Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Personagens:
Capítulos:
III História sobre o planeta de onde veio o Pequeno Príncipe XVIII- a partida do PP
IV Baobás
V A Rosa
IX Planeta do Bêbado
X Planeta do Empresário
XV Raposa
I Apresentação/Pouso de emergência no deserto do Saara
Narrador:Um dia, seis anos atrás, um aviador ficou perdido no deserto do Saara. Alguma
coisa quebrou no motor de seu avião, e como ele estava viajando sozinho, tinha que
consertar por conta própria. Mas ele só tinha água para sobreviver por oito dias! No primeiro
dia, ele adormeceu na areia, e foi acordado por uma pessoinha especial.
II Desenho do carneiro
PP: Ah não, esse está muito velho. Quero um carneiro que viva muito tempo!
PP: (alegre) Ahh! Era assim mesmo que eu queria! Obrigado! Será que come muito capim
Narrador: E foi assim que o aviador conheceu o Pequeno Príncipe! Ele estava ali no deserto,
mas na verdade veio de outro planeta, um planetinha muito pequeno, um pouco maior do que
uma casa!
O planetinha de onde o Pequeno Príncipe veio é o asteroide B612. Estou falando o número
pra vocês por causa das pessoas grandes. Elas adoram os números! Quando a gente fala de
um novo amigo, elas nunca querem saber do essencial. Não perguntam: "Qual é o som da
sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que ele coleciona borboletas? "Mas
perguntam: "Qual é sua idade? Quantos irmãos tem ele? Quanto pesa? Quanto ganha seu
V Baobás
Aviador: Sim.
PP: Ah, que bom! Então eles comem também os baobás, né?
Aviador:É verdade. Mas por que você quer que o carneirinho coma os baobás pequenos?
(os dois continuam fingindo que conversam, enquanto o aviador faz um desenho)
Narrador: No planeta do principezinho existiam ervas boas e ervas más, assim como em
todos os planetas. Ervas boas de sementes boas, e ervas más de sementes más. Só que as
sementes são invisíveis! Elas ficam dormindo escondidas na terra, até que uma resolva
despertar. Se é uma roseira ou um rabanete, podemos deixar que cresça à vontade, mas se
gente não arranca o baobá quando é novinho, ele cresce demais e fica cada vez mais difícil!
E se o planeta for muito pequeno e tiver muitos baobás, ele acaba rachando!
diferenciem das roseiras, com as quais muito se parecem quando pequenos. É um trabalho
Mas no meu planeta também tem flores! Tem uma que eu amo, e é única em todo o
V A Rosa
Narrador: Vamos conhecer melhor o planeta do Pequeno Príncipe e esta flor que ele ama?
Uma manhã, ele viu um broto que não conhecia, e ficou vigiando, porque poderia ser
uma nova espécie de baobá. Mas o arbusto logo parou de crescer, e dele saiu um enorme
botão! Depois de vários dias, a flor finalmente se abriu.
Rosa: Não é? E nasci junto com o sol. Você poderia cuidar de mim?
Rosa: Tenho horror às correntes de ar. Você não tem, por acaso, um paravento?
PP: Paravento?
Rosa: Sim. E à noite, me coloque sob uma redoma. Faz muito frio neste seu planeta
Narrador: Um dia, o Pequeno Príncipe resolveu partir de seu planeta. Ele arrancou os
últimos brotos de baobá, e deu adeus à sua querida rosa. Não sabia se iria voltar. De lá, ele
Rei: Ah! Um súdito! Chegue mais perto para que eu possa te ver melhor!
PP: Não consegui evitar. Fiz uma longa viagem e não dormi ainda...
Rei: Então, eu te ordeno que bocejes. Faz anos que não vejo ninguém bocejar! Os bocejos
PP: Eu queria ver um pordosol... pode me fazer esse favor? Ordena ao sol que se ponha…
Rei: Você terá seu pordosol, eu o exigirei. Mas vou esperar que as condições sejam
favoráveis. Isso será por volta de… por volta de seis horas, esta noite! E você verá como sou
bem obedecido.
PP: (aborrecido) Acho que não tenho mais o que fazer por aqui. Vou continuar minha viagem.
