritarismo
do imperador.

Gabarito: E

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C2H8
BNCC: EM13CHS101

No campo político, o maior fator de desequilíbrio do


Primeiro Reinado foram as insatisfações que surgiram com
o modo de governar do imperador, incluindo a dissolução
da Assembleia Constituinte de 1823, a outorga de uma
Constituição autoritária em 1824 (que incluía um Poder
Moderador), as repressões violentas aos movimentos
opositores, além de sua reaproximação e envolvimento
com Portugal. Tais medidas deixaram liberais e moderados
absolutamente contrariados, desgostosos e receosos com
o governo de D. Pedro I.

Alternativa A: incorreta. Com o Poder Moderador, D. Pedro I


tinha como intervir em todas as províncias; além disso,
elas, até a Regência, não tinham Legislativo nem Executivo
próprios.
Alternativa B: incorreta. Pelo contrário, D. Pedro I foi um
imperador extremamente centralizador, o que se percebe
pelo caráter da Constituição outorgada em 1824, que institui
o Poder Moderador.
Alternativa C: incorreta. No Primeiro Reinado, em vez de
uma política de valorização do produtor e negociante locais,
foram favorecidas as importações, levando a economia
a um déficit na balança comercial. Contudo, ainda que a
alternativa fosse verdadeira, a valorização da economia
nacional provavelmente seria um fator de fortalecimento, e
não de desestabilização do governo.
Alternativa D: incorreta. Apesar de a Constituição de
1824 ter sido outorgada (imposta) conforme os interesses
de D. Pedro I, não se pode afirmar que ele tenha sido um
monarca absolutista. Tecnicamente, ele estava ainda sob
uma Constituição e dividindo espaço com um Legislativo e
um Judiciário.
QUESTÃO 46
_21_1EM_2S_GEO_JF_L1_Q03
“Eu vou responder-lhe de forma séria e honesta. Sim,
Samantha, nós da União Soviética estamos fazendo de
tudo para que não haja guerra na Terra. Isso é o que todos
soviéticos querem. Isso é o que o grande fundador do
nosso estado, Vladimir Lenin, nos ensinou. Os soviéticos
sabem bem que a guerra é uma coisa terrível. [...]”
CENTAMORI, Vanessa. “O triste fim de Samantha Smith,
a garota que tentou acabar com a Guerra Fria”. Disponível em:
<https://aventurasnahistoria.uol.com.br>. Acesso em: 26 ago. 2020.

A Guerra Fria foi o conflito que envolveu Estados Unidos


e União Soviética ao longo da segunda metade do século
XX. O medo de um conflito entre as superpotências —
exemplificado na carta do então secretário-geral do Partido
Comunista em resposta à ativista Samantha Smith — é
explicado pelo(a)
a) capacidade bélica que ambos os países concentravam.
b) ruptura das relações internacionais durante a guerra.
c) desejo imperialista e colonizador que ambos os países
promoviam.
d) contexto de rivalidade anterior ao período da Guerra Fria.
e) ameaça à perda de território que os dois países
impunham um ao outro.

Gabarito: A

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C3H15
BNCC: EM13CHS

O principal elemento que gerava grande temor sobre um


conflito de ordem mundial durante o período da Guerra
Fria era a gigantesca capacidade militar que as duas
superpotências concentravam. A corrida armamentista,
parte fundamental da disputa político-ideológica entre
as nações, permitiu que ambos os países formassem
arsenais capazes de ocasionar uma destruição em massa,
especialmente pela enorme quantidade de armas nucleares
que os seus exércitos possuíam. Assim, todo e qualquer
atrito existente despertava o medo de uma iminente guerra
atômica, o que causava um estado permanente de tensão.

Alternativa B: incorreta. Apesar de existir, a ruptura das


relações internacionais entre os países e blocos que
se opunham durante a Guerra Fria não era o fator que
ocasionava uma tensão permanente ao mundo, pois
somente este aspecto não seria capaz de desencadear um
conflito de proporções mundiais.
Alternativa C: incorreta. Mesmo que houvesse uma
postura expansionista nas duas superpotências que se
antagonizavam no contexto da Guerra Fria, não se pode
afirmar que ela tinha caráter colonizador e imperialista,
especialmente se comparada às práticas assim
denominadas realizadas por outros países em contextos
históricos anteriores.
Alternativa D: incorreta. No contexto anterior à Guerra Fria,
não havia uma rivalidade político-ideológica tão acirrada
entre EUA e URSS. Vale lembrar, inclusive, que ambos os
países se alinharam na Segunda Guerra Mundial ao se
oporem às potências do Eixo.
Alternativa E: incorreta. A Guerra Fria não envolvia uma
disputa territorial direta entre as superpotências envolvidas,
e sim tentativas de expansão de suas respectivas zonas de
influência política, econômica, social e cultural por meio do
apoio e financiamento a determinados lados em conflitos
locais e regionais, como foi o caso das guerras do Vietnã
e da Coreia.
QUESTÃO 47
_20_1EM_2S_SOC_PT_L1_Q1
Escrevendo no século XIX, Comte temia que os
excessos da Revolução Francesa tivessem causado
dano permanente à estabilidade da França. Esperava,
porém, que o estudo sistemático do comportamento social
acabasse infundindo mais racionalidade às interações
humanas.
SCHAEFER, Richard. Fundamentos da Sociologia. Porto Alegre: AMGH, 2016.

Eventos importantes contribuíram para a disseminação


do positivismo e o surgimento da Sociologia. Dentre eles,
destaca-se o(a)
a) Iluminismo e a sua aversão ao pensamento científico.
b) Revolução Francesa e a afirmação da monarquia
francesa.
c) Revolução Industrial e o crescimento da urbanização na
Europa.
d) comprovação da teoria geocêntrica e a Revolução
Copernicana.
e) construção do pensamento científico e a criação de
métodos investigativos.

Gabarito: C

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C1H1
BNCC: EM13CHS101

A Revolução Industrial, a criação de novas classes


sociais e de novas relações de trabalho, o êxodo rural
resultante dos cercamentos, os problemas surgidos nos
primeiros processos de urbanização da Europa, bem
como o pensamento científico e antropocêntrico do
Iluminismo e os movimentos de colonização na África e
na Ásia contextualizam a disseminação do positivismo
e, consequentemente, o surgimento da Sociologia. Os
conflitos gerados por esses processos levaram a um esforço
de compreensão e de interpretação de tais realidades com
base no pensamento científico e para além do pensamento
filosófico.

Alternativa A: incorreta. Uma das características do


Iluminismo e do momento vivenciado pela Sociologia na
época era, na realidade, a valorização da Ciência e do
pensamento racional.
Alternativa B: incorreta. Ao mesmo tempo que a
Revolução Francesa provocou grandes desdobramentos
na construção da Sociologia e da sociedade francesas, é
necessário lembrar que seus ideais se remetiam à criação
da República e à crítica ao poder absolutista.
Alternativa D: incorreta. A Revolução Copernicana surgiu
como contraposição à teoria geocêntrica. Kant utiliza-
-se da Revolução Copernicana e da teoria heliocêntrica
(os planetas girando em torno do Sol) para criticar alguns
filósofos que defendiam a teoria geocêntrica (o planeta
Terra como centro do Universo).
Alternativa E: incorreta. Apesar de a Sociologia auxiliar
na criação de métodos investigativos para outras ciências
sociais, como a Antropologia, ela não pode ser considerada
aquela que emana o pensamento científico, visto que esse
processo acontece por longos séculos na Europa dentro
da Filosofia e das demais ciências, como a Física, a Biologia
e a História.
QUESTÃO 48
_21_1EM_2S_HIS_LM_L1_Q04
Nunca fizemos mal algum ao homem branco; não
queremos isso... Desejamos ser amigos do homem branco...
os búfalos estão diminuindo depressa. Os antílopes, que
eram muitos há poucos anos, agora são poucos. Quando
morrerem todos, ficaremos famintos; vamos querer algo
para comer e seremos obrigados a ir ao forte. Seus jovens
não devem atirar em nós; em toda parte onde nos veem,
atiram e atiramos neles.
TONKAHASKA (Touro Alto) ao general Winfield Scott Hancock. In: BROWN, D.
Enterrem meu coração na curva do rio. São Paulo: L&PM, 2013. p. 135.

O trecho, escrito por um líder indígena nativo da América


do Norte, mostra o(a)
a) incapacidade de resistência dos indígenas.
b) efeito das mudanças climáticas na América.
c) alto armamento dos indígenas diante dos brancos.
d) preocupação com a preservação do meio ambiente.
e) processo gradual de extermínio dos indígenas no
continente.

Gabarito: E

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C3H15
BNCC: EM13CHS603

A fala do líder indígena mostra o avanço dos brancos sobre


os povos indígenas na América do Norte. Conforme iam
avançando, os recursos naturais iam se exaurindo. A fome
foi mais um dos fatores que levou à diminuição dessas
populações.

Alternativa A: incorreta. O trecho não mostra a incapacidade


de resistência dos nativos americanos; ao dizer que seriam
obrigados a ir ao forte, o próprio líder indígena demonstra
que esses povos estavam dispostos a lutar quando fosse
necessário.
Alternativa B: incorreta. A diminuição das populações de
búfalos e de antílopes não está relacionada a mudanças
climáticas, e sim ao avanço dos brancos sobre as terras
indígenas, aliada ao aumento da caça desses animais
também pelos brancos.
Alternativa C: incorreta. Os indígenas apenas se defendiam
dos constantes ataques dos brancos e não possuíam
grande quantidade de armamento.
Alternativa D: incorreta. A preocupação do líder não é com
a preservação da natureza, e sim com a falta de alimentos
causada pelo avanço dos homens brancos.
QUESTÃO 49
_21_1EM_2S_GEO_JF_L1_Q02
“Nós, os povos das Nações Unidas, resolvidos a
preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra,
que, por duas vezes no espaço da nossa vida, trouxe
sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé nos
direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor
do ser humano, na igualdade de direitos dos homens e das
mulheres, assim como das nações grandes e pequenas, e
a estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito
às obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes
de direito internacional possam ser mantidos, e a promover
o progresso social e melhores condições de vida dentro
de uma liberdade mais ampla.”
“Conheça a ONU”. Nações Unidas Brasil. Disponível em:
<https://brasil.un.org>. Acesso em: 26 ago. 2020.

A Organização das Nações Unidas, ligada ao seu contexto


de criação, surgiu com o objetivo de
a) unificar as instituições mundiais de justiça.
b) proteger as pessoas envolvidas em conflitos mundiais.
c) buscar a paz e o fim dos conflitos armados no mundo.
d) desenvolver os países pobres ao nível dos países ricos.
e) promover o poder em níveis semelhantes entre os
países.

Gabarito: C

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C2H9
BNCC: EM13CHS604

A Organização das Nações Unidas foi criada após a


Segunda Guerra Mundial, em um contexto de comoção
por todos os danos causados pelo conflito. Por isso, o
principal intuito de criação desse órgão internacional foi a
busca pela paz mundial, a fim de evitar que novos conflitos
ocorressem.

Alternativa A: incorreta. A criação da ONU não significa,


necessariamente, uma unificação dos órgãos e instituições
responsáveis pela justiça, e sim uma organização que
serviria como referência e como grande moderadora de
conflitos e problemas internacionais.
Alternativa B: incorreta. Antes de proteger as pessoas
que estão envolvidas em conflitos armados, a ideia que
envolveu a criação da ONU é de que esses conflitos
deixem de existir.
Alternativa D: incorreta. Não há qualquer tipo de
investimento econômico ou de aplicação de investimentos
mencionado no texto, o que sugere que a atuação da
instituição em questão esteja prioritariamente voltada às
questões humanitárias.
Alternativa E: incorreta. A questão do poder e da
hegemonia de um ou mais países sobre outros não foi
fundamental na criação da ONU. A intenção da criação
desse órgão era colocar fim às guerras e manter a paz
mundial.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS
TECNOLOGIAS

Questões de 50 a 70

QUESTÃO 50
_21_1EM_2S_BIO_GS_L1_Q04
Novas espécies de vírus foram identificadas em
pacientes que apresentavam sintomas da dengue. [...]
Antonio Charlys da Costa, pós-doutorando da Faculdade
de Medicina da USP e um dos autores do estudo,
compartilha que essas espécies nunca foram encontradas
antes em humanos [...]. Embora tenham sido encontrados
em pacientes com sintomas de dengue, ainda não é
conclusivo que os novos vírus tenham desencadeado
esses sintomas ou se oferecem, de fato, risco para a
população [...].
ABREU, Gabrielle. “Em tempos de pandemia, vírus da dengue pode ser
invisibilizado”. Disponível em: <https://jornal.usp.br>. Acesso em: 1o set. 2020.

Entre os sintomas da dengue, pode-se citar


a) febre, manchas vermelhas no corpo e dores de cabeça,
nas articulações e nos olhos.
b) dores de cabeça e nos olhos, febre, manchas vermelhas
no corpo e falta de ar.
c) dores musculares, coriza, tosse, icterícia, febre e
manchas abdominais.
d) tosse, falta de ar, febre, espasmos e dores musculares e
hemorragias.
e) febre, icterícia, dores abdominais, coriza, vômito, diarreia
e febre.

Gabarito: A

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C4H14
BNCC: EM13CNT202

Os sintomas da dengue clássica incluem febre alta,


fraqueza, dores musculares, nas articulações, nos olhos
e de cabeça, mal-estar, falta de apetite e manchas
vermelhas no corpo (exantema). Em alguns casos, pode
haver náuseas e vômito. As formas mais graves da doença
(dengue hemorrágica) apresentam hemorragias, dores
abdominais intensas, complicações neurológicas e vômitos
persistentes.

