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Steven Pressfield
H anoi Editora
Copyright © 2021 Steven Pressfield
Título original: Nobody Wants to Read Your Sh*t: Why That Is And What You Can Do About
It (2016)
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte das publicações poderão ser reproduzidas ou
utilizada de qualquer maneira, armazenada em sistema de recuperação, ou transmitida de
qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico, mecânico, fotocopiador, gravador ou de
qualquer outra forma, sem o consentimento por escrito do autor ou da editora
Direitos de tradução para a língua portuguesa adquiridos com exclusividade pela HANOI
EDITORA, que se reserva a propriedade literária desta tradução.
www.hanoieditora.com.br
E-mail: contato@ hanoieditora.com.br
Para Shawn Coyne,
q ue fez a minha carreira de muitas
maneiras
CONTENTS
Title Page
Copyright
Dedication
Prefácio à Edição Brasileira
1. A LIÇÃO MAIS IMPORTANTE QUE EU JÁ APRENDI
2. MINHA FAMÍLIA
3. UM EMPREGO DE ESCRITOR
4. NINGUÉM QUER LER SUAS M*RDAS
5. ÀS VEZ ES, VOCÊ TEM QUE SER O ESCRAVO DE ALGUÉM
6. “ESTAREI AÍ ÀS NOVE E MEIA”
7. STEVE, SEU EGO ESTÁ FICANDO FORA DE CONTROLE
8. DUAS VERDADES FUNDAMENTAIS
LIVRO UM – Publicidade
9. É DIFÍCIL ESCREVER UM ANÚNCIO
10. NÃO PENSE EM ANÚNCIOS, PENSE EM CAMPANHAS
11. PENSANDO EM CONCEITOS
12. APRESENTE UM CONCEITO
13. FLASHFORWARD: CONCEITO EM FILMES
14. FLASHFORWARD: CONCEITO EM LITERATURA
15. TUDO BEM SER CRIATIVO
16. A DOENÇA DO CLIENTE
17. ROUBE SEM VERGONHA
18. TUDO QUE VOCÊ FAZ O DIA TODO É PENSAR
19. COMO TER UMA IDEIA RUIM
20. PROBLEMAS E SOLUÇÕES
21. DEFININDO O PROBLEMA
22. FLASHFORWARD: DEFININDO O PROBLEMA NA FICÇÃO
23. CALL TO ACTION
24. ARTE É ARTIFÍCIO
25. TUDO BEM NÃO SER 100% PURO
LIVRO DOIS – Ficção, Parte Um
26. SEM RAÍZ ES
27. IGNORANTE
28. MEUS DEMÔNIOS
29. LEITURA
30. VOZ
31. CARTAS
32. TERMINAR
33. “DESCANSE EM PAZ , FILHO DA PUTA”
34. SUPERAR OBSTÁCULOS
35. MEUS AMIGOS
36. AINDA...
LIVRO TRÊS – Hollywood
37. ESTRUTURA EM TRÊS ATOS
38. O CHEFE[30] DEMONSTRA A ESTRUTURA EM TRÊS ATOS
39. FLASHFORWARD PARA FICÇÃO DE FORMATO LONGO: A
REGRA DAVID LEAN
40. FILMES SÃO SOBRE GÊNERO
41. TODA OBRA ENQUADRA-SE EM UM GÊNERO, E TODO
GÊNERO TEM CONVENÇÕES
42. A JORNADA DO HERÓI
43. A JORNADA DO HERÓI EM TRÊS ATOS
44. A JORNADA DO HERÓI, VERSÃO APROFUNDADA
45. POR QUE HISTÓRIAS FUNCIONAM OU NÃO
46. TODO GÊNERO É UMA VERSÃO DA JORNADA DO HERÓI
47. TODA HISTÓRIA TEM QUE SER SOBRE ALGO
48. TODO PRIMEIRO ATO PRECISA TER UM INCIDENTE
INCITANTE
49. COMO UMA HISTÓRIA COMEÇA?
50. O CLÍMAX ESTÁ EMBUTIDO NO INCIDENTE INCITANTE
51. O SEGUNDO ATO PERTENCE AO VILÃO
52. TODO PERSONAGEM PRECISA REPRESENTAR ALGO
MAIOR QUE SI MESMO
53. FILMES SÃO IMAGENS
54. COMECE PELO FIM
55. FLASHFORWARD PARA NARRATIVA DE NÃO FICÇÃO:
COMECE PELO FIM
56. FLASHFORWARD PARA NARRATIVA DE NÃO FICÇÃO: AS
REGRAS DE HOLLYWOOD AINDA SE APLICAM?
