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Narrativa autobiográfica

Aluno: João Pedro Ganzarolli Lopes


RA: 106081
ADM 8C

O Trio

Durante meu período escolar, sempre estudei no período da tarde. Meus pais se
revezavam para levar eu e meus irmãos, Henrique e Beatriz, para a escola que tinha início
às 13:30 e término às 19h. Moravamos no interior de São Paulo, na cidade de Campinas e
estudávamos em Valinhos, a qual é bem próxima da região onde estávamos. Devido ao
horário bem completo, eu e meus irmãos praticavamos esportes apenas no fim de semana.
Eu e Henrique jogávamos futebol todas as manhãs de sábado, enquanto a Bê (apelido
como costumamos chamá-la) aproveitava suas aulas de dança. Apesar de muita diversão e
alegria enquanto praticava esportes, meu momento de maior felicidade e alegria era estar
junto a meu irmão e minha irmã. Não sei se era pela nossa conexão desde a nossa
formação na barriga de nossa mãe ou por sermos trigêmeos e termos um laço muito forte e
estabelecido, mas sempre foram os momentos mais alegres durante toda a minha infância,
estar com eles sempre foi um grande prazer.
Ao longo dos anos, obviamente, vai se criando uma relação com diferentes grupos
de amigos e o distanciamento entre os irmãos costuma acontecer de maneira mais
profunda. Eu sempre fui voltado para os esportes, a Bê para temas do público feminino e
Henrique para videogames. Nossas amizades eram diferentes, nossas atividades eram
diferentes e personalidades diferentes. Portanto, com esse cenário, você já deve estar
pensando que houve um afastamento em relação a quando éramos mais jovens. Mas, a
verdade é que foi muito ao contrário, apenas fortalecemos ainda mais a nossa irmandade
pelas diferenças que vivíamos e enfrentávamos.
No início de 2019, eu e meu irmão nos mudamos para São Paulo para fazer
faculdade. Ele iniciaria seus estudos de medicina e eu de administração. Lembro-me dos
primeiros domingos de idas a São Paulo, o quão difícil era a despedida junto a minha irmã
que ficaria em Campinas cursando direito. Desde o início de nossas vidas juntos, idas ao
parquinho, escola, refeições e tantas outras coisas, definitivamente, os próximos anos
seriam muito estranhos para nós. Era sempre uma despedida muito emocionada, contato
frequente comigo e o Henrique e a espera intensa pelo fim de semana para reunir o trio
novamente.
A distância entre eu e meus irmãos, nos fez estabelecermos um laço ainda maior do
que antes. Hoje, temos contato diário, seja para azucrinar e brincar com nossos pais, para
estarmos juntos na torcida pelo timão e, principalmente, comemorarmos as conquistas dos
três.

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