Alternativas B e D: incorretas. Falta de ar, tosse e espasmos


musculares não são sintomas de dengue.
Alternativa C: incorreta. Coriza, tosse, icterícia (cor
amarelada) e manchas abdominais não são sintomas de
dengue. Uma pessoa com dengue apresenta manchas
vermelhas generalizadas no corpo, que não se concentram
apenas na região abdominal.
Alternativa E: incorreta. Icterícia, coriza e diarreia não são
sintomas de dengue.
QUESTÃO 51
_21_1EM_2S_QUI_EW_L1_Q01
A magnetita, constituída basicamente por óxido ferroso
(FeO) e óxido férrico (Fe2O3 ), é um mineral comumente
encontrado em rochas do tipo ígneas e sedimentares,
no entanto é rara sua ocorrência na forma pura. As
propriedades físicas, elétricas e magnéticas atribuídas à
magnetita são originadas de suas propriedades químicas
e morfológicas, da estequiometria de sua composição e
do tamanho da partícula.
ABREU, Márcio Antônio de Alcântara. “Síntese e caracterização da
magnetita obtida a partir de rejeito de bauxita da mina de Juruti, Pará,
Brasil”. Dissertação (Mestrado em Recursos Naturais da Amazônia) –
Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, maio 2017. (Adaptado)

Considerando a composição da magnetita, nesses óxidos, os


números de oxidação do ferro são, na ordem apresentada,
a) +1 e +2. d) +3 e +1.
b) +1 e +3. e) +3 e +4.
c) +2 e +3.

Gabarito: C

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C5H18
BNCC: EM13CNT101

Para determinar o número de oxidação (Nox) do ferro nos


óxidos constituintes da magnetita, deve-se considerar sua
fórmula molecular. Sabendo que o oxigênio tem Nox = –2
e que o somatório dos Nox de uma molécula vale zero, os
Nox do ferro nos óxidos é:
FeO: x – 2 = 0 ⇒ x = +2
Fe2O3: 2x + 3 ∙ (–2) = 0 ⇒ 2x = +6 ⇒ x = +3
Portanto, no óxido ferroso e no óxido férrico, os Nox do
ferro são, respectivamente, +2 e +3.

Alternativa A: incorreta. Considerou-se incorretamente


4
que o Nox do oxigênio vale –1 no FeO e − no Fe2O3.
3
Alternativa B: incorreta. Considerou-se incorretamente
que o Nox do oxigênio vale –1 no FeO.
Alternativa D: incorreta. Considerou-se incorretamente
2
que o Nox do oxigênio vale –3 no FeO e − no Fe2O3.
3
Alternativa E: incorreta. Considerou-se incorretamente que
8
o Nox do oxigênio vale –3 no FeO e − no Fe2O3.
3
QUESTÃO 52
_21_1EM_2S_FIS_BB_L1_Q01
Um engenheiro foi contratado por uma empreiteira para
auxiliar nos cálculos da instalação de painéis fotovoltaicos
em uma academia de natação. A academia tem 20
lâmpadas idênticas, com potência nominal de 16 W cada,
que ficarão ligadas durante 8 horas por dia, e duas piscinas
com um aquecedor cada – cada aquecedor tem potência
de 10 000 W e ficará ligado durante 2 horas por dia.

Com esses dados, o engenheiro concluiu que, nessa


academia, a energia elétrica diária total que deve ser
fornecida pelos painéis fotovoltaicos, em kWh, é de
a) 10,02.
b) 10,04.
c) 20,13.
d) 42,56.
e) 160,64.

Gabarito: D

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C2H6
BNCC: EM13CNT106

A energia consumida diariamente por uma lâmpada, ligada


por 8 h, é:
∆EL ∆EL
PL = ⇒ 16 =
∆tL 8
∆EL = 16 ⋅ 8 = 128 Wh = 0, 128 kWh
A energia consumida diariamente por um aquecedor de
piscina, ligado por 2 h, é:
∆EA ∆EA
PA = ⇒ 10 000 =
∆t A 2
∆EA = 10 000 ⋅ 2 = 20 000 W = 20 kWh
Assim, sabendo que há 20 lâmpadas e dois aquecedores
de piscina nessa academia, a energia total consumida
diariamente é:
∆ET = 20 ⋅ ∆EL + 2 ⋅ ∆EA = 20 ⋅ 0, 128 + 2 ⋅ 20
∆ET = 2, 56 + 40 = 42, 56 kWh

Alternativa A: incorreta. Essa é a energia consumida


diariamente por apenas uma lâmpada e um aquecedor de
piscina, considerando incorretamente que os aparelhos
ficam ligados durante 1 hora.
Alternativa B: incorreta. Considerou-se incorretamente
P
que a energia consumida é dada por ∆E = .
∆t
Alternativa C: incorreta. Essa é a energia consumida
diariamente por apenas uma lâmpada e um aquecedor de
piscina.
Alternativa E: incorreta. Considerou-se incorretamente que
os aquecedores de piscina ficam ligados por 8 horas e as
lâmpadas ficam ligadas por 2 horas.
QUESTÃO 53
_21_1EM_2S_QUI_LS_L1_Q03i
Os receptores cerebrais de serotonina são proteínas
que fazem parte de uma proteína maior, a proteína G, que
se encontra na superfície das células. Esses receptores
são caracterizados pela presença de sete domínios
transmembranares responsáveis pela detecção da
serotonina que, no interior da célula, têm um grupo terminal
carboxi de interação e, na parte externa, têm um grupo
terminal amino. A representação dos grupos terminais
carboxi e amino da proteína G é mostrada a seguir.

H O H O H O H O
+
H 2N C C N C C N C C N C C O—
H H H
R1 R2 R3 R4

Grupo amino Grupo carboxi

FRAZER, A.; HENSLER, J. G. “Serotonin receptors”. Disponível em:


<https://www.ncbi.nlm.nih.gov>. Acesso em: 13 ago. 2020. (Adaptado)

Além de os grupos terminais da proteína G terem carga


elétrica diferente, eles também têm carbonos com
hibridizações diferentes. O carbono do grupo
a) amino é sp.
b) amino é sp2.
c) carboxi é sp.
d) carboxi é sp2.
e) carboxi é sp3.

Gabarito: D

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C5H18
BNCC: EM13CNT307

Quando o carbono realiza duas ligações simples e uma


dupla, sua hibridização é sp2, pois ele hibridiza dois orbitais
p com o orbital s, resultando em três orbitais sp2, e deixa um
orbital p puro disponível para realizar a ligação covalente π
da dupla. Portanto, o carbono do terminal carboxi tem
hibridização sp2. Considerando o grupo amino, como esse
carbono realiza quatro ligações simples, a sua hibridização
é sp3. Há a hibridização entre o orbital s e os orbitais p,
formando quatro orbitais sp3.

Alternativas A e C: incorretas. A hibridização do carbono é


sp quando o elemento realiza duas ligações duplas ou uma
ligação simples e uma tripla. Não é o caso do grupo amino,
que tem quatro ligações simples, e do grupo carboxi, que
tem uma ligação dupla e duas ligações simples.
Alternativa B: incorreta. O carbono presente no grupo
amino é sp3, uma vez que realiza quatro ligações simples. O
carbono com hibridização sp2 apresenta uma ligação dupla
e duas ligações simples.
Alternativa E: incorreta. O carbono tem hibridização sp3
quando ele realiza quatro ligações simples; esse não é o
caso do grupo carboxi, que faz uma ligação dupla e duas
ligações simples.
QUESTÃO 54
_21_1EM_2S_BIO_HJ_L1_Q02i
Gastrulação, processo pelo qual um embrião internaliza e reorganiza as células que formarão as várias estruturas
do animal adulto, é o evento central no desenvolvimento embrionário de metazoários. Esse processo envolve muitos
comportamentos celulares, incluindo a invaginação, e define a conformação e a estruturação do organismo adulto. O
esquema a seguir apresenta o processo de gastrulação de um embrião em corte transversal.
Folhetos germinativos

Início da Movimentos celulares Final da gastrulação;


gastrulação durante a gastrulação formação da larva
livre nadante

MAGIE, C. R. et al. “Gastrulation in the cnidarian Nematostella vectensis occurs via invagination not ingression”. Developmental Biology, v. 305, n. 2, 2007. (Adaptado)

As etapas apresentadas na figura representam a gastrulação de um embrião de um organismo


a) diblástico e celomado.
b) diblástico e acelomado.
c) triblástico e protostômio.
d) triblástico e deuterostômio.
e) triblástico e pseudocelomado.

Gabarito: B

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C4H14
BNCC: EM13CNT202

Ao final da gastrulação representada na figura, observa--se que existem apenas dois folhetos embrionários: a endoderme
e a ectoderme. Conclui-se que o organismo é diblástico e, portanto, acelomado (não apresenta celoma). O celoma é uma
cavidade presente apenas em organismos triblásticos. Essa gastrulação é típica dos cnidários.

Alternativa A: incorreta. O embrião representado é diblástico e, portanto, acelomado.


Alternativa C: incorreta. O organismo é diblástico porque, no processo de gastrulação, não é formada a mesoderme.
Protostômio é o termo referente a organismos triblásticos cujo blastóporo, formado na gastrulação, dá origem à boca.
Alternativa D: incorreta. O organismo apresenta apenas dois folhetos embrionários e, portanto, é diblástico. Deuterostômio
é o termo referente a organismos triblásticos cujo blastóporo, formado na gastrulação, dá origem ao ânus.
Alternativa E: incorreta. Ao final da gastrulação, são formados apenas dois folhetos, e, portanto, o organismo é diblástico.
Por não apresentar mesoderme, não há formação de celoma.
QUESTÃO 55
_21_1EM_2S_FIS_BB_L1_Q04
Um estudante utilizou um aquecedor elétrico para aquecer
um recipiente contendo 0,5 kg água a 10 °C. O aquecedor
demorou 2 minutos para aquecer essa quantidade de água
até ela começar a ferver (ebulir). Ele pretende derreter
totalmente, com esse mesmo aquecedor, 400 g de um
suco que se encontra em seu congelador, inicialmente a
–20 °C, até alcançar 0 °C.
Sabe-se que o calor específico da água é 1 cal/(g ∙ °C), o
calor específico do suco congelado é 0,5 cal/(g ∙ °C), o
calor latente de fusão do suco é 80 cal/g, a temperatura
de fusão do suco é 0 °C e a temperatura de ebulição da
água é 100 °C. Considerando que a taxa de calor fornecida
pelo aquecedor é constante e que tanto a água quanto o
suco absorvem totalmente esse calor, qual é o tempo, em
segundo, necessário para derreter totalmente o suco?
a) 48
b) 85
c) 96
d) 120
e) 864

Gabarito: C

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C6H21
BNCC: EM13CNT101

Considerando o aquecimento de m = 0,5 kg = 500 g de


água (c = 1 cal/(g ∙ °C)) durante ∆t = 2 min = 120 s de 10 °C
até a temperatura de ebulição (100 °C), a taxa de energia
térmica fornecida por segundo pelo aquecedor foi:
∆Q mc∆θ 500 ⋅ 1 ⋅ ( 100 − 10)
φ= = = = 375 cal/s
∆t ∆t 120
Para derreter 400 g de suco, deve-se considerar o
aquecimento do suco de –20 °C até 0 °C (temperatura
de fusão) e o aquecimento do suco até derretê-lo
totalmente (mudança de estado físico). Assim, sabendo que
c = 0,5 cal/(g ∙ °C) e L = 80 cal/g, a quantidade de calor
necessária para derreter o suco é:
Q = mc∆θ + mL
Q = 400 ⋅ 0, 5 ⋅ (0 − ( −20)) + 400 ⋅ 80
Q = 4 000 + 32000 = 36000 cal
Assim, considerando o fluxo de calor fornecido pelo
aquecedor, o tempo necessário para derreter totalmente
o suco é:
∆Q ∆Q
φ= ⇒ ∆t =
∆t φ
36000
t= = 96 s
375

Alternativa A: incorreta. Considerou-se incorretamente


que o aquecimento da água ocorreu por apenas 1 minuto.
Alternativa B: incorreta. Desconsiderou-se o aquecimento
do suco para aumentar sua temperatura de –20 °C a 0 °C.
Alternativa D: incorreta. Considerou-se incorretamente
que a massa do suco era igual à massa de água (500 g).
Alternativa E: incorreta. No cálculo do fluxo de calor do
aquecedor, considerou-se a temperatura inicial da água em
vez de sua variação.
QUESTÃO 56
_21_1EM_2S_BIO_GS_L1_Q01i
A figura a seguir esquematiza as estruturas de um protozoário flagelado parasita do ser humano – o Trypanosoma cruzi (A)
– e de uma ameba de vida livre que habita água doce (B).

Figura (A). Disponível em: <http://chaguismo.blogspot.com>. Acesso em: 31 ago. 2020. (Adaptado)
Figura (B). Disponível em: <https://www.infoescola.com>. Acesso em: 31 ago. 2020.

Ao colocar esses protozoários em água doce, observa-se que


a) o T. cruzi perderá água para o meio por transporte ativo, pois sua concentração intracelular é hipotônica.
b) a ameba não sofrerá lise celular, pois tem um vacúolo contrátil que bombeia o excesso de água para fora da célula.
c) ambos os protozoários podem sofrer lise celular, devido ao bombeamento de água para dentro da célula pelo vacúolo
contrátil.
d) ambos os protozoários manteriam sua concentração intracelular e seu volume inalterados, devido à presença de um
vacúolo contrátil.
e) o T. cruzi não sofrerá lise celular, pois sua concentração intracelular é hipotônica em relação à concentração do meio
extracelular.

Gabarito: B

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C4H14
BNCC: EM13CNT202

A água doce tem baixa concentração de sais e, portanto, é hipotônica em relação ao meio intracelular dos protozoários.
Ao serem colocados na água doce, a água entra na célula dos protozoários através de sua membrana celular por osmose.
Os protozoários de água doce, como a ameba, contam com um vacúolo contrátil (ou vacúolo pulsátil), cuja função é realizar
o equilíbrio osmótico ao bombear o excesso de água para fora da célula. Por esse motivo, a ameba não sofre lise celular.

