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POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS

ACADEMIA DE POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS

PEDOFILIA:
DEFINIÇÕES E PROTEÇÃO
POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS
ACADEMIA DE POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS

PEDOFILIA:
DEFINIÇÕES E PROTEÇÃO

Administração: Dra. Cinara Maria Moreira Liberal


Belo Horizonte – 2020
PEDOFILIA:
DEFINIÇÕES E PROTEÇÃO

Coordenação Geral
Dra. Cinara Maria Moreira Liberal

Subcoordenação Geral
Dr. Marcelo Carvalho Ferreira

Coordenação Didático-Pedagógica
Rita Rosa Nobre Mizerani

Coordenação Técnica
Dr. Helbert Alexandre do Carmo

Conteudista:
Dr. Guilherme da Costa Oliveira Santos
Dra. Isabela Franca Oliveira
Larissa Dias Paranhos

Produção do Material:
Polícia Civil de Minas Gerais

Revisão e Edição:
Divisão Psicopedagógica – Academia de Polícia Civil de Minas Gerais

Reprodução Proibida
SUMÁRIO

1 A VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES ................... 3

2 CRIMES SEXUAIS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES ........................... 7


2.1 Crimes previstos no Código Penal Brasileiro ...................................... 7
2.2 Crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente ............ 11
2.3 As redes de exploração sexual de crianças e adolescentes ............ 14

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 16
1 A VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

A violência contra crianças e adolescentes é um fenômeno que sempre esteve


presente na história da humanidade, havendo relatos de abandono, mutilação genital,
bárbaras punições, imposição de casamento a crianças do sexo feminino, iniciação
sexual por parentes, oferecimento de crianças virgens em rituais de magia negra, e
outras formas de violência contra menores (PACHECO; CABRAL, 2013).
Apesar de integrarem um grupo assinalado por sua vulnerabilidade, haja vista
constituírem pessoas em pleno estágio de desenvolvimento físico, mental, moral,
espiritual e social, por muito tempo, essa situação foi ignorada e nenhum mecanismo
de proteção foi criado para superar ou, ao menos, minimizar essa fragilidade de
crianças e adolescentes, ainda que de forma parcial.
Certamente, os atos de violência praticados contra o público infantojuvenil,
isto é, a criança, que, de acordo com o art. 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), é a pessoa até 12 anos de idade
incompletos, e o adolescente (aquele entre 12
e 18 anos de idade), devem ser rechaçados e
punidos com mais eficácia do que os demais e,
neste contexto, a violência sexual em todas as
suas formas merece ainda maior reprimenda.
Acredita-se que a prática da violência sexual contra os meninos e meninas
esteja ligada à própria evolução da sociedade e às suas leis. Em um passado
longínquo, diante da ausência de leis específicas, escassez de informação, baixa
expectativa de vida e aspectos culturais, crianças e adolescentes poderiam estar
intimamente ligados a questões sexuais, mormente praticados entre membros da
própria família (POLASTRO; ELEUTÉRIO, 2016).
Com o desenvolvimento da sociedade e a definição dos direitos humanos, às
crianças e adolescentes foram reconhecidos direitos e garantias, fatores estes que
contribuíram para a evolução da humanidade como um todo. Porém, apesar do
reconhecimento da titularidade de direitos fundamentais, tais como o direito à vida, à
saúde e à dignidade, previstos na Constituição Federal de 1988 (CF/88) e no ECA, a
violência sexual contra crianças e adolescentes ainda é uma realidade.
Em linhas gerais, a violência sexual – que será melhor analisada no próximo
capítulo – consiste em toda atuação (dentro ou fora da família) que constranja o menor
a praticar ou presenciar ato de cunho sexual, incluindo a exposição do corpo em foto
ou vídeo por meio eletrônico. Traduz-se em uma das mais graves violações dos

3
direitos humanos de crianças e adolescentes e “é a mais abjeta, pois submete a
criança a um conjunto de relações e sentimentos para os quais ela não está preparada
[...]” (MPMG, 2010, p. 8). Trata-se de um problema de saúde pública, com altos índices
de prevalência e consequências que podem perdurar por curtos ou longos períodos
das vidas das vítimas e suas famílias (ROVINSKI; PELISOLI, 2020).
Diante deste cenário, para confirmar a importância da luta contra a violência
sexual, a Lei nº 9.970, de 17 de maio de 2000, instituiu o dia 18 de maio como o Dia
Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

No dia 18 de maio de 1973, Araceli Sanches, de 8 anos de idade, foi sequestrada por membros de uma
<
família do Espírito Santo. A menina foi espancada, drogada, violentada e morta pelos criminosos. Seu corpo foi
encontrado desfigurado por ácido, numa mata em Vitória (CHILDFUND BRASIL, 2016).

