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Personagens e atores:
Capítulos
1 - Apresentação/Pouso de emergência no deserto do Saara
2 - Desenho do carneiro
3 - História sobre o planeta de onde veio o Pequeno Príncipe
4 - Baobás
5 - A Rosa
6 - Partida do Pequeno Príncipe
7 - Planeta do Rei
8 - Planeta do Geógrafo
9 - Encontro com a Serpente
10 - Jardim de rosas
11- Raposa
12- Sede/Busca pela fonte
13 - O poço
14 - Partida do Pequeno Príncipe
1- Apresentação/Pouso de emergência no deserto do Saara
Narrador: E foi assim que o aviador conheceu o Pequeno Príncipe! Ele estava ali no deserto,
mas na verdade veio de outro planeta, um planetinha muito pequeno, um pouco maior do que
uma casa!
O planetinha de onde o Pequeno Príncipe veio é o asteroide B612. Estou falando o número
pra vocês por causa das pessoas grandes. Elas adoram os números! Quando a gente fala de
um novo amigo, elas nunca querem saber do essencial. Não perguntam: "Qual é o som da
sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que ele coleciona borboletas? "Mas
perguntam: "Qual é sua idade? Quantos irmãos tem ele? Quanto pesa? Quanto ganha seu
pai?", e então elas acham que o conhecem.
4 - Baobás ( Pequeno principe – João)
Narrador: Vamos conhecer melhor o planeta do Pequeno Príncipe e esta flor que ele ama?
Uma manhã, ele viu um broto que não conhecia, e ficou vigiando, porque poderia ser
uma nova espécie de baobá. Mas o arbusto logo parou de crescer, e dele saiu um enorme
botão! Depois de vários dias, a flor finalmente se abriu.
Rosa: Uaaah! Acabei de despertar! Desculpa… ainda estou toda descabelada!
PP: Como você é bonita!
Rosa: Não é? E nasci junto com o sol. Você poderia cuidar de mim?
(PP vai buscar um regador)
Rosa: Tenho horror às correntes de ar. Você não tem, por acaso, um para-vento?
PP: Para-vento?
Rosa: Sim. E à noite, me coloque sob uma redoma. Faz muito frio neste seu planeta.
6 - Partida do Pequeno Príncipe
Narrador: Um dia, o Pequeno Príncipe resolveu partir de seu planeta. Ele arrancou os
últimos brotos de baobá, e deu adeus à sua querida rosa. Não sabia se iria voltar. De lá, ele
foi visitar outros planetas.
Narrador: O sexto planeta era dez vezes maior. Era habitado por um velho que escrevia
livros enormes.
Geógrafo: Bravo! Um explorador! De onde vem?
PP: Que livro é esse? O que o senhor faz aqui?
Geógrafo: Sou geógrafo.
PP: O que é um geógrafo?
Geógrafo: É um sábio que sabe onde se encontram os mares, os rios, as cidades, as
montanhas, os desertos.
PP: É bem interessante... O seu planeta é muito bonito. Tem oceanos nele?
Geógrafo: Como posso saber?
PP: (decepcionado) E montanhas?
Geógrafo: Como posso saber?
PP: E cidades, e rios, e desertos?
Geógrafo: Como posso saber?
PP: Mas o senhor é geógrafo!!
Geógrafo: É claro, mas não sou explorador. Estou com uma falta absurda de exploradores.
Não é o geógrafo que vai contar as cidades, os rios, as montanhas, os mares, os oceanos,
os desertos. O geógrafo é muito importante para ficar passeando. Não deixa a escrivaninha
por um instante. Mas recebe os exploradores, interroga-os, anota as suas lembranças. Se a
descoberta parece boa, faz uma investigação.
PP: Aí você vai ver?
Geógrafo: Não. Seria muito complicado. Mas se exige que explorador forneça provas.
Tratando-se, por exemplo, de uma grande montanha, ele trará grandes pedras.
Mas você vem de longe. É um explorador! Vai me descrever o seu planeta!
PP: Ah! Onde eu moro não é muito interessante... é muito pequeno. Tenho uma flor.
