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Roteiro para apresentação do Pequeno Príncipe

Turma 6º ano – CESB 2022

Personagens e atores:

Narrador : Daniel Almeida


Aviador: Lucas Toledo
Pequeno Príncipe: Felipe e João Vitor (INTERCALADOS)
Rosa: Professor Junior
Rei – Yan
Geografo – Daniel Mota
Serpente : João Pedro
Raposa : Lucas Esteves

Apoio : Karen e Giovana

Capítulos
1 - Apresentação/Pouso de emergência no deserto do Saara
2 - Desenho do carneiro
3 - História sobre o planeta de onde veio o Pequeno Príncipe
4 - Baobás
5 - A Rosa
6 - Partida do Pequeno Príncipe
7 - Planeta do Rei
8 - Planeta do Geógrafo
9 - Encontro com a Serpente
10 - Jardim de rosas
11- Raposa
12- Sede/Busca pela fonte
13 - O poço
14 - Partida do Pequeno Príncipe
1- Apresentação/Pouso de emergência no deserto do Saara

Cena: Aviador entra, com cara de “e agora?”


Narrador: Um dia, seis anos atrás, um aviador ficou perdido no deserto do Saara. Alguma
coisa quebrou no motor de seu avião, e como ele estava viajando sozinho, tinha que
consertar por conta própria. Mas ele só tinha água para sobreviver por oito dias! No primeiro
dia, ele adormeceu na areia, e foi acordado por uma pessoinha especial.

2- Desenho do carneiro ( P equeno principe – Felipe)

Cena: Aviador dormindo, Pequeno Príncipe chega e o acorda


PP: Por favor, me desenha um carneiro?
Aviador: (acordando assustado) O quê?
PP: Um carneiro. Pode me desenhar um carneiro?
Aviador: Mas o que você está fazendo aqui, no meio do deserto?
PP: Por favor, me desenha um carneiro.
Aviador: Está bem.
(finge que desenha e mostra o primeiro carneiro)
PP: Não, esse está muito doente! Desenha outro!
Aviador: (finge que desenha e mostra o segundo carneiro)
PP: Mas isso não é um carneiro, é um bode! Olha os chifres!
Aviador: (finge que desenha e mostra o terceiro carneiro)
PP: Ah não, esse está muito velho. Quero um carneiro que viva muito tempo!
Aviador: (finge que desenha e mostra o desenho da caixa)
Esta é a caixa. O carneiro está dentro.
PP: (alegre) Ahh! Era assim mesmo que eu queria! Obrigado! Será que come muito capim
esse carneiro? É muito pequeno de onde eu venho...
(os dois adormecem)

3- História sobre o planeta de onde veio o Pequeno Príncipe

Narrador: E foi assim que o aviador conheceu o Pequeno Príncipe! Ele estava ali no deserto,
mas na verdade veio de outro planeta, um planetinha muito pequeno, um pouco maior do que
uma casa!
O planetinha de onde o Pequeno Príncipe veio é o asteroide B612. Estou falando o número
pra vocês por causa das pessoas grandes. Elas adoram os números! Quando a gente fala de
um novo amigo, elas nunca querem saber do essencial. Não perguntam: "Qual é o som da
sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que ele coleciona borboletas? "Mas
perguntam: "Qual é sua idade? Quantos irmãos tem ele? Quanto pesa? Quanto ganha seu
pai?", e então elas acham que o conhecem.
4 - Baobás ( Pequeno principe – João)

PP: É verdade que os carneiros comem arbustos?


