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Sistemas de esgotamento

sanitário RMRJ; Breve histórico


a partir da fundação da
CEDAE.
Instalações Prediais III - 2023.1
Docente: Fabrício Guedes
Discentes: Artur Assunção, Bruna Duarte
Jozivaldo Souza e Pedro Paulo
Instalações Prediais III - 2023.1

A história do tratamento de esgoto no Rio de Janeiro


A história do tratamento de esgoto no Rio de Janeiro é marcada por desafios
e avanços significativos ao longo dos anos. O tratamento de esgoto na
cidade foi uma necessidade decorrente do crescimento populacional e da
urbanização acelerada que ocorreram ao longo do século XX.

Problemas de saúde pública e degradação ambiental

Despejo direto de esgotos em


ruas, rios, baías e praias.

Contrato de esgoto
Construção de redes de esgoto

D. Pedro II: Assinatura em 25/04/1857

The Rio de Janeiro City Improvements


Escravo transportador de dejetos humanos
Company Limited (empresa de capital inglêsa
para realização das obras)
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A história do tratamento de esgoto no Rio de Janeiro


Os distritos do esgoto
Atribuições

1º Distrito – Inicialmente chamado de São Bento e Projetar, orçar e executar as instalações prediais de
depois de Arsenal, cujos esgotos eram conduzidos esgotos.
para a Casa de Máquinas do Arsenal.
Projetar, orçar e executar os coletores da rede de
2º Distrito – da Gamboa, com os seus esgotos esgotos.
conduzidos para a Casa de Máquinas da Gamboa.
Consertar e desobstruir instalações prediais e redes
3º Distrito – Da Glória, com os seus esgotos públicas de esgotos.
conduzidos para a Casa de Máquinas da Glória.

A Cidade do Rio de Janeiro foi a terceira cidade do mundo a ser dotada de rede de
esgotos sanitários, precedida por Londres (1815) e Hamburgo (1842). Somente
Londres, como Capital se antecipou ao Rio, na construção de suas redes de esgotos.
Antiga estação de tratamento
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A história do tratamento de esgoto no Rio de Janeiro


Os sistemas de esgoto

Sistema unitário Sistema separador absoluto


consiste na coleta de águas pluviais e de esgotos Substituiu o sistema unitário em 1899. Compreendia duas
domésticos em um único coletor, havendo apenas redes distintas: uma para águas pluviais e outra para os
uma única rede. esgotos sanitários.
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A história do tratamento de esgoto no Rio de Janeiro


Estações de tratamento
As estações de tratamento localizadas no Arsenal, Gamboa, Glória, São Cristóvão, Botafogo, Alegria, eram
substituídas por grandes tanques metálicos abertos que recebiam os esgotos através de um gradeamento de
limpeza manual. O efluente desses tanques recebia um tratamento químico de cal e sulfato de alumínio que
agiam como redutores de odores e aceleravam a decantação do material em suspensão. Após esse tratamento
primário, o efluente final da estação era lançado no mar. A limpeza dos tanques das estações de tratamento era
feita manualmente até 1934.

Até 1934: Limpeza dos tanques era feita manualmente.

Até 1915: Transporte de lodo decantado em carroça.

1933: Utilização de embarcações para o transporte do lodo retirado.


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A história do tratamento de esgoto no Rio de Janeiro


Criação da SURSAN - DES

Em 1957, com a criação da Superintendência de Urbanização e Saneamento – SURSAN – a administração


dos sistemas de esgotos sanitários passou para o Departamento de Esgotos Sanitários – DES – daquela
Superintendência, transformando depois em Departamento de Saneamento.

Programa de realizações do DES:

Construções de novas redes de esgotos e melhoria das condições de funcionamento da rede existente
através de obras de remanejamento.

Reformas das instalações prediais e ligação destas nas expansões da rede (Obras compulsórias)

Controles sobre as instalações prediais e dispositivos de tratamento estáticos (fossas sépticas) nas áreas
não dotadas de sistema separador absoluto.
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Criação da CEDAE

Com a fusão dos Estados Guanabara e do Rio de Janeiro, foi criada em 1º de agosto de 1975 a
Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE), que absorveu a companhia Estadual de Águas da
Guanabara (CEDAG), a Empresa de Saneamento da Guanabara (ESAG) e a Companhia de Saneamento
do Rio de Janeiro (SANERJ).

