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1 - LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA

O terreno do loteamento habitacional de interesse social encontra-se inserido


na ZONA RESIDENCIAL 3 (ZR3).

Art. 33. Para o uso Residencial Multifamiliar Horizontal Agrupada (RMHA), as


unidades autônomas e as edificações deverão obedecer aos seguintes parâmetros:

I – somente será permitido RMHA com área mínima de terreno de 2.000,00m² (dois
mil metros quadrados):

a) quando o RMHA possuir três faces voltadas para logradouros públicos, pelo
menos 1 (uma) destas faces deverá apresentar datas voltadas para o logradouro;

b) quando o RMHA possuir quatro faces voltadas para logradouros públicos, pelo
menos 2 (duas) destas faces deverão apresentar datas voltadas para os
logradouros; e

c) o posicionamento das datas, voltadas para os logradouros públicos, deverão


seguir diretrizes urbanísticas definidas pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento
Urbano de Londrina - IPPUL e o novo parcelamento deverão ser aprovados antes
da implantação do RMHA.

II – unidade autônoma:

a) será permitida uma unidade habitacional a cada 180,00m² (cento e oitenta metros
quadrados), não podendo ser a área privativa inferior a 125,00m² (cento e vinte e
cinco metros quadrados);
b) frente mínima e largura média de 5,00m (cinco metros);

c) taxa de ocupação máxima: 65% (sessenta e cinco por cento);

coeficiente de aproveitamento básico: 1,3 (um inteiro e três décimos), não sendo
considerado no cálculo até 20% (vinte por cento) da área do pavimento motivada
por declive acentuado do terreno.

e) altura máxima junto às divisas: 8,00m (oito metros), a partir do terreno natural;
outros elementos construtivos acima desta altura deverão estar afastados no
mínimo 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros);

f) recuo mínimo: 5,00m (cinco metros); e


g) afastamentos mínimos: 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) em relação
às divisas para as faces com abertura;

III – as vias particulares de circulação do RMHA deverão ter as seguintes


características:

a) vias de circulação de veículos e pedestres: leito carroçável: 6,00m (seis metros);


e
b) vias de circulação de veículos sem saída: diâmetro mínimo do leito carroçável do
balão de retorno: 11,00m (onze metros).
c) poderá ser dispensada a calçada na lateral da via interna que coincidir com a
divisa da data e não servir de acesso à habitação.
IV – espaço destinado à recreação, lazer e atividades sociais:
a) área mínima de 10% (dez por cento) da área construída privativa das unidades
autônomas, excluindo-se garagens, ou do coeficiente de aproveitamento máximo
previsto para o terreno;
b) poderá ser reduzida a 7% (sete por cento) da área construída total das unidades
autônomas desde que no interior das unidades privativas exista área específica para
este uso de no mínimo 15,00m² (quinze metros quadrados);
c) não poderá estar localizado no recuo do terreno;
d) o espaço, quando livre e descoberto, deverá estar inscrito em um círculo de
diâmetro mínimo calculado de acordo com a fórmula abaixo, não podendo ser
inferior a 5,00m (cinco metros):
Dm = (√Am)/2
onde: Dm = diâmetro mínimo
Am = área mínima de recreação, lazer e atividades sociais
e) deverá estar separado da circulação e locais de estacionamento de veículos, das
instalações de gás e dos depósitos de lixo.
V – deverá ser prevista área específica para o acondicionamento dos depósitos de
lixo e resíduos sólidos urbanos, de acordo com as normas técnicas;
VI – deverá ser prevista área de estacionamento para visitantes, não inferior a 20%
(vinte por cento) do total de unidades privativas, sendo metade das vagas externas;
e
VII – o número de vagas para estacionamento deverá atender o Anexo III desta lei.

2 - SUPORTE BIOFÍSICO

Relevo:

Clima

Londrina possui Clima Subtropical Úmido Mesotérmico, verões quentes e geadas


pouco frequentes, com tendência de chuvas nos meses de verão, cujas principais
médias anuais são: temperatura superior a 22°C, nos meses mais quentes e
temperatura inferior a 18°C, nos meses mais frios.

Temperatura média em Londrina

A estação quente permanece por 6,1 meses, de 10 de outubro a 12 de abril, com


temperatura máxima média diária acima de 28 °C. O mês mais quente do ano em
Londrina é janeiro, com máxima de 30 °C e mínima de 21 °C, em média.

