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FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS

TRANSVERSAL

TEMA: MUDANÇAS CLIMÁTICAS

MANAUS – AM

2024

FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS

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TURMA: ADS231N01

TRANSVERSAL

TEMA: MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Trabalho apresentado para a disciplina de


Arquitetura e Organização de Computadores,
ministrada pelo Prof. Guilherme Hernandes, pelo
curso de Análise e desenvolvimento de sistemas na
instituição FAMETRO.

MANAUS

2024

1. INTRODUÇÃO

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A história da computação em nuvem, embora tenha se popularizado nas
últimas décadas, possui raízes que remontam à década de 1950. A jornada evolutiva
da nuvem é marcada por marcos e inovações que moldaram a forma como
utilizamos a tecnologia hoje.

Pioneiros e Conceitos Iniciais:

Década de 1950: John McCarthy propõe o conceito de "computação utilitária”,


compartilhando recursos computacionais de forma similar à distribuição de energia.
Década de 1960: J.C.R. Licklider idealiza a ARPANET, precursora da internet,
conectando pessoas e dados em uma rede global. Década de 1970: A virtualização
surge como tecnologia chave para abstrair recursos físicos e criar ambientes virtuais
independentes. Década de 1980: O conceito de "grid computing" emerge, permitindo
o compartilhamento de recursos computacionais ociosos entre
diferentes organizations.

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2. DESENVOLVIMENTO

A computação em nuvem é a entrega de recursos de TI sob demanda por


meio da Internet com definição de preço de pagamento conforme o uso. Em vez de
comprar, ter e manter datacenters e servidores físicos, você pode acessar serviços
de tecnologia, como capacidade computacional, armazenamento e bancos de
dados, conforme a necessidade, usando um provedor de nuvem.

Apesar do termo ganhar reconhecimento há poucas décadas, estima-se que o


armazenamento em nuvem surgiu a partir de 1960. O americano e cientista da
computação John McCarthy criou o conceito de Cloud Computing (Computação em
Nuvem, traduzido para o português), pois acreditava que a computação deveria ser
utilizada por diversas pessoas simultaneamente. Anos depois, o físico Joseph Carl
Robnett Licklider desenvolveu uma forma para compartilhar informações em escala
global. Assim, surgiu a Rede de Agências de Projetos de Pesquisa Avançada
(ARPANET). Desse modo, os dados começaram a ser compartilhados de qualquer
lugar e em qualquer momento.

A partir de 2006, a Amazon lançou o Amazon Web Services (AWS), um


serviço que permitia que as empresas assinassem serviços de armazenamento em
nuvem. Isso marcou o início de uma nova era na tecnologia. A palavra “nuvem”,
referindo-se ao armazenamento de dados em servidores públicos, privados ou
híbridos, surgiu por meio de como os recursos de computação são apresentados
aos usuários, de modo em que eles ficam “flutuando” em um ambiente virtual, como
uma nuvem.

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Os 3 tipos de armazenamento em nuvem

Existem 3 formas de guardar documentos na nuvem: público, privado e


híbrido.

Armazenamento público

É o mais conhecido, o qual é aquele oferecido por grandes provedores de


serviços de nuvem, como o Google Cloud Platform, Microsoft Azure e Amazon Web
Services. Aqui, os dados são guardados e acessíveis para qualquer pessoa com
acesso concedido e conexão à internet.

Armazenamento privado

É comumente utilizado por empresas que necessitam de segurança, redução


de custos e gestão facilitada. Os documentos são armazenados em servidores
dedicados e acessíveis por pessoas autorizadas. Sistemas de GED (Gerenciamento
Eletrônico de Documentos), como o Acervo Cloudfile, são exemplos disso.

Armazenamento híbrido

É a união dos dois modelos anteriores. A gestão de documentos de modo


híbrido fornece mais segurança aos dados sensíveis em servidores privados e
acessibilidade facilitada, a qualquer momento, à informações menos sigilosas
armazenadas em nuvem pública.

Quem usa a computação em nuvem?

Organizações de todos os tipos, portes e setores usam a nuvem para uma


grande variedade de casos de uso, como backup de dados, recuperação de
desastres, e-mail, desktops virtuais, desenvolvimento e teste de software, análises
de big data e aplicativos web voltados ao cliente. Por exemplo, as empresas do setor
de saúde usam a nuvem para desenvolver tratamentos mais personalizados para os
pacientes. Empresas de serviços financeiros usam a nuvem como base para
detectar e prevenir fraudes em tempo real. E fabricantes de videogames usam a
nuvem para entregar jogos online para milhões de jogadores em todo o mundo.

