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I Introdução

Querido leitor, nesta conferência estudaremos a lei mecânica que move as


engrenagens do nascimento e da morte. Estudaremos os mistérios da vida e da
morte, grandes incógnitas que a ciência oficial não pôde explicar totalmente,
mas que a sabedoria perene e eterna pode. Esta ciência divina é entregue ao
estudante sério, que queira realizar uma mudança radical em sua vida para o
despertar da consciência.
Você já escutou alguma vez sobre o cordão de prata, o Juízo Final,
fantasmas...? Nesta conferência, de forma simples, isso será explicado.

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A As Leis Mecânicas do Universo
A morte é o depósito da vida. O sendeiro da vida está formado pelas pegadas
dos cascos dos cavalos da morte. A morte em si mesma nada tem de aterrador.
É algo muito formoso, sublime, inefável, mas a mente engarrafada no conhecido
só se move dentro do círculo vicioso que vai da credulidade ao ceticismo.
Quando realmente nos fazemos conscientes do profundo significado da
morte, descobrimos então por nós mesmos, mediante a experiência direta, que
a Vida e a Morte constituem um todo íntegro, unitotal.
A vida é energia determinada e determinadora e durante o curso da existên-
cia diferentes tipos de energia fluem pelo organismo humano. Cada tipo de
energia tem seu próprio sistema de ação e cada tipo de energia se manifesta a
seu tempo.
Aos dois meses da concepção, temos a função digestiva. Aos quatro meses e
meio da concepção, se manifesta a força motriz e muscular; isto vai relacionado
com a função respiratória e pulmonar. Aos dez meses e meio, o crescimento com
todos seus maravilhosos metabolismos e tecidos conjuntivos. Entre os dois e
três anos da criança, se fecha a fontanela frontal dos recém nascidos, ficando de
fato o sistema cérebro-espinhal perfeitamente formado.
Durante os sete primeiros anos se forma a personalidade humana, aos qua-
torze aparece a energia passional, fluindo avassaladoramente pelo sistema neu-
rossimpático; aos trinta e cinco anos, aparece o sexo em sua forma transcenden-
tal, de emoção criadora. É ao chegar nesta idade que podemos fabricar Alma, e
só assim estabelecemos um princípio permanente de consciência dentro de nós
mesmos. Aquele que tem Alma vive conscientemente depois da morte.
A Alma pode ser criada com o acúmulo das energias mais sutis que o orga-
nismo produz, através de superesforços para fazer-se autoconsciente de forma
total e definitiva. Desgraçadamente o homem incompleto ou humanoide gasta
torpemente estas energias em ânsias, temores, ira, ódio, invejas, paixões, ciúmes,
etc.
O último fluido energético que faz sua aparição é o que chamamos o Raio da
Morte, o qual reduz a pessoa a uma quintessência molecular; assim como uma
tonelada de flores pode reduzir-se a uma simples gota de perfume essencial. A
energia da morte, por ser tão forte, destrói totalmente o organismo humano. É
uma corrente de tão altíssima voltagem que inevitavelmente destrói o organis-
mo quando chega a circular por ele. Assim como um raio pode despedaçar uma
árvore, assim também o raio da morte reduz a cinzas o corpo humano.
É o único tipo de energia que o organismo não pode resistir. Este raio conec-
ta a morte com a concepção. Os dois extremos se tocam.
Três coisas vão ao sepulcro: o corpo físico, o corpo vital e a personalidade.
O corpo vital é o organismo termoeletromagnético e tal corpo é o assento da