Alternativa A: incorreta. O T. cruzi tem concentração intracelular isotônica em relação ao meio em que vive, já que é um
protozoário parasita. Por isso, ao ser colocado em água doce, receberá água do meio por osmose (transporte passivo) e
sofrerá lise celular.
Alternativa C: incorreta. O vacúolo contrátil bombeia o excesso de água para fora da célula. Essa estrutura está presente
apenas na ameba. Portanto, apenas o T. cruzi sofrerá lise celular.
Alternativa D: incorreta. Por ter vacúolo contrátil, apenas a ameba é capaz de manter seu volume e sua concentração
intracelular inalterados. Por não apresentar tal estrutura, o T. cruzi sofreria lise celular e não manteria sua concentração e seu
volume inalterados.
Alternativa E: incorreta. O T. cruzi sofrerá lise celular, uma vez que não apresenta vacúolo contrátil. Por ser parasita, esse
protozoário tem concentração intracelular isotônica em relação ao meio extracelular em que vive. Em relação à água doce,
sua concentração intracelular é hipertônica.
QUESTÃO 57
_21_1EM_2S_QUI_LS_L1_Q01
O uso de carros elétricos tem crescido rapidamente
para cumprir as metas globais de redução das emissões
de gases de efeito estufa e melhorar a qualidade do
ar nos centros urbanos. Entretanto, isso resulta, em
média, em 250 000 toneladas de lixo não processado
proveniente das baterias de lítio utilizadas para alimentar
esses veículos. Como a composição química dessas pilhas
apresenta variações, o processo de reciclagem desses
materiais é dificultado. As pilhas que apresentam LiCoO2
em sua composição, por exemplo, podem ser recuperadas
por hidrometalurgia, que é um processo de tratamento
que utiliza o ácido sulfúrico apenas para acidificar o meio
e tem como objetivo solubilizar, em uma solução aquosa, o
material sólido contido no cátodo das pilhas:
2 LiCoO2(s) + 3 H2SO4(aq) + H2O2(ℓ) →
→ 2 CoSO 4(aq) + Li 2SO 4(aq) + 4 H 2O(ℓ) + O 2(aq)
HARPER, G. et al. “Recycling lithium-ion batteries from electric
vehicles”. Nature, v. 575, 6 nov. 2019. (Adaptado)

O processo de hidrometalurgia apresentado é eficiente na


reciclagem das pilhas de LiCoO2 porque o
a) LiCoO2 é oxidado pela ação do H2SO4, um ácido forte.
b) LiCoO2 atua como agente redutor, reduzindo-se e
provocando a oxidação do H2O2.
c) H2O2 atua como agente redutor, convertendo o Co(III),
insolúvel, em Co(II), solúvel.
d) H2SO4 atua como agente redutor, causando a oxidação
do H2O2 e solubilizando o Li e o Co.
e) H2O2 sofre redução e sequestra elétrons do LiCoO2,
ocasionando a quebra das ligações dessa substância.

Gabarito: C

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C7H25
BNCC: EM13CNT101

De acordo com a equação química que descreve o


processo de hidrometalurgia utilizado na reciclagem de
baterias de íon-lítio, é possível notar que o cobalto, no
composto LiCoO2, tem número de oxidação (Nox) igual a
+3, uma vez que o Nox do lítio é +1 e o do oxigênio é –2.
No sulfato de cobalto (CoSO4), o Nox desse metal é +2, pois
a carga total do íon SO4−2 é –2. Por esse motivo, o cobalto
sofre uma redução, uma vez que seu Nox muda de +3 para
+2, o que indica que esse elemento recebeu elétrons.
Portanto, o LiCoO2 atua como agente oxidante.
No H2O2, o oxigênio tem Nox igual a –1, e, no O2, seu Nox
é igual a 0. Assim, o oxigênio sofre oxidação, uma vez que
seu Nox varia de –1 a 0, o que indica que esse elemento
doou elétrons. Portanto, o H2O2 é o agente redutor.

Alternativa A: incorreta. O ácido sulfúrico atua apenas


acidificando o meio. Além disso, o LiCoO2 sofre redução,
e não oxidação.
Alternativa B: incorreta. O LiCoO2 atua como agente
oxidante, sofrendo redução e oxidando o H2O2.
Alternativa D: incorreta. O ácido sulfúrico não atua como
agente oxidante ou redutor; ele serve apenas como um
agente acidificante para que a reação possa ocorrer.
Alternativa E: incorreta. O H2O2 atua como agente redutor,
sofrendo oxidação. Ao se oxidar, o oxigênio doa 1 elétron
para o cobalto presente no LiCoO2, causando a redução
desse metal e a quebra das ligações dessa substância.
QUESTÃO 58
_21_1EM_2S_FIS_FM_L1_Q01
Um dos principais fatores para obter uma instalação
elétrica de boa qualidade é determinar a bitola –
espessura do cabo ou área de seção transversal – correta
dos condutores de acordo com cada circuito. O mau
dimensionamento dos condutores interfere diretamente
na eficiência da instalação, proporcionando riscos de
incêndios devido ao aquecimento de cabos e eletrodutos.
“Como calcular a bitola do fio!”. Disponível em:
<https://www.mundodaeletrica.com.br>. Acesso em: 27 ago. 2020. (Adaptado)

A escolha da bitola de um fio varia de acordo com


as necessidades da instalação. Um fio de cobre, de
resistividade 1,7 ∙ 10–8 Ω ∙ m e 200 metros de comprimento,
apresenta, quando esticado, resistência elétrica de 1,36 Ω.
A bitola desse fio, em mm2, vale
a) 2,5.
b) 250.
c) 1,60 ∙ 1016.
d) 2,50 ∙ 10–6.
e) 6,25 ∙ 10–5.

Gabarito: A

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C5H18
BNCC: EM13CNT106

Para determinar a bitola do fio, ou seja, sua área de seção


transversal, aplica-se a segunda lei de Ohm. Sabendo que
o fio tem resistividade ρ = 1,7 ∙ 10–8 Ω ∙ m, comprimento
ℓ = 200 m e resistência R = 1,36 Ω, sua bitola A é:
ℓ ρ⋅ ℓ
R = ρ⋅ ⇒ A =
A R
1, 7 ⋅ 10−8 ⋅ 200
A= = 2, 5 ⋅ 10−6 m2 = 2, 5 mm2
1, 36

Alternativa B: incorreta. Considerou-se incorretamente


que 1 mm2 = 1,0 ∙ 10–8 m2.
Alternativa C: incorreta. Confundiu-se resistividade
com resistência, considerando incorretamente que
R = 1,7 ∙ 10–8 Ω ∙ m e ρ = 1,36 Ω.
Alternativa D: incorreta. Essa é a bitola do fio em m2.
Alternativa E: incorreta. Considerou-se incorretamente
ρ
que, pela segunda lei de Ohm, R = .
ℓ⋅A
QUESTÃO 59
_21_1EM_2S_BIO_GS_L1_Q05i

A micrografia a seguir apresenta uma célula bacteriana


liberando bacteriófagos T4 para o meio extracelular.

Disponível em: <https://www.taringa.net>. Acesso em: 1o set. 2020.

Considerando os ciclos reprodutivos desse vírus, a


micrografia demonstra a etapa de
a) montagem viral do ciclo lítico.
b) lise celular bacteriana do ciclo lítico.
c) replicação gênica do ciclo lisogênico.
d) adesão viral dos ciclos lítico e lisogênico.
e) integração viral ao DNA bacteriano do ciclo lisogênico.

Gabarito: B

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C4H14
BNCC: EM13CNT202

A micrografia apresenta a célula bacteriana rompida para a


liberação dos novos vírus no ambiente, os quais irão infectar
novas células bacterianas. Esse processo de rompimento
celular é denominado lise celular e é característico do ciclo
lítico dos bacteriófagos.

Alternativa A: incorreta. Na etapa de montagem de novos


vírus, é possível observar alguns vírus novos prontos,
algumas partículas e material genético virais em processo
de montagem e a célula bacteriana íntegra. Na micrografia
apresentada, a célula está rompida.
Alternativa C: incorreta. Na replicação gênica do ciclo
lisogênico, ocorre a divisão da célula bacteriana e o material
genético viral se replica por estar integrado ao DNA celular.
No ciclo lisogênico, não ocorre lise celular, apresentada na
micrografia.
Alternativa D: incorreta. Na adesão viral, que faz parte
tanto do ciclo lítico como do lisogênico, os bacteriófagos
se ligam à membrana plasmática celular para penetrar nela.
No ciclo lisogênico, a célula bacteriana se encontra íntegra
e não ocorre lise celular.
Alternativa E: incorreta. Na integração do vírus ao DNA
bacteriano, observa-se apenas o material genético viral
presente no citoplasma celular; as proteínas da cápsula
viral não estão presentes. A célula bacteriana se encontra
íntegra no ciclo lisogênico.
QUESTÃO 60
_21_1EM_2S_QUI_LS_L1_Q05i
O hexano pertence à família dos hidrocarbonetos
alcanos e é originado do óleo cru e do gás natural e um
subproduto do petróleo. Esse composto é comumente
utilizado na indústria em seu estado líquido ou gasoso.
Esse composto oferece muitos perigos à saúde humana, e
por isso é muito importante que haja detecção recorrente
dos níveis de hexano no ar.
“Hexano: você conhece essa substância?”. Disponível em:
<https://www.generalinstruments.com.br>. Acesso em: 4 set. 2020.

A estrutura química do composto citado no texto é:


a)

b)

c)

d)

e)

Gabarito: E

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C7H24
BNCC: EM13CNT307

O texto cita o composto hexano, que é um hidrocarboneto


alcano. Assim, sua estrutura deverá ser uma cadeia
carbônica simples com a presença somente dos átomos
carbono e hidrogênio e sem insaturações (somente com
ligações simples entre os átomos de carbono). O prefixo
“hex” indica a existência de seis carbonos na cadeia
principal da molécula. O infixo “an” indica que esse
composto apresenta apenas ligações simples em sua
estrutura. Logo, sua estrutura química é:

Alternativa A: incorreta. Essa estrutura apresenta uma


ramificação, e o nome desse composto é 3-metilpentano.
Alternativa B: incorreta. O composto retratado tem a cadeia
carbônica fechada, e a sua nomenclatura é ciclo-hexano.
Alternativa C: incorreta. A nomenclatura desse composto é
2,4-dimetilbutano, e ele apresenta duas ramificações.
Alternativa D: incorreta. A nomenclatura desse composto é
2-metilpentano, e ele apresenta uma ramificação.
QUESTÃO 61
_21_1EM_2S_FIS_IL_L1_Q02
Uma pessoa deseja construir um termômetro com uma
escala termométrica arbitrária. Para isso, utilizou dois
materiais diferentes: álcool etílico colorizado e cristal
líquido. No termômetro de álcool etílico colorizado, o ponto
de fusão da água é igual a 40 °X e o ponto de ebulição da
água é 120 °X. No termômetro de cristal líquido, o ponto de
fusão da água é igual a –30 °Y e o ponto de ebulição da
água é 130 °Y.

Considerando que ambos os termômetros estão a nível do


mar, ao comparar os dois termômetros, a pessoa concluiu
que 50 °X correspondem a
a) –19,2 °Y.
b) –10,0 °Y.
c) 42,5 °Y.
d) 50,0 °Y.
e) 100,0 °Y.

Gabarito: B

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C5H18
BNCC: EM13CNT307

A conversão entre as escalas dos termômetros pode ser


descrita por:
TX  TFX TY  TFY

TEX  TFX TEY  TFY
Sabendo as temperaturas de fusão e de ebulição da água
nas escalas X (TFX = 40 °X e TEX = 120 °X, respectivamente)
e Y (TFY = −30 ° Y e TEY = 130 ° Y , respectivamente), a
temperatura TX = 50 °X equivale, na escala Y, a:
TX − 40 T − ( −30)
= Y
120 − 40 130 − ( −30)
TX − 40 TY + 30
=
80 160
50 − 40 TY + 30
=
80 160
10 ⋅ 2 = TY + 30
TY = −10 °Y

Alternativa A: incorreta. Considerou-se incorretamente que


TX  TFX TY  TFY
a conversão entre as escalas é feita por  .
TEX TEY
Alternativa C: incorreta. Considerou-se incorretamente
que, na escala Y, a temperatura de fusão da água é 30 °Y.
Alternativa D: incorreta. Considerou-se incorretamente
que 20 = TY + 30 equivale a TY = 20 + 30.
Alternativa E: incorreta. Considerou-se incorretamente que
TX TY
a conversão entre as escalas é feita por  .
TEX  TFX TEY  TFY
QUESTÃO 62
_21_1EM_2S_BIO_GS_L1_Q02i

O esquema a seguir apresenta a sequência de clivagens


de um tipo de ovo.

Disponível em: <https://www.sobiologia.com.br>.


Acesso em: 31 ago. 2020. (Adaptado)

A segmentação apresentada é classificada como


a) holoblástica igual e é típica dos anfioxos.
b) meroblástica desigual e é típica das aves.
c) holoblástica desigual e é típica dos anfíbios.
d) meroblástica discoidal e é típica dos répteis.
e) meroblástica superficial e é típica dos insetos.

GAbArITO: D

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C4H14
BNCC: EM13CNT202

A figura apresenta uma segmentação de ovos telolécitos


(megalécitos), que apresentam grande quantidade de
vitelo. Nesse caso, o zigoto não sofre segmentação total
e as clivagens se restringem a um único polo do ovo (na
região sem vitelo), formando um disco de células sobre
a massa do vitelo. Esses ovos têm segmentação do tipo
meroblástica discoidal, típica de aves e de répteis.

