Você está na página 1de 1

Texto I Em minha calça está grudado um

Rara Calma nome


Rosa de Saron que não é meu de batismo ou de
cartório,
O tempo voou, nem percebi um nome... estranho.
Mas sou o mesmo homem que Meu blusão traz lembrete de bebida
Um dia você conheceu que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de
A canção não esqueci cigarro
O menino que há em mim que não fumo, até hoje não fumei.
Nasceu para cantar Minhas meias falam de produto
Chora como nunca, ao sentir que nunca experimentei
Ainda estamos juntos aqui mas são comunicados a meus pés.
[...]
Abro o coração Por me ostentar assim, tão orgulhoso
Coloco-me aos Seus pés de ser não eu, mas artigo industrial,
Noite escura agora é manhã peço que meu nome retifiquem.
E falo com rara calma Já não me convém o título de homem.
Sou o que sou, sei que sou fraco Meu nome novo é coisa.
Mas sempre tive Você aqui perto de Eu
mim sou
a
O espelho me diz que envelheci
E que mal pode existir
Em ter histórias pra contar
Dos amigos que aqui fiz
Quanta coisa se passou
Ainda estamos juntos aqui

Abro o coração
Coloco-me aos Seus pés
Noite escura agora é manhã
E falo com rara calma
Sou o que sou, sei que sou fraco
Mas sempre tive Você aqui perto de
mim

Então eu
Abro o coração
coisa, coisamente.
Coloco-me aos Seus pés
Noite escura agora é manhã
Carlos Drummond de Andrade
E falo com rara calma
Sou o que sou, sei que sou fraco
Mas sempre tive Você aqui perto de
Texto III
mim

Texto II
Eu, Etiqueta

Você também pode gostar