Você está na página 1de 9

Trabalho de investigação apresentado à Universidade

Católica Portuguesa no âmbito da Unidade Curricular


Seminário de Investigação em Psicologia I.

Julia Shimizu Almeida | 221923072


Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais
2023

Julia Shimizu Almeida

Sob a Orientação da Prof.ª Doutora Ângela Leite.


1. Objetivo:
Objetivo geral: Investigar a relação entre empatia, infidelidade e avaliação

do relacionamento amoroso.

Objetivo específico 1: Avaliar a associação entre empatia e a infidelidade,

bem como as diferenças dos seus valores médios em função das variáveis

sociodemográficas e relacionais.

Objetivo específico 2: Testar a correlação entre empatia e avaliação do

relacionamento amoroso, assim como as diferenças dos seus valores médios em

função das variáveis sociodemográficas e relacionais.

Objetivo específico 3: Estudar a ligação entre infidelidade e avaliação do

relacionamento amoroso, bem como as diferenças dos seus valores médios em

função das variáveis sociodemográficas e relacionais.

Hipóteses:

H0: Empatia, infidelidade e avaliação do relacionamento correlacionam-se de forma

significativa.
H1.1: A empatia correlaciona-se negativamente com a infidelidade. (Wilkinson &

Dunlop, 2021)

H1.2: As mulheres apresentam valores mais elevados na empatia; os homens

apresentam valores mais elevados de infidelidade. (Lopes et al., 2020)

H1.3: Pessoas mais velhas apresentam valores mais elevados de empatia; pessoas mais

novas apresentam valores mais elevados de infidelidade. (Bailey et al., 2020)

H1.4: Pessoas com menos escolaridade apresentam valores menos elevados de


infidelidade; pessoas com mais escolaridade apresentam valores mais elevados de
empatia. (Kaplánová, & Gregor, 2019)
H1.5: Pessoas que se encontram dentro de um relacionamento apresentam valores mais
elevados de empatia. (Atkins et al, 2001)

H1.7: Pessoas que terminaram a própria relação romântica apresentam valores

mais elevados de empatia. (Betzler, 2020)

H1.8: Pessoas que estão há mais tempo em uma relação amorosa apresentam valores

mais elevados de empatia; pessoas que estão há menos tempo em um relacionamento

apresentam valores menos elevados de infidelidade. (David et al 1999).

H1.9: Pessoas com maior grau de sofrimento pós-término apresentam valores

mais elevados de empatia; pessoas com menor menor grau de sofrimento apresentam

valores mais elevados de infidelidade. (Perilloux & Buss 2008)

Amostra

Neste estudo utilizou-se uma amostragem não probabilística, sendo assim pouco

representativa da população geral, por conveniência, onde a escolha de sujeitos foi

realizada tendo em conta a sua proximidade, local e momento, sendo questionários

enviados através de plataformas digitais. A amostra é constituída por X sujeitos de


nacionalidade brasileira, com idades compreendidas entre 18 e 76 anos,

maioritariamente do sexo feminino, sendo a média de idades de 28,5 anos, e a

maioria já havia passado por uma separação romântica, resultados evidenciados na

tabela 2.

Tabela 1
Caracterização sociodemográfica da amostra (N= 29)

Variáveis Respostas n

Gênero Masculino 4
13,8

Feminino 25
86,2

Tabela 2
Caracterização relacional da amostra (N= 29)

Variáveis Respostas n
%

Separação romântica Sim 28


96,5

Não 1
3,4
2. Medidas e Instrumentos

5.1 Descrição dos instrumentos:

Escala de Intenções frente à Infidelidade (EII; Intentions Toward Infidelity Scale)

O Intentions Toward Infidelity Scale foi elaborado por Jones et al. (2011), procurando

avaliar a probabilidade de trair um(a) parceiro(a) com quem se esteja em um

relacionamento amoroso. O inventário inclui 7 questões, com itens como: “Seria

infiel com meu parceiro(a) se soubesse que não seria descoberto?” ; “Contaria a meu

parceiro(a) que fui infiel a ele/ela?”, que são respondidos em escala de sete pontos,

variando de -3 (nada provável) +3 (extremamente provável). Este inventário

apresenta um alfa de 0.77. Este instrumento está traduzido, adaptado e validado para

a população brasileira.

Escala de Avaliação Dimensional da Empatia (EAD)

A empatia é um construto psicológico definido como uma resposta afetiva de origem

evolutiva da forma mais apropriada frente à situação do outro do que da própria

pessoa em si (Davis, 1983; Hoffman, 2000 apud Formiga et al., 2013). Desta forma,

uma pessoa empática, se caracteriza como sendo capaz de experimentar as emoções

e/ou adotar o ponto de vista da outra pessoa. Nesse sentido, foi utilizado da escala de

empatia desenvolvida por Davis (1983), conhecida como Escala Multidimensional

de Reatividade Interpessoal (EMRI), como base teórica para o desenvolvimento do

instrumento.