Com a criação da CEDAE , os setores de água e esgotos, que ao longo de sua história estiveram a maior
parte do tempo separados, ficaram juntos para facilitar os objetivos do Plano Nacional de Saneamento –
PLANASA, através do qual o governo Federal, o Estado e os Municípios reúnem recursos financeiros para
solucionar seus problemas de saneamento básico.
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Projetos CEDAE que marcaram a história do saneamento no Rio de Janeiro

Sistema de
abastecimento de Campos
Ampliação da ETA Programa de saneamento da Elíseos, em Duque de
Programa Sena Limpa
Guandu Barra da Tijuca - PSBJ Caxias

1975 1990 2006 2016 2022

1982 2001 2012 2021

Emissário Programa de Programa de obras da


Programa Lagoa limpa Jogos olímpicos
submarino despoluição da Baía Baixada Fluminense
e paralímpicos
de Ipanema de Guanabara - PDBG 2016
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CARACTERIZAÇÃO GERAL DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO

1974 - Criação da RMRJ

1975 - Criação da Fundrem


1989 - Extinção da Fundrem
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CARACTERIZAÇÃO GERAL DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO


Distribuição da população

Região metropolitana Estado do Rio de Janeiro

Região metropolitana (sem a capital) Outras sub-regiões

Capital RMRJ
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CARACTERIZAÇÃO GERAL DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO


-12.330.186 de habitantes (estimativa IBGE 2016),
-PIB: R$ 232.809.368 mil
corresponde a 6% da população brasileira.
-PIB/per capita: R$ 19.762,00 (2008)
Principais cidades:
-Rio de Janeiro (maior)
-2° maior pólo industrial do Brasil com
-São Gonçalo
predominância de setor de petróleo, naval,
-Duque de Caxias
metalurgia, petroquímica, gás-química e
-Niterói
siderúrgica;
-N° de Municípios: 21
-Reúne os maiores grupos do setor naval e os
maiores estaleiros do país detendo 90% da
-Área: 5.292 km² - 12% do Estado do Rio de
produção de navios e equipamentos off-
Janeiro
shore no Brasil.
-59% do PIB do Estado do Rio de Janeiro e tem
6 entre os 10 municípios
que mais arrecadam

-Cidade Sede: Rio de Janeiro


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CEDAE - Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro

A Cedae é uma empresa de economia mista


que produz água limpa, com foco em
segurança hídrica, inovação e
sustentabilidade.

Criada em 1975.

A Companhia nasceu da união de três


empresas: a Companhia Estadual de Águas
da Guanabara (Cedag), a Empresa de
Saneamento da Guanabara (Esag) e a
Companhia de Saneamento do Estado do Rio
de Janeiro (Sanerj).
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CEDAE - Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro

Durante 47 anos, a Companhia Estadual de


Águas e Esgotos do Rio de Janeiro foi
responsável pelos serviços de saneamento no
Estado, e hoje passa por uma fase histórica de
reestruturação de suas atividades.

Com os leilões de concessão realizados em


2021 , a Cedae transfere para as
concessionárias os serviços de distribuição de
água e tratamento de esgoto em 48 cidades do
Estado, passando a concentrar sua atuação na
operação dos grandes sistemas produtores da
Região Metropolitana (Guandu, Imunana-
Laranjal, Ribeirão das Lajes e Acari), captando e
tratando a água que as concessionárias
distribuem à população.
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CEDAE - Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro

A Cedae também segue focada


na ampliação do abastecimento
da Região Metropolitana com o
conjunto de obras da Baixada
Fluminense e a construção de
uma nova estação de
tratamento, o Novo Guandu, com
capacidade de produção de 12
mil litros por segundo, e um
reservatório com capacidade
para armazenar 53 milhões de
litros.
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CARACTERIZAÇÃO GERAL DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO


Situação da prestação dos
serviços de saneamento básico

Na RMRJ a CEDAE tem a concessão dos


serviços de abastecimento de água e/ou
esgotamento sanitário em 19 municípios.