Alternativa A: incorreta. A segmentação holoblástica igual


ocorre em ovos oligolécitos, com pequena quantidade de
vitelo uniformemente distribuído, e alécitos, praticamente
desprovidos de vitelo. Nesses ovos, a distribuição
homogênea de pouco vitelo possibilita que a segmentação
ocorra no ovo todo e que os blastômeros sejam do mesmo
tamanho.
Alternativa B: incorreta. Não existe segmentação
meroblástica desigual. Nas aves, ocorre a segmentação
meroblástica discoidal, que foi ilustrada na imagem.
Alternativa C: incorreta. A segmentação holoblástica
desigual ocorre em ovos mesolécitos (heterolécitos),
com quantidade média de vitelo concentrada no polo
inferior. Nesses ovos, as divisões celulares ocorrem mais
rapidamente no polo superior do ovo e os blastômeros
originados são menores que os blastômeros no polo
inferior. Essa segmentação ocorre no ovo todo, e não
apenas na região acima do vitelo.
Alternativa E: incorreta. A segmentação meroblástica
superficial ocorre em ovos centrolécitos, com grande
quantidade de vitelo ocupando o centro do ovo. Nesse
tipo de segmentação, os núcleos passam por sucessivas
divisões, tornando a célula multinucleada. Os núcleos
migram para a periferia da célula, onde se localiza o
citoplasma.
QUESTÃO 63
_21_1EM_2S_QUI_LS_L1_Q02
Soluções de permanganato de potássio (KMnO4),
em meio fortemente ácido, podem ser utilizadas como
indicadores qualitativos da presença de ferro em amostras
de água. Isso porque, ao adicionar o KMnO4 em água, caso
exista a presença de ferro, a solução descora, passando
de violeta para incolor, devido à formação de Mn2+, de
acordo com a equação química não balanceada descrita
a seguir.
KMnO4(aq) + H+(aq) + Fe2+(aq) →
→ K+(aq) + Mn2+(aq) + Fe3+(aq) + H2O(ℓ)
HARRIS, Daniel C. Quantitative Chemical Analysis.
New York: W. H. Freeman and Company, 2010. (Adaptado)

Para que essa reação de identificação de ferro em solução


aquosa ocorra, é necessário que sejam
a) doados 2 elétrons do Fe2+ para o Mn2+.
b) recebidos 3 elétrons pelo ferro para que seja formado
o Fe3+.
c) recebidos 8 elétrons pelo H+ para a formação de 1 mol
de Mn2+.
d) doados 5 elétrons de cada molécula de KMnO4 para
1 mol de Fe2+.
e) recebidos 5 elétrons por cada molécula de KMnO4,
formando 5 mols de Fe3+.

Gabarito: E

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C5H18
BNCC: EM13CNT101

De acordo com a equação química, nota-se que o número de


oxidação (Nox) do manganês no permanganato de potássio
(KMnO4) é +7, uma vez que o do potássio é +1 e o do oxigênio
é –2. Em Mn+2, seu Nox é +2, e, portanto, esse elemento
foi reduzido, ganhando 5 elétrons. O ferro, em Fe2+, tem
Nox = +2, e, em Fe3+, tem Nox = +3; logo, o ferro é oxidado
ao perder um elétron. Analisando as variações dos Nox
e as atomicidades de cada elemento, é possível obter os
coeficientes mínimos para o balanceamento:
Mn: |∆nox| = |(2 – 7)| ∙ 1 = 5
Fe: |∆nox| = (3 – 2) ∙ 1 = 1
Usando o módulo da variação do Nox do manganês como
coeficiente do ferro e o módulo da variação do Nox do ferro
como coeficiente para a substância que tem o manganês,
tem-se:
1 KMnO4(aq) + H+(aq) + 5 Fe2+(aq) →
→ K+(aq) + Mn2+(aq) + Fe3+(aq) + H2O(ℓ)
Para continuar o balanceamento dos reagentes e dos
produtos, deve-se considerar a quantidade de átomos dos
reagentes: há 4 átomos de oxigênio (O), 5 átomos de ferro
(Fe), 1 átomo de potássio (K), 1 átomo de manganês (Mn).
Assim, considerando essa proporção, tem-se:
KMnO4(aq) + 8 H+(aq) + 5 Fe2+(aq) →
→ 1 K+(aq) + 1 Mn2+(aq) + 5 Fe3+(aq) + 4 H2O(ℓ)
Como o manganês é reduzido, recebendo 5 elétrons, a cor
da solução muda de violeta para incolor, e há a formação
de 5 mols de Fe+3.

Alternativa A: incorreta. O ferro atua doando


5 elétrons para o manganês, no KMnO4, e não 2.
Alternativa B: incorreta. O ferro sofre oxidação e doa
5 elétrons para o manganês.
Alternativa C: incorreta. Os íons H+ agem apenas na
acidificação do meio e no equilíbrio iônico da solução; eles
não participam doando ou recebendo elétrons de outras
espécies químicas presentes no meio.
Alternativa D: incorreta. O manganês recebe 5 elétrons, e
não doa. Por esse motivo, ele muda a sua coloração.
QUESTÃO 64
_20_1EM_2S_FIS_BB_L1_Q1

Um dos aspectos dos aparelhos eletrônicos que devem ser


considerados é seu consumo médio de energia elétrica.
Entretanto, essa informação nem sempre está disponível aos
usuários. Em um aparelho eletrônico, são disponibilizadas
apenas as informações referentes à tensão, igual a 6 V, e à
corrente elétrica, igual a 1,5 A. Com esses dados, é possível
determinar o consumo de energia desse aparelho e o seu
custo mensal (em 30 dias).

Sabendo que o kWh custa R$ 0,20, se utilizado de forma


contínua durante 15 horas por dia, o custo mensal desse
aparelho eletrônico é igual a
a) R$ 0,02. d) R$ 2,16.
b) R$ 0,05. e) R$ 4,05.
c) R$ 0,81.

Gabarito: C

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C2H6
BNCC: EM13CNT106

A potência elétrica dissipada por um aparelho eletrônico,


em função da tensão (U) e da corrente elétrica (i), é dada
por P = U ∙ i. Assim, a potência elétrica dissipada por esse
aparelho eletrônico é P = U ⋅ i = 6 ⋅ 1, 5 = 9 W.
O consumo de energia mensal desse aparelho é dado por:
∆E = P ⋅ ∆t = 9 ⋅ 15 ⋅ 30 = 4 050 Wh = 4, 05 kWh
Logo, como cada kWh custa R$ 0,20, o custo mensal C
desse aparelho é:
C  E  0, 20  4, 05  0, 20  R$ 0, 81

Alternativa A: incorreta. Considerou-se, equivocadamente,


i
que a potência elétrica é dada por P = .
U
Alternativa B: incorreta. Considerou-se, equivocadamente,
que o aparelho é utilizado diariamente por uma hora.
Alternativa D: incorreta. Considerou-se, equivocadamente,
U2
que a potência elétrica é dada por P = .
i
Alternativa E: incorreta. Esse é o consumo de energia
elétrica desse aparelho em kWh.
QUESTÃO 65
_21_1EM_2S_BIO_HJ_L1_Q01
Morar em um lugar com sombra, água fresca e próximo à
natureza. Por mais que esse projeto de vida seja estimulante,
ele traz impactos ao meio ambiente e pode trazer riscos à
população e à fauna silvestre. Recentemente, um estudo
evidenciou que os parasitas Leishmania sp. e Trypanosoma
cruzi estão circulando em Área de Proteção Ambiental
(APA) de Campinas, no estado de São Paulo. A pesquisa
mostrou que cerca de 6% dos 82 mamíferos examinados
estavam infectados com Leishmania sp. e cerca de 4% com
Trypanosoma cruzi. Mesmo sendo uma área protegida, a
APA é delimitada por uma zona urbana com loteamentos
e condomínios e os animais infectados acabam circulando
nas áreas urbanizadas, próximas de residências.
GARDENAL, Isabel. “Parasitas da leishmaniose e da doença de Chagas circulam
em distritos de Campinas”. Disponível em: <https://www.unicamp.br>.
Acesso em: 1o set. 2020. (Adaptado)

Os parasitas Leishmania sp. e Trypanosoma cruzi são


ambos protozoários
a) esporozoários, transmitidos ao ser humano pela picada
de insetos do mesmo gênero.
b) ciliados, transmitidos ao ser humano pela picada do
mosquito-palha e do barbeiro, respectivamente.
c) flagelados, transmitidos ao ser humano no repasto
sanguíneo dos insetos Lutzomyia sp. e Triatoma sp.,
respectivamente.
d) flagelados, transmitidos ao ser humano principalmente
pela ingestão de alimentos contaminados por fezes de
animais silvestres.
e) ciliados, transmitidos no repasto sanguíneo do
inseto Lutzomyia sp. e pela ingestão de alimentos
contaminados, respectivamente.

Gabarito: C

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C4H14
BNCC: EM13CNT202

Os parasitas Leishmania sp. e Trypanosoma cruzi são


protozoários flagelados que são transmitidos ao homem
por diferentes vetores – os insetos Lutzomyia sp. e Triatoma
sp., respectivamente. A transmissão ocorre com a picada
e o repasto sanguíneo desses insetos, por meio da saliva
de Lutzomyia sp. e da eliminação de fezes pelo Triatoma
sp. Os animais silvestres citados no texto acabam atuando
como um reservatório dos parasitas, e a invasão de seus
territórios pode ser perigosa para o homem caso existam
os vetores de transmissão.

Alternativa A: incorreta. Os parasitas são protozoários


flagelados transmitidos por insetos de diferentes gêneros.
O vetor de transmissão da Leishmania sp. é do gênero
Lutzomyia, da ordem Diptera, enquanto o vetor de
transmissão do Trypanosoma cruzi é do gênero Triatoma,
da ordem Hemiptera.
Alternativa B: incorreta. Os protozoários Leishmania sp. e
Trypanosoma cruzi são parasitas flagelados.
Alternativa D: incorreta. Embora o risco de contaminação
pela ingestão de fezes contaminadas de animais silvestres
exista no caso da transmissão de Trypanosoma cruzi, a
principal via de transmissão desses parasitas é pela picada
de insetos, vetores naturais no ciclo de transmissão. Os
animais silvestres atuam como reservatório dos parasitas.
Alternativa E: incorreta. Ambos os protozoários Leishmania
sp. e Trypanosoma cruzi são flagelados. Embora a doença
de Chagas possa ser transmitida pela ingestão de alimentos
contaminados, a forma mais comum de contágio é pela
picada do barbeiro.
QUESTÃO 66
_21_1EM_2S_QUI_EW_L1_Q04i

Algumas reações orgânicas envolvendo alcanos têm


diferentes velocidades e prioridades em função do tipo
de carbono presente na molécula do hidrocarboneto.
Na halogenação de alcanos, por exemplo, a substituição
dos hidrogênios ligados a carbonos terciários ocorre
prioritariamente à substituição dos hidrogênios ligados a
carbonos secundários e primários, respectivamente.

Na reação de halogenação do 2,5-dimetil-3-etil-hexano,


cuja fórmula estrutural está apresentada a seguir, a
prioridade de substituição é dos hidrogênios ligados aos
carbonos
7
CH3
1 3 5 CH3
2 4 6
H 3C

CH3 CH
8
10 3
9

a) 1 e 6.
b) 4 e 8.
c) 2, 3 e 5.
d) 7, 9 e 10.
e) 1, 6, 7, 9 e 10.

Gabarito: C

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C7H24
BNCC: EM13CNT307

Os carbonos 2, 3 e 5 são terciários e, portanto, os


hidrogênios ligados a eles são substituídos prioritariamente.
7
CH3

1
3
4
5 CH3
2 6
H 3C
8 CH3
CH3 10
9

C Primário
C Secundário
C Terciário

Alternativa A: incorreta. Os carbonos 1 e 6 são primários e


estão nas extremidades da cadeia principal. Os hidrogênios
ligados a carbonos primários têm a menor prioridade de
substituição na reação de halogenação.
Alternativa B: incorreta. Os carbonos 4 e 8 são secundários.
Os hidrogênios ligados a carbonos secundários têm
prioridade média de substituição na reação de halogenação.
Alternativa D: incorreta. Os carbonos 7, 9 e 10 são primários
e estão nas extremidades das ramificações. Os hidrogênios
ligados a carbonos primários têm a menor prioridade de
substituição na reação de halogenação.
Alternativa E: incorreta. Os carbonos 1, 6, 7, 9 e 10 são
primários. Os hidrogênios ligados a carbonos primários
têm a menor prioridade de substituição na reação de
halogenação.
QUESTÃO 67
_21_1EM_2S_FIS_FM_L1_Q03
Buscando praticidade, um consumidor optou por comprar
um forno de micro-ondas para a sua cozinha. Para tanto,
pesquisou por duas marcas, A e B, e decidiu comprar
aquela que lhe oferecesse maior fluxo de calor em razão
φ
do custo, isto é, aquela cuja razão fosse maior, em que
P
φ é o fluxo de calor fornecido pelo forno e P é o preço do
forno.
Dispondo de 1 kg de um líquido de calor específico
c = 0,8 cal/(g ∙ °C), o consumidor realizou um teste individual
em cada forno e registrou suas observações na tabela a
seguir.

Variação na
Tempo de Custo do
Marca temperatura
aquecimento aparelho
do líquido
A 40 segundos 12,5 °C R$ 500,00
B 1 minuto e 20 segundos 30 °C R$ 625,00

Considerando os dados da tabela e que o consumidor


realizará sua escolha de acordo com o critério
preestabelecido antes dos testes, ele deverá escolher a
marca
a) A, apesar de o fluxo de calor oferecido pelo forno da
marca B ser 4,8 vezes superior.
b) A, apesar de o fluxo de calor oferecido pelo forno da
marca B ser 20% superior.
c) A, que, inclusive, tem custo menor e oferece um fluxo de
calor 20% superior.
d) B, que, inclusive, fornece um fluxo de calor 4,8 vezes
superior.
e) B, que, inclusive, oferece um fluxo de calor 20% superior.

Gabarito: B

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C5H18
BNCC: EM13CNT101
Q m  c  
O fluxo de calor é definido por    . Assim,
t t
sabendo que m = 1 kg = 1 000 g e que c = 0,8 cal/(g ∙ °C),
considerando o tempo de aquecimento da marca
A (∆tA = 40 s) e da marca B (∆tB = 1min20s = 80 s), a
variação de temperatura do líquido causada pela marca
A (∆θA = 12,5 °C) e pela marca B (∆θB = 30 °C) e os preços
das marcas A (PA = R$ 500,00) e B (PB = R$ 625,00), a razão
entre o fluxo de calor oferecido pelo forno é:
φ m ⋅ c ⋅ ∆θ A 1 000 ⋅ 0, 8 ⋅ 12, 5
Marca A: A = = = 0, 5
PA ∆t A ⋅ PA 40 ⋅ 500
φB m ⋅ c ⋅ ∆θB 1 000 ⋅ 0, 8 ⋅ 30
Marca B: = = = 0, 48
PB ∆tB ⋅ PB 80 ⋅ 625
Considerando os valores das razões, a marca A deve ser
escolhida pelo consumidor, uma vez que a razão é maior
do que a razão para a marca B. Além disso, o fluxo de calor
φB é 20% maior que o fluxo φA:
m  c  B
B tB m  c  B t A
  
A m  c  A m  c  A tB
t A
B 30 40
   1, 2  B  1, 2A
A 12, 5 80
Portanto, o consumidor escolheu a marca A apesar de o
fluxo oferecido pela marca B ser 20% superior.

