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O Saci Pererê é um personagem muito famoso do folclore brasileiro.

Ele é um
jovem negro de uma perna só, que fuma cachimbo e usa um gorro vermelho
mágico que lhe permite desaparecer e aparecer onde quiser.

Considerado uma criatura potencialmente perigosa e maliciosa, ele ainda


concede desejos a qualquer um que consiga prendê-lo ou roubar seu gorro. No
entanto, seu gorro é frequentemente descrito como tendo um mau cheiro. A
maioria das pessoas que alegou ter roubado este item dizem que nunca
puderam se livrar do odor.

O Saci não causa grandes danos, mas não há pouco mal que ele não faça. Ele
esconde os brinquedos das crianças, solta os animais da fazenda, provoca cães
e amaldiçoa os ovos de galinhas, impedindo-os de chocar. Na cozinha, o Saci
derrama sal, azeda o leite, queima o feijão e derruba as moscas na sopa.

Em resumo, as pessoas culpam o Saci por qualquer coisa que dê errado –


dentro ou fora da casa.

Além de desaparecer ou ficar invisível, o Saci pode se transformar em Matita


Perê, uma ave cuja canção melancólica parece vir do nada. Pode-se escapar de
um Saci ao cruzar uma corrente de água.

O Saci não se atreve a atravessar, pois perde todos os seus poderes. Outra
maneira é fazer vários nós em cordas. O Saci é obrigado a parar e desfazer os
nós. Pode-se também tentar apaziguá-lo deixando para trás cachaça ou tabaco
para o cachimbo.

Todo redemoinho, diz a lenda, é causado pela dança giratória de um Saci


invisível. Pode-se capturá-lo jogando no redemoinho um rosário ou atacando-
o com uma peneira. Com cuidado, o Saci capturado pode ser persuadido a
entrar em um frasco de vidro escuro, onde ele pode ser aprisionado por uma
rolha com uma cruz marcada nele. Ele também pode ser subjugado roubando
seu gorro, que é a fonte de seu poder.

No entanto, dependendo do tratamento que ele recebe de seu mestre, um Saci


que recupera sua liberdade pode tornar-se um guardião e amigo confiável, ou
um inimigo desonesto e terrível.

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