Para expor e analisar a situação da violência


sexual no Brasil, exatamente no dia 18 de maio deste
ano, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos realizou uma coletiva online, na qual foi
divulgado um balanço sobre as denúncias feitas ao
Disque Direitos Humanos (Disque 100), cujos dados
de 2019 apontaram o registro de 159 mil denúncias,
dos quais 86,8 mil referem-se a violações de direitos
de crianças ou adolescentes, um aumento de, aproximadamente, 14% em relação a
2018. Dentre os registros, identificou-se que as denúncias de violência sexual
corresponderam a 11%, um total de cerca de 17 mil ocorrências (MMFDH, 2020).
Não obstante esses dados apontem a gravidade da situação, os números
revelam, também, que o assunto violência sexual deve ser tratado com cuidado, já
que, muitas vezes, pode ser silenciosa e as denúncias não correspondam à realidade.
A violência sexual sempre foi, tradicionalmente, subnotificada e essa questão,
impõe-nos uma necessária reflexão, sobretudo em virtude do período de quarentena
devido à COVID-19. Inúmeras escolas e creches ainda não estão funcionando e
muitas crianças e adolescentes, que, antes, ficavam praticamente o dia todo fora de
casa, continuam isolados e esta é uma situação que gera bastante preocupação.
Muito embora o isolamento seja uma medida eficaz para evitar a propagação
e letalidade do vírus, acredita-se que os casos de violência sexual contra menores
aumentaram, seja porque muitos desses atos de violência são praticados dentro da

4
própria comunidade e por pessoas conhecidas dos menores ou porque eles passaram
a estar mais tempo online. Somado a isso, o isolamento interrompeu o principal canal
de denúncias utilizado por essas vítimas para relatar os abusos sofridos: o professor.
O professor, de acordo com a diretora-presidente do Instituto Liberta, Luciana
Temer (apud SOUZA, 2020), é um adulto que tem condições de perceber esse tipo
de situação, seja devido a uma marca física, por
mudança no comportamento ou, inclusive, uma
denúncia da própria criança ou adolescente.
Sem ele, hoje, muitas dessas vítimas estão
impossibilitadas de se encontrarem com uma
pessoa de confiança e fora do ambiente familiar.
Neste cenário, além das omissões, tabus e o medo como fatores para que
denúncias de violência sexual não sejam feitas, as vítimas mais novas têm, até
mesmo, dificuldade de compreender que estão sofrendo um abuso.

Quando a escola fala sobre sexualidade, respeitadas as devidas idades, você cria um gatilho para que a
criança conte a própria experiência. Quando a professora explica o que são as partes íntimas, onde pode
pegar, ela se dá conta da violência que está sofrendo (TEMER apud SOUZA, 2020).

Porém, com a limitação das crianças e adolescentes unicamente ao ambiente


doméstico, houve um rompimento no ciclo de parte das denúncias, com o aumento da
subnotificação, e isso pode ser evidenciado a partir de números. A título de exemplo,
em Minas Gerais, os dados apontam uma alarmante redução no número de denúncias
e ocorrências no período da pandemia. Conforme dados do Armazém SIDS_REDS,
no mês de março de 2019, foram registradas 359 ocorrências relacionadas a crimes
de violência contra crianças e adolescentes, ao passo que, em março deste ano, foram
registradas apenas 230, uma redução de quase 36%. A mesma discrepância foi
observada nos meses seguintes, conforme se verifica no gráfico abaixo:

Crianças e adolescentes vítimas de crimes relacionados a violência sexual -


Minas Gerais Janeiro a Julho 2019/2020
500
383 359
400 323 342 350
304 300 271 300
267 268
300 230 235
199
200
100
0
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho
2019 2020

Fonte: Armazém REDS_SIDS

5
Constata-se que, em todos os meses deste ano, os números de denúncias
foram inferiores aos registrados em 2019, mas a diferença é muito superior nos meses
de confinamento. No total, de janeiro a julho de 2019, foram feitos 4.376 registros de
crimes relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes, contra 3.794
registros no mesmo período de 2020. Dentre esses registros, foram comunicados
2.269 estupros de menores nos seis primeiros meses de 2019 e 1.723 em 2020.
Complementando essas informações, em
âmbito nacional, um levantamento feito pela
Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH)
identificou que 73% dos atos de violência sexual
contra o público infantojuvenil ocorrem na casa da
vítima ou do suspeito e a maioria das violações é
praticada pelo próprio pai ou padrasto da criança
ou adolescente; um total de 40% das denúncias
feitas. Em 87% dos registros, o suspeito é do sexo
masculino e, em 62% dos casos, é adulto, com idade entre 25 e 40 anos. As vítimas,
em 46% das denúncias, são adolescentes do sexo feminino, com idades que variam
entre 12 e 17 anos (MMFDH, 2020).