Geógrafo: Mas nós não anotamos as flores.
PP: Por que não? É o mais bonito!
Geógrafo: Porque as flores são efêmeras. Elas podem desaparecer a qualquer momento.
Narrador: Neste momento, o Pequeno Príncipe se sentiu culpado por ter abandonado sua
amada flor, tão frágil. Ele resolveu então visitar o planeta Terra, sugerido pelo geógrafo.
9 - Encontro com a Serpente ( Pequeno principe – João)
Narrador: Quando chegou na Terra, o principezinho ficou muito surpreso de não ver
ninguém. Já estava achando que tinha se enganado de planeta, quando viu uma serpente se
remexendo na areia.
PP: Boa noite. Em que planeta estou?
Serpente: Na Terra, na África.
PP: E não tem ninguém na Terra?
Serpente: Aqui é o deserto. Não tem ninguém nos desertos. A Terra é grande.
PP: As estrelas são todas iluminadas... Não será para que cada um possa um dia encontrar a
sua? Olha o meu planeta: está bem em cima de nós... Mas como está longe!
Serpente: Teu planeta é belo.
PP: Onde estão os homens? A gente está um pouco sozinho no deserto.
Serpente: Entre os homens também.
PP: Você é um bichinho engraçado, fino como um dedo...
Serpente: Mas sou mais poderosa do que o dedo de um rei.
PP: Não é tão poderosa assim, não tem nem patas, não pode viajar...
Serpente: Eu posso te levar mais longe que um navio.
Aquele que eu toco, eu o devolvo à terra de onde veio. Mas você é puro, vem de uma
estrela… Tenho pena de você, tão fraco, nessa Terra de granito. Posso te ajudar um dia, se
tiver muita saudade do seu planeta.
PP: Oh! Eu compreendi muito bem. Mas por que sempre fala por enigmas?
Serpente: Eu os resolvo todos.
10 - Jardim de rosas
Narrador: Um dia, depois de andar por muito tempo pela areia, pelas rochas e pela neve, o
pequeno príncipe descobriu uma estrada. E as estradas vão todas na direção dos homens.
Então ele chegou em um jardim de rosas, e ficou surpreso! Eram todas iguais à sua flor. O
principezinho se sentiu extremamente infeliz. Ele achava que sua flor era única, e então viu
que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim!
Narrador: Agora vamos voltar para o aviador. O avião ainda estava quebrado, e a água
estava quase no fim. Os dois estavam com sede, então resolveram buscar um poço. O
aviador estava desanimado, pois não acreditava que iriam encontrar um poço no meio do
deserto, mas ele não tinha outra opção senão procurar.
Aviador: Você tem sede também?
PP: A água pode ser boa para o coração.
(pausa)
As estrelas são belas por causa de uma flor que não se vê... O deserto é belo, também. O
que torna o deserto belo é que ele esconde um poço em algum lugar.
Aviador: Tanto as estrelas quanto o deserto, o que faz a sua beleza é invisível!
PP: Fico feliz que concorde com a raposa!
Narrador: Já fazia um ano que o Pequeno Príncipe estava na Terra, e estava se preparando
para voltar para seu planeta. O aviador conseguiu consertar seu avião e também ia poder
voltar para casa.
PP: Está noite eu voltarei para minha casa. Mas por favor, não venha me ver. Eu parecerei
sofrer, eu parecerei morrer. É assim. Não venha ver. Não vale a pena.
Aviador: Eu não te deixarei.
PP: Não vai ser bom pra você, você vai sofrer. Eu parecerei morto e não será verdade. Você
entende, é longe demais. Eu não posso carregar esse corpo. É muito pesado. Mas será
como uma velha casca abandonada. Uma casca de árvore não é triste. Será bonito, sabe?
(sentam-se)
Você sabe... minha flor ... eu sou responsável por ela!
Narrador: O principezinho então partiu. O aviador ficou na Terra, mas sempre que olha para
as estrelas se lembra do seu amigo. Para ele, é como se todas as estrelas estivessem
floridas.