Alternativa A: incorreta. Determinou-se incorretamente a


 B  tB
relação entre os fluxos: B  .
A A  t A
Alternativa C: incorreta. A relação entre os fluxos está ao
contrário: o fluxo de B é 20% superior ao fluxo de A.
Alternativa D: incorreta. A marca A deve ser a escolhida,
uma vez que oferece maior fluxo de calor em razão do
custo. Além disso, determinou-se incorretamente a relação
 B  tB
entre os fluxos: B  .
A A  t A
Alternativa E: incorreta. Embora o fluxo de calor oferecido
pela marca B seja 20% superior ao fluxo de A, a marca A
deve ser a escolhida, uma vez que oferece maior fluxo de
calor em razão do custo.
QUESTÃO 68
_21_1EM_2S_BIO_HJ_L1_Q04
De acordo com uma apresentação na Conferência
sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (CROI 2019), um
homem de Londres não tem HIV detectável um ano e meio
depois de passar por um transplante de células-tronco
da medula óssea para tratar um linfoma. O doador tinha
cópias duplas de uma mutação genética rara conhecida
como CCR5 delta 32, que resulta na falta de CCR5, um
correceptor do HIV nas células TCD4. O homem continuou
seu esquema de antirretrovirais e recebeu quimioterapia
menos agressiva [...]. Sua carga viral no sangue
permaneceu indetectável 18 meses depois. Nenhum HIV
foi encontrado em células TCD4 periféricas, e testes não
mostraram vírus em 24 milhões de células T em repouso.
HIGHLEYMAN, Liz. “Paciente de Londres tem remissão do HIV de
longo prazo após transplante de células-tronco”. Boletim Vacinas e
Novas Tecnologias de Prevenção, n. 33, nov. 2019. (Adaptado)

Na infecção por HIV, as células TCD4


a) utilizam o RNA viral para síntese direta de proteínas
virais.
b) não estão envolvidas nos tratamentos com
medicamentos antirretrovirais.
c) incorporam o RNA viral em seu genoma e passam a
produzir anticorpos específicos contra o HIV.
d) têm sua concentração aumentada nas fases terminais da
doença, o que debilita o organismo infectado.
e) têm sua concentração reduzida no sangue, o que
favorece o desenvolvimento de infecções oportunistas.

Gabarito: E

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C4H14
BNCC: EM13CNT202

Após a infecção pelo vírus HIV, as células TCD4 são


invadidas e passam a sintetizar proteínas e genoma viral.
Embora inicialmente a concentração sanguínea das células
TCD4 aumente como resultado da resposta imune após a
infecção, nas fases mais tardias, a concentração dessas
células reduz drasticamente, e, por isso, o organismo de
uma pessoa soropositiva fica mais suscetível a infecções
oportunistas.

Alternativa A: incorreta. Após a entrada do HIV nas células-


-alvo, ocorre a transcrição reversa do RNA viral em DNA
viral. A partir do DNA viral sintetizado, iniciam-se o processo
de transcrição de RNA viral e a síntese de proteínas virais.
Alternativa B: incorreta. Os tratamentos antirretrovirais
atuam sobre alvos específicos, impedindo a replicação do
vírus nas células atacadas, como as células TCD4.
Alternativa C: incorreta. As células TCD4 são invadidas
pelo vírus e passam a sintetizar as proteínas e o genoma
virais. As células TCD4 não produzem anticorpos, mas
estimulam essa produção pelos linfócitos B.
Alternativa D: incorreta. Ao longo dos anos, após a infecção
por HIV, as células TCD4 de uma pessoa soropositiva
são destruídas pelo vírus, e sua concentração no sangue
diminui drasticamente, o que debilita o organismo e o torna
suscetível a infecções oportunistas.
QUESTÃO 69
_21_1EM_2S_QUI_EW_L1_Q02

O uso de talheres de prata com alimentos constituídos


de sulfetos, como o ovo e o repolho, é um inconveniente.
Com o passar do tempo e do uso, o talher de prata vai
gradativamente escurecendo devido à formação de uma
camada externa de sulfeto de prata (Ag2S). A remoção
dessa camada de sulfeto pode ser feita usando um pedaço
de papel alumínio ou uma esponja desse metal, conforme a
equação de oxirredução não-balanceada a seguir.

Ag2S(s) + Aℓ(s) → Ag(s) + Aℓ3+(aq) + S2–(aq)

Ao efetuar o balanceamento da equação utilizando os


menores coeficientes inteiros, conclui-se que a quantidade
de prata recuperada é de
a) 1 mol.
b) 2 mols.
c) 4 mols.
d) 6 mols.
e) 12 mols.

Gabarito: D

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C5H19
BNCC: EM13CNT101

Analisando a reação apresentada, nota-se que a prata


reduz (seu Nox passa de +1 para 0) e o alumínio oxida (seu
Nox passa de 0 para +3). Portanto, analisando as variações
dos Nox e as atomicidades de cada elemento, obtêm-se os
coeficientes mínimos para o balanceamento:
Ag: |∆nox| = |(0 – 1)| ∙ 2 = 2
Aℓ: |∆nox| = (3 – 0) ∙ 1 = 3
Usando o módulo da variação do Nox da prata como
coeficiente do alumínio e o módulo da variação do Nox
do alumínio como coeficiente para a substância que tem a
prata com maior atomicidade, tem-se:
3 Ag2S(s) + 2 Aℓ(s) → Ag(s) + Aℓ3+(aq) + S2–(aq)
Para continuar o balanceamento dos produtos, deve-se
considerar a quantidade de átomos dos reagentes: há 6
átomos de prata (Ag), 3 átomos de enxofre (S) e 2 átomos
de alumínio (Aℓ). Assim, considerando essa proporção, tem-
-se:
3 Ag2S(s) + 2 Aℓ(s) → 6 Ag(s) + 2 Aℓ3+(aq) + 3 S2–(aq)
Logo, usando os menores coeficientes inteiros, são
produzidos 6 mols de prata.

Alternativa A: incorreta. Considerou-se incorretamente


que a equação química já estava balanceada.
Alternativa B: incorreta. Ajustou-se apenas a quantidade
de prata entre reagentes e produtos, desconsiderando o
balanço de cargas.
Alternativa C: incorreta. Ajustou-se apenas a quantidade
de prata entre reagentes e produtos, dobrando seu valor.
Alternativa E: incorreta. Esse valor é obtido caso não seja
considerado o menor coeficiente inteiro possível:
6 Ag2S(s) + 4 Aℓ(s) → 12 Ag(s) + 4 Aℓ3+(aq) + 6 S2–(aq)
QUESTÃO 70
_21_1EM_2S_FIS_BB_L1_Q02i

Uma empresa que fabrica componentes eletrônicos está


estudando o comportamento de um novo material que
poderá ser utilizado em seus circuitos. Para isso, o físico
encarregado do projeto aplica diferentes tensões elétricas
nos terminais de um resistor feito com esse material e mede
a corrente elétrica que passa por ele, obtendo o gráfico a
seguir da tensão U em função da corrente i.
U (V)

2 i (A)

O físico observou que o comportamento da curva do gráfico


poderia ser representado por um arco de parábola, cuja
função é dada por U = a ⋅ i2, em que a é uma constante real
positiva. Em seu trabalho, ele mediu a resistência elétrica
no ponto P e obteve o valor de 8 Ω.

Considerando que o comportamento da tensão em função


da corrente mantenha esse mesmo padrão, caso esse
resistor seja utilizado para operar com correntes elétricas
de 3 A, a potência elétrica dissipada por ele será de
a) 32 W. d) 72 W.
b) 36 W. e) 108 W.
c) 48 W.

Gabarito: E

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C2H6
BNCC: EM13CNT106

No ponto P, a resistência é R = 8 Ω e a corrente elétrica é


i = 2 A. Assim, nesse ponto, a tensão elétrica U é:
U U
R 8
i 2
U  8  2  16 V
Considerando a função que define a curva do gráfico, a
constante a é:
U = a ⋅ i2 ⇒ 16 = a ⋅ 22
16
a= = 4 V/A2
4
Assim, para a corrente elétrica de 3 A, a tensão elétrica e a
potência elétrica dissipada pelo resistor são:
U = a ⋅ i2 = 4 ⋅ i2 = 4 ⋅ 32 = 36 V
P = U ⋅ i = 36 ⋅ 3 = 108 W

Alternativa A: incorreta. Essa é a potência elétrica dissipada


pelo resistor para a corrente de 2 A.
Alternativa B: incorreta. Essa é a tensão elétrica, em V,
quando a corrente que passa pelo resistor é de 3 A.
Alternativa C: incorreta. Essa é a potência elétrica dissipada
pelo resistor no ponto P, considerando que i = 3 A.
Alternativa D: incorreta. Considerou-se incorretamente que
o resistor feito com o material estudado é ôhmico e que
sua resistência é constante e tem valor de 8 Ω. Entretanto,
como a relação entre U e i não é linear, a resistência R não
é constante e, portanto, o resistor é não ôhmico.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 71 a 90

QUESTÃO 71
_21_1EM_2S_MAT_AN_L1_Q02

Marcelo Carvalho precisa acessar sua conta de e-mail, mas


esqueceu o caractere inicial da senha de acesso. Ele sabe
que a senha de acesso é do tipo alfanumérica e lembra
apenas que esse caractere pode ser um número natural
primo menor do que 10 ou uma consoante que não está
entre as letras que formam seu sobrenome.

Considere o alfabeto composto de 21 consoantes e 5


vogais no total. Qual é a quantidade máxima de tentativas
que Marcelo poderá fazer para poder acessar sua conta?
a) 20 d) 23
b) 21 e) 25
c) 22

Gabarito: A

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C1H3
BNCC: EM13MAT310

Há 4 números naturais primos menores do que 10 (2, 3, 5


e 7), e há 16 consoantes que não estão entre as letras do
sobrenome Carvalho (b, d, f, g, j, k, m, n, p, q, s, t, w, x, y e
z). Assim, a quantidade máxima de tentativas é dada por
4 + 16 = 20.

Alternativa B: incorreta. Possivelmente, considerou-se a


existência de 5 números naturais primos menores de 10;
assim, calculou-se 5 + 16 = 21 possibilidades.
Alternativa C: incorreta. Possivelmente, foram consideradas
todas as letras do alfabeto (exceto as letras do sobrenome
Carvalho). Assim, calculou-se 4 + 26 – 8 = 22 possibilidades.
Alternativa D: incorreta. Possivelmente, considerou-se a
existência de 7 números naturais primos menores de 10;
assim, calculou-se 7 + 16 = 23 possibilidades.
Alternativa E: incorreta. Possivelmente, considerou-se
que há 21 consoantes no alfabeto, mas as do sobrenome
Carvalho não foram excluídas; assim, calculou-se 4 + 21 =
= 25 possibilidades.
QUESTÃO 72
_20_1EM_2S_MAT_LC_L1_Q13

Em submarinos, é comum o uso de coordenadas polares


como meio de localização. Nesses casos, as coordenadas
cartesianas são substituídas por uma coordenada angular
e uma coordenada radial, e um ponto passa a ser
representado como P = (R, θ), em que θ é a inclinação em
relação ao eixo das abscissas e R é a distância do ponto a
origem. A seguir, tem-se a representação de um submarino
(S) e de uma pedra (P) descoberta por seu sonar, cujas
coordenadas são P(4, 60°).

4
P (4, 60°)
3

1
60°
–2 –1 S 1 2 3 4 5
–1

–2

A ordenada do ponto P no plano cartesiano convencional,


em relação ao ponto em que submarino se encontra da
origem, é igual a
a) y = 2. d) y = 4.
b) y = 2 2. e) y = 4 3.
c) y = 2 3.

Gabarito: C

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C5H20
BNCC: EM13MAT301

Seja Q a projeção do ponto P no eixo das abscissas. Assim,


o triângulo PQS será retângulo em Q, e o comprimento de
PQ = y será a ordenada do ponto P. Construindo o triângulo
retângulo PQS, tem-se:

4
P (4, 60°)
3

2 4 y

1
60° Q
–2 –1 S 1 2 3 4 5
–1

–2

Portanto, pela relação trigonométrica no triângulo retângulo,


encontra-se o valor da coordenada y:
y 3 y 3
sen 60° = ⇒ = ⇒ y = 4⋅ ⇒y=2 3
4 2 4 2

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, confundiu-se o


seno de 60° com o cosseno de 60°.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, confundiu-se o
seno de 60° com o seno de 45°.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, confundiu-se a
ordenada com o próprio raio.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, confundiu-se o
seno de 60° com a tangente de 60°.
QUESTÃO 73
_21_1EM_2S_MAT_AF_L1_Q06

Durante um jogo de estratégias, dois amigos trocam


mensagens informando coordenadas geográficas de alvos,
estratégias de ataque e defesa, entre outras informações.
Por questão de segurança, as mensagens enviadas são
sempre codificadas. Em uma dessas trocas de mensagens,
certo número que compõe uma coordenada geográfica foi
codificado por meio da seguinte matriz:
 8 1
X 
 2 0 
Para decodificar o número da coordenada, efetuam-se os
seguintes passos:
1. Determina-se a matriz inversa de X e somam-se os
valores dos elementos dessa matriz;
2. O número da coordenada será o módulo da soma
calculada no passo 1; caso o resultado não seja um
número inteiro, considera-se apenas a parte inteira do
número obtido.
Qual é o número decodificado que compõe a coordenada
geográfica?
a) 9
b) 8
c) 5
d) 4
e) 0

Gabarito: D

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C1H1
BNCC: EM13MAT301

a b
Seja X 1    a matriz inversa de X. Pela definição de
 c d
matriz inversa, tem-se X · X–1 = I2, ou seja:
 8 1   a b   1 0   8a  c 8b  d   1 0 
     
 2 0   c d   0 1   2a 2b   0 1 
Assim, tem-se o seguinte sistema de equações:
8a  c  1 (I)
8b  d  0 (II)


2a  0 (III)
2b  1 (IV)
1
Das equações (III) e (IV), obtêm-se a = 0 e b    0, 5.
2
Substituindo o valor de a na equação (I) e o valor de b na
equação (II), obtêm-se c = 1 e d  8b  4.
 0 0, 5 
Logo, a matriz inversa de X é X 1   , cujo módulo
1 4 
da soma dos elementos é 0  0, 5  1  4  4, 5. Como o
resultado não é um número inteiro, considera-se apenas
sua parte inteira. Portanto, o número decodificado que
compõe a coordenada é 4.