<

Assista ao vídeo da campanha Maio Laranja da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente (SNDCA), publicado no dia 18 de maio deste ano (Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração
Sexual de Crianças e Adolescentes), disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=3qy871LdwJs#action=share>.

Em síntese, pode-se afirmar que a violência sexual contra as crianças e


adolescentes ocorre, muitas vezes, nas sombras, mas ela ainda está presente em
todos as partes do mundo, independentemente da condição econômica do país ou de
seus cidadãos.
Por outro lado, felizmente, apesar de existir desde os tempos mais remotos,
condutas dessa natureza passaram a ser repudiadas e reprimidas pela sociedade
como um todo. Mas, muito ainda precisa ser feito e, para isso, cabe a nós, em um
primeiro momento, conhecer e compreender quais são as condutas que caracterizam
os crimes relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes. É o que se
pretende no segundo capítulo deste curso.

6
2 CRIMES SEXUAIS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

A violência sexual pode ser definida como todo ato ou jogo sexual, de natureza
hetero ou homossexual, em que o agressor possui um estágio de desenvolvimento
psicossexual mais avançado do que o da criança ou adolescente vítima. O objetivo
é estimulá-lo(a) sexualmente ou utilizá-lo(a) para satisfação sexual própria ou de
terceiros. Fundamenta-se em relação de poder e pode abranger carícias, manipulação
dos órgãos sexuais, mama ou ânus, voyeurismo, pornografia, exibicionismo e o
próprio ato sexual com ou sem penetração (SÃO PAULO, 2007).
A legislação brasileira criminaliza várias condutas que configuram a violência
sexual contra menores, podendo ser divididas em abuso sexual e exploração sexual.
O ABUSO SEXUAL infantojuvenil é o ato praticado por aquele que usa o menor
para satisfazer o seu desejo sexual, ou seja, “é qualquer jogo ou relação sexual, ou
mesmo ação de natureza erótica, destinada a buscar o prazer sexual com crianças ou
com adolescentes” (MPMG, 2010, p. 25). Essa violência pode ocorrer dentro ou fora
do âmbito familiar, no ambiente virtual ou fora dele.
Já a EXPLORAÇÃO SEXUAL, segundo a
Lei nº 13.431, de 04 de abril de 2017, art. 4º, III, ‘b’,
é o uso da criança ou adolescente em atividade
sexual para obter lucro, ganhos financeiros ou
outra forma de compensação e pode ocorrer de
modo presencial ou virtual. “Ocorre no contexto da prostituição, pornografia, nas redes
de tráfico e no turismo com motivação sexual” (MMFDH, 2020, p. 5).
Basicamente, a principal diferença reside no fator lucro: enquanto no abuso
sexual utiliza-se da sexualidade da criança ou adolescente com o fim de praticar atos
de natureza sexual, na exploração, almeja-se o lucro a partir da prática desses atos.
Considerando isso, façamos uma breve análise sobre os principais desses
crimes, sejam eles praticados no ambiente virtual ou não.

2.1 Crimes previstos no Código Penal Brasileiro

O Código Penal (CP) trata de alguns crimes relacionados à violência sexual em


que a vítima pode ser uma criança ou um adolescente. O primeiro, que constitui uma
forma de abuso sexual, é o ESTUPRO (CP, art. 213, caput1), o qual é cometido pelo

1
Trata-se do enunciado dos artigos de lei. Quando o artigo possui outros elementos, como parágrafos, alíneas e incisos, ao se referir à parte
inicial do artigo, fala-se em “caput” (IBIAPINA, 2014).