57. APOSTAS
58. RISCO
59. TEXTO E SUBTEXTO
60. DIGRESSÃO: NARRATIVA DE HOLLYWOOD
61. NARRATIVA DE HOLLYWOOD, PARTE DOIS
62. ESCREVA PARA UMA ESTRELA
63. ESCREVA PARA UMA ESTRELA, PARTE DOIS
64. GRANDE TEMA = GRANDE ESTRELA
65. UM COROLÁRIO PARA “ESCREVA PARA UMA ESTRELA”
66. ESCREVA PARA UMA ESTRELA, PARTE TRÊS
67. ESCREVA PARA UMA ESTRELA, PARTE QUATRO
68. FLASHFORWARD: ESCREVA PARA UMA ESTRELA EM
FICÇÃO
69. O MOMENTO TUDO ESTÁ PERDIDO
70. O MOMENTO EPIFÂNICO
71. DÊ UM DISCURSO BRILHANTE AO SEU VILÃO
72. MANTENHA A HUMANIDADE DO VILÃO
73. COMO NÓS APRENDEMOS
74. SAYONARA[57] , TINSELTOWN
LIVRO QUATRO – Ficção: A Segunda Vez
75. COMO A CARREIRA TOMA FORMA
76. MEU SUCESSO REPENTINO
77. FICÇÃO É REALIDADE
78. FLASHFORWARD: NÃO FICÇÃO É FICÇÃO
79. DISPOSITIVO NARRATIVO
80. ROMANCES SÃO SOBRE LONGO PRAZ O
81. ROMANCES SÃO SOBRE IMERSÃO
82. ROMANCES SÃO PERIGOSOS
83. DUELO COM O MONSTRO
84. PENSE EM BLOCOS DE TEMPO
85. PENSE EM VÁRIOS RASCUNHOS
86. ENTREGUE-SE AO MATERIAL
87. DOMINE O MATERIAL
88. O QUE O ROTEIRISTA ENSINOU À ROMANCISTA
89. FLASHBACK : UM ROMANCE TEM UM CONCEITO
90. FLASHBACK : UM ROMANCE TEM QUE SER SOBRE ALGO
91. FLASHBACK : UM ROMANCE TEM QUE TER UM HERÓI
92. ESCREVA PARA UMA ESTRELA EM FICÇÃO
LIVRO CINCO – Não Ficção
93. NÃO FICÇÃO É FICÇÃO, PARTE DOIS
94. UMA NÃO HISTÓRIA É UMA HISTÓRIA
95. UMA NÃO HISTÓRIA É UMA HISTÓRIA, PARTE DOIS
96. COMO ESCREVER UMA BIOGRAFIA CHATA
97. APLICANDO OS PRINCÍPIOS DA NARRATIVA A NÃO FICÇÃO
98. FAÇA NOSSO HERÓI ENCARNAR O TEMA
99. CORTE TUDO QUE NÃO ESTÁ DENTRO DO TEMA
100. IDENTIFIQUE O CLÍMAX
101. SOLUCIONE O CLIMAX ESTRUTURALMENTE
LIVRO SEIS – Autoajuda
102. O JEITO ERRADO DE ESCREVER UM LIVRO DE
AUTOAJUDA
103. A VOZ DA AUTORIDADE
104. A BAGUNÇA QUE SE TORNOU A GUERRA DA ARTE
105. COMO SHAWN ESTRUTUROU A GUERRA DA ARTE
106. FLASHBACK : CONCEITO EM A GUERRA DA ARTE
107. FLASHBACK : DISPOSITIVO NARRATIVO EM A GUERRA DA
ARTE
108. FLASHBACK : HERÓI E VILÃO EM A GUERRA DA ARTE
109. AUTOAJUDA É HISTÓRIA
LIVRO SETE - O Chamado do Artista
110. COMO A CARREIRA TOMA FORMA, PARTE DOIS
111. EXISTE UM DEMÔNIO
112. EXISTE UMA MUSA
113. JEAN-PAUL SARTRE ME DEIXOU MORTO DE MEDO
114. O MUNDO DO ARTISTA É MENTAL
115. A HABILIDADE DO ARTISTA
116. VOCÊ É UM ESCRITOR?
117. A BALEIA BRANCA
118. NINGUÉM QUER LER SUAS M*RDAS
LIVRO OITO - Pornografia
119. CENAS DE SEXO
PREFÁCIO À EDIÇÃO BRASILEIRA
Preciso começar por uma confissão. Serei breve, pois quero que
você invista o mínimo de tempo neste prefácio e chegue o mais
rápido possível no conteúdo valioso de Sua História Além do Ego,
de Steven Pressfield.
Confesso que senti o peso da responsabilidade de escrever um
prefácio para aquele que é reconhecido por muitos como o autor
dos autores e grande referência para o meu trabalho. Mesmo eu já
sendo um escritor Best Seller no Brasil, ainda assim, o peso de
encarar esta folha em branco foi tão grande ou maior do que o de
escrever meus próprios livros.
Eu estava, é claro, diante da Resistência.
Mas antes de falarmos um pouco deste conceito, presente nas
obras de desenvolvimento pessoal de Steven Pressfield, vamos
direto a algo igualmente valioso, ponto central deste livro: como
comunicar sua obra ao público de forma eficaz.
Geronimo Theml
Coach, empresário e escritor
1. A LIÇÃO MAIS IMPORTANTE QUE EU JÁ
APRENDI
O que é um conceito?
Um conceito, em termos de publicidade, não é só um slogan
estúpido como “Traga Best Foods e traga o melhor”. Nem é uma
afirmação genérica e sem base como “deixa dentaduras mais
brancas”.
Um conceito faz uma releitura do convencional e dá a ela uma
interpretação.
Um conceito estabelece um marco de referência maior que o
produto em si.
Um conceito coloca o produto em um contexto que faz o
observador contemplar o produto com um novo olhar – e percebê-lo
com uma luz positiva e irresistível.
Um conceito configura (ou, mais frequentemente, reconfigura)
toda a questão.
Um dos conceitos referência na história da publicidade é o da
locadora de carros Avis: “Nós somos a #2, então nos esforçamos
mais”.
“Nós somos a #2, então nos esforçamos mais” transforma o
negativo (somos a segunda melhor, portanto, inferior) em positivo
(você terá um serviço melhor da gente porque vamos dar duro para
alcançar a #1 Hertz) ao nos fazer olhar para a questão (Qual é a
melhor empresa para se alugar um carro?) de uma nova
perspectiva.