A estação fresca permanece por 2,4 meses, de 16 de maio a 28 de julho, com


temperatura máxima diária em média abaixo de 25 °C. O mês mais frio do ano em
Londrina é junho, com a mínima de 14 °C e máxima de 23 °C, em média.
A figura abaixo mostra uma caracterização compacta das temperaturas médias
horárias para o ano inteiro. O eixo horizontal indica o dia do ano e o eixo vertical
indica a hora do dia. A cor é a temperatura média para aquele horário naquele dia.

Vegetação

No Município, há poucas áreas remanescentes da formação vegetal natural, mata


pluvial tropical e subtropical. A mata dos Godoy (Reserva Florestal Estadual) e a
Reserva Indígena do Apucaraninha são formações florestais que demonstram a
variedade de gêneros e espécies de vegetação que haviam na região.

Hidrografia

Londrina está situada na bacia do rio Tibagi, uma das mais importantes do estado
do Paraná, além disso o Município possui sete microbacias, sendo a do Ribeirão
Cambé a principal por formar o Parque Linear Igapó e o Ribeirão Cafezal.

Além das águas superficiais em abundância, Londrina possui o privilégio de estar


situada sobre o Aquífero Guarani que é a principal reserva subterrânea de água
doce da América do Sul e um dos maiores sistemas aquíferos do mundo.

Preservação permanente
O art. 130 da Lei Municipal no ll.47l, de 5 de janeiro de 2012
declarou o Bosque Marechal Cândido Rondon, como área de preservação
permanente e proibiu a construção de vias públicas no local.

Todavia, nos termos do art. 3o, inc. II, do Código Florestal (Lei
Federal n' 12.651, de 25 de maio de 2012), as áreas de preservação permanente,
são áreas protegidas, coberta ou não por vegetação naliva, collt a função ambiental
de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o
bem-estar das populações humanas.

E, em seu art. 4o, o referido Diploma Legal delimitou as áreas então


consideradas como de preservação permanente, assim dispondo:

"Art. 4o. Considera-s, Área de Preservação Permanente, em zonas


rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei:
I - as faixas margÌnais de qualquer curso d'água natural perene e
intermitente, excluídos os e/gêneros, desde a borda da calha do leito
regular, em largura mínima de:

a) 30 (trinta) metros, para os cursos d'água de menos de l0 (dez) metros


de largura;

b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d'ógua que tenham de I0 (dez)

c) 50 (cinquenta) metros de largura;

100 (cem) metros, para os cursos d'água que tenham de 50


(cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;

d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d'água que tenham de 200


(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d'água que tenham largura
superior a 600 (seiscentos) metros;
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com
largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d'água com
atë 20 (vinte) hectares de superFície, cuja faixa marginal será de 50
(cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas,'
III - as áreas no entorno dos reservatórios d'água artificiais,
decorrentes de barramento ou represamento de cursos d'água naturais,
na faixa definida na licença ambiental do empreendimento;
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d'água perenes,
qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50
(cinquenta) metros;
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45o,
equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive;
VI - as restÌngas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de
mangues,'
VII - os manguezais, em toda a sua extensão;
Wil - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do
relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções
horizontais;
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima
de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25o, as áreas
delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços)
da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta
definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho
d'água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela
mais próximo da elevação;
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros,
qualquer que seja a vegetação;
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura
mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente
brejoso e encharcado."

3 - SISTEMAS DE ESPAÇOS LIVRES

Espaços livres de circulação:

Espaços livres de preservação e caráter ambiental:


Espaços livre associado a equipamentos públicos:

PONTOS DE ÔNIBUS
PRAÇAS
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

ESCOLAS
MERCADO
ESPAÇO LIVRE DE CONVÍVIO E LAZER:

CAMPO DE FUTEBOL
SHOPPING

CINEMA
PRAÇAS

MUSEUS E BIBLIOTECAS
TEATROS

4 - USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO

VAZIOS URBANOS
TIPO DE ATIVIDADE DESENVOLVIDA
5 - MAPA DE CHEIOS E VAZIOS
6 - SISTEMA VIÁRIO

MAPA SISTEMA VIÁRIO:


MAPA DE FLUXOS:

TRANSPORTE PÚBLICO
HIERARQUIA VIÁRIA
7 - DADOS DEMOGRÁFICOS

DENSIDADE DEMOGRÁFICA
CONDICIONANTES DE PROJETOS URBANÍSTICOS

PONTOS NEGATIVOS

LINHA FÉRREA
GRANDE VAZIO URBANO

INEXISTÊNCIA DE CALÇADAS E CALÇADAS SEM PAVIMENTAÇÃO E/ OU


MANUTENÇÃO
FUNDO DE VALE
FALTA DE ESPAÇOS PÚBLICOS DE LAZER E EQUIPAMENTOS URBANOS DE
EDUCAÇÃO
DISTÂNCIA DE EQUIPAMENTOS URBANOS (ESCOLA, PRAÇAS, HOSPITAL…)
PONTOS POSITIVOS

PROXIMIDADE DE PONTOS DE TRANSPORTE PÚBLICO:


CICLOVIAS E CICLOFAIXAS

ESPAÇO PÚBLICO BEM CUIDADO

MOBILIDADE URBANA
Mobilidade urbana é uma característica fundamental em qualquer cidade,
especialmente nas grandes, e Londrina é conhecida por ter uma ótima fluidez no
trânsito. Para quem depende do transporte público, há variedade nas formas de
deslocamento, como aplicativos de carona, táxis e o Superbus, um sistema de
transporte urbano de altíssima qualidade. As ruas também contam com ciclovias
nos bairros mais populosos.

MUITAS ÁREAS VERDES

A cidade é famosa por seus lagos, como o Igapó, e suas unidades de conservação
ambiental, como o Parque Municipal Arthur Thomaz. Além disso, existem muitos
outros parques e praças espalhados pelo município.

BOA CONEXÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO COM AS DEMAIS REGIÕES DA


CIDADE
TERRENO COM DECLIVIDADE MODERADA
UNIDADE DE PAISAGEM - EDIFICAÇÕES TÉRREAS E RESIDENCIAIS
UNIFAMILIARES

DIRETRIZES DE PROJETOS URBANÍSTICOS

FRAGILIDADES
● Falta de espaços públicos de lazer e equipamentos urbanos de
educação: Prever espaços livres destinados a praças ao mínimo 5 praças ao
longo de toda a área de intervenção, prever ELUP com localização acessível
destinado a escola/creche
● Distância de equipamentos urbanos comunitários de saúde, lazer e
educação: Os equipamentos urbanos deveriam estar próximos às
habitações, e essas não deveriam ser interrompidas por vias de trânsito de
passagem, mas apenas tangenciadas, preservando a vida comunitária e
dando segurança às crianças.

Inserção de empreendimento habitacional na malha urbana, dentre outros


requisitos, com no mínimo, uma escola pública de ensino fundamental
acessível por rota de pedestres de no máximo 1,5 km de extensão.
● Baixa conectividade com o tecido urbano da região e da cidade, devido
a presença de duas barreiras físicas (fundo de vale e linha do trêm):
Prolongamento das principais vias do entorno imediato. Prever acesso mais
conectado com a região central.
● Inexistência de Calçadas e Calçadas sem Pavimentação e/ou
Manutenção: Garantir a acessibilidade e segurança dos pedestres através
da criação, pavimentação e manutenção adequada de calçadas, promovendo
a mobilidade urbana sustentável.

Realizar um levantamento detalhado da área afetada, identificando locais


sem calçadas ou com calçadas inadequadas.

Estabelecer padrões mínimos de largura, inclinação, sinalização tátil e


demais elementos conforme as normativas vigentes.

Desenvolver um plano abrangente para a construção e manutenção de


calçadas, considerando prioridades e disponibilidade de recursos.

Buscar parcerias público-privadas, captação de recursos federais, estaduais


e municipais, visando maximizar os investimentos.

Desenvolver projetos de calçadas que considerem a inclusão de pessoas


com mobilidade reduzida, idosos, crianças e demais grupos vulneráveis.

POTENCIALIDADES

● TERRENO COM DECLIVIDADE MODERADA: Microparcelamento mais


orgânico, acompanhando o desenho das curvas, para evitar quadras e lotes
com declividades muito acentuadas
● PROXIMIDADE DE PONTOS DE TRANSPORTE PÚBLICO:

Aproveitar de maneira eficiente e sustentável a proximidade de pontos de


transporte público para melhorar a mobilidade, reduzir o tráfego individual e
promover um ambiente urbano mais conectado.