Rei: Não, não parta! Posso te fazer ministro! Ministro da Justiça, que tal?
vaidoso.
Vaidoso: É para agradecer! Para agradecer quando me aclamam. Infelizmente não passa
(PP bate as mãos, e o vaidoso agradece erguendo o chapéu. Repete várias vezes)
Vaidoso: Admirar significa reconhecer que eu sou o homem mais belo, mais rico, mais
PP:(dando de ombros e indo embora) Eu te admiro. Mas como isso pode te interessar?
IX Planeta do Bêbado
Bêbado: Eu bebo.
X Planeta do Empresário
Narrador: Depois disso, o Pequeno Príncipe chegou no planeta do homem de negócios. Ele
estava tão ocupado que nem levantou a cabeça para ver quem tinha chegado.
Empresário: (fazendo contas em um caderno) Três e dois são cinco. Cinco e sete, doze.
Doze e três, quinze. Bom dia. Quinze e sete, vinte e dois. Vinte e dois e seis, vinte e oito.
Vinte e seis e cinco, trinta e um. Uf! São pois quinhentos e um milhões, seiscentos e vinte e
Empresário: Hem? Ainda está aqui? Quinhentos e um milhões de... eu não sei mais ...
Tenho tanto trabalho. Sou um sujeito sério, não me preocupo com ninharias! Dois e cinco,
sete...
Empresário: Faz cinquenta e quatro anos que moro neste planeta e só fui incomodado três
vezes. A primeira vez foi há vinte e dois anos, por um besouro caído não sei de onde. Fazia
um barulho terrível, e cometi quatro erros na soma. A segunda foi há onze anos, por uma
crise de reumatismo. Falta de exercício. Não tenho tempo para passeio. Sou um sujeito sério.
PP:Milhões de quê?
PP: Moscas?
PP: Abelhas?
Empresário: Também não. Essas coisinhas douradas. Mas eu sou um sujeito sério. Não
Narrador: O quinto planeta que o príncipe visitou era muito curioso. Era o menor de todos.
para que servia um lampião naquele planeta sem casas e sem gente, por isso foi conversar
Acendedor: É o regulamento. Bom dia. (apaga). Eu executo uma tarefa terrível. Antigamente
era razoável. Apagava de manhã e acendia à noite. Tinha o resto do dia para descansar e o
Acendedor: O regulamento não mudou. Aí é que está o problema! O planeta gira cada vez
PP: E então?
Acendedor: Agora, que ele dá uma volta por minuto, não tenho mais um segundo de
PP: Eu sei de um modo para que descanse quando quiser. Seu planeta é tão pequeno, que
pode dar a volta com três passos. Então basta andar bem devagar pra ficar sempre ao sol.
Acendedor: Isso não adianta muito, o que eu mais gosto na vida é de dormir.
Narrador: O sexto planeta era dez vezes maior. Era habitado por um velho que escrevia
livros enormes.
montanhas, os desertos.
PP: É bem interessante... O seu planeta é muito bonito. Tem oceanos nele?
Geógrafo: É claro, mas não sou explorador. Estou com uma falta absurda de exploradores.
Não é o geógrafo que vai contar as cidades, os rios, as montanhas, os mares, os oceanos,
os desertos. O geógrafo é muito importante para ficar passeando. Não deixa a escrivaninha
Geógrafo:Não. Seria muito complicado. Mas se exige que explorador forneça provas.
Tratandose, por exemplo, de uma grande montanha, ele trará grandes pedras.
PP: Ah! Onde eu moro não é muito interessante... é muito pequeno. Tenho uma flor.
Geógrafo: Porque as flores são efêmeras. Elas podem desaparecer a qualquer momento.
Narrador: Neste momento, o Pequeno Príncipe se sentiu culpado por ter abandonado sua
amada flor, tão frágil. Ele resolveu então visitar o planeta Terra, sugerido pelo geógrafo.
Narrador: Quando chegou na Terra, o principezinho ficou muito surpreso de não ver
ninguém. Já estava achando que tinha se enganado de planeta, quando viu uma serpente se
remexendo na areia.
Serpente: Aqui tem de tudo, inclusive maluco. Porém, tem muito mais coisa mana, A Terra é
grande.