A campanha heróis do esporte da Nike é um conceito.
“Um diamante é eterno”, da De Beers, é um conceito.
“Se você não está clareando, você está amarelando” é um
conceito. Um bom conceito faz o público ver o seu produto de um
ponto de vista bem específico e agradável e, por essa lógica (ou
falsa lógica), torna os outros pontos de vista e produtos
concorrentes questionáveis e impotentes.
Diamantes já foram vistos como mercadorias. Por que eu deveria
comprar um anel de noivado de diamantes? O que há de errado
com rubis e safiras? Mas quando os redatores, atendendo seu
cliente De Beers – a empresa de mineração sul-africana que
controlava 90% do estoque de diamantes do mundo –, vieram com o
conceito associando a indestrutibilidade do diamante (o material
mais duro do universo) a um símbolo de amor eterno – Uau!
Depois de “Um diamante é eterno”, se você comprasse para sua
noiva qualquer outro tipo de anel de noivado, você estaria dizendo
que não a ama.
Conceitos funcionam em política também
“Death panels[10]” é um conceito
“Job creators[11]” é um conceito.
“Pró-vida” é um conceito. “Pró-escolha” também.
Um conceito pode ser uma completa tolice. Pode ser mau
“A raça superior”.
“Destino manifesto”[12]
“Operação Liberdade do Iraque”[13].
Quando você, como escritor, leva e aplica esse modo de pensar a
outras áreas, como escrever romances, roteiros ou não ficção, a
primeira pergunta que você se faz no início de qualquer projeto é
“Qual é o conceito?”.
Todo trabalho artístico, da Capela Sistina à ponte de Golden Gate
e à Bíblia do Rei Jaime[14], é baseado em um conceito.
Uma dieta deveria ter um conceito.
Uma invasão a um país estrangeiro deveria ter um conceito. Uma
salada deveria ter um conceito.
13. FLASHFORWARD: CONCEITO EM FILMES
Nos anos 1950 e início dos 1960, não havia coisas como “pessoa
criativa”. Até em publicidade não havia “criativos”. Redatores
vestiam terno e gravata, como Jon Hamm em Mad Men.
Tudo isso mudou em meados dos anos 1960, com a chegada de
Bill Bernbach, George Lois, Helmut K rone[16] e a nova geração de
redatores e diretores de arte.
Os redatores eram predominantemente judeus, e os diretores de
arte, italianos. Antes do seu advento, o ramo da publicidade tinha
sido terreno exclusivo de caras com sobrenomes como Ogilvy e
Bates.[17]
Do dia para a noite, ser criativo era descolado.
Para mim, isso foi revolucionário. Foi uma mudança de vida.
Lembro-me de entrar em reuniões e olhar para todos aqueles outros
esquisitos, geeks, aberrações e bárbaros.
Eu disse a mim mesmo “Tudo bem ser o tipo de pessoa que eu
sou.”.
Tudo bem ser ansioso.
Tudo bem não conseguir dormir.
Tudo bem ter problemas de autoestima.
Tudo bem ser um introvertido, procurar os cantos quietos em uma
festa, importar-se com qualidade, ter seu humor afetado pelos
arredores.
Os papéis que escolhi na vida e na carreira, eu me dei
conta, não eram limitados a homem de negócios, atleta e patriota
imbecil.
De repente, eu entendi porque eu estava tão mal-humorado,
neurótico, ao mesmo tempo paranoico e megalomaníaco,
desconfiado, inquieto, movido pela ambição, mas paralisado pela
culpa da minha ambição, excitado, obsessivo, compulsivo,
obsessivo-compulsivo, para não dizer tímido, retraído e com caspa.
Eu era criativo.
Todas as pessoas criativas eram assim!
16. A DOENÇA DO CLIENTE
É o Terceiro Ato.
É o clímax.
Falaremos mais sobre isso quando chegarmos aos filmes, ficção
e não ficção.
24. ARTE É ARTIFÍCIO
Você ainda está aprendendo. Você não sabe o quê. Não pode dizer
como. Mas os meses e anos, os milhões de rasuras e teclas batidas
vão para o banco de alguma maneira. As células se lembram. Algo
muda.
Eu tinha trinta e seis anos, em Nova York, quando terminei o
terceiro desses livros de vários anos. Houve um vislumbre? Faça-
me o favor.
No mercado de roteiros, existe um conceito chamado momento
“Tudo está Perdido”. Esse momento costuma acontecer lá pelos três
quartos do filme. É o ponto da história em que o protagonista está o
mais longe do seu objetivo.
No mundo celuloide, o momento “Tudo está Perdido” é sempre
seguido de um avanço, um ritmo de reviravolta, quando o desespero
torna-se esperança (ou é mesmo o equivalente a esperança) e
impulsiona o protagonista para a ação no Ato Três.
Aqui estava o meu: Hollywood.
Pensei: “Venho escrevendo comerciais de TV por anos. Eu sei o
que é filme. Consigo pensar visualmente e amo filmes”.
Um roteiro.
Vou escrever um roteiro e me mudar para Tinseltown.
LIVRO TRÊS – HOLLYWOOD
37. ESTRUTURA EM TRÊS ATOS
ATO UM
Eu a conheci em um bar em K ingstown.
Nós nos apaixonamos. Eu sabia que isso tinha que acabar.
ATO DOIS
Pegamos o que tínhamos e destruímos.