Avaliar a infraestrutura existente nos pontos de transporte público, incluindo


estações de ônibus, metrô, trens e pontos de táxi.

Desenvolver estratégias para a integração eficiente entre diferentes modos


de transporte público, facilitando a transição entre ônibus, metrô, trens e
outros meios.

Projetar e manter áreas de espera nos pontos de transporte público que


sejam confortáveis, com assentos adequados, cobertura contra intempéries e
informações claras sobre os horários de chegada dos transportes.

Certificar-se de que os pontos de transporte público sejam acessíveis a todas


as pessoas, incluindo aquelas com mobilidade reduzida.

Instalar rampas, elevadores e sinalização tátil para facilitar a locomoção de


todos.

● Unidade de paisagem - edificações térreas e residenciais unifamiliares.

Preservar e potencializar a unidade de paisagem em áreas caracterizadas por


edificações térreas e residenciais unifamiliares, promovendo um ambiente urbano
coeso, esteticamente agradável e funcional.

Realizar um levantamento detalhado da área que possui predominantemente


edificações térreas e residenciais unifamiliares.

Analisar as características arquitetônicas, padrões de uso do solo, vegetação e


elementos culturais presentes.

Valorizar e preservar elementos culturais presentes na paisagem, como arquitetura


tradicional, detalhes ornamentais e características históricas.

● Variedade de áreas verdes:

Realizar um mapeamento detalhado das áreas verdes existentes na localidade,


classificando-as de acordo com suas características, como parques, praças, jardins
comunitários e áreas naturais.
Adotar práticas de manejo que preservem e promovam a biodiversidade nas áreas
verdes.

Integrar elementos naturais, como lagos, riachos e bosques, criando ambientes


propícios para a fauna e flora locais.

Projetar as áreas verdes levando em consideração a acessibilidade universal,


garantindo que todos os membros da comunidade possam desfrutar dos espaços.

Instalar calçadas acessíveis, áreas de descanso e sinalização adequada.

Conceito Arquitetônico: "Londrina Conectada"

O conceito arquitetônico para o loteamento habitacional de interesse social propõe


uma abordagem holística chamada "Londrina Conectada".

Este conceito é orientado pelas recomendações do contratante, visando promover


uma ocupação racional, conectada e integrada à cidade de Londrina, incentivando a
diversidade de usos, oferecendo espaços públicos qualificados e promovendo a
integração social e qualidade de vida

DIRETRIZES

Conectividade Urbana:

Integração com Malha Urbana: Desenvolver um projeto que se conecte de


maneira eficiente à malha urbana existente de Londrina, facilitando o acesso aos
serviços, comércio e transporte público.

Ciclovias e Calçadas: Implementar ciclovias e calçadas amplas que promovam a


mobilidade ativa, estimulando o uso de bicicletas e caminhadas.

Diversidade de Usos:

Mix de Funções: Planejar uma diversidade de usos no loteamento, incluindo áreas


residenciais, espaços comerciais, serviços essenciais e equipamentos públicos,
proporcionando conveniência aos moradores.

Espaços Públicos Qualificados:

Praças e Parques Interconectados: Projetar espaços públicos de qualidade, como


praças e parques, interconectados para promover a interação social e o lazer.
Equipamentos Urbanos: Integrar equipamentos urbanos, como escolas e centros
de saúde, para enriquecer a vida comunitária e oferecer serviços essenciais.

Integração Social:

Moradia Inclusiva: Desenvolver projetos habitacionais inclusivos, contemplando


diferentes faixas de renda, criando um ambiente de convivência diversificado e
harmônico.

Programas Sociais: Implementar programas que incentivem a participação ativa da


comunidade em atividades culturais, esportivas e educacionais.

Qualidade Ambiental:

Áreas Verdes: Integrar extensas áreas verdes com paisagismo sustentável,


preservando a biodiversidade local e oferecendo espaços para atividades ao ar livre.

Sustentabilidade: Adotar práticas construtivas sustentáveis, como captação de


água da chuva, uso de energias renováveis e incorporação de tecnologias
ecoeficientes.

Acessibilidade e Mobilidade:

Transporte Público: Priorizar a acessibilidade ao transporte público, com paradas


bem distribuídas e facilidades para pedestres.
Infraestrutura de Acesso: Garantir uma infraestrutura viária eficiente, com ruas bem
projetadas e espaços para estacionamento adequados.
Identidade Cultural:

Elementos Urbanos: Incorporar elementos arquitetônicos que reflitam a identidade


cultural de Londrina, promovendo um senso de pertencimento entre os moradores.