7
homem ou mulher que obriga alguém, mediante
violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal
(introdução do pênis na vagina) ou a praticar ou
permitir que com ele se pratique outro ato
libidinoso (sexo anal, oral, masturbação...). Caso
a vítima tenha menos de 18 anos de idade ou mais
de 14, a punição pode variar entre 8 e 12 anos de prisão. Portanto, considera-se
estupro tanto a situação em que o adulto obriga uma adolescente de 15 anos a com
ele manter relação sexual quanto quando ele a obriga a praticar sexo oral nele, ou
ainda, quando pratica forçadamente sexo oral nela.
Se a vítima for menor de 14 anos, fala-se em ESTUPRO DE VULNERÁVEL2 e
a pena varia entre 8 e 15 anos de prisão. A punição é mais severa se da conduta
resultar lesão corporal de natureza grave (10 a 20 anos) – como, por exemplo,
trazer risco de morte para o menor – ou morte (12 a 30 anos) (CP, art. 217-A).

O ESTUPRO DE VULNERÁVEL caracteriza-se independentemente do consentimento da vítima menor de 14 anos


ou do fato de ela já ter mantido relações sexuais antes do crime ou, ainda, da existência de relacionamento amoroso
com o agente. Portanto, QUALQUER PESSOA (com mais de 18 anos) que pratica a conjunção carnal ou outro ato libidinoso com
menino ou menina com menos de 14 anos comete o crime de estupro de vulnerável. Vide CP, art. 217-A, § 5º; Súmula nº 593 do Superior
Tribunal de Justiça (STJ).

Outro crime que pode ser praticado contra o menor é a IMPORTUNAÇÃO


SEXUAL, que é o praticar contra alguém e sem o seu consentimento ato libidinoso
com o objetivo de satisfazer o próprio prazer sexual ou de terceiro (CP, art. 215-
A). Um exemplo ocorre quando um homem ejacula furtivamente em uma adolescente
de 15 anos dentro de um ônibus. A pena é de 1 a 5 anos de prisão, se o ato não
constitui crime mais grave. Assim, por exemplo, caso haja o uso de violência ou grave
ameaça, estará caracterizado o crime de estupro (e não a importunação sexual). Este
crime não se aplica para vítimas com menos de 14 anos.

Sobre a prática de atos libidinosos diversos da conjunção carnal com menos de 14 anos, o STJ tem mantido
o entendimento no sentido de sempre configurar-se o delito de estupro de vulnerável, independentemente de
violência ou grave ameaça ou de eventual consentimento da vítima. Nesse sentido, é a decisão do STJ no Agravo Regimental no
<

Recurso Especial nº 1830026 RJ 2019/0229370-8, disponível em <https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/860006275/agravo-


regimental-no-recurso-especial-agrg-no-resp-1830026-rj-2019-0229370-8?ref=serp>.

2
Também se considera vulnerável aquele que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato,
ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência (CP, art. 217-A, § 1º). Nesses casos, também há estupro de vulnerável.

8
Também pode ser praticado contra vítima
menor o ASSÉDIO SEXUAL, que é o constranger
(criar situação constrangedora, importunar) alguém
para obter vantagem ou favorecimento sexual,
prevalecendo-se o agente da condição de superior
hierárquico (chefe) ou ascendência inerentes ao
emprego, cargo ou função. Nestes casos, a pena varia de 1 a 2 anos quando a
vítima é adulta e é aumentada em até 1/3 se a vítima for menor de 18 (CP, art. 216-A).
Também viola a dignidade sexual de crianças e adolescentes a CORRUPÇÃO
DE MENORES, que ocorre quando o homem ou a mulher “induzir alguém menor de
14 anos a satisfazer a lascívia (prazer sexual) de outrem” (CP, art. 218). A pena
varia de 2 a 5 anos de prisão. Neste crime, o autor convence a vítima a satisfazer
o desejo sexual de um terceiro. É o crime praticado pelos mediadores e daqueles
que se aproveitam, em geral, da prostituição ou degradação moral.

Assim, por exemplo, poderia o agente induzir a vítima a fazer um ensaio fotográfico,
completamente nua, ou mesmo tomar banho na presença de alguém, ou
simplesmente ficar deitada, sem roupas, fazer danças eróticas, seminua, com
roupas minúsculas, fazer streap-tease etc., pois essas cenas satisfazem a lascívia
de alguém [...] (GRECO, 2018a, p. 105).