A definição que foi utilizado no construto é a de que empatia se define como a ação ou

reação tomada perante um acontecimento, associados a uma mobilização afetiva

(relacionada a estados emocionais compartilhados), a um processamento cognitivo


(referente à capacidade de compreender a perspectiva do outro) e a respostas

comportamentais. (Azevedo, 2014 cit in XXXX, ano).. Escolheu-se essa definição

por acreditar que retrata de forma completa tanto o construto da empatia como as

suas dimensões.

Escala de Avaliação de Relacionamento ( Relationship Assessment Scale)

Contendo sete itens, resultando em um escore que varia de 7 a 35 e avalia a

satisfação no relacionamento; apresenta boa consistência interna (alfa = 0,86) e

validade preditiva, distinguindo significativamente os casais que permanecem

unidos daqueles que rompem; Todos os itens da escala distinguiram

significativamente indivíduos saudáveis daqueles com amor patológico.

3. Procedimentos:

Para o presente estudo foi utilizado um questionário misto, contendo três diferentes

instrumentos devidamente validados para a população brasileira, com escalas tipo

Likert com variação de 5 a 7 pontos. Além de um questionário sociodemográfico e

outro relacionalpara o mapeamento da população, contendo perguntas sobre idade,

estado civil, relacionamentos anteriores e grau de sofrimento em caso de separação,

serão também aplicadas as XXXXXXXXXXXX. Tal questionário foi desenvolvido

com base em revisão de literatura e análise de validação de instrumentos. Utilizando

uma abordagem de amostragem não probabilística por conveniência, foram

recrutados participantes através de plataformas online. As respostas foram coletadas

por meio da plataforma Google Forms durante um período de quinze

dias.Limitações incluíram a natureza não probabilística da amostra, que poderia

limitar a generalização dos resultados, bem como a possibilidade de viés nas

respostas dos participantes.


Análise estatística

Estatística descritiva,

Estatística inferencial testes de diferença (Qui-quadrado, T -test e F ANova)

Correlações

Referências:

Berti, M., Zilberman, M., Sophia, C., Gorenstein, C., Pereira, A., Lorena, A., Mello, C.,
Cordás, T., & Tavares, H. (2010). Artigo original Validação de escalas para avaliação do
amor patológico Validation of scales for pathological love assessment.
Gouveia, V. V., Monteiro, R. P., Nascimento, B. da S., Brito, T. R. de S., Rezende, A. T., &
Ribeiro, M. G. C. (2018). Propriedades Psicométricas da Escala de Intenções Frente à
Infidelidade (EII). Psico-USF, 23(2), 295–305. https://doi.org/10.1590/1413-
82712018230209
Hernandez, J. A. E. (2014). Evidências de validade da Escala de Avaliação do
Relacionamento. Estudos de Psicologia (Campinas), 31(3), 327–336.
https://doi.org/10.1590/0103-166x2014000300001
Almeida, T. C., & Fernandes, F. (2022). The Infidelity Scale: Psychometric properties and
gender invariance among Portuguese adults. Suma Psicológica, 29(2), 110–118.
https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=134275312003
Hendrick, S. S. (1988). A Generic Measure of Relationship Satisfaction. Journal of Marriage
and Family, 50(1), 93–98. https://doi.org/10.2307/352430

Wilkinson, D. E., & Dunlop, W. L. (2021). Both sides of the story: Narratives of romantic
infidelity. Personal Relationships, 28(1), 121-147. https://doi.org/10.1111/pere.12355

Lopes, G. S., Holub, A. M., Savolainen, J., Schwartz, J. A., & Shackelford, T. K. (2020). Sex
differences in cognitive and moral appraisals of infidelity: Evidence from an experimental
survey of reactions to the petraeus affair. Personality and Individual Differences, 156,
109765.
Bailey, P. E., Brady, B., Ebner, N. C., & Ruffman, T. (2020). Effects of age on emotion
regulation, emotional empathy, and prosocial behavior. The Journals of Gerontology: Series
B, 75(4), 802-810.
Kaplánová, A., & Gregor, A. (2019). Guilt-and shame-proneness and their relation to
perceptions of dating infidelity. Studia psychologica, 61(3), 145-158.
Haseli, A., Shariati, M., Nazari, A. M., Keramat, A., & Emamian, M. H. (2019). Infidelity
and its associated factors: A systematic review. The journal of sexual medicine, 16(8), 1155-
1169.
Betzler, M. (2020). The relational value of empathy. In The Value of Empathy (pp. 15-39).
Routledge.
Davis, M. H., & Oathout, H. A. (1987). Maintenance of satisfaction in romantic relationships:
Empathy and relational competence. Journal of personality and social psychology, 53(2),
397.
Long, E. C., Angera, J. J., Carter, S. J., Nakamoto, M., & Kalso, M. (1999). Understanding
the one you love: A longitudinal assessment of an empathy training program for couples in
romantic relationships. Family Relations, 235-242.
H 5: Atkins, D. C., Baucom, D. H., & Jacobson, N. S. (2001). Understanding infidelity:
correlates in a national random sample. Journal of family psychology, 15(4), 735.
Perilloux, C., & Buss, D. M. (2008). Breaking up romantic relationships: Costs experienced
and coping strategies deployed. Evolutionary Psychology, 6(1), 147470490800600119.

Você também pode gostar