Eventos Culturais: Estimular eventos culturais que celebrem a diversidade e


fortaleçam os laços comunitários.

Resultado Esperado:

O resultado será um loteamento habitacional que transcende a mera função de


moradia, tornando-se um bairro integrado à cidade de Londrina. "Londrina
Conectada" aspira a ser um modelo de desenvolvimento urbano inclusivo,
sustentável e orientado para a melhoria da qualidade de vida, refletindo os valores
da comunidade e proporcionando um ambiente acolhedor para todos os seus
habitantes.
PROGRAMA DE NECESSIDADES

ANÁLISE DE PROJETOS CORRELATOS

QUINTA MONROY - ALEJANDRO ARAVENA


(ELEMENTAL)

Alejandro Aravena é um arquiteto chileno referencial em habitações de


interesse social. No ano de 2018, ele ganhou o Pritzker da arquitetura ao ser
reconhecido pela sua visão inovadora ao desenvolver projetos com foco na
população de baixa renda.
Segundo Aravena, a sociedade precisa pensar na habitação social de
forma diferente, não apenas como um gasto do governo, pois para uma família
carente, a moradia social será a maior ajuda que eles receberam, uma única vez
na vida por parte do Estado, e é o meio a partir do qual eles podem superar a
pobreza e gerar capital, e não apenas se proteger das intempéries.

Dessa forma, o escritório Elemental, pelo qual o arquiteto é responsável,


teve a tarefa de desenvolver um projeto de habitação social para 100 famílias na
cidade de Iquique no Chile, no ano de 2003, requerido pelo governo chileno,
denominado como conjunto habitacional Quinta Monroy.
Conforme descrito por Alejandro Aravena, eles tinham uma equação difícil
para resolver: estabelecer 100 famílias num terreno no centro da cidade, que por
30 anos era ocupado ilegalmente e que custava três vezes mais do que
normalmente se pagaria por um terreno para habitação social, e os recursos
ofertados pelo governo eram limitados.

Além disso, mesmo se eles desenvolvessem o projeto baseado no padrão


convencional de pequenos lotes de habitação social, não seria possível alocar todas
as 100 famílias no terreno, apenas 30 delas.

Nesses cenários, geralmente opta-se por um terreno mais barato, no


entanto, esses tipos de terreno estão localizados nas periferias, em áreas
marginalizadas e distantes dos centros de oportunidades da cidade, implicando
na desvalorização das habitações e exclusão da população mais carente dos
centros urbanos
Reduzir o lote até igualar com a área da casa para fazer um uso mais
eficiente do solo também não era opção, pois ao invés de eficiência o que se
obteria seria amontoamento, e caso tentassem verticalizar o edifício para obter
densidade, o resultado seriam habitações que não podem ser expandidas, a não
ser o térreo, que sempre pode crescer horizontalmente sobre o solo, e o último
andar, que pode crescer verticalmente em direção ao céu.

Dessa forma, a solução que o arquiteto chileno encontrou foi projetar uma
nova tipologia de habitação em que o edifício tivesse apenas o térreo
e o último andar.

Assim, eles seriam responsáveis pela construção de “metade”


da casa com boa qualidade, focando nas partes mais complexas da edificação,
permitindo que os próprios moradores complementam a moradia por conta
própria mais tarde.

Desse modo, eles não precisaram minimizar o


espaço das habitações, pois ela poderia ser expandida futuramente, e
conseguiram cumprir o orçamento apertado imposto pelo governo.

A produção de um novo modelo de HIS: o programa + Lapena Habitar e sua


arquitetura
O projeto +Lapena Habitar, uma parceria da Fundação Tide Setubal e do Blend Lab,
busca contribuir para a transformação urbana de bairros periféricos por meio de um
novo modelo de produção de habitação de interesse social (HIS).

Partindo de um processo iniciado em 2020, as instituições vêm desenvolvendo um


projeto piloto na Zona Leste de São Paulo de oferta e gestão de moradia que
incorpora aspectos de desenvolvimento urbano, arquitetura, estratégias de acesso à
moradia de qualidade, processos pré e pós ocupação, participação social, modelo
de aluguel, gestão coletiva, modelo de negócio e financiamento.