ATO TRÊS
Agora cá estou eu, em K ingstown novamente.
39. FLASHFORWARD PARA FICÇÃO DE FORMATO
LONGO: A REGRA DAVID LEAN
O primeiro Star Wars estreou quase dez anos depois que comecei
a trabalhar na indústria do cinema. Naquela época, o conceito de
“jornada do herói” (na qual George Lucas havia baseado a odisseia
de Luke Skywalker) permeava Hollywood da cabeça aos pés.
O megassucesso de Star Wars fez todo executivo de estúdio
perguntar, sobre todo potencial projeto de filme, “onde está a
jornada do herói? Qual cena representa ‘o Chamado’? Qual
personagem é ‘o Mentor’? Quais ‘aliados e inimigos’ o herói
encontra ao longo do caminho?”
Afinal, o que é a Jornada do Herói?
A jornada do herói é a história original de cada indivíduo, de Adão
e Eva a Z iggy Stardust. É o mito primário da raça humana, o padrão
cósmico que cada uma das nossas vidas (e mil incrementos disso)
segue, quer saibamos ou não, quer gostemos ou não.
Aqui está a versão resumida:
1) Herói começa em um Mundo Normal.
2) Herói recebe o Chamado para Aventura.
3) Herói Recusa o Chamado.
4) Herói encontra o Mentor. O Mentor dá a ele coragem para
aceitar o Chamado.
(Se você está acompanhando, este é o Luke na fazenda de
umidificação. Luke encontra R2D2, abre o holograma angustiado da
Princesa Leia e leva R2D2 para Obi-Wan K enobi.)
5) Herói cruza o Portal, entra no Mundo Especial.
6) Herói encontra inimigos e aliados, sofre provações que servirão
como sua Iniciação.
7) Herói confronta o Vilão e ganha Recompensa.
8) O Caminho de Volta. Herói foge do Mundo Especial, tentando
“voltar para casa”.
9) Vilão persegue Herói. Herói precisa lutar/fugir novamente.
10) Herói volta para casa com a Recompensa, volta para o Mundo
Normal, mas agora como alguém que mudou, graças às provações
e experiências em sua jornada.
Pegue qualquer filme, de Casablanca a Perdido em Marte,
incluindo filmes com estruturas aparentemente transgressoras,
como Pulp Fiction, ou Adaptação, de Charlie K aufman.
No cerne de cada um, de uma forma ou de outra, você encontrará
a jornada do herói.
43. A JORNADA DO HERÓI EM TRÊS ATOS
Cada negócio tem seus truques. Aqui está um que você aprende
como roteirista em Hollywood: Comece pelo fim.
Comece com o clímax, então trabalhe de trás para frente, até o
início.
Carrie, a E stranha.
O Grande Gatsby. Thelma e Louise.
O final dita o começo.
Sou um grande fã deste método “de trás para a frente”. Funciona
para qualquer coisa – novelas, peças, apresentações de novos
negócios, álbuns de música, coreografias.
Primeiro, descubra onde você quer terminar.
Então, trabalhe no sentido contrário para construir tudo o que
você precisa para chegar lá.
55. FLASHFORWARD PARA NARRATIVA DE NÃO
FICÇÃO: COMECE PELO FIM
Meu amigo David Leddick costuma dizer que você nunca pode
planejar sua vida porque inúmeros imprevistos surgem. “Você
conhece alguém e termina morando em outro país, falando outro
idioma.”
Ainda assim...
Ainda assim, o arco de uma carreira não é totalmente aleatório ou
moldado por fatores além da sua compreensão ou controle. Eu senti
a vida toda que estava em um processo e sendo guiado, mesmo
que não soubesse exatamente pelo quê.
Comecei Bagger Vance com um receio enorme. Será que eu
falharia de novo, como todas as outras vezes que tentei escrever
algo com mais de 120 páginas? O que era diferente desta vez? Eu
tinha aprendido alguma coisa?
Para o meu espanto, a história jorrou de mim. Claro que eu estava
certo de que ninguém estaria interessado nela. Uma história de
golfe? Com dimensões místicas? Faça-me o favor.
Mas eu não me importei. Estava possuído.
Quando prosperei, quatro anos depois, eu tinha terminado e
publicado no mais alto nível profissional três sucessos consecutivos
– The Legend of the Bagger Vance, Portões de Fogo e Tempos de
Guerra, este com 120.000 palavras, narrando todos os sete anos da
Guerra do Peloponeso.
Que porra é essa?
O que aconteceu?
76. MEU SUCESSO REPENTINO
Um romance pode levar dois anos para ser escrito. Ou três, quatro,
cinco.
Você pode fazer isso?
Você pode se sustentar financeiramente? Emocionalmente?
Seu cônjuge e filhos podem lidar com isso?
Você consegue manter sua motivação por esse período de
tempo? Sua autoconfiança? Sua sanidade?
Se necessário, você consegue abandonar seus primeiros dezoito
meses de trabalho e começar do zero?
81. ROMANCES SÃO SOBRE IMERSÃO
Posso me gabar deste porque eu não tive nada a ver com isso.
Todo o talento foi fornecido por Shawn Coyne, que editou e publicou
(e intitulou) o livro.
Eu entreguei a Shawn uma pilha de páginas. A pilha era sobre a
batalha eu-contra-eu-mesmo que acontece dentro do crânio de
qualquer romancista. Eu a chamei de A Vida do E scritor.
Shawn disse “Deixa eu pensar sobre isso”.