Alternativa A: incorreta. Calculou-se a matriz inversa de


modo equivocado, considerando a soma X + I2 e fazendo
 8 1   1 0   9 1
X 1     . Assim, concluiu-se que o
 2 0   0 1   2 1 
módulo da soma dos elementos seria 9  1  2  1  9 e que
o número decodificado seria 9.
Alternativa B: incorreta. Calculou-se a matriz inversa de
modo equivocado, considerando o produto X · I2 e, ainda,
efetuou-se o produto direto dos elementos correspondentes
 8 1   1 0  8 0
das matrizes, fazendo X 1     .
 2 0   0 1   0 0 
Assim, concluiu-se que o módulo da soma dos elementos
seria 8  0  0  0  8 e que o número decodificado seria 8.
Alternativa C: incorreta. Calculou-se a matriz inversa pela
soma das matrizes (X + X–1 = I2), em vez do produto. Assim,
 7 1 
obteve-se X 1   , concluindo que o módulo da
2 1
soma dos elementos seria 7  1  2  1  5 e que o número
decodificado seria 5.
Alternativa E: incorreta. Considerou-se que a matriz
inversa seria obtida invertendo-se todos os elementos não
 1 
1
 8 1
nulos da matriz X. Assim, considerou-se X   ,
  1 0
 
 2 
concluindo que o módulo da soma dos elementos seria
1 1
 1   0  0, 625 e que o número decodificado (parte
8 2
inteira do resultado) seria 0.
QUESTÃO 74
_21_1EM_2S_MAT_RN_L1_Q01

Uma empresa, que tem um total de 300 clientes, vende


materiais de escritório para clientes corporativos no modelo
de venda por assinatura, ou seja, recorrentemente vende
materiais específicos com entregas mensais. Sabe-se que
são vendidos dois tipos de resmas (unidade de medida para
cortar folha de papel), nos tamanhos A3 e A4, e que 80%
dos clientes compram ao menos um tipo de resma. Sabe-
-se ainda que o número de clientes que compra apenas
um tamanho é 11 vezes maior que o número de clientes que
compra ambos os tamanhos. Ademais, metade do total de
clientes compra resmas do tamanho A3.

Quantos clientes compram resmas do tamanho A4?


a) 90
b) 110
c) 140
d) 150
e) 175

Gabarito: B

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C1H4
BNCC: EM13MAT301

Se a empresa tem um total de 300 clientes e 80% deles


compram ao menos um tamanho de resma, tem-se:
n  A  B   80%  300  240
É possível montar um diagrama de Venn que ilustra a
situação:

A3 A4

x z y

60

Conforme calculado anteriormente, x + y + z = 240.


Ademais, como o número de clientes que compra apenas
um tamanho é 11 vezes maior que o número de clientes que
compra ambos os tamanhos, tem-se:
x  y  11z
Portanto:
x  y  z  240  11z  z  240  z  20
Além disso, como metade do total de clientes compra
resmas do tamanho A3, tem-se:
300
xz   x  20  150  x  130
2
Por fim:
x + y = 11 ⋅ 20 ⇒ 130 + y = 220 ⇒ y = 90
Assim, 90 + 20 = 110 clientes compram resmas do tamanho
A4.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, assinalou-


-se o número de clientes que compra apenas resmas do
tamanho A4.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
240
xz  .
2
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
x + y + z = 300 e assinalou-se o número de clientes que
compra apenas resmas do tamanho A4.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
x + y + z = 300.
QUESTÃO 75
_21_1EM_2S_MAT_AF_L1_Q05

Certa área do terreno de uma chácara foi destinada à


criação de galinhas. Para cercar essa área, foram utilizadas
três telas de arame de comprimento x, em metro. No
entanto, essas telas foram insuficientes para cercar a área
pretendida, e foi necessário improvisar o restante da cerca
com telas de nylon de medidas 5 m, 5 m e 9 m. A figura
representa o galinheiro já cercado, cujo formato é triangular.

Q
5m 5m
Ny
n
lo

l on
Ny

x x
Ar
e
am

am
Ar

θ
P R
Arame Nylon
x 9m

Sabendo que o cosseno do ângulo θ vale 0,6 e que a


PQ  PR  sen 
área do triângulo PQR é dada por , a área do
2
galinheiro mede
a) 48 m2.
b) 96 m2.
c) 144 m2.
d) 192 m2.
e) 288 m2.

Gabarito: D

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C5H22
BNCC: EM13MAT308

Como os lados PQ e QR do triângulo têm a mesma medida


(x + 5), então PQR é um triângulo isósceles de base PR. Para
determinar o comprimento x de cada tela de arame, traça-
-se a altura relativa à base PR, obtendo-se dois triângulos
retângulos congruentes, um deles mostrado a seguir.
Q

x+5

θ
P
x+9
2
Com o cosseno de θ, calcula-se:
x+9
3 x+9
cos θ = 2 ⇒ 0, 6 = = ⇒
x+5 5 2 ⋅ ( x + 5)
⇒ 6x + 30 = 5x + 45 ⇒ x = 15 m
Logo, as medidas dos lados PQ e PR são PQ = x + 5 = 20 m
e PR = x + 9 = 24 m.
Para obter o seno de θ, pode-se utilizar a relação
fundamental da trigonometria:
sen2 θ + cos2 θ = 1 ⇒ sen2 θ = 1 − 0, 62 ⇒ sen2 θ = 0, 64
sen θ = ± 0, 64 ⇒
sen θ ' = 0, 8
⇒
sen θ " = −0, 8 (não convém, pois 0 < θ < 180° )
4
Portanto, sen   0, 8  , e a área do galinheiro (área do
5
triângulo PQR) é:
4
PQ  PR  sen  20  24  5 384
   192 m2
2 2 2

Alternativa A: incorreta. Obtiveram-se as medidas


x = 15 m, PQ = 20 m e PR = 24 m; no entanto, aplicou-se a
relação fundamental da trigonometria equivocadamente e
calculou-se a raiz quadrada também de modo equivocado,
fazendo sen   1  0, 6  0, 4  0, 2. Assim, calculou-se a
20  24  0, 2
área como  48 m2 .
2
Alternativa B: incorreta. Obtiveram-se as medidas x = 15 m,
PQ = 20 m e PR = 24 m; no entanto, aplicou-se a relação
fundamental da trigonometria equivocadamente, fazendo
sen θ = 1 – 0,6 = 0,4. Assim, calculou-se a área como
20  24  0, 4
 96 m2.
2
Alternativa C: incorreta. Obtiveram-se as medidas
x = 15 m, PQ = 20 m e PR = 24 m; no entanto, substituiu-se
o valor do cosseno de θ na fórmula da área, calculando
20  24  0, 6
 144 m2 .
2
Alternativa E: incorreta. Obtiveram-se as medidas x = 15 m,
PQ = 20 m e PR = 24 m; no entanto, ao aplicar a fórmula da
área, substituiu-se o valor do cosseno de θ e não se fez a
divisão por 2, calculando 20 · 24 · 0,6 = 288 m².
QUESTÃO 76
_21_1EM_2S_MAT_VO_L1_Q01

Seleção masculina nos Jogos Olímpicos


A capital japonesa foi sede dos XVIII Jogos Olímpicos
da Era Moderna e a primeira realizada em uma cidade
asiática. A edição foi marcada pela estreia do voleibol
com participação brasileira no torneio masculino, que
contou com dez países. A União Soviética (URSS) sagrou-
-se como primeira equipe campeã entre os homens.
A seleção do Brasil ficou na sétima posição. Entre os
atletas que defenderam o Brasil em quadra estava
Carlos Arthur Nuzman, que depois se tornou presidente
da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), entre 1975
e 1995, e em seguida presidente do Comitê Olímpico do
Brasil (COB). Na ocasião, o time foi comandado por Sami
Mehlinsky, grande difusor do voleibol no país.
Disponível em: <http://rio2016.cbv.com.br>. Acesso em: 1o ago. 2020.
(Adaptado)

Considerando o número total de equipes que disputaram


o pódio e as três premiações – as medalhas de ouro
(1o lugar), prata (2o lugar) e bronze (3o lugar) –, quantos
pódios diferentes poderiam ser formados?
a) 1 000
b) 810
c) 720
d) 90
e) 27

Gabarito: C

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C1H3
BNCC: EM13MAT310

Considerando as três posições do pódio, pode-se usar


o princípio fundamental da contagem para determinar
a quantidade de pódios diferentes que poderiam ser
formados:
1o lugar: 10 equipes
2o lugar: 9 equipes
3o lugar: 8 equipes
Pelo princípio fundamental da contagem, têm-se 10 · 9 · 8 = 720
opções de pódios.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se


que cada medalha pode ser disputada pelas 10 equipes,
calculando 10 · 10 · 10 = 1 000.
Alternativa B: incorreta. Interpretou-se corretamente a
situação, mas houve um equívoco ao realizar o produto
entre os números 9 e 8, considerando 9 · 8 = 81. Assim,
obteve-se 10 · 9 · 8 = 810.
Alternativa D: incorreta. Interpretou-se incorretamente a
situação. Equivocadamente, calculou-se 10 ⋅ 9 = 90.
Alternativa E: incorreta. Interpretou-se incorretamente
a situação. Equivocadamente, calculou-se pelo princípio
aditivo: 10 + 9 + 8 = 27.
QUESTÃO 77
_21_1EM_2S_MAT_RN_L1_Q02

Um atleta se preparou para uma competição esportiva com


uma dieta por 170 dias. Para isso, ele precisou acrescentar
dois tipos de suplementos vitamínicos em suas refeições,
suplemento A e suplemento B. Ele ingeriu o suplemento
A apenas de 4 em 4 dias a partir do 4o dia. Ademais, ele
ingeriu o suplemento B apenas de 6 em 6 dias a partir do
6o dia.

Em quantos dias esse atleta não ingeriu nem o suplemento


A nem o suplemento B?
a) 98
b) 100
c) 107
d) 114
e) 121

Gabarito: D

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C1H3
BNCC: EM13MAT301

A questão pode ser reduzida à determinação do total de


inteiros de 1 a 170 que não são divisíveis nem por 4 e nem
por 6. Nesse sentido, sejam A o conjunto dos inteiros que
são divisíveis por 4 e B o conjunto dos inteiros que são
divisíveis por 6, ambos de 1 a 170.
Para encontrar a resposta, é preciso subtrair de 170, que é
o total de dias, o número de elementos que pertencem à
união dos conjuntos A e B.
Seja [x] o maior inteiro menor ou igual a x. Dessa forma,
têm-se:
 170 
n A     42, 5  42
 4 
 170  
n B     28, 3  28
 6  
O conjunto formado pelos números que são divisíveis por
4 e por 6 simultaneamente é expresso pela interseção de
A e B. Sendo o mínimo múltiplo comum de 4 e 6 igual a 12,
tem-se:
 170  
n  A  B    14, 16  14
 12  
Portanto, a cardinalidade do conjunto união será igual a:
n  A  B   n  A   n B   n  A  B   42  28  14  56
Por fim, o número de dias em que o atleta não ingeriu nem o
suplemento A nem o suplemento B é igual a 170 – 56 = 114.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, ao dividir 170


por 4 e por 6, fez-se o arredondamento para cima. Ademais,
desconsiderou-se a interseção.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, desconsiderou-
-se a interseção.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
o mínimo múltiplo comum de 4 e 6 igual a 24.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
o mínimo múltiplo comum de 4 e 6 igual a 8.
QUESTÃO 78
_21_1EM_2S_MAT_VO_L1_Q03

Júnior tem uma área de lazer em sua casa no formato


retangular com as dimensões ilustradas na figura a seguir.

12 m

30°
8m

Júnior pretende cobrir a área sombreada com grama. Qual


é a quantidade aproximada, em m2, que Júnior precisará
comprar de grama?

Considere 3 = 1, 7.
a) 6,4
b) 18,1
c) 29,9
d) 48,0
e) 96,0

Gabarito: C

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C2H8
BNCC: EM13MAT308

Pode-se calcular a área da região triangular sombreada


(ADE) fazendo a diferença entre as áreas triangulares ABD
e BDE, ilustradas na figura a seguir.
12 m

C D

30°

8m

A E B

Como a área da região ABD é um triângulo retângulo, faz-


12  8
-se A ABD   48 m2.
2
Para determinar a área da região BDE, precisa-se determinar
o valor do segmento EB. Para isso, pode-se utilizar a
EB 3 EB 8 3
tangente de 30°: tg 30° = ⇒ = ⇒ EB =
8 3 8 3
Calculando a área de BDE, tem-se:
8 3 64 3
8
3 64 3 1 64 3
ABDE   3   
2 2 3 2 6
Como 3  1, 7, tem-se:
64  1, 7
 18, 1 m2
6
Logo, a área sombreada (ADE) é dada por AABD – ABDE =
= 48 – 18,1 = 29,9 m2.

Alternativa A: incorreta. Calculou-se corretamente a área


do triângulo ABD, mas, equivocadamente, considerou-se
que a tangente de 30° era igual a 3. Assim, calculou-se
EB EB
tg 30° = ⇒ 3= ⇒ EB = 8 3, e a área do triângulo
8 8
8 3  8 64 3
BDE como ABDE    32 3  54, 4 m2. Assim,
2 2
calculou-se a área sombreada como 54,4 – 48 = 6,4 m2.
Alternativa B: incorreta. Calculou-se apenas a área da
região BDE.
Alternativa D: incorreta. Calculou-se apenas a área da
região ABD.
Alternativa E: incorreta. Calculou-se a área da região
quadrangular.
QUESTÃO 79
_21_1EM_2S_MAT_VO_L1_Q04
Uma empresa elaborou uma matriz para avaliar a produção
de suas máquinas, em milhares, no primeiro trimestre do
ano.
Cada uma das colunas indica um mês do trimestre ( janeiro,
fevereiro e março, respectivamente), numerados de 1 a 3,
em ordem crescente, e as linhas identificam as máquinas
também numeradas de 1 a 3, em ordem crescente. O
número, em milhares, da produção de cada máquina em
cada mês é dado pelo produto do respectivo número do
mês e o respectivo número da máquina.