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3. AS VANTAGENS DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Agilidade

A nuvem oferece acesso fácil a uma grande variedade de tecnologias para


que você possa inovar mais rapidamente e criar praticamente tudo o que puder
imaginar. Você pode gerar rapidamente recursos conforme a necessidade, de
serviços de infraestrutura, como computação, armazenamento e bancos de dados
até Internet das Coisas, machine learning, data lakes, análises de dados e muito
mais. Você pode implantar serviços de tecnologia em questão de minutos e passar
da ideia à implementação com agilidade várias ordens de grandeza maior do que
antes. Assim, você tem a liberdade de experimentar, testar novas ideias para
diferenciar as experiências dos clientes e transformar a sua empresa.

Elasticidade

Com a computação em nuvem, você não precisa provisionar recursos em


excesso para absorver picos de atividades empresariais no futuro. Em vez disso,
você provisiona a quantidade de recursos realmente necessária. Você pode
aumentar ou diminuir instantaneamente a escala desses recursos para ajustar a
capacidade de acordo com a evolução das necessidades empresariais.

Economia de custo

A nuvem permite que você troque despesas fixas (datacenters e servidores


físicos) por despesas variáveis e pague apenas pela TI consumida. Além disso, as
despesas variáveis são muito menores do que as que você pagaria por conta própria
devido às economias de escala.

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4. AS DESVANTAGENS

Computação em Nuvem:
 Alto consumo de energia: Apesar de ser mais eficiente que data centers
tradicionais, a nuvem ainda consome muita energia, principalmente em data
centers refrigerados a ar.
 Localização dos data centers: A localização dos data centers pode ter um
impacto ambiental significativo, especialmente se estiverem em áreas com
fontes de energia não renovável ou com problemas de escassez de água.
 Emissões de carbono: A construção e operação de data centers geram
emissões de carbono, mesmo com o uso de energia renovável.
 Dependência de infraestrutura: A computação em nuvem depende de uma
infraestrutura física extensa, que pode ter impactos negativos no meio
ambiente.
 Segurança de dados: A migração de dados para a nuvem pode aumentar os
riscos de segurança e privacidade.

Mudanças Climáticas:

 Vulnerabilidade a desastres naturais: Data centers podem ser vulneráveis a


eventos climáticos extremos, como inundações, furacões e incêndios
florestais.
 Aumento da demanda por energia: O aumento do uso de TI pode contribuir
para o aumento da demanda por energia, especialmente se não forem
utilizadas fontes renováveis.
 Escassez de recursos: A produção de hardware e software de TI pode
consumir recursos naturais escassos, como água e metais preciosos.

Arquitetura de Computadores:

 Complexidade: A implementação de soluções de TI verde pode ser complexa


e exigir um alto nível de expertise.

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 Custo: As soluções de TI verde podem ser mais caras do que as soluções
tradicionais, especialmente no curto prazo.
 Compatibilidade: As soluções de TI verde podem não ser compatíveis com
todos os sistemas e softwares existentes.
 Desempenho: Em alguns casos, as soluções de TI verde podem ter um
desempenho inferior às soluções tradicionais.

Outras desvantagens

 Falta de padronização: Não existe um padrão único para a TI verde, o que


pode dificultar a comparação de diferentes soluções.
 Falta de conhecimento: Muitas empresas e profissionais ainda não têm o
conhecimento necessário para implementar soluções de TI verde.
 Falta de incentivos: Os incentivos para a adoção da TI verde ainda são
insuficientes em muitos países.

Observação: É importante ressaltar que as vantagens da TI verde geralmente


superam as desvantagens. A longo prazo, a adoção de práticas de TI verde pode
levar a uma redução significativa dos custos e dos impactos ambientais.

Implantação global em questão de minutos

Com a nuvem, você pode ampliar as atividades para novas regiões


geográficas e implantar globalmente em minutos. Por exemplo, a AWS tem
infraestrutura em todo o mundo, o que permite que você implante aplicativos em
vários locais físicos com apenas alguns cliques. Aproximar os aplicativos dos
usuários finais reduz a latência e melhora a experiência desses usuários.

Tipos de computação em nuvem

Os três principais tipos de computação em nuvem são infraestrutura como


serviço, plataforma como serviço e software como serviço. Cada tipo de computação
em nuvem oferece diferentes níveis de controle, flexibilidade e gerenciamento para
que você possa selecionar o conjunto certo de serviços para as suas necessidades.