Então ele fez o que qualquer magnífico editor faria: transformou
aquela pilha de páginas em uma história.
105. COMO SHAWN ESTRUTUROU A GU E RRA DA
ARTE
O que Ninguém Quer Ler Suas M*rdas quer dizer é nenhum de nós
quer ouvir suas egoístas, egocêntricas e não refinadas demandas
por atenção. Por que deveríamos? É chato. Não há nada nelas para
nós.
Você pode cantar um blues? Pode fazer um sapato? Torne isso
belo. Torne divertido, sex y e interessante, e eu comprarei. Eu
vestirei. Falarei sobre isso aos meus amigos. Seu livro, seu poema,
seu filme podem até ser desesperadores, contanto que sejam
profundamente concebidos e levem minha compreensão da vida um
pouco mais a fundo.
O que Ninguém Quer Ler Suas M*rdas quer dizer é que
você/nós/todos nós, como escritores, precisamos aprender a deixar
espaço para o leitor, a trabalhar em nossas ofertas como um mineiro
refina o minério, até que o que surja na página seja ouro sólido e
reluzente.
Se é da nossa alma que estamos falando (em vez de apenas O
Que Escrevemos), então nossa passagem pelas diversas disciplinas
desta vida, se estivermos realmente prestando atenção, é uma
educação para eliminar o ego, nos afastar do medo, da
preocupação consigo mesmo, de aspirações por reconhecimento,
recompensas materiais e terrenas, até que nos movamos ao reino
do dom, onde o que oferecemos é para o bem do leitor, não para o
nosso.
Quer que eu leia suas merdas? Faça isso e lerei.
AP ÊNDICE
E nosso campo literário final...
LIVRO OITO - PORNOGRAFIA
119. CENAS DE SEXO
[1] Lançado originalmente pela Ediouro em 2001 e reeditado com o título Como Superar
Seus Limites Internos pela Cultrix em 2021. [2] Bristol-Myers Squibb, também conhecida
como BMS, é uma biofarmacêutica global sediada em Nova Iorque, atuante em vários
ramos de pesquisa farmacológica, com filiais em diversos países, inclusive o Brasil. [3]
N.T.: Nobody Wants To Read Your Sh*t, o título original do livro em inglês, pode ser
traduzido como Ninguém Quer Ler Suas M*rdas. Como um “mantra”, a frase é repetida ao
longo da obra. [4] N.T.: Spec script é um roteiro que objetiva buscar a inserção do roteirista
no mercado. É elaborado a fim de tentar que o trabalho seja produzido na indústria
cinematográfica/televisiva. É chamado apenas de spec no Brasil. [5] Reuben é um
sanduíche popular nos EUA que combina pastrami, queijo suíço e chucrute. [6] N.T.:
Referência à série de televisão Mad Men, exibida pelo canal AMC, que tem como foco uma
agência de publicidade e o mundo dos profissionais da propaganda nos anos 1960,
período em que publicitários (Mad Men) e publicitárias (Mad Women) se intitulavam desta
forma. Também é referência à Madison Avenue. [7] N. T.: Material publicitário produzido em
torno do tema da campanha de uma empresa ou produto, de um conceito básico. Podem
usar a mesma abordagem, cores etc. da ideia principal. Também são chamados de
execuções. [8] N. T.: Spin-off é uma obra derivada de outra já existente, com foco distinto
da original. Por exemplo, os diversos CSI (Miami, Las Vegas, NY) são spin-offs de CSI:
Crime Scene Investigation. [9] Serena Williams, considerada uma das maiores tenistas da
história; LeBron James, um dos maiores jogadores de basquete da história da NBA; Rory
McIlroy, jogador de golfe irlandês mais jovem a figurar no top 50 mundial. [10] N.T.:
Expressão cunhada pela ex-governadora do Alaska Sarah Paulin, em 2009, ao referir-se
ao programa de assistência de saúde proposto por Barak Obama. Segundo Sarah, o
projeto “escolheria” quem tem direito à assistência de saúde segundo critérios subjetivos.
[11] N.T.: Organização de pequenos empreendedores e startups. [12] Crença muito
difundida nos EUA no século XIX de que os colonizadores americanos deveriam espalhar-
se pelo continente, pois eram eleitos de Deus para civilizá-lo. [13] Nome oficial para a
Guerra do Iraque, que teve início em 2003 e término em 2011, encabeçada por EUA e
Inglaterra. O conflito resultou na captura e morte de Saddan Hussein. [14] Livro mais
publicado em língua inglesa, é a tradução da bíblia para a Igreja Anglicana, por ordem do
rei Jaime I, no século XVII. [15] N. T.: Nome informal para Hollywood, normalmente para
referir-se de modo pejorativo ou fazer chacota. [16] Bill Bernbach é fundador da agência
DDB, mundialmente famosa por campanhas publicitárias como a do Fusca, em 1960;
George Lois é um diretor de arte famoso por ilustrar as capas da revista Esquire por 10
anos; Diretor de Arte na DDB por trinta anos, foi responsável pelo conceito da campanha
do Fusca de 1960. [17] Os nomes são referência a duas companhias de publicidade
famosas nomeadas a partir de seus donos, a Bates (fundada por Ted Bates, em 1940) e a
Ogilvy (fundada por David Ogilvy, em 1948). [18] N. T.: Gíria americana para consultoria
externa em empresas. O termo vem do livro M*A*S*H, de Richard Hooker. No livro, o
personagem Hawkeye finge ser um profissional vindo de Dover, Inglaterra, para conseguir
acesso gratuito a campos de golfe. [19] Organização avícola mais antiga da América do
Norte. [20] N. T.: No Brasil, principalmente em marketing de conteúdo, o termo é expresso
com a sigla CTA. [21] N. T.: O termo storytelling é, atualmente, muito utilizado pela área do
marketing e marketing de conteúdo, no sentido de produzir histórias que gerem
identificação com o cliente e fazer mais conversão em vendas, conceito distinto da área de
escrita literária. [22] N. T.: O termo original é payoff, utilizado pelos roteiristas para
especificar o processo em que o escritor “planta” as tensões no espectador e depois
“colhe”. Também pode ser interpretado como “pagar” ao espectador tudo o que prometeu.
