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ROTEIRO

Peça Teatral (Pequeno Príncipe)

(Todas as flores ficam em pé no centro do cenário.)


Pequeno Príncipe: Boa tarde!
Cobra: Boa tarde!
Pequeno Príncipe: Em que planeta me encontro?
Cobra: Na Terra, na África.
Pequeno Príncipe: Ah, e não há mais ninguém na Terra?
Cobra: Aqui é o deserto, não há ninguém nos desertos, a Terra é
grande.
Pequeno Príncipe: As estrelas são iluminadas, será que ela
brilham para um dia cada um possa encontrar a sua? Olha o meu
planeta! Ele está bem acima de nós, mas como ele está longe.
Cobra: teu planeta é belo, o que veio fazer aqui?
Pequeno Príncipe: Tive problemas com uma flor, tú és um
bichinho engraçado, fino como um dedo.
Cobra: Tenho pena de ti, tão fraco nessa Terra de granito, posso
te ajudar um dia, se tiver com muita saudade do teu planeta, eu
posso.
Pequeno Príncipe: Oh, eu te compreendo muito bem, mas porquê
fala sempre por enigmas?
Cobra: Eu os resolvo, todos.

(A cobra sai)

Todas as flores ficam em pé no centro do cenário, e o pequeno


príncipe anda vagarosamente (toca-se uma música instrumental
lenta), ele vai em direção as flores e pergunta:
Pequeno Príncipe: oiiiiii?
Flor 1: olá!
Pequeno Príncipe: você sabe onde posso encontrar os homens
desse planeta?
Flor 1: os homens? hummmmm, eu acho que existe uns seis ou
sete, faz muito tempo que não vejo nenhum.
Flor 2: não se sabe aonde se encontram.
Flor 3: o vento levam todos embora.
Flor 4: os homens não tem raízes, eles não gostam de raízes.
Pequeno Príncipe: quem é você?
Flor 3: não percebe?
Pequeno Príncipe: não!
Flor 3: sou uma rosa!
Pequeno Príncipe: uma rosaaaa?
Todas as flores: simmmmmmmm somos rosa!
Pequeno Príncipe: minha nossa, quantas são?
Todas as flores: 10, 30, 20, 40, 20, 50...
Pequeno Príncipe: puxa... Minha flor me disse que ela era a única
de sua espécie em todo o universo, mas agora vejo várias flores
iguais a ela... Eu me achava importante por ter uma flor sem
igual, mas agora vejo que não sou um príncipe tão grande
assimmm!
Todas as flores: nãoooooo, ele não é um príncipe tão grande
assimmm (em tom de deboche)
Pequeno Príncipe: pensei que eu fosse rico, pensei que eu
tivesse uma flor sem igual.
Todas as flores: uma flor sem igual!
Pequeno Príncipe: mas tudo que eu tinha era uma flor e três
vulcões
Todas as flores: três vulcões?
Pequeno Príncipe: Isso não me faz ser um grande príncipe no é
mesmo?
O pequeno príncipe vagarosamente se ajoelha (toca-se uma
musica instrumental lenta), quando ele estiver ajoelhado irá
coçar os olhos como se estivesse chorando, neste momento
todas as flores também se ajoelham, depois de alguns segundos,
e ainda com todos ajoelhados entra em cena a raposa.
Raposa: bom dia!
Pequeno Príncipe: bom dia!
Raposa: você é príncipe?
Pequeno Príncipe: sou!
Raposa: Eu sou uma raposa!
Pequeno Príncipe: Tú és bem bonita, vem brincar comigo! Estou
tão triste.
Raposa: Eu não posso brincar contigo, não me cativaram ainda.
Pequeno Príncipe: Ah, desculpa, mas o que quer dizer CATIVAR?
Raposa: É algo que quase sempre é esquecido, significa criar
laços.
Pequeno Príncipe: Criar laços?
Raposa: Tú não és ainda para mim, se não um garoto
inteiramente igual a 100 mil outros garotos, e eu não tenho
necessidade dê ti, e tú também não tens necessidade de mim, eu
passo a teus olhos de uma raposa, como as 100 mil outras
raposas, mas sse tú me cativares, nós teremos necessidades um
do outro, serei para ti única no mundo e tú serás para mim único
no mundo.
Pequeno Príncipe: Começo a compreender, existe uma flor, eu
creio que ela me cativou.
Raposa: É possível, vê-se tanta coisa na Terra.
Pequeno Príncipe: Oh, não foi na Terra!
Raposa: Foi em outro planeta?
Pequeno Príncipe: Sim.
Raposa: Há caçadores nesse planeta?
Pequeno Príncipe: Não.
Raposa: E galinhas?
Pequeno Príncipe: Também não.
Raposa: Nada é perfeito, minha vida é monótona, eu caço as
galinhas e os homens me caçam, mas se tu me cativas, minha
vida será, como cheia de sol, por favor, cativas-me.
Pequeno Príncipe: O que é preciso fazer.
Raposa: É preciso ser paciente, tu te sentarás primeiro, um
pouco longe de mim, assim na relva, eu te olharei com um canto
do olho e tu não dirás nada.
Pequeno Príncipe: Preciso partir agora.
Raposa: Ah, eu vou chorar!
Pequeno Príncipe: A culpa é tua, eu não queria te fazer mal, mas
tu quisestes que eu te cativasse.
Raposa: Vai rever as rosas? Assim compreenderás que a tua é a
única no mundo. Tú voltarás para me dizer adeus e eu te direi um
segredo.
Pequeno Príncipe: Vós não sois absolutamente iguais a minha
rosa, vós nãos sois nada ainda, ninguém ainda vos cativou, nem
cativastes ninguém, sois como era a minha raposa, era uma
raposa como 100 mil outras, mas eu a tornei minha amiga, agora,
ela é a única no mundo, sois bela, mas vazias, já que ela é a
minha rosa, adeus.
Raposa: Eis o meu segredo, é muito simples, só se vê bem com o
coração, o essencial é invisível aos olhos.
Pequeno Príncipe: O essencial, é invisível aos olhos?
Raposa: Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez tua
rosa tão importante.
Pequeno Príncipe: Foi o tempo que perdi com a minha rosa que a
fez tão importante.
Raposa: Os homens esqueceram esta verdade, mas tu não deves
esquecer, tu te tornas totalmente responsável por aquilo que
cativas, tu es responsável pela tua rosa.
Pequeno Príncipe: Eu sou responsável pela minha rosa.

MÚSICA E COREOGRAFIA “CATIVAR”

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