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vida orgânica. Nenhum organismo poderia viver sem o corpo vital, já que cada
átomo deste penetra dentro de cada átomo do corpo físico para fazê-lo vibrar
intensamente. Todos os fenômenos químicos, fisiológicos e biológicos, fenô-
menos de percepção, metabolismo, toda ação de calorias, etc., tem sua base no
corpo vital. Este corpo é realmente a seção superior do corpo físico.
No último instante da vida, o corpo vital escapa do organismo físico e vai
se desintegrando lentamente conforme o corpo físico vai se desintegrando. O
corpo vital tem mais realidade que o corpo físico, sabemos que a cada sete anos
o corpo físico muda totalmente e não resta um só átomo antigo em dito corpo.
Porém o corpo vital não muda; em dito corpo estão contidos todos os átomos da
infância, adolescência, juventude, maturidade, velhice e decrepitude. O corpo
físico pertence ao mundo de três dimensões
O corpo vital é o corpo da quarta dimensão.
Como já dissemos, a personalidade se forma durante os primeiros sete anos
de idade e se robustece com as experiências. Às vezes a personalidade pe-
rambula pelo cemitério, outras vezes sai de seu sepulcro quando os parentes a
visitam e levam flores. Pouco a pouco a personalidade vai se desintegrando. A
Personalidade não se reencarna. A personalidade é filha de seu tempo e morre
em seu tempo.
Aquilo que continua é a Essência, que é de natureza molecular, ou seja, a
chispa divina. O que envolve essa chispa divina é o Ego. O Ego reencarnante, o
Eu, todos os agregados psicológicos continuam mais além da fossa sepulcral. O
Ego é uma legião de diabos que continuam mais além da vida física e que acom-
panham a Essência. Assim pois, ao morrer, saímos do mundo celular, ou seja,
saímos do corpo físico e entramos no mundo molecular, na quinta dimensão.
Assim como no mundo físico usamos um corpo celular, no mundo molecular,
usamos um corpo molecular.
Os anjos que regem os processos da concepção vivem normalmente na
quarta dimensão e os que governam a morte na quinta dimensão. Os primeiros
conectam o Ego com o zoosperma, os segundos rompem a conexão que existe
entre o Ego e o corpo físico.
Os anjos da morte são os mesmos Homens Perfeitos, é muito amarga a perda
de um ser querido e pareceria que os anjos da morte são demasiado cruéis, mas
eles não são, ainda que pareça incrível. Os anjos da morte trabalham de acordo
com a Lei, com suprema sabedoria, muitíssimo amor e caridade. Os anjos da vida
dão ao ser humano um corpo vital para que possa viver. Os anjos da morte tiram
do ser humano a vida. Fazem isto cortando o cordão de prata ou Antakarana.
Dito cordão se relaciona com o cordão umbilical e é sétuplo em sua constitu-
ição interna. Os anjos da vida conectam o corpo molecular dos desencarnados
com o zoosperma, assim estes voltam a ter um novo corpo; realmente o cordão
de prata é o fio da vida que os anjos da morte rompem em seu dia e sua hora, de
acordo com a Lei do Destino. Este fio maravilhoso pertence às dimensões supe-
riores da natureza e só pode ser visto com o sentido espacial.

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Os moribundos frequentemente veem o anjo da morte como uma figura es-
quelética espectral bastante horrível e realmente o que sucede é que este anjo
se reveste com o traje que corresponde a seu ofício. Na vida prática o policial
veste seu uniforme, o médico sua bata branca, o juiz sua toga, etc. As vestiduras
funerais e a esquelética figura dos anjos da morte horrorizam aqueles que,
todavia, não despertaram a consciência. Mas fora de seu trabalho, a aparência
dos anjos da morte é a de formosas crianças, sublimes donzelas e Veneráveis
Mestres.
Os fantasmas dos falecidos vivem na quinta dimensão, esta é a eternidade;
largura, profundidade e altura formam as três dimensões do mundo celular; o
tempo é a quarta dimensão, e aquilo que está mais além da eternidade e do
tempo corresponde à sexta dimensão.
Realmente a liberação começa na sexta dimensão, o mundo do espírito
divino, o mundo eletrônico, o mundo da sexta dimensão. Todo aquele que morre
entra na quinta dimensão. A eternidade se abre para devorar os falecidos e logo
os expulsa de seu seio para regressá-los ao mundo do tempo e à forma física.
Os falecidos são expulsos da eternidade, porque todavia não possuem o Ser, só
quem possui o Ser pode viver na eternidade. O Ser é o Íntimo, o Espírito.
Ao morrer, nós levamos um desenho psicológico e tal desenho está conecta-
do psiquicamente ao zoosperma fecundante.
A pegada eletromagnética que um homem deixa no instante da morte se im-
prime tremendamente na concepção do feto. O sendeiro da vida está formado
com as pegadas dos cascos do cavalo da morte; e a morte, o juízo e a concepção
constituem um trio perfeito. Essas pegadas estão formadas por tensões elétricas
muito íntimas e certa nota chave que tem o poder determinante de combinar
os genes dentro do ovo fecundado. Semelhantes às ondas da televisão, que por-
tam imagens, são as ondas vibratórias dos falecidos; o que é a tela para as ondas
emissoras da tevê, é o embrião para as ondas da morte. As ondas vibratórias
da morte portam a imagem do falecido e esta imagem fica depositada no ovo
fecundado.
Cada célula ordinária do organismo humano contém quarenta e oito cro-
mossomos, isto nos recorda as quarenta e oito leis do mundo em que vivemos.
As células reprodutivas do organismo humano contêm um só cromossomo
de cada par, mas, em sua união, produzem a combinação nova de quarenta e
oito, isso faze que cada embrião seja único e diferente.
Toda forma humana, todo organismo, é uma máquina preciosa; cada cro-
mossomo leva em si mesmo o selo de alguma função, qualidade ou caracterís-
tica especial. Um par determina o sexo, pois a dualidade deste par é o que faz
as fêmeas e o impar do cromossomo origina os machos. Recordemos a lenda
bíblica de Eva feita de uma costela de Adão e tendo, portanto, uma costela a
mais que ele.
Os cromossomos em si mesmos estão compostos por genes e cada um
destes por umas poucas moléculas. Realmente os genes constituem a fronteira