[23] N. T.: No episódio piloto de Mad Men, é dito que “Mad” foi o modo cunhado pelos
publicitários de 1950 para chamarem a si mesmos, que seria uma redução de Madison
Avenue. [24] N. T.: Termo cunhado pela sociedade afro-americana para referir-se a donos
de escravos ou homens brancos poderosos vistos como exploradores de mão de obra
barata. [25] Profissão muito procurada por imigrantes em fazendas, nos períodos de
colheita de frutas e vegetais. [26] Um tipo de biblioteca menor, comunitária, mas que faz
parte do sistema central de bibliotecas americanas. [27] Rio Hudson, Columbia, NY. [28]
Hospital público mais antigo da cidade de Nova Iorque, onde foi instalado o primeiro
necrotério em 1866. [29] Rua que liga Nova Jersey e o Brooklyn, muito conhecida por ser
reduto de vendedores ambulantes e local comum de comércio de produtos falsificados.
[ 3 0 ] “O chefe" em questão trata-se de Bruce Springsteen. Steven Pressfield escolheu o
trecho da letra da música Hungry Heart do artista para ilustrar a estrutura e compor o
capítulo. [31] N. T.: Livro ainda não publicado no Brasil. [32] Carl Gustav Jung, psiquiatra e
psicoterapeuta fundador da psicologia analítica. Em grande parte de seu trabalho, utilizava
o conceito de arquétipo em suas teorias sobre a psique humana. [33] Personagem
indígena Cheyenne do filme Pequeno Grande Homem (1970), do diretor Arthur Penn.
Também consta uma personagem de mesmo nome na literatura da escritora indígena
Pawnee/Otoe Anna Lee Walters. [34] N. T.: Sitcom americano protagonizado por Jerry
Seinfeld que tinha como base situações cotidianas, sem foco em um tema específico, o
que o levou a ser conhecido como “um programa sobre nada”. [35] N. T.: Palavra em latim
que significa grandioso, superior. No filme, o personagem de Bradley a utiliza como mote
para manter a positividade e lidar com problemas psiquiátricos. O termo também foi
bastante utilizado por Stan Lee, criador de vários heróis da Marvel. [36] Famoso roteirista,
produtor, escritor e ator americano, conhecido por sua enorme produção de conteúdo para
TV entre 1970 e 1990. [37] Roteirista americano responsável por trabalhos como
Chinatown, O Poderoso Chefão e Missão Impossível. [38] Roteirista americano
responsável por trabalhos como Blade Runner e Os Doze Macacos. [39] Coautor do roteiro
de Casablanca. [40] Personagem do filme Chinatown. [41] Personagem do filme Os
Imperdoáveis. [42] Personagem do filme Casablanca. [43] N. T.: Livros ainda não
publicados no Brasil. [44] N. T.: Termo utilizado por cineastas para nomear sequências de
filmagens sem áudio síncrono. Não há um consenso na área sobre a exata origem ou
palavras que formam a sigla. [45] Alexis de Tocqueville, historiador francês célebre por
análises da Revolução Francesa. Uma das maiores referências da filosofia política liberal.
[46] Consultor de moda americano apresentador do programa Tim Gunn: Guru de Estilo, do
canal Discovery Home & Health. [47] Cidade do estado de Washington. [48] Bairro de
Nova Iorque conhecido por ser reduto artístico e de moda. [49] Marcha Nacional dos EUA.
