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4.

0 Condução Bidimensional em
Regime Estacionário

•4.5 Resolvendo as Equações de Diferenças


Finitas
–4.5.1 Método de Inversão de Matrizes
–4.5.2 Iteração de Gauss-Seidel
•Exemplo 4.3 e 4.4
•Sugestão de exercícios
4.5 Resolvendo as Equações de Diferenças Finitas
4.5.1 Método de Inversão de Matrizes

Substituiu-se as coordenadas do ponto (m,n) por um índice i=1,..,N


A matriz dos coeficientes [A] é quadrada (N,N).
As matrizes [T] e [C] possuem uma única coluna e são
conhecidas por vetores coluna.
T  A  C
1
O vetor solução pode ser agora expresso por:

 b11 b12  b1N 


b b  b 
A matriz inversa de [A] é definida como: A 1   21 22 2N 

    
 
b N1 b N 2  b NN 

T1  b11C1 b12C 2  b1N C N


Então fazendo a T2  b 21C1 b 22C 2  b 2 N C N
multiplicação no lado direito :    
TN  b N1C1 b N 2C 2  b NNC N

O problema se reduz a determinação de [A]-1.


Se [A] for invertida, os elementos b11, b12,... podem ser
determinados e as temperaturas podem ser calculadas.
4.5.2 Iteração de Gauss-Seidel
O sistema de equação representado em 4.47 pode ser
resolvida pelo seguinte procedimento:

Reordenar as equações
4.49
Valores supostos Novos
(k-1=0) valores
Exemplo 4.3 – sistema modelado – resol. Gauss- Seidel
Passo 1 – Ok

Passo 2

Erro aceitável
Passo 3 – estimar a temperatura para cada nó k=0

Passo 4 – resolver para k=1 – montar a tabela abaixo

Passo 5 e 6 – resolver para k>1 até que a condição do


erro seja satisfeita – montar a tabela abaixo

Exercício: Fazer um programa para resolver


Eèxmplo 4.3

Um grande forno industrial é suportado por uma longa coluna


de tijolos refratários, com 1 m por 1 m de lado. Durante a
operação em regime estacionário, as condições são tais que
três superfícies da coluna são mantidas a 500 K, enquanto a
superfície restante é exposta a uma corrente de ar com T=300
K e h=10 W/(m2K). Usando uma malha x=y=0,25 m,
determine a distribuição de temperaturas bidimensional na
coluna e a taxa de transferência de calor para a corrente de
ar, por unidade de comprimento da coluna.
Considerações: regime estacionário, condução bidimensional,
propriedades constantes, sem geração interna
Análise:
•12 pontos nodais com temperatura desconhecida
•Simetria – redução para 8 pontos nodais (8 equações)
•Temp.dos pontos lado direito = Temp. dos pontos lado esq.
•Nós 1, 3 e 5 uso da equação:
Nós 2, 4 e 6 Considerando a superfície adiabática h=0

caso 3
Nós 7 e 8 na fronteira do domínio (caso 3)
Ordenando do nó 1 ao 8, como segue:
Na forma matricial [A][T]=[C]

Resolvendo a inversa de [A ], [A]-1 tem-se que [T]=[A]-1[C]


Taxa de transferência de calor para a corrente de ar, por
unidade de comprimento da coluna.

Como seriam as linhas


de fluxo de calor?
E as isotérmicas como
seriam?

O fator do lado de fora do colchetes tem origem na condição


de simetria.
Para garantir a inexistência de erros
na formulação das equações de
diferenças finitas, fazer a verificação
através de um balanço de energia
na rede nodal.
Regime estacionário o que entra
deve ser igual ao que sai

Para a meia-seção simétrica tem-se


que a condução para o interior das
regiões nodais deve ser equilibrada
pela convecção
A soma das taxas condutivas é:

A taxa
convectiva é:
•A concordância entre as taxas condutivas e convectiva é
excelente, indicando que não houve erro na formulação e na
resolução das equações das diferenças finitas.
•Se ao substituirmos as temperaturas na equação do
balanço de energia e o balanço de energia não for satisfeito
dentro de um grau elevado de precisão, as equações de
diferenças finitas devem ser checadas a procura de erros.
Exemplo 4.4: Um objetivo importante no avanço das tecnologias
para motores de turbinas a gás é aumentar o limite de temperatura
associado a operação das pás da turbina a gás. Esse limite
determina a temperatura máxima permissível para a admissão do
gás na turbina, que, por sua vez, influencia fortemente o
desempenho global do sistema. Além de fabricar as pás com
superligas especiais, resistentes a altas temperaturas e a grandes
esforços mecânicos, é comum usar resfriamento interno através da
usinagem de canais de escoamento no interior das pás e da
passagem de ar através desses canais. Desejamos avaliar o efeito
de tal configuração aproximando a pá por um sólido retangular no
qual são usinados canais retangulares. A pá, com condutividade
térmica k= 25 W/(m.K), tem espessura de 6 mm. Demais dados
geométricos no esquema. Condições de operação:
he=1000W/(m2.K) T,e=1700 K, hi=200 W/(m2K) e T,i=400 K.
Determine o campo de temperaturas na pá da turbina e a taxa de
transferência de calor por unidade de comprimento para o canal. Em
qual posição a temperatura é um máximo?
•Identificação de linhas de simetria
•Fazer esquema das linhas de fluxo
de calor

Esquema da pá da turbina

Esquema da malha

Considerações:
•Condução bidimensional
em regime estacionário
•Propriedades constantes

Espaçamento
1 mm
Nós 1, 6, 18, 19 e 21 não se encaixam em nem um dos casos
da tabela (aula 9 transp.37 e 38) – Fazer balanço de energia

•Nó 1 e 6 situação idêntica nas


superfícies (2 conduções, 1
convecção e 1 adiabática), para
exemplificar no 1

Nós de 2 a 5 - caso 3 (aula 9 transp.37) – para exemplificar nó 3


Nós 7,12,13 e 20 – caso 3 (h=0) ou caso 5 (q=0) – exem.nó 12

Caso 3

Caso 5
Nós 8 a 11 e 14 são interiores caso 1 (geral) – exemplo nó 8
Nó 15 – caso 2 – vértice interno com convecção
Nós 16 e 17 - superfície plana com convecção – caso 3
Nós 18 e 21 – balanço de energia
Condução dois nós vizinhos e convecção escoamento interno

Alunos fazer
Nó 19 – balanço de energia
Duas superfícies adiabáticas e condução de dois nós

Determinando as demais equações para os pontos nodais e


organizando a matriz dos coeficientes e constantes e
resolvendo por um dos métodos, obtém-se
Como esperado a temperatura máxima está localizada no nó 1
Verificar decréscimo de temperatura
Isotérmicas
e linhas de
fluxo de
calor

Distribuição das
temperaturas ao
longo da superfície
expostas aos gases
de combustão
Taxa de transferência de calor por unidade de comprimento no
canal
Sugestão de exercícios

•Incropera – cap. 4

•4.5 Resolvendo as Equações de Diferenças Finitas:


50(52), 51(53), 54(56), 58(60), 61(63)

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