O início

A Fundação Tide Setubal atua com a missão de contribuir com o desenvolvimento


sustentável das periferias e o enfrentamento das desigualdades sócio-espaciais, e
tem um trabalho consolidado há mais de 15 anos na periferia de São Paulo,
especialmente na região do bairro do Jardim Lapenna, na zona leste da cidade. Já o
BlendLab, uma parceria entre duas empresas—Dínamo e Blend Group—, foi criado
com o objetivo de desenvolver formas alternativas de financiamento para habitação
social. Interessada em entender melhor as questões sobre habitação popular, em
2020 a Fundação Tide Setubal foi ao encontro do Blend Lab para uma discussão
sobre o tema.

O grupo não tinha a intenção de criar novas abordagens de habitação de interesse


social, nem questionar os paradigmas existentes. A principal preocupação era
compreender se existem alternativas viáveis de produção e oferta de moradia que
pudessem ser implementadas no Jardim Lapena. Para responder a esse desafio foi
desenvolvido um workshop[1] sobre Habitação de Interesse Social (HIS), que teve
como resultado um “Plano de Diretrizes de Habitação de Interesse Social no Jardim
Lapena”[2], feito de uma forma empírica, pouco prescrita, respondendo às
perguntas e desafios dos participantes.[3] Este material foi organizado no Caderno
de Diretrizes e apresentou uma possível base para o desenvolvimento de um
programa de habitação social que gira em torno de três pilares: modelo de aluguel;
gestão comunitária; e financiamento privado—características que até então não são
encontradas com frequência em projetos de HIS no Brasil.

O processo
Foram organizados seis workshops que reuniram abordagens analíticas e críticas
que avançaram sobre questões urbanas e sociais do bairro visando tanto a
implantação de estratégias quanto a atualização e reflexão acerca dos desafios
diversos da HIS em periferias urbanas.

O principal resultado dessa série de workshops foi a elaboração de um conjunto de


diretrizes que compõem a base para uma proposta de uma teoria de mudança. As
diretrizes não têm a pretensão de serem completas ou finitas, não seguem uma
hierarquia particular ou taxonomia, mas respondem às aspirações do grupo de
trabalho, ou seja, à ideia de como uma proposta de HIS para o Jardim Lapena
deveria ser. Esse caderno divide as diretrizes em três temas: i) Modelo de Gestão;
ii) Unidade Habitacional e Condomínio; iii) Implantação e Integração com o Meio
Urbano. As diretrizes abrangem desde aspectos amplos, como “(5.) Estimular a
adoção de boas práticas arquitetônicas em outras residências no bairro”, até
bastante específicas como “(7.) integrar atividades econômicas às unidades e/ou
ao(s) empreendimento(s)”—que visa estimular estratégias de morar-e-trabalhar que
possam ir além do uso misto.

Esse último ponto faz parte de uma série de discussões desenvolvidas sobre a
necessidade de adequar as tipologias padrão—unidade mínima com dois
quartos—oferecidas pelos programas habitacionais à variedade de composição
familiares e às diferentes demandas de uso. Com a pandemia, discussões sobre
teletrabalho ganharam muito destaque, mas quando falamos das faixas das renda
mais baixas, o trabalho em casa é um tema que impõe desafios para além da ideia
de um pequeno escritório dentro de casa. É extremamente comum nas faixas de
renda mais baixas às mais diversas atividades, que podem incluir teletrabalho, mas
passam principalmente por espaços de produção, de comércio e de serviço, que
ainda podem incluir a necessidade de atendimento direto a clientes.

O modelo conceitual

O Caderno de Diretrizes também aborda questões sobre a gestão das unidades e


as opções de estratégias de financiamento. Além disso, outro ponto importante foi o
modelo de oferta dessas unidades no território. Optou-se pelo modelo aluguel como
alternativa ao popular modelo de compra e venda através do financiamento, que é
adotado como a principal política habitacional do país e que conta com um conjunto
de críticas bastante consolidado. Entre os pontos positivos da locação está uma
opção de maior flexibilidade e adaptabilidade, por apresentar maior capacidade de
mobilidade dos moradores entre unidades em ciclos de curto ou médio prazo,
conforme as necessidades, disponibilidade de recursos e configurações familiares.
A estratégia de provimento de unidades de aluguel por um ente civil pode ainda
contribuir com o controle local de preços, na medida em que garante a estabilidade
dos aluguéis em estoque significativo de unidades no território. Desta forma, tem o
potencial de estabelecer uma nova dinâmica territorial de moradia, a partir de um
estoque disponível de unidades com arquitetura adequada, integração e
potencialização do tecido urbano, regras estabelecidas de segurança de posse,
preços estáveis e condições de mobilidade e flexibilidade. O ente civil também atua
nesse modelo como “proprietário social”, como um agente de produção e gestão de
habitação sem fins lucrativos.

