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Segue o gabarito dos Casos Concretos de 1 a 5:

CASO CONCRETO 1:

1- Com relação à produção escrita (laudos ou pareceres) elaborada pelos psicólogos no

universo do judiciário é correto afirmar que:

a. Essa produção deve apontar, conclusivamente, uma alternativa de encaminhamento à

demanda solicitada.

( )certo ( ) errado (EU ANULARIA ESSA QUESTÃO, POR COMPORTAR DUPLA INTERPRETAÇÂO E

SER POLÊMICA DEMAIS PARA UMA MÚLTIPLA ESCOLHA)

b. Essa produção deve considerar os discursos e as percepções do demandado.

(X) certo ( ) errado

2- Sabemos que vários conhecimentos da Psicologia, com frequência, são utilizados pelo senso
comum.

A partir das alternativas abaixo, marque aquela que melhor descreve a apropriação que o
senso comum

faz do conhecimento da Psicologia.

a- Esse menino é muito triste

b- Aquela senhora está preocupada.

c- A mulher gritava de forma histérica. (É essa!)

d- A criança não estava satisfeita com o brinquedo

e- O homem parecia gostar de seu trabalho

3- Sicrana conversava com Fulana sobre os pro gressos que estava fazendo em seu
tratamento

psicoterápico:

- Você não imagina, Fulana, como me sinto bem quando vou para a terapia.

- Por que você se sente tão bem ? Eu acho que fazer te rapia é o mesmo que c onversar
com um amigo.

Qual a diferença, Sicrana?

- A diferença, Fulana, é que o terapeuta adivinha o que você sente e um amigo,


quas e sempre, só

escuta como você se sente.


Os psicólogos adivinham os que os outros pensam? Analise o caso c oncreto e construa s
ua resposta a

partir do que foi aprendido sobre Psicologia e Senso Comum.

Não. Psicólogo não a divinha o que os outros pensam. Ele apenas entende um pouco
mais so bre o

comportamento e a mente humana, pelos estudos que faz, e compreende linguagens não
verbais, como a

corporal, por exemplo.

OU

O Sr. X e a Srª . Y viviam s ob união estável e des sa união tiveram uma filha, hoje com 4
anos de idade.

Quando a c riança estava com um ano de idade houve a separação d o casal e a criança
permaneceu sob

os cuidados ma ternos. Quando ocorreu a separação fico u acordado que a criança visitaria o
pai a os finais

de semana, quinzenalmente, e qu e esse pagaria pensão alimentícia. A Srª. Y ing ressou


com o pedido de

pensão alimentícia porque o genito r não estava cumprindo com o acordo. O pai, em
contrapartida,

solicitou a guarda judicial d a filha alegando maus-tra tos infringidos pela genitora.
Devido à circunstancia

alegada, situ ação de risco , foi solicitada, pelo advogado d o genitor, au diência especial, q ue
foi concedida.

Na referida audiência, devido à s alegações apresentadas, o juiz deferiu a guarda ao


genitor. A sentença

determinava que a genitora deveria visitar a c riança na residência paterna de quinze


em quinze di as,

sendo monitorada. Ao s aber da decisão judicial a genitora se descontrolou, manifestando


co mportamento

incompatível com o Judiciário. O c aso foi encaminhado à eq uipe técnica com o


objetivo de s e realizar

estudo psicossocial. De posse do procedimento, ouvida a g enitora e com base em visita


domiciliar, ficou

evidente que a criança não estava em situação de risco. Desse m odo, a equipe
procurou o juiz
solicitando, com base nas teorias p sicológicas, que a criança não tivesse os vínculos
com a genitora

abruptamente rompidos, o que poderia trazer d anos psicológicos para a criança. O juiz
s olicitou a

manifestação do Ministério Público. Segundo o MP a mãe não teria condição de


permanecer com a

criança por ser “desequilibrada”, “insana”, comportamento que foi observado em


audiência. A equipe,

mais uma vez partindo dos pressupostos da Psicologia, descreveu as poss íveis
consequência s da

separação entre mãe e filha . Faça uma analise do caso acima m encionado, demonstrando
onde, no texto,

fica clara a diferença entre a Ps icologia Científica, de um lado, e a apropriação de


conceitos dessa

Ciência pela “psicologia” do senso comum.