Aviador: Sim.
PP: Ah, que bom! Então eles comem também os baobás, né?
Aviador: Mas os baobás não são arbustos, eles são árvores enormes!
PP: Mas antes de crescer, os baobás são pequenos.
Aviador: É verdade. Mas por que você quer que o carneirinho coma os baobás pequenos?
(os dois continuam fingindo que conversam, enquanto o aviador faz um desenho)
Narrador: No planeta do principezinho existiam ervas boas e ervas más, assim como em
todos os planetas. Ervas boas de sementes boas, e ervas más de sementes más. Só que as
sementes são invisíveis! Elas ficam dormindo escondidas na terra, até que uma resolva
despertar. Se é uma roseira ou um rabanete, podemos deixar que cresça à vontade, mas se
for uma planta ruim, temos que arrancá-la logo!
E o planeta do Pequeno Príncipe tinha uma semente terrível: a semente de baobá! Se a
gente não arranca o baobá quando é novinho, ele cresce demais e fica cada vez mais difícil!
E se o planeta for muito pequeno e tiver muitos baobás, ele acaba rachando!
No planetinha do príncipe, é preciso arrancar regularmente os baobás logo que se
diferenciem das roseiras, com as quais muito se parecem quando pequenos. É um trabalho
meio chato, mas fácil de fazer.
Aviador: (mostra o desenho do planeta com baobás)
PP: É isso que pode acontecer se eu não arrancar as ervas más!
Mas no meu planeta também tem flores! Tem uma que eu amo, e é única em todo o
universo! Espero que o carneiro não coma a flor...

5 - A Rosa ( Pequeno principe – Felipe)

Narrador: Vamos conhecer melhor o planeta do Pequeno Príncipe e esta flor que ele ama?
Uma manhã, ele viu um broto que não conhecia, e ficou vigiando, porque poderia ser
uma nova espécie de baobá. Mas o arbusto logo parou de crescer, e dele saiu um enorme
botão! Depois de vários dias, a flor finalmente se abriu.
Rosa: Uaaah! Acabei de despertar! Desculpa… ainda estou toda descabelada!
PP: Como você é bonita!
Rosa: Não é? E nasci junto com o sol. Você poderia cuidar de mim?
(PP vai buscar um regador)
Rosa: Tenho horror às correntes de ar. Você não tem, por acaso, um para-vento?
PP: Para-vento?
Rosa: Sim. E à noite, me coloque sob uma redoma. Faz muito frio neste seu planeta.
6 - Partida do Pequeno Príncipe

Narrador: Um dia, o Pequeno Príncipe resolveu partir de seu planeta. Ele arrancou os
últimos brotos de baobá, e deu adeus à sua querida rosa. Não sabia se iria voltar. De lá, ele
foi visitar outros planetas.

7 - Planeta do Rei ( Pequeno principe – João)

Narrador: Ele chegou num planetinha habitado por um Rei.


Rei: Ah! Um súdito! Chegue mais perto para que eu possa te ver melhor!
PP: (se aproxima e boceja)
Rei: É falta de educação bocejar na presença do rei! Eu te proíbo!
PP: Não consegui evitar. Fiz uma longa viagem e não dormi ainda...
Rei: Então, eu te ordeno que bocejes. Faz anos que não vejo ninguém bocejar! Os bocejos
são uma raridade para mim. Vamos, boceja! É uma ordem!
PP: Assim eu não consigo… fico com vergonha!
Rei: Hum! Então... então eu te ordeno ora bocejares e ora não...
PP: Posso me sentar?
Rei: Eu te ordeno que te sentes!
PP: Majestade... perdão por te interrogar, mas...
Rei: Eu te ordeno que me interrogues!
PP: Sobre quem vossa majestade reina?
Rei: Sobre tudo, claro!
PP: E as estrelas obedecem?
Rei: Sem dúvida, eu não tolero indisciplina.
PP: Eu queria ver um por-do-sol... pode me fazer esse favor? Ordena ao sol que se ponha…
Rei: Você terá seu por-do-sol, eu o exigirei. Mas vou esperar que as condições sejam
favoráveis. Isso será por volta de… por volta de seis horas, esta noite! E você verá como sou
bem obedecido.
PP: (aborrecido) Acho que não tenho mais o que fazer por aqui. Vou continuar minha viagem.
Rei: Não, não parta! Posso te fazer ministro! Ministro da Justiça, que tal?
PP: Não, obrigado. Adeus.
8 - Planeta do Geógrafo ( Pequeno principe – Felipe)