Para configurar esse crime, a vítima menor


de 14 anos não pode ser submetida à conjunção carnal ou à prática de qualquer
outro ato libidinoso, pois, neste caso, haverá o estupro de vulnerável (e não a
corrupção de menores).
Também é abuso sexual contra o público infantojuvenil a SATISFAÇÃO DE
LASCÍVIA MEDIANTE PRESENÇA DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE, que consiste
em “praticar, na presença de alguém menor de 14 anos, ou induzi-lo a presenciar,
conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de
outrem” (CP, 218-A). A pena é de 2 a 4 anos. Aqui,
o menor não pratica atos de natureza sexual, mas a
sua presença representa uma fonte de prazer sexual
para terceiros. Um exemplo ocorre quando dois
adultos mantêm relações sexuais na frente de uma
criança e veem nisso uma fonte de prazer sexual.
Além dos crimes que constituem abuso sexual, o Código Penal também trata
de condutas que configuram a exploração sexual. Um deles é o FAVORECIMENTO
DA PROSTITUIÇÃO OU DE OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE

9
CRIANÇA OU ADOLESCENTE OU DE VULNERÁVEL (CP, art. 218-B), que consiste
em submeter, atrair ou induzir à prostituição ou outra forma de exploração sexual
qualquer menor3. Também pratica o crime, quem facilita a prostituição ou outra
forma de exploração e aquele que impede ou dificulta que o menor abandone tais
práticas. É autor do crime, ainda, aquele que pratica a conjunção carnal ou outro
ato libidinoso com adolescente prostituído com
idade entre 18 e 14 anos e o proprietário, gerente ou
responsável pelo local em que se verifiquem essas
práticas. A pena varia entre 4 e 10 anos de prisão e
se o crime tiver por fito a obtenção de vantagem
econômica, o agente também deve pagar multa.

Em TODOS os crimes analisados neste capítulo, o autor pode ser um HOMEM ou uma MULHER, assim como
a vítima pode ser uma criança ou adolescente do sexo masculino ou feminino. No mesmo sentido, o crime
pode ocorrer em relação hetero ou homossexual (homem com homem e mulher com mulher).
<

Além disso, TODOS esses crimes têm a pena AUMENTADA se o crime é praticado com a participação (concurso) de duas ou mais
pessoas ou, ainda, se o autor é ascendente (pai ou mãe, avô ou avó...), padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro,
tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela (CP, art. 226, II). A
pena para TODOS esses crimes também é AUMENTADA se do crime resultar gravidez ou se o agente transmitir à vítima doença
sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador [...] (CP, art. 234-A).

Por fim, há o RUFIANISMO, que ocorre quando alguém “tirar proveito da


prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se
sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça” (CP, art. 230). Se a vítima for
menor de 18 e maior de 14 anos, a punição varia de 3 a 6 anos de prisão e multa.

Na PROSTITUIÇÃO, os atos sexuais são negociados em troca de pagamentos, que pode incluir, além do
dinheiro, necessidades básicas (alimentação, vestuário, abrigo) ou o consumo de bens e serviços (hotéis,
restaurantes, bares, shoppings, butiques, diversão). Trata-se de prática pública, visível (ou não) ou semiclandestina, utilizada
<

amplamente e justificada como necessidade da sexualidade humana, principalmente a masculina [...].


A prostituição tem várias formas – garotas(os) de programa, em bordeis, de rua, em estradas –, serviços e preços. Levantamentos
apontam que os menores, em geral, na prostituição de rua (cidades, portos, estradas, articulada com o turismo sexual e o tráfico para
fins sexuais), ou em bordéis (na Região Norte em situação de escravidão). Muitos são moradores de rua, tendo vivido situações de
violência física ou sexual e/ou de extrema pobreza e exclusão, de ambos os sexos, pouco ou não escolarizados. Trata-se de trabalho
extremamente perigoso e aviltante, sujeito a todo o tipo de violência, repressão policial e discriminação, pelos quais crianças e
adolescentes não escolhem, mas são a ele levados pelas condições e trajetórias da vida, induzidos por adultos, por suas carências e
imaturidade emocional, bem como pelos apelos da sociedade do consumo. Neste sentido, não são trabalhadores do sexo, mas
prostituídos, abusados e explorados sexualmente, economicamente e emocionalmente (FALEIROS, 2004, p. 78-79 apud GRECO, 2018a).

3
Também é vítima desse crime a pessoa que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato
(CP, art. 218-B, caput).