[50] Autor, palestrante e consultor de roteiro. Autor do livro Story : substância, estrutura,
estilo e os princípios da escrita de roteiro. Arte & Letra, 2017. [51] Grupo étnico mais
populoso do Quênia. [52] Porcelana fina produzida na cidade de Limoges, França. É
conhecida mundialmente por sua qualidade, à semelhança da encontrada em porcelanas
chinesas. [53] Empresa ficcional do filme Wall Street. [54] N. T.: No original, há a citação do
termo Break Into Two, de Blake Snyder, que sinaliza a entrada no Ato Dois. Optamos por
utilizar o termo da jornada do herói, mais popular no Brasil. [55] Reality shows americanos
sobre moda e culinária, respectivamente. [56] Vale urbanizado pioneiro na indústria de
filmes adultos, sendo o maior polo de produção de pornografia do mundo. [ 5 7 ] N. T.: Do
japonês, “adeus”. [58] N. T.: O livro de Steven Pressfield tem como título The Legend of
Bagger Vance. Mais tarde, a adaptação para o cinema foi intitulada Lendas da Vida. [59]
Cineasta, diretor e roteirista britânico famoso por produções clássicas como Doutor Jivago,
A Ponte do Rio Kwai e Lawrence da Arábia. [60] Guitarrista da banda The Rolling Stones,
conhecido pelo abuso de drogas ilícitas nos anos 1960 e 1970. Participou de dois filmes da
franquia Piratas do Caribe como pai de Jack Sparrow. [61] N. T.: Obra ainda não publicada
no Brasil [62] Personagem da obra David Copperfield, de Charles Dickens, tido como
otimista incurável e, por vezes, alívio cômico. [63] Ator canadense-americano com vasta
filmografia que interpretou o arrogante Dr. Morbius em Planeta Proibido. [64] Tipo de
destacamento militar que permite o alistamento de estrangeiros para o exército nacional. A
mais conhecida é a francesa, que ainda existe nos dias de hoje, sendo uma das poucas
restantes e ativas. [65] Tipo específico de carroça coberta com um tecido, grande e
pesada, muito utilizada no leste dos EUA na época da colonização. [66] Escritor e roteirista
responsável pelo roteiro de Top Gun e outros sucessos como Kojak e Havaí 5.0. [67] N. T.:
Obra ainda não publicada no Brasil. [68] N. T.: Fade in é o termo utilizado para fazer a
abertura de roteiros de cinema e televisão. [69] Grupo étnico indígena americano. [70]
Gênero que consiste em investigação criminal e histórias detetivescas. [71] N. T.: Termo
utilizado de modo pejorativo para se referir a pessoas brancas e pobres em zonas rurais do
sul dos EUA. Seria o equivalente ao nosso “caipira”, de certo modo. [72] N. T.: Optamos
por transcrever a tradução para o português de J. Brito Broca. HERÓDOTO. H istória.
Traduzido do grego por Pierre Henri Larcher. Rio de Janeiro: W. M. Jackson, 1950.
Clássicos Jackson. Vols. XXIII e XXIV. Disponível em:
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/historiaherodoto.html. [73] TED (Tecnologia,
Entretenimento e Design) é formato de conferências e/ou palestras organizadas pela
empresa Sapling, que acontecem no mundo todo e são disponibilizadas on-line. [74] Grupo
étnico indígena dos EUA. [75] Twyla Tharp é bailarina e coreógrafa norte-americana
referência em dança contemporânea. O livro citado ainda não tem publicação no Brasil.
[76] Médicos que atuam em telejornais e programas de TV nos EUA. [77] Obra de Charles
Dickens, publicada em 1850. [78] N. T.: Livro não publicado no Brasil. [79] N. T.: Relativo
ao poeta John Milton, autor do célebre Paraíso Perdido. [80] Personagem de Star Wars
mestre Jedi, mentor de Anakin e Luke Skywalker. [81] Compositor de jazz norte-americano
que teve músicas nos espetáculos da Broadway e gravadas por artistas como Ella
Fitzgerald e Frank Sinatra. [82] N. T.: Trecho da edição bilíngue de Moby Dick, de Herman
Melville, publicada pela editora Landmark em 2012.
Table of Contents
Title Page
Copyright
Dedication
Contents
Prefácio à Edição Brasileira
1. A LIÇÃO MAIS IMPORTANTE QUE EU JÁ APRENDI
2. MINHA FAMÍLIA
3. UM EMPREGO DE ESCRITOR
4. NINGUÉM QUER LER SUAS M*RDAS
5. ÀS VEZ ES, VOCÊ TEM QUE SER O ESCRAVO DE ALGUÉM
6. “ESTAREI AÍ ÀS NOVE E MEIA”
7. STEVE, SEU EGO ESTÁ FICANDO FORA DE CONTROLE
8. DUAS VERDADES FUNDAMENTAIS
LIVRO UM – Publicidade
9. É DIFÍCIL ESCREVER UM ANÚNCIO
10. NÃO PENSE EM ANÚNCIOS, PENSE EM CAMPANHAS
11. PENSANDO EM CONCEITOS
12. APRESENTE UM CONCEITO
13. FLASHFORWARD: CONCEITO EM FILMES
14. FLASHFORWARD: CONCEITO EM LITERATURA
15. TUDO BEM SER CRIATIVO
16. A DOENÇA DO CLIENTE
17. ROUBE SEM VERGONHA
18. TUDO QUE VOCÊ FAZ O DIA TODO É PENSAR
19. COMO TER UMA IDEIA RUIM
20. PROBLEMAS E SOLUÇÕES
21. DEFININDO O PROBLEMA
22. FLASHFORWARD: DEFININDO O PROBLEMA NA FICÇÃO
23. CALL TO ACTION
24. ARTE É ARTIFÍCIO
25. TUDO BEM NÃO SER 100% PURO
LIVRO DOIS – Ficção, Parte Um
26. SEM RAÍZ ES
27. IGNORANTE
28. MEUS DEMÔNIOS
29. LEITURA
30. VOZ
31. CARTAS
32. TERMINAR
33. “DESCANSE EM PAZ , FILHO DA PUTA”