Juiz e Promotor chegaram a conclusões sobre o eq uilíbrio emocional e a sanidade


mental da sra. Y a

partir de uma simples observação do c omportamento dela durante uma audiência,


quando ela teve

conhecimento de uma d ecisão pela q ual perderia a guarda da filha, por motivos que não
correspondiam à

verdade. Eles julgaram isso por um recorte de um momento qu e foi di fícil para ela. Os
psicólogos us aram

técnicas, recursos e estratégias c ientíficos para fazer uma avaliação mais profunda da sua
personalidade,

e conseguem, por isso, ter uma ideia mais precisa de seu fu ncionamento psíquico e da
relação dela com

a filha, podendo avaliar melhor os benefícios ou danos que essa convivência traz à criança.
CASO CONCRET O 2

1- De acordo com a matriz sócio -histórica da Psico logia, é corret o afirm ar com relação ao

sujeito:

a. a hist ória de vida do indi víduo não é importante n a c onstrução de sua singulari
dade.

b. as experiências da pr im eira infância são decisivas na form ação da identidade do

indivíduo.

c. o indivídu o é um ser social em constante interação c om as relações sociais,

econômicas e políticas. (É es sa!)

d. na constituição do sujeito não h á articu lação entre dimensões pessoais e coletivas.

e. nenhuma das respost as acim a.

2- No que tange à atuação do psicólo go, no contexto p risional, analise as af irmativas abaixo:

a. O profissional de Psicologia que atua n o sistema pri sional deve entender a com plexidade

das questões relacionad as ao encarc eramento e prom over a construção da cidadania em

detrimento da prim azia da segurança e da vingança s ocial.

(X ) certo ( ) errado

b. Em caso de períc ias psicológicas de proc essos pen ais, o estudo do delito é se cundário,

sendo o indivíduo qu e cometeu o delito o foco principal.

(X ) certo ( ) errado

3 - A perspectiva s ócio-histórica da Psicologia enten de o ser hum ano com o produto e


produtor

da realidade social. El a propõe que o fenôm eno psicológico seja entendido a parti r de uma

abordagem dialét ica caracteri zada por uma análise pr ocessual, explicati va e histórica .

Proponha um a situação em que a ati vidade profissiona l do psicólogo jurídico contribua par a

transformaç ões na realidade dos indivídu os.

Qualquer situação, im aginada pelo aluno, em que a pess oa perceba em s i comportam entos

que foram aprendidos e, alterand o-os, pro voque mudanças em seu entorno.

OU
3- Ana Lúcia foi casa da com Joaquim durante 13 anos, juntos ti veram dois filhos: T hiago(10

anos) e Beatrice (8 anos) . O casal se conheceu na adolescência, t inham um a relação bastante

afetiva marc ada por muita cum plicidade e com unhão de vidas. Muit as foram as conquistas

afetivas e de cresc imento m útuo: viajaram juntos, gostavam de ler Raduam Nassar, ouvir Am
y

W innehouse, adoravam Dorival Ca ymmi e curtiam blues das antigas. De ntre as m uitas

conquistas juntos, com praram um am plo apartamento em um bairro confortável de sua ci


dade,

assim como econom izaram em pequenos luxos para obtençã o da confortável cas a de praia
em

que as crianças podiam correr pelo quintal com pés des calços e plantar e horti nha com
alfaces

e salsa. Todavia, após o nascim ento de Beatrice, Ana Lúcia pediu demiss ão do emprego e

ficou em c asa para dedicar -se aos filhos, gosta va da m aternagem e queria acompanhar c ada

detalhe do desenvol vimento das crianças, isso a deixava absurdam ente feliz. E vendo a

felicidade e bem estar de seus f ilhos, Joaquim , mesmo sem poder manter as despesas da

casa, foi um entusiasta da nova situação. J oaquim, em função de uma m aior


responsabilidade

com as despesas da casa foi trabalhar n uma outra em presa que tom ava-l he muito tem po e

dedicação. Não era um trabalho criati vo e nem tão po uco era uma ativ idade que ele gostava
de

exercer, m as o fazia já que havia ga nhos financeiros m aiores que o em prego anterior. Nos
três