10
2.2 Crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente

Tratando-se do ECA, os crimes relacionados à pornografia infantojuvenil estão


previstos nos arts. 240 a 241-E e, neste contexto, é forçoso destacar que as várias
formas de violência sexual contra crianças e adolescentes têm crescido de forma
assustadora e desenfreada nas últimas décadas, sobretudo devido ao fácil acesso à
internet, à modernização dos meios de comunicação e à variedade de equipamentos
e mecanismos para captura de imagens e vídeos criados, tais como os smartphones,
as câmeras fotográficas e as filmadoras. Todos esses fatores têm facilitado, cada vez
mais, a obtenção de fotos e vídeos relacionados à pornografia infantojuvenil.
É certo que a internet faz parte do nosso cotidiano e nos proporciona inúmeros
benefícios, que vão desde o lazer, o entretenimento, a comodidade de fazer compras
e contratar serviços sem sair de casa, a facilidade de realizar operações financeiras
através de um simples celular, a busca de informações, os estudos, etc. Contudo, a
internet também, devido à (falsa) sensação de
anonimato, tornou-se um ambiente fértil para a
prática de muitos delitos (especialmente durante
a pandemia do COVID-19) e, neste cenário, os
crimes relacionados ao abuso e à exploração
sexual de crianças e adolescentes também
ganhou um infeliz destaque. A internet não é um universo sem lei e, por isso, as ações
que violam direitos e são praticadas nesse ambiente também estão sujeitas às
devidas sanções para garantir a máxima efetividade da dignidade humana, incluindo
aí a dignidade sexual de crianças e adolescentes.
Assim, um dos crimes previstos no ECA (art. 240, caput) é a PRODUÇÃO DE
PORNOGRAFIA INFANTOJUVENIL, que consiste em produzir, reproduzir, dirigir,
fotografar, filmar ou registrar cenas de sexo explícito ou pornográfica4 envolvendo
crianças e adolescentes com o objetivo de satisfazer o próprio agressor ou para
comercialização. A pena é de 4 a 8 anos de
prisão e multa, punição esta que também se
aplica a quem agencia, facilita, recruta, coage
ou intermedeia a participação de menores em
cenas de sexo explícito ou pornográfica, ou
ainda quem com eles contracena.

4
Cena de sexo explícito ou pornográfica é, segundo o art. 241-E do ECA, “qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades
sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais”.

11
Também é crime a VENDA DE PORNOGRAFIA INFANTOJUVENIL (ECA, art.
241), incluindo a comercialização e exposição à venda de fotografias, vídeos ou outros
registros que contenham cenas de sexo explícito ou pornográfica envolvendo
criança ou adolescente. A pena é de prisão de 4 a 8 anos e multa.
Outro crime é a DIVULGAÇÃO DE PORNOGRAFIA INFANTOJUVENIL (ECA,
art. 241-A), praticada por quem oferecer, trocar, transmitir, distribuir, publicar ou
divulgar imagens, vídeos ou outro registro contendo
cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo
menores por qualquer meio, inclusive por meio de
sistema de informática ou telemático. A pena é de
3 a 6 anos de prisão e multa, que será igualmente
imposta àquele que garante os meios ou serviços
para que se proceda ao armazenamento desse conteúdo e/ou assegura o acesso
a ele pela internet.

Divulgar conteúdos contendo cenas de sexo explícito ou pornográficas envolvendo crianças e adolescentes,
ainda que acompanhados de mensagens pedindo ajuda para identificar e localizar os agressores, é CRIME.
Se você compartilha, está ajudando ainda mais a perpetuar essa prática criminosa, além de prolongar o sofrimento de meninos e
meninas e violar os seus direitos fundamentais e à dignidade. Além disso, você pode ser responsabilizado criminalmente por isso.

Também ocorre a violência sexual contra menores quando há a POSSE DE


PORNOGRAFIA INFANTOJUVENIL, que se materializa
no adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio,
fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha
cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo
criança ou adolescente (ECA, art. 241-B). A pena varia
de 1 a 4 anos de prisão e multa.

Manter em smartphones e outros dispositivos fotos e vídeos com cenas de sexo explícito ou pornográficas
envolvendo crianças e adolescentes é o mesmo que armazenar ou possuir e constitui a POSSE DE PORNOGRAFIA
INFANTOJUVENIL. Se algum amigo, parente, conhecido ou até desconhecido envia-lhe materiais dessa natureza para demonstrar sua
indignação ou, até mesmo, com o objetivo tentar ajudar a identificar e localizar os criminosos, apague imediatamente e avise-o(a) de
que esta conduta também configura uma forma de violência sexual (o crime de DIVULGAÇÃO DE PORNOGRAFIA INFANTOJUVENIL). Se
você armazena, também, pratica crime e pode ser responsabilizado por isso.

Ainda em relação à exploração sexual de crianças e adolescentes, pode-se


citar a PRODUÇÃO DE PORNOGRAFIA INFANTOJUVENIL SIMULADA. Trata-se

12
da montagem, isto é, a conduta de “simular a participação de criança ou adolescente
em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem
ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual”
(ECA, art. 241-C). A pena é de 1 a 3 anos de prisão e multa.