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entre este mundo e o outro, entre a terceira e a quarta dimensão.
As ondas dos moribundos, as ondas da morte, atuam sobre os genes organi-
zando-os dentro do ovo fecundado, assim se refaz o corpo físico perdido e o
desenho dos falecidos se faz visível no embrião.
Nos é dito que no instante preciso da morte, no momento em que o defunto
exala seu último alento, projeta um desenho eletropsíquico de sua personali-
dade, continuando tal desenho nas regiões suprassensíveis da natureza para,
mais tarde, vir a saturar o ovo fecundado. Assim é como ao retornar, ao regressar,
ao reincorporar-se em um novo corpo físico vimos a possuir características pes-
soais muito similares à da vida anterior.

O Os três Juízos: a quem julgam?


O livro tibetano dos mortos diz: “Tens estado em um estado de desmaio
durante os últimos três dias e meio. Assim que te recobres deste desmaio, terás o
pensamento: “o que aconteceu”? Nesse momento todo o Samsara estará em
revolução”.
O ingresso aos mundos eletrônico e molecular no momento da morte é uma
prova tremenda para a consciência do homem; assegura o livro tibetano dos
mortos que todos os homens caem no momento da morte em um desmaio que
dura três dias e meio. Max Heindel, Rudolf Steiner e muitíssimos outros autores
asseguram que durante estes três dias e meio o Ego desencarnado vai repassar
toda sua vida na forma de imagens e em ordem retrospectiva. Também assegu-
ram ditos autores que essas recordações estão contidas no corpo vital e que sua
visão retrospectiva só é a repetição automática de algo semelhante no mundo
eletrônico.
No momento da morte e durante os três dias e meio seguintes, nossa cons-
ciência e nosso juízo interno são liberados pela descarga eletrônica, então ve-
mos passar toda nossa vida de forma retrospectiva. A descarga é tão forte que
logo o homem cai em um estado de coma e sonhos incoerentes e só aqueles
que possuem isso que se chama Alma podem resistir à descarga eletrônica sem
perder consciência.
Passados os três dias e meio, a essência entra em um estado de consciência
de tipo lunar. No momento da morte revivemos a vida de forma retrospectiva,
após a descarga eletrônica, mas de forma muito rápida e terrível; já no mundo
molecular, revivemos nossa vida que apenas acaba de passar de forma muito
mais lenta, porque o tempo no mundo molecular é mais lento que no mundo
eletrônico.
Terminado o trabalho retrospectivo, é claro que temos plena consciência
do resultado da vida que recém passou, é então e somente então quando todo
aquele que não está decididamente perdido toma a decisão de corrigir seus
erros e pagar o que deve; só os completamente perdidos não respondem aos