Narrador: O sexto planeta era dez vezes maior. Era habitado por um velho que escrevia
livros enormes.
Geógrafo: Bravo! Um explorador! De onde vem?
PP: Que livro é esse? O que o senhor faz aqui?
Geógrafo: Sou geógrafo.
PP: O que é um geógrafo?
Geógrafo: É um sábio que sabe onde se encontram os mares, os rios, as cidades, as
montanhas, os desertos.
PP: É bem interessante... O seu planeta é muito bonito. Tem oceanos nele?
Geógrafo: Como posso saber?
PP: (decepcionado) E montanhas?
Geógrafo: Como posso saber?
PP: E cidades, e rios, e desertos?
Geógrafo: Como posso saber?
PP: Mas o senhor é geógrafo!!
Geógrafo: É claro, mas não sou explorador. Estou com uma falta absurda de exploradores.
Não é o geógrafo que vai contar as cidades, os rios, as montanhas, os mares, os oceanos,
os desertos. O geógrafo é muito importante para ficar passeando. Não deixa a escrivaninha
por um instante. Mas recebe os exploradores, interroga-os, anota as suas lembranças. Se a
descoberta parece boa, faz uma investigação.
PP: Aí você vai ver?
Geógrafo: Não. Seria muito complicado. Mas se exige que explorador forneça provas.
Tratando-se, por exemplo, de uma grande montanha, ele trará grandes pedras.
Mas você vem de longe. É um explorador! Vai me descrever o seu planeta!
PP: Ah! Onde eu moro não é muito interessante... é muito pequeno. Tenho uma flor.
Geógrafo: Mas nós não anotamos as flores.
PP: Por que não? É o mais bonito!
Geógrafo: Porque as flores são efêmeras. Elas podem desaparecer a qualquer momento.
Narrador: Neste momento, o Pequeno Príncipe se sentiu culpado por ter abandonado sua
amada flor, tão frágil. Ele resolveu então visitar o planeta Terra, sugerido pelo geógrafo.
9 - Encontro com a Serpente ( Pequeno principe – João)

Narrador: Quando chegou na Terra, o principezinho ficou muito surpreso de não ver
ninguém. Já estava achando que tinha se enganado de planeta, quando viu uma serpente se
remexendo na areia.
PP: Boa noite. Em que planeta estou?
Serpente: Na Terra, na África.
PP: E não tem ninguém na Terra?
Serpente: Aqui é o deserto. Não tem ninguém nos desertos. A Terra é grande.
PP: As estrelas são todas iluminadas... Não será para que cada um possa um dia encontrar a
sua? Olha o meu planeta: está bem em cima de nós... Mas como está longe!
Serpente: Teu planeta é belo.
PP: Onde estão os homens? A gente está um pouco sozinho no deserto.
Serpente: Entre os homens também.
PP: Você é um bichinho engraçado, fino como um dedo...
Serpente: Mas sou mais poderosa do que o dedo de um rei.
PP: Não é tão poderosa assim, não tem nem patas, não pode viajar...
Serpente: Eu posso te levar mais longe que um navio.
Aquele que eu toco, eu o devolvo à terra de onde veio. Mas você é puro, vem de uma
estrela… Tenho pena de você, tão fraco, nessa Terra de granito. Posso te ajudar um dia, se
tiver muita saudade do seu planeta.
PP: Oh! Eu compreendi muito bem. Mas por que sempre fala por enigmas?
Serpente: Eu os resolvo todos.

10 - Jardim de rosas

Narrador: Um dia, depois de andar por muito tempo pela areia, pelas rochas e pela neve, o
pequeno príncipe descobriu uma estrada. E as estradas vão todas na direção dos homens.
Então ele chegou em um jardim de rosas, e ficou surpreso! Eram todas iguais à sua flor. O
principezinho se sentiu extremamente infeliz. Ele achava que sua flor era única, e então viu
que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim!

11 - Raposa ( Pequeno principe – Felipe)

Narrador: Foi então que apareceu a raposa.