Para caracterizar esse crime, não é necessário que o fato ilustrado tenha ocorrido na vida real, pois mesmo
que seja por intermédio de montagem ou edição de imagens há o cometimento do crime previsto no art. 241-C do
ECA. O principal objetivo do legislador é desestimular a produção desse tipo de imagem, de forma a não influenciar outras pessoas a
buscarem esse tipo de conteúdo (POLASTRO; ELEUTÉRIO, 2016, p. 255).

Igualmente ligado à pornografia infantojuvenil praticada no ambiente virtual


está o ALICIAMENTO DE CRIANÇAS, que consiste em “aliciar, assediar, instigar ou
constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela
praticar ato libidinoso” (ECA, art. 241-D). As
punições para este crime são a pena de 1 a 3 anos
de prisão e a multa, que também são aplicadas a
quem facilita ou induz o acesso da criança a
material pornográfico objetivando com ela
praticar ato libidinoso (ECA, art. 241-D, § 1º, I). Um
exemplo ocorre na situação em que o adulto mostra a pornografia para a criança com
a intenção de despertar nela o interesse sexual e, depois, praticarem atos libidinosos.
Também caracteriza esse crime praticar o aliciamento com o intuito de induzir
a criança a se exibir de forma pornográfica ou sexualmente explícita (ECA, art.
241-D, § 1º, II). É o caso, por exemplo, do criminoso que pede à criança que se exiba
nua ou seminua ou, ainda, em poses eróticas diante de uma webcam (câmera de
internet), ou pessoalmente (MPMG, 2010, p. 19).
O aliciamento de crianças consubstancia-se na conduta conhecida como Child
Grooming, isto é, o assédio sexual pela internet, que se desenvolve através de
“contatos assíduos e regulares desenvolvidos ao longo do tempo e que pode envolver
a lisonja, a simpatia, a oferta de presentes, dinheiro ou supostos trabalhos de modelo,
mas também a chantagem e a intimidação” (MPMG, 2010, p. 19).

É crime a conduta de convidar ou “cantar” uma criança para com ela manter uma relação libidinosa (sexo,
beijos, carícias, etc.). Esse tipo de assédio é muito comum na internet, em salas de bate-papo (chats) ou redes sociais
(Facebook, Instagram, WhatsApp, Telegram, MySpace, entre outros).

13
Por fim, constitui uma forma de violência sexual
a SUBMISSÃO DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE À
PROSTITUIÇÃO OU EXPLORAÇÃO SEXUAL, que é
o “submeter criança ou adolescente à prostituição ou
à exploração sexual (ECA, art. 244-A). A pena é de 4
a 10 anos de prisão e multa, bem como a perda de
bens e valores empregados na prática criminosa em
benefício do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente do respectivo Estado ou
Distrito Federal em que foi praticado o crime, ressalvado o direito de terceiro de boa-
fé. Essas mesmas penas são aplicadas em relação ao proprietário, gerente ou
responsável pelo estabelecimento em que se constate a submissão de criança ou
adolescente às práticas de prostituição ou à exploração sexual. Um efeito
obrigatório da condenação é a cassação da licença de localização e funcionamento
do estabelecimento acima referido (ECA, art. 244-A, §§ 1º e 2º).

Muitas pessoas acreditam que a violência sexual somente acontece quando há contato físico com as crianças e
adolescentes. Contudo, neste capítulo, foi possível perceber que ela ocorre de muitas formas, inclusive quando não
há esse contato. Veja o que pode ser considerado violência sexual:
<

 Forçar ou encorajar a criança a tocar um adulto de modo a satisfazer o seu desejo sexual;
 Fazer ou tentar fazer a criança se envolver em ato sexual;
 Forçar ou encorajar a criança a se envolver em atividades sexuais com outras crianças ou adultos;
 Expor a criança a ato sexual ou exibições com o propósito de estimulação ou gratificação sexual;
 Usar a criança em apresentação sexual como fotografia, brincadeira, filmagem ou dança;
 Tocar a boca, genitais, bumbum, seios ou outras partes íntimas de uma criança com objetivo de satisfação dos desejos;
 Espiar ou olhar a criança se despindo, em momentos íntimos, tomando banho, usando o banheiro, com objetivo de satisfação sexual;
 Mostrar material pornográfico;
 Assediar a criança, fazer comentários erotizados sobre o corpo dela, fazer propostas sexuais, enviar mensagens obscenas por
telefone, bate-papo e outras ferramentas sociais de internet (ARCARI, 2016).