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impactos terríveis dos mundos molecular e eletrônico, sendo estes seres os que,
estando tão materializados, retornam ao reino mineral, que é o inferno.
O juízo final é que decide a sorte dos desencarnados. Terminado o trabalho
retrospectivo, temos que apresentar-nos ante os tribunais do Karma. Em ditos
tribunais temos que responder às acusações e a sentença dos juízes é definitiva.
Realmente não é exato afirmar que todos os seres passem às regiões do paraíso
ou aos estados de felicidade de tipo celestial, já que depois do juízo só passam
às regiões inefáveis mencionadas pela Teosofia, uma pequeníssima quantidade
de seres. O juízo final divide os desencarnados em três grupos.
1. Os que se reencarnam imediatamente.
2. Os que sobem aos estados paradisíacos e celestes e reencarnam muito
tempo depois.
3. Os que entram no reino mineral (inferno)
O destino da essência enfrascada no Ego será determinado de acordo com o
julgamento nos tribunais do Karma na quinta dimensão, este julgamento é por
número, peso e medida.
Peso: a lenda de Zoroastro diz: “todo aquele cujas boas obras excedam em
três gramas seu pecado vai ao céu, todo aquele cujo pecado é maior, ao inferno; no
entanto aqueles que sejam iguais, permanecerão no Hamistan, até o corpo futuro
ou ressureição”.
A região molecular é a região do Paraíso, aqueles seres que sofreram muito
na vida e que relativamente foram muito bons na vida se submergem na felici-
dade do mundo molecular, antes de tomar um novo corpo físico.

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Os homens dedicados unicamente às coisas materiais não terão a alegria de
experimentar a felicidade do mundo eletrônico.
Medida: sabemos que uma vez despertos nossos fogos sagrados, devemos
fazê-los ascender pelo canal medular de nossa medula espinhal.
Este ascenso é muito difícil e é realizado segundo os méritos do nosso
coração, vértebra por vértebra (câmara por câmara).
Este é o elemento de juízo para os senhores do Karma, a medida de nosso
Kundalini, ou seja, quantas vértebras subiram nossos fogos sagrados pelo canal
medular.
Número: este terceiro elemento de juízo não é nem mais nem menos que
o número de existências vividas. Se o julgado viveu sua existência número 100,
pois então julga-se que tem direito a outra existência.
Se ao invés disso viveu a existência número 108, não tem direito a receber
um novo corpo físico humano.
De toda maneira, a misericórdia divina existe. Se a pessoa tem feito uma
revolução da consciência e demonstrou impulsos para transformar-se radical-
mente, consequentemente, lhe assinalam uma nova existência.
A morte é o depósito da vida e o sendeiro da vida está formado com as
pegadas dos cascos da morte. A vida é energia determinada e determinadora, e
desde o nascimento até a morte fluem dentro do organismo humano distintos
tipos de energia.
O único tipo de energia que o organismo humano não pode resistir é o Raio
da Morte. Este raio possui uma voltagem elétrica demasiado elevada e o orga-
nismo humano não pode resistir a semelhante voltagem.
O Raio da Morte conecta o fenômeno Morte com o fenômeno do Nascimen-
to e, por sua vez, origina tensões elétricas muito íntimas e certa nota chave que
tem o poder determinante de combinar os genes dentro do ovo fecundado.
O Raio da Morte reduz o organismo humano a seus elementos fundamentais;
desgraçadamente o Ego, o Eu Energético, continua em nossos descendentes.
O que é a verdade sobre a morte, o que é o intervalo entre a morte e concep-
ção, é algo que não pertence ao tempo e que só mediante a meditação pode-
mos experimentar.

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E Epílogo
Querido leitor, como pudemos ver, esta conferência explica o processo que
acontece entre uma existência e outra, dentro do ciclo da Roda do Samsara.
Estudamos o que é o Juízo Final, do qual as Sagradas Escrituras nos falam,
assim como também o que são os fantasmas e, sobretudo, o que ocorre du-
rante o processo da morte, onde nossa essência é julgada pelas ações do Ego
ou da Essência.
Só conhecendo as leis que nos regem neste reino da natureza, é que pode-
mos transcendê-las e chegar a um estado superior, fundamentado sempre nos
Três Fatores da Revolução da Consciência.

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Ciclo de Conferências

Primeira Câmara
As lições da Primeira Câmara vão nesta ordem e desenvolvimento:

01. O que é Gnosis


02. Personalidade, Essência e Ego
03. O Despertar da Consciência
04. O Eu Psicológico
05. Luz, Calor e Som
06. A Máquina Humana
07. O Mundo das Relações
08. O Caminho e a Vida
09. O Nível do Ser
10. O Decálogo
11. Educação Fundamental
12. A Árvore Genealógica das Religiões
13. Evolução, Involução e Revolução.
14. O Raio da Morte
15. Reencarnação, Retorno e Recorrência.
16. A Balança da Justiça
17. Os Quatro Caminhos
18. Diagrama Interno do Homem
19. Transformação da Energia
20. Os Elementais.
21. Os Quatro Estados de Consciência
22. A Iniciação

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