últimos anos de casam ento, Joaqu im manteve -se frio e dist ante de Ana L úcia sem nenhum

motivo aparente. Ao perguntar o m otivo da mudança de comportam ento, Joaquim dizia


que

precisava trabalhar m uito para m anter o padrão de vid a da família e não ti nha “cabeça” para

afetos e/ou sexo. Est e últim o era feito de maneira mecân ica e s em a magia de o utrora. Em

conversas com amigas, estas diziam que se tratava de um com portamento normal advindo
do

cansaço, da presença dos filhos e da idade d os homens. Ana Lúci a sentia -se cu lpada por

gastar demais e por ter p arado de tra balhar e ao perc eber o cansaço e olhe iras de seu m
arido

se consum ia emocionalmente. T entava estimular sexualm ente seu m arido, assim como

buscava agradar- lhe de todas as formas m as não lograva êxito. A esposa buscou ajuda em
psicoterapias, centro es pírita e até cartom antes e nada consegu iu mudar o com portamento
fr io

que Joaquim estabelecia com sua esposa. Não conse guindo suportar a p ermanência daqu
ele

tão frio tratam ento, Ana Lúcia, m esmo apaixonada por seu marido, procurou uma advogada
de

sua confiança e entrou co m o pedido de divórcio. An a Lúcia acreditava que tinha sido a gra
nde

culpada do fracass o do seu casam ento, sofria com a saudade que seus filhos s entiam do pai
e

nos dias que Joaquim levava as crianças p ara a visita na casa da avó paterna, após a saída

das crianças, Ana Lúci a chorava quiet a e sozinha no sof á da sala. Em função desta silenciosa

culpa e com paixão com o cansaço d e Joaquim, Ana L úcia deixou a casa de praia integralm
ente

com Joaquim ( a casa passou a pertencer s omente a Joaqu im), enquanto o ap artam ent o
que

ambos adquiriram foi dividido e mantinha -se no n ome dos do is. Após a separaçã o, com as

crianças m aiores, Ana Lúcia retorn ou ao merc ado de trabalho e por ter um a formação

acadêmica m elhor que Joaquim , conseguiu uma boa colocação num a grande e poderosa

empres a na área de telecom unicações. A remuneração de An a Lúcia era tão b oa que


mantinha

oitenta por cento das nec essidades das cr ianças. Enquanto J oaquim m antinha -se no em
prego

que trabalhava antes da se paração e, por v ezes, fazia “bicos” nos f inais de s em ana já que o

mesmo dizia se esforç ar para acom panhar o padrão d e vida que as crianças sempre tiveram .

Esses com portamentos de Joaquim emocionavam Ana Lúcia que m esmo divorciada via em

Joaquim um grande e afetuoso hom em. Aos olhos d e todos os amigos e dos fam iliares, foi
Ana

Lúcia que teve o desejo inicial da separaç ão, já que foi ela que deu o ponta pé in icial para

feitura do divórcio. Entretanto Ana Lúcia am argava um a rejeição enorm e e um constante


sentimento de tristeza. Pensou por divers as vezes busc ar uma ps icoterapia mas foi

desestimulada pelas am igas que di ziam que o bom da vida está num passeio ao shopping e

numa bela cirurgia p lástica. Objetivando san ar esta tristeza, sentim ento de rejeição e b aixa

autoestima, Ana Lúci a colocou silicone nos seios e deu iníc io a uma série de trei namento de

condicionamento fís ico na academ ia de ginástica próx ima a sua casa. A proveitou e contratou

um personal para f acilitar o ganho de m assa m uscular. Ana Lúcia deu iníc io a relações
sexuais

com o seu personal m as não conse guia se apaixonar pelo mesm o já que mantinha -se

afetivamente ligada a o ex- marido. Logo após a separação, teve um a noite de se xo bastante

feliz com um ex-namorado e sent iu tanta culpa que es ta foi a mola propulsora p ara dar

integralmente a cas a de praia para Joaquim . Dois anos após o divórcio, Ana Lúci a soube que

Joaquim es tava vivendo maritalm ente com uma mulher quinze anos m ais jovem que ele e
que

juntos já tinham um filho de quatro an os, cujo nom e era Joaquim J únior. Ao saber, Ana Lúc
ia

ligou imediatam ente para sua a dvogada e pediu qu e fosse revista a pensã o de alim entos
assim

como deu início a um a série de com portamentos que dif icultaram a m anutenção do contato

entre Joaquim e os filhos nascidos do cas amento com Ana Lúcia. Em seguida, entrou num

estado depress ivo grave em que ficou catatônica em sua cam a, sem conseguir com er ou

levantar da cam a. A partir do caso concreto ac ima desc rito, em sua opinião, qua l a interface
da

Psicologia com o Discurso Jurídico?