2.3 As redes de exploração sexual de crianças e adolescentes

Hoje, muito se enganam aqueles que acreditam que os casos de abuso sexual
infantojuvenil são sempre independentes e isolados entre si. Na verdade, muitos
criminosos têm o único objetivo de auferir lucros com a exploração sexual de menores.
Em diversas situações, os envolvidos não abusam das crianças e adolescentes, mas
integram organizações que ganham dinheiro com conteúdos dessa natureza. São as
chamadas “Redes de Exploração Sexual”, formadas por grupos de usuários e/ou
organizações que realizam a venda e troca de materiais relacionados ao abuso sexual
de menores. As ações criminosas não se limitam à manipulação de fotos e vídeos

14
contendo cenas de abuso sexual,
extrapolando, muitas vezes, até mesmo, para
a realização de videoconferências com abusos
de crianças e adolescentes em tempo real,
intermediação e venda de “encontros” com os
menores e agenciamento de pacotes de
turismo sexual com eles. Afora as situações de
violência sexual, os crimes podem ter relação com o trabalho escravo, o sequestro, o
constrangimento ilegal e a lavagem de dinheiro (POLASTRO; ELEUTÉRIO, 2016).
Além desses criminosos (que visam lucro com a violência sexual), há outros
que não fazem parte de negócios tampouco lucram com essa atividade. O objetivo
deles é usufruir do fácil acesso proporcionado pela tecnologia para obter materiais de
conteúdo pornográfico envolvendo menores para satisfazer os seus desejos sexuais.

Usuários que inicialmente buscam por fotos e vídeos de pornografia infantojuvenil na internet e sentem
prazer ao ver as cenas contidas nesses materiais são potenciais abusadores que, assim que tiverem a
oportunidade, poderão tentar abusar pessoalmente de crianças e/ou adolescentes. Tais pessoas são
diferentes de curiosos, que eventualmente já tiveram algum contato com esse tipo de conteúdo e não se
interessam em obter mais arquivos dessa natureza (POLASTRO; ELEUTÉRIO, 2016, p. 252).

Em 1997, ocorreu a famosa operação “Cathedral”, que ilustra com bastante clareza a utilização da
pornografia infantojuvenil como negócio. No caso, que ocorreu na Califórnia, uma menina de 8 anos ficou
sozinha com o pai de uma amiga de mesma idade, que registrou e transmitiu as cenas de abuso sexual através de uma webcam “ao
<

vivo” para centenas de usuários conectados em um site. O abusador recebia em tempo real sugestões dos usuários para fazer
determinadas ações com a vítima. Posteriormente, o material gravado era vendido em site especializado, gerando lucros aos envolvidos
no negócio. Um desmembramento dessa operação, em 1998, desmascarou o “Wonderland Club”, que comercializava esse tipo de
conteúdo com pelo menos 1.200 crianças abusadas. Mais de 100 pessoas em diversos países foram presas, devido à ligação com o
esquema, que envolvia o sequestro de crianças para produção dos materiais, entre outros crimes (POLASTRO; ELEUTÉRIO, 2016, p. 252).
Também sobre as “Redes de exploração sexual”, veja a decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em 02 de abril de
2019, na Apelação Criminal nº 0011226-49.2015.4.01.3900, referente à prática de estupro de vulneráveis e corrupção de menores.
De acordo com um trecho da decisão, as provas juntadas ao processo incluem laudos periciais, fotos, vídeos e diálogos de WhatsApp,
que comprovam a prática de conjunção carnal e atos libidinosos entre o autor e crianças e adolescentes menores de 14 anos, em cenas
pornográficas e de sexo explícito. As filmagens e fotos estariam aptas para venda ou troca no mercado da pedofilia. Disponível em:
<https://trf-1.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/890403553/apelacao-criminal-acr-apr-112264920154013900/ementa-890403628?ref=juris-tabs>.

Como se vê, várias são as condutas que configuram os crimes de violência


sexual contra crianças e adolescentes, para cuja prática o menor, nem sempre precisa
sofrer algum tipo de violência física ou ameaça, ou ser submetido a conjunção carnal
ou qualquer ato libidinoso. A simples montagem, assim como a divulgação, posse e
armazenamento de conteúdo caracterizam condutas criminosas, que devem ser
duramente reprimidas. É neste contexto que figuram os chamados pedófilos, sobre os
quais se abordará no próximo capítulo.

15
REFERÊNCIAS

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