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Infraestrutura como serviço (IaaS)

A Infraestrutura como um serviço, às vezes abreviada como IaaS, contém os


componentes básicos da TI em nuvem e, geralmente, dá acesso (virtual ou no
hardware dedicado) a recursos de rede e computadores, como também espaço para
o armazenamento de dados. A Infraestrutura como um serviço oferece a você o
mais alto nível de flexibilidade e controle de gerenciamento sobre os seus recursos
de TI e se assemelha bastante aos recursos de TI atuais com os quais muitos
departamentos de TI e desenvolvedores estão familiarizados hoje em dia.

Plataforma como serviço (PaaS)

Com a Plataforma como um serviço, as empresas não precisam mais


gerenciar a infraestrutura subjacente (geralmente, hardware e sistemas
operacionais), permitindo que você se concentre na implantação e no gerenciamento
das suas aplicações. Isso o ajuda a tornar-se mais eficiente, pois elimina as suas
preocupações com aquisição de recursos, planejamento de capacidade,
manutenção de software, correção ou qualquer outro tipo de trabalho pesado
semelhante envolvido na execução da sua aplicação.

Software como serviço (SaaS)

O Software como um serviço oferece um produto completo, executado e


gerenciado pelo provedor de serviços. Na maioria dos casos, as pessoas que se
referem ao Software como um serviço estão se referindo às aplicações de usuário
final. Com uma oferta de SaaS, não é necessário em como o serviço é mantido ou
como a infraestrutura subjacente é gerenciada, você só precisa pensar em como
usará este tipo específico de software. Um exemplo comum de aplicação do SaaS é
o webmail, no qual você pode enviar e receber e-mails sem precisar gerenciar
recursos adicionais para o produto de e-mail ou manter os servidores e sistemas
operacionais no qual o programa de e-mail está sendo executado.

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Modelos de implantação de computação em nuvem

Nuvem

Uma aplicação baseada na nuvem é totalmente implantada na nuvem e todos


os aspectos da aplicação são executados nela. As aplicações na nuvem ou foram
criadas nela ou foram migradas de uma infraestrutura prévia para usufruírem dos
benefícios da computação em nuvem. As aplicações baseadas na nuvem podem se
beneficiar de fragmentos secundários da infraestrutura ou podem utilizar serviços de
nível superior que reduzem as necessidades de gerenciamento, arquitetura e
escalabilidade da infraestrutura principal.

Híbrida

Uma implantação híbrida é uma maneira de conectar infraestrutura e


aplicações entre recursos da Web e recursos atuais que não se encontram na
nuvem. O método mais comum de implantação híbrida é o que ocorre entre a nuvem
e a infraestrutura local atual para estender e aumentar a infraestrutura de uma
empresa na nuvem enquanto recursos da nuvem são conectados ao sistema
interno. Para obter mais informações sobre como a AWS pode ajudar você com a
sua implantação híbrida, acesse a nossa página híbrida.

On-premises

A implantação de recursos locais, usando ferramentas de gerenciamento de


virtualização e recursos, às vezes é chamada de "nuvem privada". A implantação
local não oferece muitos dos benefícios da computação em nuvem, mas, às vezes, é
preferida por sua capacidade de oferecer recursos dedicados. Na maioria dos casos,
este modelo de implantação é igual à infraestrutura de TI antiga, pois usa

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tecnologias de gerenciamento e virtualização de aplicações para tentar aumentar a
utilização de recursos.

5. CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS

A computação em nuvem está se tornando uma parte essencial da


infraestrutura de TI, oferecendo flexibilidade e escalabilidade. Empresas de todos os
tamanhos estão adotando essa tecnologia para otimizar operações e reduzir custos.
O futuro da computação em nuvem parece promissor, com inovações contínuas
impulsionando seu crescimento.

Os benefícios e desafios da computação em nuvem devem ser


cuidadosamente avaliados para garantir uma implementação eficaz. A segurança, a
conformidade e a integração com sistemas legados continuam sendo pontos de
atenção. No entanto, as oportunidades oferecidas superam os obstáculos, tornando
a computação em nuvem uma tendência duradoura e transformadora.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://blogs.oracle.com/oracle-brasil/post/nuvem-cloud-tecnologia-
sustentavel.

Greenpeace - Clicking Clean: Who is winning the race to build a green


internet?

The Shift Project - Data Centres, Climate Change and the Future of
Computing:

McKinsey & Company - Cloud computing and sustainability: The green


paradox:

Nature Climate Change - The environmental impact of cloud computing:


https://www.nature.com/articles/nclimate2809

IEEE Xplore - Green Computing: Concepts, Taxonomy and Challenges:

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