A Psicologia Juríd ica possibilitará que o oper ador do Direito tenh a uma visão m ais ampla e
um

entendimento m ais profundo sobre as questões subjeti vas e as m otivações do casal,


podendo,

assim, aplicar a norm a jurídica (desen volver o discurs o jurídico) de form a mais adequada

CASO CONCRET O 3
1- Marque a resposta corr eta:

A Psicologia do Dese nvolvim ento tem como objetivo:

a. Estudar o desenvol vimento do ser hum ano apenas inserido em seu context o social.

b. Estudar o desenvol vimento do ser hum ano apenas quanto ao seu intelecto e aspe c tos

afetivoemocional.

c. Estudar o desen volvimento do ser hum ano em todos os seus aspectos: físicom otor,

intelectual, afetivoem ocional e social desd e o nascimento até a velhice. (É essa)

d. Estudar o desenvol vimento do ser hum ano apenas quanto ao seu aspe c to intelectual e a

construção de seu co nhecimento desde a infânci a até a vida ad ulta.

e. Estudar o desenvol vimento do ser hum ano e sua personalid ade na infância.

2- Analise os itens a seguir, relati vos à Psicologia do d esenvolvimento.

a. Segundo os estud os do desenvolvim ento humano, o am biente tem mais influênc ia no

desenvolvim ento de um indivíduo do que a hereditar iedade.

( ) Certa (X ) Errada

b. A psicologia do des envolvimento restri nge seus estudos aos proc essos de m udança no

comportam ento humano no decorr er da infância e da adolescência.

( ) Certa (X ) Errada

3 - "Realit y Shows" podem ser c onsiderados um fenômeno televisivo internac ional.

Hipoteticam ente, um pesquisador interessado em investigar possíveis f atores associados ao

fato de as pessoas ass istirem a esses program as realizou um estudo no qua l verificou que,
na

audiência de "realit y shows", predom inam pessoas com idade entre 15 e 25 a nos. Em vista

disso, fundamentado n os estudos de as teorias do des envolvimento, reali zados nesta aula,

apresente uma hipótes e que forneça um a possível inte rpretação do resulta do obtido nesse

estudo (Adaptação E NADE 2000)

A adolescência é um a fase de busc a por novas referênc ias e de teste aos noss os limites.

Essas características podem ser relacionadas à grande au diência de realit y shows nessa fase.

OU
Doutrina da Proteç ão Integral, presente no artigo 227 da Re pública Fed erativa do Bras
il, nos

fala de um a integralidade da proteção d e crianças e adolescentes e sua peculi ar


condição d e

sujeitos em desenvolv imento. Dito de outra m aneira, se faz necessário a garantia do

desenvolvim ento BIOP SICOSSOCIAL de crianç as e adolescentes, já que o cuidado assum


e

um valor jurídico. A partir d estes pressupostos , leia o s eguinte cas o concreto e


respond a o qu e

se pede: Luiz e Raquel s ão cas ados. Luiz era cam inhoneiro, autô nom o e num ac
idente ficou

tetraplégico. Raquel precis ou manter a sua casa, já que a pensã o recebida em f unção
do

acidente do m arido não consegue manter os m uitos tratam entos de Luiz e nem as

necessidades d a fam ília. Na época do acidente de se u marido, am bo s tinham um


bebê de três

meses de vida ( Pedro). Raquel d eu início a uma intensificaç ão de s eu trabal ho com o c


ostureira

autônoma, em sua casa. Raquel não tem condições f inanceiras de p agar um a babá e
não há

ninguém que a ajude nos cuidados c om Pedro e co m L uiz. Em função disto, deixa
Pedro num

“cercadinho” de madeira ao lado da cam a de Luiz que em ite s ons ao sinal d e al gum
perigo que

Pedro possa ser vítima. E assim, levaram suas vidas numa teia peculiar de laç os
afetivos.