PP:As estrelas são todas iluminadas... Não será para que cada um possa um dia encontrar a
sua? Olha o meu planeta: está bem em cima de nós... Mas como está longe!
Serpente: não sei o que você usou mas deve ser bom, queria visitar seu planeta um dia.
PP:não achei que teria tantos homens. Não estou acostumado com isso.
Serpente: os homens também não se acostumaram, por isso temos tantas guerras e brigas
desnecessárias.
Serpente: garoto se manca, eu tenho dinheiro e sou poderosa como o dedo de uma
kardashian.
PP:Nãoétãopoderosaassim,nãotemnempatas,nãopodeviajar...
Aquele que eu toco, eu o devolvo à terra de onde veio. Mas você aqui é considerado frágil e
imaturo, vem de uma estrela... Tenho pena de você, tão fraco, nessa Terra de valorização do
errado, de práticas maldosas e guerra constante. Posso te ajudar um dia, se tiver muita
saudade do seu planeta, só fazer um pix.
PP: Oh! Eu compreendi muito bem. Mas por que sempre fala por enigmas?
pequeno príncipe descobriu uma estrada. E as estradas vão todas na direção dos homens.
Então ele chegou em um jardim de rosas, e ficou surpreso! Eram todas iguais à sua flor. O
principezinho se sentiu extremamente infeliz. Ele achava que sua flor era única, e então viu
XV Raposa
Raposa: É uma coisa muito esquecida. Significa "criar laços. Para mim, você ainda é um
garoto qualquer , E eu não preciso de você ,assim como você não precisa de mim ,mas caso
você me cative ,precisaremos um do outro ,como se fossemos únicos um para o outro
PP: Começo a compreender. Conheço uma flor... eu acho que ela me cativou...
Raposa: É possível.
parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas
se você me cativa, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de
passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O
seu me chamará para fora da toca, como se fosse música. Por favor... me cative.
PP: Eu bem que gostaria, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas
Raposa: A gente só conhece bem as coisas que cativou. Os homens não têm mais tempo de
conhecer nada. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos,
Raposa: É preciso ser paciente. Primeiro você vai se sentar um pouco longe de mim, assim,
na grama , Eu te olharei com o canto do olho e você não dirá nada. E, cada dia, se sentará
mais perto...
Raposa:Vai rever as rosas. Você vai compreender que a sua é a única no mundo.
Raposa: Adeus, amigo. Tenho um segredo para você. É muito simples: só se vê bem com o
homens esqueceram essa verdade, mas você não deve esquecer. Você se torna
eternamente responsável por aquilo que cativa. Você é responsável pela rosa.
Narrador: Agora vamos voltar para o aviador. O avião ainda estava quebrado, e a água
estava quase no fim. Os dois estavam com sede, então resolveram buscar um poço. O
aviador estava desanimado, pois não acreditava que iriam encontrar um poço no meio do
(pausa)
As estrelas são belas por causa de uma flor que não se vê... O deserto é belo, também. O
que torna o deserto belo é que ele esconde um poço em algum lugar.
Aviador: Tanto as estrelas quanto o deserto, o que faz a sua beleza é invisível!
XVII O poço
Narrador: O aviador então entendeu o que ele havia buscado! Essa água era muito mais que
PP: Os homens do seu planeta cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram
o que procuram.
PP: E no entanto o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa, ou num pouquinho
de água.
Aviador: É verdade.
para voltar para seu planeta. O aviador conseguiu consertar seu avião e também ia poder
PP: Está noite eu voltarei para minha casa. Mas por favor, não venha me ver. Eu parecerei
sofrer, eu parecerei morrer. É assim. Não venha ver. Não vale a pena.
PP: Não vai ser bom pra você, você vai sofrer. Eu parecerei morto e não será verdade. Você
entende, é longe demais. Eu não posso carregar esse corpo. É muito pesado. Mas será
como uma velha casca abandonada. Uma casca de árvore não é triste. Será bonito, sabe?
(sentamse)
Narrador: O principezinho então partiu. O aviador ficou na Terra, mas sempre que olha para
as estrelas se lembra do seu amigo. Para ele, é como se todas as estrelas estivessem
floridas.