Raposa: Bom dia
PP: Bom dia. Vem brincar comigo, estou tão triste.
Raposa: Eu não posso brincar com você. Não me cativaram ainda.
PP: Ah! Desculpa! ... O que quer dizer "cativar"?
Raposa: É uma coisa muito esquecida. Significa "criar laços. Para mim, você ainda é um
garoto igual a outros garotos. Pra você, não passo de uma raposa igual a outras raposas.
Mas, se você me cativa,será para mim o único no mundo. E eu serei para você única no
mundo.
PP: Começo a compreender. Existe uma flor... eu acho que ela me cativou...
Raposa: É possível. Preciso que me cative
PP: Eu bem que gostaria, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas
coisas para conhecer.
Raposa: A gente só conhece bem as coisas que cativou. Os homens não têm mais tempo de
conhecer nada. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos,
os homens não têm mais amigos. Se você quer um amigo, me cativa!
PP: O que eu preciso fazer?
Raposa: É preciso ser paciente.
Narrador: Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, então, chegou a hora da partida, e
os dois tiveram que se despedir.
Raposa: Vai rever as rosas. Você vai compreender que a sua é a única no mundo.
PP: Sim, ela é única, porque me cativou!
Raposa: Adeus, amigo. Tenho um segredo para você. É muito simples: só se vê bem com o
coração. O essencial é invisível para os olhos.
PP: O essencial é invisível para os olhos…
Raposa: Foi o tempo que perdeu com a sua rosa que fez sua rosa tão importante. Os
homens esqueceram essa verdade, mas você não deve esquecer. Você se torna
eternamente responsável por aquilo que cativa. Você é responsável pela rosa.
PP: Eu sou responsável pela minha rosa...

12 - Sede/Busca pela fonte ( Pequeno principe – João)

Narrador: Agora vamos voltar para o aviador. O avião ainda estava quebrado, e a água
estava quase no fim. Os dois estavam com sede, então resolveram buscar um poço. O
aviador estava desanimado, pois não acreditava que iriam encontrar um poço no meio do
deserto, mas ele não tinha outra opção senão procurar.
Aviador: Você tem sede também?
PP: A água pode ser boa para o coração.
(pausa)
As estrelas são belas por causa de uma flor que não se vê... O deserto é belo, também. O
que torna o deserto belo é que ele esconde um poço em algum lugar.
Aviador: Tanto as estrelas quanto o deserto, o que faz a sua beleza é invisível!
PP: Fico feliz que concorde com a raposa!

13 - O poço ( Pequeno principe – Felipe)

Narrador: No raiar do dia, o Aviador e o Pequeno Príncipe finalmente encontraram o poço!


Já estava tudo preparado: a roldana, o balde e a corda.
PP: Tenho sede dessa água. Me dê um pouco para beber.
Narrador: O aviador então entendeu o que ele havia buscado! Essa água era muito mais que
um alimento. Tinha nascido da caminhada sob as estrelas, do canto da roldana, do esforço
do seu braço. Era boa para o coração, como um presente.
PP: Os homens do seu planeta cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram
o que procuram.
Aviador: Não encontram.
PP: E no entanto o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa, ou num pouquinho
de água.
Aviador: É verdade.
PP: Mas os olhos são cegos. É preciso buscar com o coração.

14 - Partida do Pequeno Príncipe ( Pequeno principe – João)

Narrador: Já fazia um ano que o Pequeno Príncipe estava na Terra, e estava se preparando
para voltar para seu planeta. O aviador conseguiu consertar seu avião e também ia poder
voltar para casa.
PP: Está noite eu voltarei para minha casa. Mas por favor, não venha me ver. Eu parecerei
sofrer, eu parecerei morrer. É assim. Não venha ver. Não vale a pena.
Aviador: Eu não te deixarei.
PP: Não vai ser bom pra você, você vai sofrer. Eu parecerei morto e não será verdade. Você
entende, é longe demais. Eu não posso carregar esse corpo. É muito pesado. Mas será
como uma velha casca abandonada. Uma casca de árvore não é triste. Será bonito, sabe?
(sentam-se)
Você sabe... minha flor ... eu sou responsável por ela!
Narrador: O principezinho então partiu. O aviador ficou na Terra, mas sempre que olha para
as estrelas se lembra do seu amigo. Para ele, é como se todas as estrelas estivessem
floridas.

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