Atualmente, P edro tem dois anos e ainda não engatinha, apresentando um sério
transtorno

psicomotor em função de não ser estimulado a cam inhar fora do “cercadinho”. Este
atraso

psicomotor foi notificado ao Conselho T utelar que solicitou que a m ãe estimulasse


Pedro a

caminhar. A part ir do caso concreto em tela, faça uma análise que leve em conta o c
uidado

como valor jurídico, as f unções do Conselho Tutelar e a Dou trina da Proteção I ntegral.

O aluno deve m ostrar que não faltou c uidado com o filho, por parte de Ra quel, pois
deixá -lo no
cercadinho foi um a forma de cuidado que ela encontrou, dentro de suas ci
rcunstâncias.

Todavia, o C uidado g arantido pe la Proteção Integral é o Cuidado adequado , que


prom ova o

desenvolvim ento biopsicoss ocial da criança, e a forma de cuidar adotada p or ess a m


ãe não

estava prom ovendo isto e, portant o, não era ad equada. O Conselho Tutelar, em sua
função de

vigiar e prom over tam bém o cuidado c om crianças e adolescen tes, agi u bem ,
orientan do -a e

advertindo-a num primeiro m omento, po is muito provavelm ente ess a ina dequação do
s seus

cuidados se deu de f orma involuntári a, por desconhecim ento.


CASO CONCRETO 4

1 - Como vimos na aula 4, existem vários significados para a palavra 'Personalidade'


dependendo do

campo de estudo em que ela esteja sendo usada. Pesquise sobre o conceito de Personalidade
para o

Direito e faça uma comparação com este conceito de Psicologia.

Para o Direito, Personalidade é a ap tidão para ser Sujeito de Direitos, ter Direitos e
Deveres. Já para a

Psicologia, Personalidade é a soma de todas a s características físicas, psíquicas, m


entais, em ocionais e

intelectuais, somadas a todas as experiências d e vida que, ju ntas, tornam o sujeito


aquilo que ele é -

alguém único, exclusivo, que não tem outro igual no mundo.

OU

Luciana, jovem de 17 anos, estudante, voltava da escola para casa e foi estuprada por
três homens,

repetidas vezes, e nquanto todos passavam as mãos em seu c orpo, mantendo -a i


mobilizada e emudecida

pela própria calcinha, violentamente arrancada e enfiada em sua boca, quase até asfixiá
-l a. Após breve

confabulação, o s três decidiram não matá-la e fugiram do local, de posse dos escassos
ben s da vítima:

alguns trocados, passes escolares e o relógio barato adqui rido na feira livre do bairro .
Lu ciana

permaneceu um tempo, que lhe pare ceu infinito, de itada sobre o c hão imundo,
onde os trê s urinaram

antes de se evadir, sentindo mais nojo do que dor. Deve ter perdido os s entidos, pois,
de repente, viu -se

só. Arrastou-se, com dificuldade, entre a vegetação, até conseguir se o rientar. Levantou -
se e, tremendo e

chorando, buscou o c aminho de casa. Com muita vergonha, relatou o oc orrido para
mãe e o padras to

Enquanto a mãe consolava-a, o padrasto, não deixou de recriminá- la por seus “modos”.
“Se mpre achei

que ainda ia acontecer alguma d esgraça”, afirmou. A mãe, entre tanto , fe z questão de
levá-la à delegacia
do bai rro para prestar queixa. A ocorrência foi comunicada à polícia c ivil, seguindo -se
o supl ício de se

submeter a exame de corpo de delito. Nos p róximos meses, Luciana p ermaneceu em


casa, recuperando -

se pouco a pouco da provação. Perdeu o emprego e não conseguiu retomar as aulas


naquele ano...

Tinha vergonha de encarar os colegas de trabalho e de escola. Passou a evitar


conhecidos e parentes.

Algum tempo depois, a polícia l ogrou êxito na p risão dos suspeitos, os quais foram i
dentificados,

submetidos a julgamento, sentenciados e condenados. Durante o julgamento, a


advogada de d efesa dos

criminosos colocou em dúvida o depoimento de Luciana, questionando a gravidade dos


fatos, alegando

que a vítima não soube precisar quant as vezes foi estuprada por c ada um dos elementos. (
In: FIORELLI,

O. J. & MANGINI, R.C.R. Psicologia Jurídica 3ªEd.p.10. São Paulo: Editora Atlas S. A.,
2011.) A partir da

leitura acima responda:

A - Si ntetizando definições de p ersonalidade como condição es tável e duradoura dos


comportamentos da

pessoa, embora não permanente, apresente a s c aracterísticas mais evidentes da


personalidade dos

atores do caso concreto apresentado. Agressividade, sadismo, falta de empatia.