Complementarmente, além da CEDAE,


existem outros prestadores de serviços de
abastecimento de água e/ou esgotamento
sanitário nos municípios da RM. Já em
relação aos serviços de esgotamento
sanitário, 42,1% dos municípios tem os
serviços de gestão de esgotos sob
responsabilidade das Prefeituras
Municipais e em 36,8% dos municípios
estes serviços ficam à cargo da CEDAE.
Prestadores de serviços de esgotamento sanitário nos municípios da RMRJ
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CARACTERIZAÇÃO GERAL DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO

Coleta de esgotos

De acordo com dados do SNIS (2018), os índices de atendimento por coleta de esgotos variam de 0,0% a 77,80%,
sendo que o município com o menor atendimento é Japeri e o de maior cobertura é Paracambi, valendo destacar
que nas informações disponibilizadas pelo SNIS não há distinção entre a rede coletora separativa e rede mista.

Índice de atendimento por coleta de esgotos nos municípios da RMRJ - Fonte: SNIS
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CARACTERIZAÇÃO GERAL DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO

Tratamento do
esgotos coletados

Em relação ao índice de tratamento de


esgoto, o município do Rio de Janeiro
apresenta o maior valor (74,96%),
ficando em segundo lugar o município
de Maricá visto que 31,01% do esgoto
coletado é tratado. Cabe ressaltar que
nos municípios de Cachoeiras de
Macacu, Itaguaí, Japeri, Magé e
Paracambi não há tratamento para o
esgoto coletado, sendo todo esse
efluente lançado in natura nos corpos
d’água que cortam o município.

Índice de tratamento de esgotos coletados nos municípios da RMRJ - Fonte: SNIS


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CARACTERIZAÇÃO GERAL DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO

Sistemas de Esgotamento Sanitário

Os SES dos dezenove municípios da Região


Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ),
totalizam uma extensão de rede coletora de
aproximadamente 3.900 Km; além de
estruturas de tratamento de esgotos capazes
de tratar uma vazão total de 14,9 m3/s,
principalmente através da utilização da
tecnologia de tratamento de efluentes
domésticos por Lodos Ativados.

Existem ETEs que recebem efluentes de mais


de um município.

No Rio de Janeiro e São João de Meriti existe a


participação de empresas privadas na gestão
dos serviços de esgotamento sanitário. Capacidades de totais de tratamento de esgoto dos municípios da RMRJ
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CARACTERIZAÇÃO GERAL DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO

Esgotamento sanitário
Objetivos

Conforme preconiza a lei federal nº 11.445/2007, o objetivo geral para os serviços de esgotamento sanitário é alcançar a
universalização do acesso nas áreas urbana e rural e garantir que sejam prestados com a devida qualidade a todos os
usuários efetivos e potenciais durante o horizonte de planejamento adotado. Para isso, é necessário a ampliação e melhoria
da cobertura por sistemas individuais ou coletivos de esgotamento sanitário a fim de promover a qualidade de vida e
saúde da população, bem como a redução da poluição dos cursos de água..

Quanto aos objetivos específico, destacam-se:

Ampliar e garantir o acesso aos serviços de esgotamento sanitário de forma adequada, atendendo às demandas da
população durante todo o horizonte de planejamento;

Promover o controle ambiental e a preservação do meio ambiente, solo e águas subterrâneas e superficiais;

Reduzir e prevenir a ocorrência de doenças na população;

Adequar os serviços prestados às legislações ambientais vigentes em relação aos padrões de lançamento de efluentes
nos cursos de água e de qualidade da água, de acordo com sua classe de enquadramento.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

https://cedae.com.br/

https://cedae.com.br/nahistoriadosaneamento

https://ama2345decopacabana.wordpress.com/planejamento-
urbano/a-historia-do-esgotamento-de-esgoto-no-rio-de-
janeiro/

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