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Resumo do Livro O Pequeno Principe:

Análise Completa da Obra


 Equipe MdL
 26/03/2021
 Resumos e Resenhas
A história do príncipe que deixou o seu pequeno planeta em viagem para descobrir o
universo e a si mesmo já encanta crianças e adultos ao redor do mundo há mais de 70
anos.

Escrito e ilustrado por Antoine de Saint-Exupéry, “O Pequeno Príncipe” é uma obra


sensível e cativante.

Ela narra as aventuras de um inocente príncipe de um asteroide distante. Ao longo de


suas aventuras, ele conhece diversos personagens que, em seus próprios mundos, têm
muito a ensinar para o garoto e para nós, leitores.

O livro O Pequeno Príncipe (Le Petit Prince)


Sua publicação foi em 1943 nos Estados Unidos, em inglês e francês. Nos seus quase 80
anos de existência, o livro já foi traduzido para mais de 200 idiomas e é o terceiro livro
mais traduzido e adaptado do mundo, atrás apenas do Alcorão e da Bíblia.

Além disso, a singela história já teve adaptações cinematográficas diversas, bem como
peças de teatro e seriados animados.

Cada versão renova na mente coletiva essa narrativa brilhante e que nos ensina tanto
sobre a vida adulta e a importância da criança interior. Justamente por isso decidimos
trazer esse resumo para que você conheça essa incrível aventura.

Lições essenciais
A obra é famosa por suas reflexões sobre amizade, amor, solidão, e perda. Elas
permeiam o imaginário coletivo e já foram reproduzidas de diversas formas. Frases
famosas como “o essencial é invisível aos olhos” foram proferidas por personagens
carismáticos eternizados em nossa cultura.

O livro o Pequeno Príncipe ultrapassa a classe de narrativa lúdica e infantil para ser um
marco Ocidental quando tratamos de análise e crítica social, psicanálise e
autoconhecimento.

Por trás das inocentes viagens e devaneios do príncipe loiro que não desiste de uma
pergunta, residem em profundos questionamentos sobre o cotidiano e nossas vidas.

Literatura atemporal
Repetidas vezes, seja nos personagens encontrados ao longo do caminho ou em
situações que o príncipe observa, somos colocados frente a frente com características
humanas e personalidades diversas.

Por mais que o livro tenha sido escrito numa época extremamente diferente, suas
críticas e apontamentos sobre a natureza humana nunca deixam de ser atuais. Pelo
contrário, os problemas evidenciados por Exupéry na obra são ainda mais agudos nos
dias de hoje. A magia da observação e abstração do cotidiano é uma das mais
impressionantes características do livro. Buscamos deixar isso claro no resumo
apresentado abaixo.

Resumo do livro O Pequeno Príncipe, clássico de Antoine


de Saint Exupéry
A história começa com o narrador contando um pouco de suas experiências de vida.
Descobrimos que ele, na infância, começou a aprender a desenhar. Inspirado por livros
de vida selvagem e suas lições sobre hábitos de alimentação das cobras, ele produz o
primeiro desenho de sua vida, intitulado Desenho 1.

Para sua surpresa e decepção, ao mostrar a arte para os adultos, estes não a
compreendiam. O que as pessoas mais velhas julgavam ser um chapéu, na verdade, era
uma cobra jiboia que engoliu um elefante inteiro.

O Desenho 2 foi produzido a fim de explicar o primeiro e permitir aos adultos


entenderem o que viam. Assim, nosso narrador reproduz a imagem anterior, mas desta
vez mostrando o interior da cobra. Isso nos permite ver o elefante no réptil, pronto para
ser digerido.

As pessoas grandes julgavam aquilo como bobagem e aconselhavam o pequeno a


aprender sobre geografia, história, gramática e matemática. Coisas sérias e úteis.

Após este fato, a breve carreira de desenhista da criança se encerrou e ela se tornou um
piloto de aviões. Este aviador, artista interrompido, é o nosso narrador, e se encontra
preso no deserto do Saara após um pouso forçado por problemas em sua aeronave.

Entre o desespero de precisar consertar a máquina para escapar dali e não sucumbir à
sede e fome, ele recebe um pedido inusitado de um visitante inesperado e peculiar.

O Pequeno Príncipe

Quem lhe acorda na solitária noite no deserto é um garoto loiro de vestes coloridas e
excêntricas.

Se já não fosse estranho o suficiente, este lhe pede para desenhr um carneiro. Apesar
dos questionamentos do aviador, a criança na sua frente não desiste do pedido e se
concentra nele.

Como “quando o mistério é impressionante demais, não ousamos desobedecer”, o


narrador decide desenhar o tal carneiro. Entre as pontuações do garoto sobre o estado de
saúde, idade e outras características da criatura que o obrigam a desenhar e redesenhar,
o aviador decide por fazer uma simples caixa e dizer que lá dentro está o carneiro como
o menino pede.