Considerando a produção total de cada mês, determine a


razão da produção, em milhares, entre o mês de janeiro e
março, respectivamente.
a) 3
2
b)
3
3
c)
5
1
d)
2
1
e)
3

Gabarito: E

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C1H1
BNCC: EM13MAT301

Considerando que são três meses, janeiro (1), fevereiro


(2) e março (3), e três máquinas, máquina (1), máquina (2) e
máquina (3), tem-se uma matriz quadrada de ordem 3, cujos
elementos são dados pelo produto da linha pela coluna,
isto é, aij = ij. Montando a matriz de referência, tem-se:
 a11 a12 a13   1 2 3 
   
M   a21 a22 a23    2 4 6 
a a   
 31 32 a33   3 6 9 
A primeira coluna corresponde à produção do mês de
janeiro: 1 (máquina 1), 2 (máquina 2), 3 (máquina 3); no total,
são 6 mil.
A terceira coluna corresponde à produção do mês de
março: 3 (máquina 1), 6 (máquina 2), 9 (máquina 3); no total,
são 18 mil.
6 1
Determinando a razão, tem-se = .
18 3

Alternativa A: incorreta. Modelou-se a situação


corretamente, mas, ao determinar a razão, não atentou ao
solicitado no enunciado e determinou-se a razão entre os
meses de março e janeiro, respectivamente.
Alternativa B: incorreta. Modelou-se a situação
corretamente, mas, ao determinar a razão, não atentou
ao solicitado no enunciado e determinou-se a razão entre
os meses de fevereiro (12) e março (18), respectivamente,
2
obtendo-se .
3
Alternativa C: incorreta. Houve um equívoco ao determinar
os elementos da matriz, e os números dos respectivos
meses e máquinas foram somados em vez de multiplicados:
aij  i  j. Assim, obteve-se a razão entre a primeira e a
3
terceira coluna: .
5
Alternativa D: incorreta. Modelou-se a situação
corretamente, mas, ao determinar a razão, não atentou
ao solicitado no enunciado e determinou-se a razão entre
os meses de janeiro (6) e fevereiro (12), respectivamente,
1
obtendo-se .
2
QUESTÃO 80
_21_1EM_2S_MAT_AF_L1_Q04
O sábado foi especial para a comunidade do skate.
Em uma das provas da etapa de Minneapolis do X-Games
[...] o americano Mitchie Brusco deu um ousado salto para
a história. Ele conquistou a façanha de se tornar o primeiro
atleta a fazer uma manobra de 1 260° na história do skate.
“Que façanha! Em competição de skate, americano consegue o primeiro 1 260°
da história”. Disponível em: <https://globoesporte.globo.com>.
Acesso em: 20 ago. 2020.

Na manobra realizada pelo skatista Mitchie Brusco, o


número de giros que ele realizou no ar e o seno do ângulo
de rotação da manobra são, respectivamente,
a) 3 e –1. d) 7 e 0.
b) 3,5 e –1. e) 7 e 1.
c) 3,5 e 0.

Gabarito: C

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C5H21
BNCC: EM13MAT301

O ângulo de rotação da manobra realizada foi de 1 260°.


Para encontrar o número de giros (voltas completas)
1260°
realizados, divide-se o ângulo por 360°: = 3,5 giros.
360°
Isso significa que foram dadas 3 voltas completas de 360°,
mais meia-volta (180°). Portanto, 1 260° é côngruo a 180° e
tem-se: sen 1 260° = sen 180° = 0.

Alternativa A: incorreta. Considerou-se como o número


de giros somente o quociente (parte inteira) da divisão de
1 260° por 360°; além disso, confundiu-se o valor do seno
com o do cosseno de 180°.
Alternativa B: incorreta. Calculou-se o número de giros
corretamente, mas confundiu-se o valor do seno com o do
cosseno de 180°.
Alternativa D: incorreta. Dividiu-se 1 260° por 180° (em
vez de 360°) para calcular o número de giros, obtendo
7 e concluindo que o ângulo seria côngruo a 0°. Assim,
considerou que sen 1 260° = sen 0° = 0.
Alternativa E: incorreta. Dividiu-se 1 260° por 180° (em vez
de 360°) para calcular o número de giros, obtendo 7 e
concluindo que o ângulo seria côngruo a 0°. Além disso,
confundiu-se o valor do seno com o do cosseno de 0°.
QUESTÃO 81
_21_1EM_2S_MAT_VO_L1_Q05
Ester está participando de um jogo de bingo matemático na sua escola. Cada cartela é formada por nove números inteiros
distribuídos em três linhas e três colunas. A cartela pode ser representada por uma matriz de ordem 3. As matrizes a seguir
indicam as cartelas de Ester na primeira e na segunda rodada, respectivamente.

1ª rodada 2ª rodada
 1 6 −7   0 −2 9
 3 2 −9  −3 6 7
   
 4 5 0   −4 1 8

A cartela da 3a rodada é dada pelo produto entre as cartelas da 1a e da 2a rodada, respectivamente. Qual é a cartela de Ester
na 3a rodada?

 30 41 18 
a)  43 29 −33
 
 31 18 19 

 46 45 107
b)  42 27 113 
 
 15 38 71 

 10 27 −5 
c)  30 −3 −31
 
 −15 22 71 

 0 −12 −63
d)  −9 12 −63
 
 −16 5 0 
 10 30 −15
e)  27 −3 22
 
 −5 −31 71 

Gabarito: C

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C1H1
BNCC: EM13MAT301

Como as matrizes são de ordem 3, é possível multiplicá-las, obtendo-se uma matriz quadrada de ordem 3:
 1 6 −7   0 −2 9  1 ⋅ 0 + 6 ⋅ ( −3) + ( −7 ) ⋅ ( −4) 1 ⋅ ( −2) + 6 ⋅ 6 + ( −7 ) ⋅ 1 1 ⋅ 9 + 6 ⋅ 7 + (7 ) ⋅ 8   10 27 −5 
 3 2 −9 ⋅  −3 6 7 =  3 ⋅ 0 + 2 ⋅ ( −3) + ( −9) ⋅ ( −4) 3 ⋅ ( −2) + 2 ⋅ 6 + ( −9) ⋅ 1 3 ⋅ 9 + 2 ⋅ 7 + ( −9) ⋅ 8 =  30 −3 −31
       
 4 5 0   −4 1 8  4 ⋅ 0 + 5 ⋅ ( −3) + 0 ⋅ ( −4) 4 ⋅ ( −2) + 5 ⋅ 6 + 0 ⋅ 1 4 ⋅ 9 + 5 ⋅ 7 + 0 ⋅ 8   −15 22 71 

Alternativa A: incorreta. Multiplicou-se a cartela da 2a rodada pela cartela da 1a rodada, respectivamente.


Alternativa B: incorreta. Não foram considerados os sinais negativos dos números inteiros negativos das cartelas.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, multiplicaram-se os termos correspondentes de cada matriz para determinar o
termo da matriz produto.
Alternativa E: incorreta. Determinou-se corretamente o produto entre as matrizes; entretanto, as linhas e as colunas foram
trocadas, resultando, assim, na matriz transposta.
QUESTÃO 82
_21_ENEM_MAT_AF_L2_Q01
Em certo jogo on-line de RPG (role-playing game), existem três categorias de personagens – guerreiros, ladinos e magos –,
divididas em classes, que são subtipos dentro de uma mesma categoria. Nesse jogo, há 11 classes de guerreiros, 9 classes
de ladinos e 10 classes de magos.
Os desenvolvedores do jogo resolveram realizar dois sorteios a fim de premiar, aleatoriamente, os jogadores de duas
classes de personagens com itens especiais únicos. A fim de garantir que sejam sorteadas duas classes de personagens de
categorias distintas, os desenvolvedores determinaram que será automaticamente excluída do segundo sorteio a categoria
à qual pertencer a classe sorteada no primeiro sorteio.

Considerando que a troca de ordem das categorias sorteadas configura uma nova possibilidade, o número de possíveis
resultados para o sorteio das duas classes de personagens é
a) 299.
b) 450.
c) 598.
d) 840.
e) 900.

Gabarito: C

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C1H2
BNCC: EM13MAT310

A classe sorteada no primeiro sorteio pode pertencer à categoria de guerreiros, ladinos ou magos. Como a categoria da
classe sorteada fica excluída do segundo sorteio, analisam-se as possibilidades de acordo com os três seguintes casos:

1a classe sorteada 2a classe sorteada Total de possibilidades


Guerreiro Ladino ou mago
Caso 1 11 · 19 = 209
11 opções 19 opções
Ladino Guerreiro ou mago
Caso 2 9 · 21 = 189
9 opções 21 opções
Mago Guerreiro ou ladino
Caso 3 10 · 20 = 200
10 opções 20 opções

Portanto, pelo princípio aditivo, o total de resultados possíveis para o sorteio das duas classes é 209 + 189 + 200 = 598.

Alternativa A: incorreta. Os possíveis pares de categorias sorteadas (guerreiro e ladino; ou guerreiro e mago; ou ladino e
mago) foram observados corretamente, porém não se considerou que a troca de ordem das categorias sorteadas configura
uma nova possibilidade. Assim, calculou-se 11 · 9 + 11 · 10 + 9 · 10 = 299.
Alternativa B: incorreta. Observou-se que há 30 classes de personagens e que foram sorteadas duas delas, e aplicou-se o
princípio multiplicativo sem considerar a restrição sobre o segundo sorteio e que a troca de ordem das categorias sorteadas
30  30 900
configura uma nova possibilidade. Assim, calculou-se 30 · 30 =   450.
2 2
Alternativa D: incorreta. Observou-se que há 30 classes de personagens e que foram sorteadas duas delas, e calculou-se
30 · 28 = 840.
Alternativa E: incorreta. Observou-se que há 30 classes de personagens e que foram sorteadas duas delas, e aplicou-se o
princípio multiplicativo sem considerar a restrição sobre o segundo sorteio, calculando 30 · 30 = 900.
QUESTÃO 83
_21_1EM_2S_MAT_RN_L1_Q05
O BMX Vert é a modalidade freestyle caracterizada
por realizar manobras com e sobre a bicicleta que
literalmente arranca suspiros e aplausos do público com
os voos espetaculares. Duas das principais manobras
desse esporte são:
360°: Manobra em que o piloto dá uma volta completa
de 360 graus com sua bike no mesmo eixo de rotação.
Outras variações são 540 graus e 720 graus;
Flair: Manobra em que o atleta combina duas rotações:
backflip (cambalhota) + 180 graus, podendo ser usada com
outras variações.
“Guia Completo do Campeonato Brasileiro BMX Vert”. Disponível em:
<https://www.redbull.com>. Acesso em: 28 set. 2020. (Adaptado)

No texto anterior, vários ângulos foram citados. Com relação


aos sinais, os cossenos dos ângulos 180°, 360°, 540° e 720°
são, respectivamente,
a) negativo, positivo, negativo e positivo.
b) positivo, negativo, positivo e negativo.
c) positivo, positivo, negativo e positivo.
d) positivo, negativo, negativo e negativo.
e) negativo, positivo, positivo e negativo.

Gabarito: A

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C5H22
BNCC: EM13MAT301

No círculo trigonométrico, o eixo das abscissas é o eixo


dos cossenos. Apresenta-se o círculo a seguir, com os
respectivos ângulos citados.
sen
1

—1 0 1 cos
180°, 540°, 0°, 360°, 720°,

—1

Com base no círculo, conclui-se que os sinais do cosseno


dos ângulos 180°, 360°, 540° e 720° são, respectivamente,
negativo, positivo, negativo e positivo.

Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, inverteram-se


todos os sinais.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o cosseno de 180° é positivo.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, inverteram-se
todos os sinais, com exceção do ângulo 540°.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, inverteram-se
os sinais dos ângulos 720° e 540°.
QUESTÃO 84
_21_1EM_2S_MAT_RN_L1_Q03
Um grupo de amigos se organizou para apostar em um
bolão quais dois times de um campeonato de futebol seriam
o primeiro e o segundo colocados. Um desses amigos, que
liderou a organização do bolão, disse:
“Em um campeonato com n times, para escolher os p
primeiros colocados, o total N de possibilidades é expresso
n!
por N  ”
n  p  !
Sabendo que o total de possibilidades para o campeonato
em questão é 552, qual é o número de times que
participarão do campeonato?
a) 22 d) 25
b) 23 e) 26
c) 24

Gabarito: C

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C1H3
BNCC: EM13MAT301

Do enunciado, p = 2 e N = 552. Ao substituir esses valores


na expressão fornecida, tem-se:
n! n!
N= ⇒ 552 = ⇒
(n − p) ! (n − 2) !
n ⋅ (n − 1) ⋅ (n − 2) !
⇒ 552 = ⇒ n2 − n − 552 = 0 ⇒
(n − 2) !
1 ± 1 + 4 ⋅ 1 ⋅ 552 1 ± 47 n = 24
n= ⇒n= ⇒
2 2 n = −23 (não convém)

Assim, o número de times que participarão do campeonato


é 24.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-


-se a raiz quadrada em questão igual a 44 e fez-se o
arredondamento da raiz positiva para 22.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
o módulo da outra raiz encontrada.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
a raiz quadrada em questão igual a 49.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-
-se a raiz quadrada em questão igual a 50 e fez-se o
arredondamento da raiz positiva para 26.
QUESTÃO 85
_21_1EM_2S_MAT_RN_L1_Q04
Um grupo de quatro amigos, Pedro, Carol, Marcela e Elisa,
comprou uma pizza circular com diâmetro de 30 cm para o
jantar. Eles partiram a pizza em quatro pedaços: o pedaço
de Pedro tem o mesmo tamanho do pedaço de Carol, e os
pedaços de Marcela e Elisa têm o mesmo tamanho entre si.
Sabe-se ainda que os pedaços de Pedro e Carol têm duas
vezes o tamanho dos pedaços de Marcela e Elisa. A figura a
seguir apresenta um esquema que representa a pizza inteira,
em que o ponto O é seu centro, com as respectivas divisões.