34. SUPERAR OBSTÁCULOS
35. MEUS AMIGOS
36. AINDA...
LIVRO TRÊS – Hollywood
37. ESTRUTURA EM TRÊS ATOS
38. O CHEFE[30] DEMONSTRA A ESTRUTURA EM TRÊS ATOS
39. FLASHFORWARD PARA FICÇÃO DE FORMATO LONGO: A
REGRA DAVID LEAN
40. FILMES SÃO SOBRE GÊNERO
41. TODA OBRA ENQUADRA-SE EM UM GÊNERO, E TODO
GÊNERO TEM CONVENÇÕES
42. A JORNADA DO HERÓI
43. A JORNADA DO HERÓI EM TRÊS ATOS
44. A JORNADA DO HERÓI, VERSÃO APROFUNDADA
45. POR QUE HISTÓRIAS FUNCIONAM OU NÃO
46. TODO GÊNERO É UMA VERSÃO DA JORNADA DO HERÓI
47. TODA HISTÓRIA TEM QUE SER SOBRE ALGO
48. TODO PRIMEIRO ATO PRECISA TER UM INCIDENTE
INCITANTE
49. COMO UMA HISTÓRIA COMEÇA?
50. O CLÍMAX ESTÁ EMBUTIDO NO INCIDENTE INCITANTE
51. O SEGUNDO ATO PERTENCE AO VILÃO
52. TODO PERSONAGEM PRECISA REPRESENTAR ALGO
MAIOR QUE SI MESMO
53. FILMES SÃO IMAGENS
54. COMECE PELO FIM
55. FLASHFORWARD PARA NARRATIVA DE NÃO FICÇÃO:
COMECE PELO FIM
56. FLASHFORWARD PARA NARRATIVA DE NÃO FICÇÃO: AS
REGRAS DE HOLLYWOOD AINDA SE APLICAM?
57. APOSTAS
58. RISCO
59. TEXTO E SUBTEXTO
60. DIGRESSÃO: NARRATIVA DE HOLLYWOOD
61. NARRATIVA DE HOLLYWOOD, PARTE DOIS
62. ESCREVA PARA UMA ESTRELA
63. ESCREVA PARA UMA ESTRELA, PARTE DOIS
64. GRANDE TEMA = GRANDE ESTRELA
65. UM COROLÁRIO PARA “ESCREVA PARA UMA ESTRELA”
66. ESCREVA PARA UMA ESTRELA, PARTE TRÊS
67. ESCREVA PARA UMA ESTRELA, PARTE QUATRO
68. FLASHFORWARD: ESCREVA PARA UMA ESTRELA EM
FICÇÃO
69. O MOMENTO TUDO ESTÁ PERDIDO
70. O MOMENTO EPIFÂNICO
71. DÊ UM DISCURSO BRILHANTE AO SEU VILÃO
72. MANTENHA A HUMANIDADE DO VILÃO
73. COMO NÓS APRENDEMOS
74. SAYONARA[57] , TINSELTOWN
LIVRO QUATRO – Ficção: A Segunda Vez
75. COMO A CARREIRA TOMA FORMA
76. MEU SUCESSO REPENTINO
77. FICÇÃO É REALIDADE
78. FLASHFORWARD: NÃO FICÇÃO É FICÇÃO
79. DISPOSITIVO NARRATIVO
80. ROMANCES SÃO SOBRE LONGO PRAZ O
81. ROMANCES SÃO SOBRE IMERSÃO
82. ROMANCES SÃO PERIGOSOS
83. DUELO COM O MONSTRO
84. PENSE EM BLOCOS DE TEMPO
85. PENSE EM VÁRIOS RASCUNHOS
86. ENTREGUE-SE AO MATERIAL
87. DOMINE O MATERIAL
88. O QUE O ROTEIRISTA ENSINOU À ROMANCISTA
89. FLASHBACK : UM ROMANCE TEM UM CONCEITO
90. FLASHBACK : UM ROMANCE TEM QUE SER SOBRE ALGO
91. FLASHBACK : UM ROMANCE TEM QUE TER UM HERÓI
92. ESCREVA PARA UMA ESTRELA EM FICÇÃO
LIVRO CINCO – Não Ficção
93. NÃO FICÇÃO É FICÇÃO, PARTE DOIS
94. UMA NÃO HISTÓRIA É UMA HISTÓRIA
95. UMA NÃO HISTÓRIA É UMA HISTÓRIA, PARTE DOIS
96. COMO ESCREVER UMA BIOGRAFIA CHATA
97. APLICANDO OS PRINCÍPIOS DA NARRATIVA A NÃO FICÇÃO
98. FAÇA NOSSO HERÓI ENCARNAR O TEMA
99. CORTE TUDO QUE NÃO ESTÁ DENTRO DO TEMA
100. IDENTIFIQUE O CLÍMAX
101. SOLUCIONE O CLIMAX ESTRUTURALMENTE
LIVRO SEIS – Autoajuda
102. O JEITO ERRADO DE ESCREVER UM LIVRO DE
AUTOAJUDA
103. A VOZ DA AUTORIDADE
104. A BAGUNÇA QUE SE TORNOU A GUERRA DA ARTE
105. COMO SHAWN ESTRUTUROU A GUERRA DA ARTE
106. FLASHBACK : CONCEITO EM A GUERRA DA ARTE
107. FLASHBACK : DISPOSITIVO NARRATIVO EM A GUERRA DA
ARTE
108. FLASHBACK : HERÓI E VILÃO EM A GUERRA DA ARTE
109. AUTOAJUDA É HISTÓRIA
LIVRO SETE - O Chamado do Artista
110. COMO A CARREIRA TOMA FORMA, PARTE DOIS
111. EXISTE UM DEMÔNIO
112. EXISTE UMA MUSA
113. JEAN-PAUL SARTRE ME DEIXOU MORTO DE MEDO
114. O MUNDO DO ARTISTA É MENTAL
115. A HABILIDADE DO ARTISTA
116. VOCÊ É UM ESCRITOR?
117. A BALEIA BRANCA
118. NINGUÉM QUER LER SUAS M*RDAS
LIVRO OITO - Pornografia
119. CENAS DE SEXO