B - Relacione, na m edida do possível, as ca racterísticas evidenciadas pelos personagens do


caso com as

teorias de personalidade estudadas.

Ex: Teorias Psicodinâmicas - os atores apresentam fragilidade em seu superego e id


exacerbado,o q ue

lhes p ermite a prática de excessos na busca por satisfação, sem se preocupar com o
certo ou errado ou

com o dano que causam aos outros.

Teorias Sociocognitivas - os autores tiveram em suas vidas modelos que os levaram a


perceber a

mulher como um objeto para seu prazer, autorizando comportamentos agressivos contra ela.

C - Se o atendimento de Luciana fosse encaminhado para um Psicólogo, qual seria sua conduta
para um
estudo mais completo da personalidade?

Entrevistas, Testes Psicológicos, Inventários de Personalidade

2- A conceituação de personalidade retrata a complexidade do campo do saber psicológico. A

personalidade pode ser definida como o conjunto das características da pessoa que explicam
padrões

consistentes de sentimentos, de pensamentos e de comportamentos. As teorias de


personalidade são

estudadas em uma perspectiva pluralista. Sobre as teorias de personalidade, as seguintes


afirmativas são

feitas:

I. As teorias cognitivas reforçam a visão da personalidade como um sistema ativo de


processamento de

informações sobre si e sobre o mundo, uma vez que não é possível abordar cognitivamente as
emoções.

II. As teorias psicodinâmicas descrevem a personalidade como um sistema energético marcado


por forças

conscientes e inconscientes, que, em conflito não resolvido, podem levar aos sintomas
psicopatológicos.

III. As teorias humanistas colocam em relevo as características emergentes e irredutíveis do


homem,

propondo o foco na experiência psicossocial e na cultural, com o fontes determinantes da


constituição da

pessoa.

IV. A psicologia evolutiva descreve a personalidade como uma função biopsicológica, com
traços

geneticamente herdados, cujas características foram selecionadas pela interação com o


ambiente

evolutivo de adaptação.

Estão CORRETAS somente as afirmativas:

A) I e II. B) I e IV. C) II e III. D) II e IV. (É essa) E) III e IV.

3- Marque a resposta correta:

A entrevista estruturada se caracteriza fundamentalmente por

a ) Ser realizada numa situação estruturada.

b ) Ser utilizada como procedimento preferencial na área de recursos humanos.


c ) Obedecer a um controle severo do tempo de início e término da entrevista.

d) Supor o estabelecimento prévio de um roteiro com perguntas. (É essa)

e ) Possibilitar que o entrevistado responda às perguntas por escrito.

CASO CONCRETO 5
1) Pesquise situações que expressam estereótipos positivos e negativos, classificando -os
quanto aos

tipos (étnico, social, cultural, religioso, profissional, etc...)

Ex: "Todo policial é corrupto" - estereotipo negativo, profissional. / 'Quem mora em favela é
bandido" -

estereotipo negativo, social. / "Japonês é inteligente" - estereotipo positi vo, étnico.

2) Vincent Van Gogh nasceu na Holanda, no dia 30 de março de 1853. Começou sua
carreira muito

jovem, com aproximadamente 1 5 anos. Depois de cinco anos se mudou para Londres
e pos teriormente

para Paris, de vido a o reconhecimento que te ve. Ele entrou pa ra a História como um
dos exemplos mais

notórios do a rtista maldito, do gênio d esajustado, do homem inc ompreendido por seu
te mpo, mas que foi

aclamado pela posteridade. Ao lo ngo da vida , sofreu uma série interminável de


infortúnios: desilusões

amorosas, crises ne rvosas, misérias financeiras, Foi tratado como louco, ficou várias
vezes exposto à

fome, à solidão e a o frio. Ridicularizado pela m aioria de seus co ntemporâneos, hoje é


c onsiderado um

dos maiores mestres d a pintura universal. Durante su a vida, Van Gogh não conseguiu
vender nenhuma

de suas obras de arte. No final do ano de 1888, o pintor cortou sua orelha direita.
Alguns biógrafos do

artista afirmam que o ato seria uma espécie de vingança contra s ua amante Virginie,
depois de descobrir

que ela estava apaixonada pelo artista Paul Gauguin. Se gundo essa versão, o artista
teria enviado sua

orelha ensangüentada para a am ante dentro de um envelope. Desde s ua morte, e


infelizmente nunca

antes disso, o pintor holandês Vin cent Van Gogh tem sid o obj eto de fascínio e c
uriosidade. E não apenas

pelos apreciadores de sua arte, mas também por estudiosos da mente humana q ue se
dedicam a

reconstruir os caminhos que o levaram ao s uicídio, em 1890. Você conseguiria incluir