Após a retirada dos pedaços de Marcela e Elisa, a pizza


ficou tal como representada a seguir.

Qual é, em centímetro, o perímetro da figura plana


representada pela parte externa do restante da pizza?
Considere   3.
a) 60 d) 180
b) 90 e) 240
c) 120

Gabarito: C

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C2H9
BNCC: EM13MAT301

Como O é o centro da pizza circular, os pedaços são setores


circulares da pizza. Assim, os respectivos tamanhos são
proporcionais ao ângulo central de cada um dos setores
circulares. Com base no enunciado, sendo x o ângulo
central dos setores dos pedaços de Marcela e Elisa e 2x o
ângulo central dos setores dos pedaços de Pedro e Carol,
tem-se:
x + x + 2x + 2x = 360° ⇒ 6x = 360° ⇒ x = 60°
Com base nisso, o esquema apresentado pode ser
observado da seguinte forma:
L

120°
60°
r O 60° r
120°
r

L
Das relações de comprimento na circunferência, sendo
120° 2π
120° = ⋅ ( π rad) = rad, tem-se:
180° 3
 2π  π 
2p = 4r + 2L = 4r + 2 ⋅  ⋅ r = 4r ⋅  + 1 =
 3  3 
3 
= 4 ⋅ 15 ⋅  + 1 = 120 cm
3 
Portanto, o perímetro da figura plana representado pela
parte externa do restante da pizza é 120 cm.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, ou não foram


considerados os raios, apenas as partes circulares, ou não
foram consideradas as partes circulares, apenas os raios.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
π
120° = rad.
3
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
π
120° = rad e r = 30 cm.
3
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
r = 30 cm.
QUESTÃO 86
_21_1EM_2S_MAT_AN_L1_Q05
Considere uma matriz quadrada A4 × 4 em que o elemento
aij é definido por
 2i − j , se i > j.

aij =  i, se i = j.
 i + j, se i < j.

A soma dos elementos da diagonal secundária de A é igual a
a) 10. d) 17.
b) 11. e) 20.
c) 15.

Gabarito: E

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C1H1
BNCC: EM13MAT301

Sabe-se que uma matriz A4 × 4 tem 4 linhas e 4 colunas


e que cada elemento aij está definido considerando as
regras da matriz dadas no enunciado. Assim, calculando os
elementos da matriz A, tem-se:
diagonal secundária
 a11 a12 a13 a14  1 3 4 5
a a a23 a24  2 2 5 6 
A 
21 22

a31 a32 a33 a34  4 2 3 7
   
a41 a42 a43 a44  8 4 2 4

Logo, a soma dos elementos da diagonal secundária é


dada por 8 + 2 + 5 + 5 = 20.

Alternativa A: incorreta. Possivelmente, somaram-se os


elementos da diagonal principal, ou seja: 1 + 2 + 3 + 4 = 10.
Alternativa B: incorreta. Possivelmente, somaram-se os
elementos da segunda coluna, ou seja: 3 + 2 + 2 + 4 = 11.
Alternativa C: incorreta. Possivelmente, somaram-se os
elementos da segunda linha, ou seja: 2 + 2 + 5 + 6 = 15.
Alternativa D: incorreta. Possivelmente, houve um erro ao
calcular o elemento a23 como a23 = 23 - 2 = 2. Assim, obteve-
-se a seguinte soma: 8 + 2 + 2 + 5 = 17.
QUESTÃO 87
_21_1EM_2S_MAT_AN_L1_Q01
Uma professora universitária programou com a sua
turma de 125 alunos uma série de atividades que serão
acessadas de modo virtual. Para que as atividades fossem
planejadas da melhor forma possível, a professora realizou
uma enquete com parte de seus alunos, para compreender
por meio de qual equipamento os alunos iriam acessar as
atividades.
A tabela a seguir apresenta o resultado da enquete.

Equipamento Quantidade de alunos


Celular 50
Notebook 45
Tablet 40
Celular e notebook 20
Tablet e notebook 15
Celular e tablet 25
Celular, notebook e tablet 10
Outros 5

O percentual de alunos que responderam à enquete foi


a) 56%. d) 85%.
b) 68%. e) 90%.
c) 72%.

Gabarito: C

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C1H4
BNCC: EM13MAT301

De acordo com as informações do enunciado, pode-se


montar o seguinte diagrama:

(A) (B)
Celular Notebook

15 10 20

10
15 5

10

Tablet
(C) 5

Dessa forma, o total de alunos que respondeu à enquete


foi:
15 + 20 + 10 + 10 + 15 + 5 + 10 + 5 = 90
De forma análoga, pode-se aplicar o princípio de inclusão
e exclusão para descobrir a quantidade total de alunos que
responderam à enquete:
n(A ∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C) – n(A ∩ B) – n(A ∩ C) –
– n(B ∩ C) + n(A ∩ B ∩ C) = 50 + 45 + 40 – 20 – 25 – 15 + 10 =
= 85
Como (A ∪ B ∪ C) ∩ D = ∅, então o número total de pessoas
que responderam à enquete foi: 85 + 5 = 90 alunos.
Para se obter a porcentagem dos alunos que responderam
à enquete, aplica-se uma regra de três simples:
125 100 90 ⋅ 100
x = = 72%
90 x  125
Portanto, 72% dos alunos responderam à enquete.

Alternativa A: incorreta. Houve um equívoco ao aplicar


o princípio de inclusão, subtraindo a interseção dos três
conjuntos em vez de somá-la, ou seja: 50 + 45 + 40 – 20 –
– 25 – 15 – 10 + 5 = 70. Assim, calculou-se o percentual
70
como = 56%.
125
Alternativa B: incorreta. Não se considerou a quantidade
de alunos que responderam “outros” e obteve-se 85 alunos
85
no total. Assim, calculou-se o percentual como = 68%.
125
Alternativa D: incorreta. Não se considerou a quantidade

de alunos que responderam “outros” e obteve-se 85

alunos no total. Além disso, equivocadamente associou-se


esse valor a 85%.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, associou-se a
quantidade de 90 alunos ao percentual de 90%.
QUESTÃO 88
_21_1EM_2S_MAT_AF_L1_Q01

Observe a expressão numérica a seguir:


50 !
2 2
  
 1 2   32  22    42  32     51 2  502 
100 !
A expressão anterior é equivalente a
Dica: lembre-se de que a2 – b2 = (a + b)(a – b).
101 101 !
a) d)
250 2
101
b) e) 101 ⋅ 50 !
2
101
c)
2100

Gabarito: A

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C5H21
BNCC: EM13MAT301

Tendo em vista a dica fornecida, é oportuno reescrever o produto dos fatores entre parênteses:
(2 2
)( )( ) (
− 1 2 ⋅ 32 − 22 ⋅ 42 − 32 ⋅ … ⋅ 51 2 − 502 = )
= (
2 + 1) ⋅ ( 3 + 2) ⋅ (
2 − 1) ⋅ ( 3 − 2) ⋅ (+
43) ⋅ (−
43) ⋅ … ⋅ (
51
 + 50
) ⋅ (
51
 − 50
) =
3 1 5 1 7 1 101 1

2 ⋅ 4 ⋅ 6 ⋅ 8 ⋅ … ⋅ 100 2 ⋅ 3 ⋅ 4 ⋅ 5 ⋅ 6 ⋅ 7 ⋅ … ⋅ 100 ⋅ 101


= 3 ⋅ 5 ⋅ 7 ⋅ 9 ⋅ … ⋅ 101 ⋅ = =
2 ⋅ 4 ⋅ 6 ⋅ 8 ⋅ … ⋅ 100 2 ⋅ 4 ⋅ 6 ⋅ 8 ⋅ … ⋅ 100
101 ! 101 ! 101 !
= = 50 = 50
(2 ⋅ 1) ⋅ (2 ⋅ 2) ⋅ (2 ⋅ 3) ⋅ (2 ⋅ 4 ) ⋅ … ⋅ (2 ⋅ 50) 2 ⋅ (1 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 4 ⋅ … ⋅ 50) 2 ⋅ 50 !
Desse modo, a expressão original é equivalente a:
101 ! 50 ! 101  100 ! 50 ! 101
   
250  50 ! 100 ! 250  50 ! 100 ! 250

101 !
Alternativa B: incorreta. Concluiu-se corretamente que , mas confundiu-se a quantidade de fatores 2 que
2 ⋅ 4 ⋅ 6 ⋅ 8 ⋅  ⋅ 100
101 !
aparecem no denominador, considerando que essa expressão equivale a . Assim, considerou-se que a expressão
2 ⋅ 50 !
101 ! 50 ! 101  100 ! 50 ! 101
original seria equivalente a:     .
2  50 ! 100 ! 2  50 ! 100 ! 2
101 !
Alternativa C: incorreta. Concluiu-se corretamente que , mas confundiu-se a quantidade de fatores 2 que
2 ⋅ 4 ⋅ 6 ⋅ 8 ⋅  ⋅ 100
101 !
aparecem no denominador, considerando que essa expressão equivale a 100 . Assim, considerou-se que a expressão
2 ⋅ 50 !
101 ! 50 ! 101  100 ! 50 ! 101
original seria equivalente a: 100     .
2  50 ! 100 ! 2100  50 ! 100 ! 2100
Alternativa D: incorreta. Considerou-se que o produto 3 · 5 · 7 · ... · 101 seria igual a 101!. Além disso, efetuou-se um cancelamento
50 ! 101 !
equivocado ao calcular a expressão equivalente à original, fazendo: 101 ! ⋅ = .
100 ! 2
2
Alternativa E: incorreta. Considerou-se que o produto 3 · 5 · 7 · ... · 101 seria igual a 101!. Assim, considerou-se que a expressão
50 ! 50 !
equivalente à original seria: 101 !   101  100 !   101  50 !.
100 ! 100 !
QUESTÃO 89
_20_1EM_2S_MAT_GP_L1_Q12
Um casal de noivos contratou uma empresa especializada
para a preparação da cerimônia de seu casamento. Essa
empresa oferece como opções para o evento oito tipos de
flores (A, B, C, D, E, F, G e H), quatro tipos de iluminação (I, J,
K e L) e sete tipos de bandas (M, N, O, P, Q, R e S). O noivo
admite que a decisão final fique por conta da noiva; porém,
ele pede que pelo menos uma das três condições a seguir
seja aceita no momento em que ela fizer as escolhas:
• que a flor escolhida seja do tipo A, B ou C;
• que a iluminação escolhida seja do tipo K;
• que a banda escolhida não seja do tipo M, N ou O.

Considerando que a noiva aceitará pelo menos uma das


três condições impostas pelo noivo, de quantas maneiras
distintas ela poderá escolher uma flor, uma iluminação e
uma banda para o casamento?
a) 12
b) 45
c) 164
d) 179
e) 224

Gabarito: D

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C1H2
BNCC: EM13MAT310

Desconsiderando as condições do noivo, o número total


de maneiras de que a noiva dispõe para escolher uma flor,
uma iluminação e uma banda é dado por:
8 ∙ 4 ∙ 7 = 224
Para que pelo menos uma das condições do noivo seja
satisfeita, devem-se excluir do número anterior todas as
maneiras nas quais nenhuma das três condições é satisfeita.
Assim, rejeitando todas as condições impostas pelo noivo,
a noiva dispõe de cinco opções de flor (D, E, F, G e H), três
opções de iluminação (I, J e L) e três opções de banda (M,
N e O). Logo, o número de maneiras de que a noiva dispõe
para escolher uma flor, uma iluminação e uma banda, sem
aceitar nenhuma condição do noivo, é dado por:
5 ∙ 3 ∙ 3 = 45
Portanto, aceitando pelo menos uma condição do noivo,
a noiva ainda dispõe de 224 – 45 = 179 maneiras para
escolher uma flor, uma iluminação e uma banda para o
casamento.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, calculou-se a


quantidade total de maneiras para se fazer as escolhas,
levando em consideração as três condições do noivo.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, calculou-se
a quantidade total de maneiras para se fazer as escolhas
contrariando todas as condições do noivo.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que a escolha da banda M, N ou O pela noiva corresponderia
à terceira condição imposta pelo noivo.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, calculou-se
a quantidade total de maneiras para se fazer as escolhas
considerando todos os tipos de flores, iluminação e bandas
disponíveis.
QUESTÃO 90
_21_1EM_2S_MAT_AF_L1_Q03

A figura a seguir representa um trecho de uma pista circular


percorrido por um carro que se deslocou do ponto A ao
ponto B, no sentido anti-horário. O ponto O representa o
centro da pista, cujo comprimento total mede 240π metros.
Já o arco AB , que corresponde ao trecho percorrido pelo
carro, tem comprimento de 40π metros.

O A

,
Qual é a medida do ângulo θ, correspondente ao arco AB
em radiano?
π
a)
2
π
b)
3
π
c)
4
π
d)
6

e)
9

Gabarito: B

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C5H22
BNCC: EM13MAT301

Como o comprimento total da pista mede 240π metros,


calcula-se seu raio (r):
2πr = 240π ⇒ r = 120 m
Sabendo a medida do raio da pista (120 m) e o comprimento
do arco AB (40π m), determina-se a medida do ângulo

central correspondente:  
 

med AB

40 
 rad.
r 120 3

Alternativa A: incorreta. Associou-se o arco a um ângulo


π
de um quarto de volta. Assim, calculou-se θ = 90° = rad.
2
Alternativa C: incorreta. Considerou-se, possivelmente
pela figura, que o arco corresponderia a um ângulo de 45°.
π
Assim, calculou-se θ = 45° = rad.
4
Alternativa D: incorreta. Calculou-se o raio da pista de
modo equivocado, fazendo πr = 240π ⇒ r = 240 m. Assim,
40 
calculou-se    rad.
240 6
Alternativa E: incorreta. Associou-se o comprimento do arco

em metro (40π) a 40°. Assim, calculou-se θ = 40° = rad.
9

Você também pode gostar