De alguma forma funciona, e o pequeno fica admirado com o carneiro, perfeito como
precisa. A imaginação e sensibilidade daquela criança desperta algo dentro do piloto
artista. Ele inclusive entende o que é uma jiboia engolindo um elefante, apesar de não
ter interesse naquilo, no momento.

As pessoas grandes realmente não sabem muito bem como pensar. As crianças são
quem realmente entendem o mundo.

Entre conversas, o narrador descobre que o pequeno veio dos céus, como ele. Mas… um
pouco diferente. O Pequeno Príncipe vinha de muito distante, e vivia em um pequeno
planeta que o piloto imaginou ser o asteroide B 612.

Os baobás e a rosa

Nos próximos dias no deserto, enquanto o narrador faz esforços para consertar o avião,
ele e o príncipezinho trocam histórias. Logo aprendemos que B 612 era um planetinha
muito pequeno, onde vivia apenas o Pequeno Príncipe.

Ele cuidava de seus três vulcões, um deles adormecido, que não passavam de seu
joelho, e também limpava os brotos de baobás. Estas plantas, que crescem muito e
chegam a alturas e volumes desproporcionais para o diminuto planeta do príncipe,
precisam ser removidas logo cedo, para evitar uma catástrofe global.

Estas informações são reveladas uma vez que, como descobrimos nos diálogos, o
Pequeno Príncipe quer um carneiro justamente para eliminar estes brotos, o que lhe
economizará bastante trabalho.

Mais sobre o planeta onde vive o Pequeno Príncipe é contado pelo próprio, e também
ficamos sabendo da rosa. A rosa vermelha. Ela apareceu em B 612 de forma misteriosa
e,  após muito preparo, desabrochou para exibir toda sua glória e beleza.

O Pequeno Príncipe jamais vira algo tão belo e passou a conhecer e cuidar da bela flor.
Problema é, a rosa não parava de fazer exigências e buscar a atenção do príncipe. Ela
não gostava do vento, e o fez tapá-lo. Sentia frio de noite, e requisitou uma redoma de
vidro. Quando questionada, ela tossia e desviava do assunto.

Isso levou o jovem à exaustão e, após cumprir sua rotina matinal de cuidar do planeta,
ele partiu. Não foi fácil, mas após uma despedida dolorosa para ambos os lados, ele se
foi.

Todas as estrelas no céu

Em sua jornada, o Pequeno Príncipe passa por vários planetas antes de chegar na Terra.
Em cada um dos planetas ele se encontra com um personagem diferente.
Estes exibem personalidades e características muito diferentes e particulares. Cada
encontro é totalmente singular e deixa no príncipezinho uma marca ou semente de
pensamento.

Tais personagens, como é o padrão, nunca são nomeados de forma tradicional. Ao invés
disso, são chamados pelo seu arquétipo ou ofício, sua característica definidora e o que
fazem em seu planeta particular.

Os asteroides 325, 326, 327, 328, 329 e 330 são habitados por, respectivamente:

O rei

No primeiro dos asteroides que encontra, vive um rei. O primeiro planeta é tão pequeno
que o trono e a capa dele o ocupam quase todo, e mal há lugar para o Pequeno Príncipe
sentar. O rei fica muito feliz com a chegada do viajante, afinal, é um súdito.

Para os reis, todos os demais são súditos, por mais que seja apenas ele, seu trono e sua
capa na superfície.

A conversa com o rei é longa, e ele se diz um rei justo, que pede apenas o que seus
súditos podem entregar. Mas logo percebemos que ele apenas pede o que será entregue,
e reajusta suas ordens de acordo com os caprichos do Pequeno Príncipe.

O rei se diz reinar sobre tudo o que há, mas desesperadamente busca sua própria
autoridade.

Entediado, o Pequeno Príncipe decide continuar a viagem. Desesperado, o rei lhe


oferece cargos de autoridade para que fique. Mas, sem o que fazer com tais posições, o
Pequeno Príncipe apenas parte.

O vaidoso

O vaidoso é a pessoa mais bonita, inteligente, bem vestida e rica de todo o planeta!
Porém, neste só há ele. Com a chegada do seu mais novo admirador, afinal, para os
vaidosos todos são seus admiradores, ele pede palmas e holofotes do príncipe.

Logo o Pequeno Príncipe vê que com o vaidoso não há diálogo, ele escuta apenas os
elogios. A interação é breve e logo ele parte para o próximo.

O beberrão

Mais uma interação que se encerra rapidamente. Neste planeta, beberrão apenas bebe,
sentado de frente a uma mesa cheia de garrafas, algumas vazias e outras cheias. Ele
parece cansado e, ao ser questionado por que bebe tanto, se justifica que o faz para
esquecer a vergonha de beber tanto.

Durante sua viagem, o Pequeno Príncipe pensa em como as pessoas grandes, e seus
mundinhos, são estranhas.