Van Gogh em
algum critério de n ormalidade, estudado nessa a ula, l embrando como esse conceito é
relativo e depende

de opções filosóficas, ideológicas e pragmáticas?

Normalidade Subjetiva; Normalidade como Liberdade

3 – A Lei 10216/2001 dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtorno mental
e

redireciona o modelo assistencial da saúde mental com o qual o Ministério da Saúde brasileiro
se coloca

em consonância, partilhando dos princípios da luta antima nicomial deflagrada pelos


movimentos sociais.

Portanto, a esse respeito, as seguintes afirmativas estão corretas, EXCETO:

a) A internação em qualquer de suas modalidades somente será indicada quando os recursos

extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.

b) A internação psiquiátrica compulsória é efetivada por determinação médica, mediante


laudo

circunstanciado que caracterize quaisquer motivos. (É essa.)

c) O paciente tem o direito de ter o maior número de informações a respeito de sua doença e
de

seu tratamento.

d) Os Centros de Atenção Psicossocial – CAPS – são considerados serviços substitutivos ao


antigo

modelo. Estão dentro dos pressupostos norteadores que embasam o movimento da luta

antimanicomial.

e) O paciente tem o direito de ser protegido contra qualquer forma de abuso e exploração.

OU

Defensoria Pública de Santa Catarin a consegue “desinternação” de paciente q ue estava


custodiado há

mais de 30 anos em Florianópolis (Atualidades – Hot Empório - Por Redação-


24/09/2016)

A Defensoria Pública de San ta Catarina, por i ntermédio da Defensora Pública Caroline Kohle r
Teixeira, do
Núcleo da Capital/SC, impetrou Habeas Corpus p ara garantir o direito de i r e vir do p
aciente que estava

segregado há ma is de 30 an os cumprindo medida de segurança de internação. Consta


nos a utos que o

paciente foi internado em 10 de julho de 1984 e até então estaria internando n o


Hospital de Custódia e

tratamento de Florianópolis. É a pessoa que está h á mais tempo cumprindo medida de


segurança no

Estado de Santa Catarina. A Defensora Pública esclarece em seu pedido, q ue a


Constituição da

República Federativa d o Brasil, em seu art, 5º, in c. XLVII, veda as penas de c aráter
PERPÉTUO e qu e o

Código Penal (art. 75, caput) bra sileiro impôs o l imite má ximo de cumprimento de
pena o prazo d e 30

anos. De partida, diga-se que o termo ‘penas’ é utilizado, pelo constituinte, na acepção
ampla do termo,

compreendendo todas as espécies de s anções penais – não só as privativas de


liberdade c omo também

as restritivas de direitos e as MEDIDAS DE SEGURANÇA. Trecho da notícia disponível


em

http://emporiododireito.com.br/tag/leiantimanicomial/Acesso em 11 fev.201 7

A partir da leitura acima responda:

A - Sup ondo que o argumento da Defensora Pública fosse desconsiderado, como


poderíamos e ntender

esta situação, no que diz respeito às atitudes sociais? Preconceituosa

B - Nesta aula, você es tudou a Lei Antimanicomial (10.216/2001), de que fo rma


poderíamos utilizá -la no

caso acima? Essa lei prevê o fec hamento gradativo dos manicômios e s ua su bstituição
por outras formas

de tratamento.

C - Em outro trecho da notícia acima, a Defensora Pública afirmou que “a manutenção


da pessoa com

transtorno mental em Hos pital de Custódia e Tratam ento Ps iquiátrico, em tempos c


onstitucionalmente

democráticos, consubstancia-se em ‘tortura institucional’ “. Fundamente a afirmativa da


Defe nsora.
Comentário livre, no qual o aluno deve mostrar como percebe e o que pensa sobre o tema

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