O homem de negócios
Com este personagem, o Pequeno Príncipe passa bastante tempo conversando. Suas
ideias e motivações são muito alienígenas para o príncipe.

Homem de negócios passa o tempo a contar, com exatidão, as estrelas ao seu redor. Ele
as conta e as reconta o tempo todo. Segundo ele, elas são suas, uma vez que foi o
primeiro a reclamá-las.

Pequeno Príncipe não entende muito bem porque ele precisa de todas as estrelas. O
homem o informa que é para ficar rico. Para quê? Óbvio, para comprar mais estrelas,
assim que forem encontradas.

O acendedor de lampiões

Neste minúsculo asteroide, os dias possuem apenas um minuto! Aqui o Pequeno


Príncipe conhece o acendedor de lampiões que, dia e noite, deve apagar e acender o
lampião que aqui existe.

Logicamente, a cada minuto ele acende e apaga o objeto uma vez. E no próximo repete
o processo. Ele nunca para de cumprir seu ofício com disciplina, mas seu sonho é poder
descansar.

Ficamos sabendo que nem sempre foi assim. Mas, tragicamente, o asteroide revolve de
tal maneira que, a cada ano, os dias ficam mais curtos. Assim, o acendedor viu sua vida
ser cada vez acender e apagar o lampião.

O geógrafo

Neste enorme planeta, pelo menos para os padrões do Pequeno Príncipe, vive um
estudioso geógrafo.

Com ele, aprendemos sobre o ofício do geógrafo, que é estudar e recordar as coisas. Ele
se ocupa tanto com isso, mas não é que não pode se preocupar em realmente ver as
coisas. Quem o faz são os exploradores. Pessoas como o Pequeno Príncipe, que podem
viajar por aí e trazer relatos.

É com este personagem que o Pequeno Príncipe aprende sobre a Terra e


sua grandiosidade. E, assim, o garoto loiro se dirige para nosso planeta.

Um planeta de homens

Na Terra, o Pequeno Príncipe chega no deserto do Saara. Para sua surpresa ele é o único
habitante. Ele pergunta a uma flor, diferente de sua rosa, que diz os ver muito pouco.
Devem existir menos de uma dezena, segundo ela.

Aqui ele também encontra uma cobra com opiniões agudas, mas sinceras, que diz poder
ajudá-lo caso queira voltar ao seu planetinha.

O planeta é grande e o príncipe passa bastante tempo aqui, explorando os territórios e o


que oferecem. Ele demora a encontrar moradores, e quando os faz encontra dificuldades
em entender por que se movem tanto de um lado para outro e por que precisam
tanto economizar tempo.

A sabedoria da raposa

Aqui ele também encontra a raposa. Este personagem é muito importante na jornada do
Pequeno Príncipe e, com suas colocações sempre carregadas de significado e certeiras,
ensina ao garoto como nós entramos na vida dos outros e os conquistamos.

Essa responsabilidade carregamos para sempre, e os sentimentos compartilhados são


essenciais para as partes.

A raposa ensina para ele sobre compreensão e empatia, mas também sobre as


despedidas. Embora dolorosas, estas são inevitáveis e necessárias, e não apagam os
momentos felizes.

O retorno para o céu

No fim do livro, o Pequeno Príncipe (ou Le Petit Prince), deve voltar para o seu planeta.
Ele entende melhor sua relação com a rosa e quer voltar para seu planeta, cuidar de seus
três vulcões e brotos de baobás.

Embora a despedida seja triste e trágica, o narrador consegue consertar sua aeronave e


poderá voltar a voar. Eles compartilham água, e o príncipe, em mais uma lição para o
crescido piloto, vê muita beleza no ato de saciar a sede um do outro.

Finalmente de volta às estrelas, o príncipe deixa muita saudade no narrador que, seis
anos após o encontro, decide escrever suas memórias e lições sobre amizade, amor e
inocência. Uma excelente obra entre os livros de infanto juvenil.

Quem foi o francês Antoine de Saint Exupéry, autor do


livro O Pequeno Príncipe
O francês Antoine de Saint Exupéry nasceu em 1900 e foi piloto de avião para a
companhia aérea Latécoère.

Fazia viagens entre a França e Senegal, levando correspondência. Ele chegou a morar
em Buenos Aires por longo tempo. Nas cartas escritas aos amigos, dizia não gostar
muito da cidade, mas que fez muitos amigos em Concórdia e na Patagônia.

Ele se relacionou com Consuelo Suncin de Sandoval, artista muito bela que muitos
acreditam ser a inspiração para a personagem Rosa. Ele adorava animais e desenhar.

Ele chegou a sofrer um acidente aéreo com pouso forçado no meio do deserto. O evento
serviu de inspiração para seu livro “Terra dos Homens” e como palco central dos
eventos em “Le Petit Prince”.

O autor morreu em 1944, desaparecido durante missão de reconhecimento no


mediterrâneo na Segunda Guerra Mundial.

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