Nesse momento de consolidação foi entendido que, entre as diretrizes, existiam três
conceitos que, articulados, poderiam ser a base para um novo modelo de HIS. O
modelo se baseia no tripé: a) produção e gestão de habitação de interesse por um
ente civil b) com financiamento privado; e b) oferta no modelo de aluguel;

Do modelo de gestão e financiamento

A ideia da gestão e o financiamento de unidades se configurou como o vetor de


transformação com potencial significativo de alavancar as outras iniciativas. A
proposta prevê que o processo seja orientado por uma Associação Civil de Gestão
de Moradia (ACGM). Seu papel será articular os atores do território em processos
participativos para a definição e apuração das diretrizes e dos parâmetros para a
concepção, construção, implantação da solução de moradia e processos de pré e
pós-ocupação.

A estratégia do financiamento está em se viabilizar através da composição de


capitais de diferentes perfis de risco e expectativa de retorno em um arranjo de
finanças híbridas, ou blended finance. Na prática, trata-se da emissão de um título
com diferentes categorias de cotas orientadas para perfis específicos de
investidores, alguns buscando parâmetros de risco, prazo e retorno em linha com o
mercado e outro com maior tolerância a risco e/ou prazo e/ou menor expectativa de
retorno. O equilíbrio entre esses diferentes parâmetros, juntamente com a estrutura
sem fins lucrativos, permite construir edificações com alta qualidade arquitetônica e
construtiva mantendo valores de aluguel justos e acessíveis. Durante o período de
duração do compromisso de financiamento, entre 10 e 15 anos, os recebíveis dos
aluguéis remuneram os investidores. Uma vez quitado o compromisso de
financiamento, a ACGM passa a deter integralmente o patrimônio e os direitos sobre
os recebíveis podendo ampliar substancialmente os benefícios às famílias por meio
de diversas estratégias.

O workshop resultou numa proposta de modelo alternativo de HIS com grande


potencial. Além disso, o grupo de trabalho não tinha só as ideias, como também os
atores que poderiam viabilizar este novo modelo.[4]

A arquitetura

Uma vez estabelecido que esse conjunto de estratégias poderia ser a base para um
novo modelo de HIS, foi necessário pensar com resposta arquitetônica e
urbanisticamente às diretrizes, e como relacioná-las ao território.

A questão que se apresentou foi a seguinte: Se por um lado o Brasil tem uma vasta
e rica história de projetos de habitação social, por outro, não sabíamos até que
ponto a arquitetura poderia ser influenciada pelas estratégias criadas. Como o
morare trabalhar poderia potencializar? Quais elementos arquitetônicos e
estratégias de desenho poderiam se traduzir em qualidade habitacional e economia
para os moradores? Quais aspectos estruturais poderiam contribuir com a
segurança ou mesmo potencializar diferentes usos e acessos? Quais espaços
seriam necessários para formalizar a gestão civil?

Diante de tais questões, ao invés de buscar uma única visão (um escritório ou
arquiteto que respondesse a tudo) a possibilidade de lançar um concurso de ideias
se mostrou como uma opção que poderia explorar diferentes perspectivas para os
desafios propostos. Por outro lado, o fato de ser uma iniciativa privada e civil, se
mostrou também como uma oportunidade de repensar quais critérios e métodos
poderiam explorar melhor novos desenhos e estratégias. Por isso, foi lançada em
2022 uma Chamada de Projetos em busca de visões e respostas para tais
questões.

Competição Habitação Social de Alvenaria / fala atelier

Com o desafio de criar uma nova identidade para o bairro Alvenaria, em Lisboa, o
Fala Atelier criou um módulo com variações e multiplicações que permitiu que as
habitações se desenvolvessem de forma interativa. Ao contrário de uma solução
estática, este módulo-cubo de 2,55 metros define regras básicas para a organização
dos interiores, oferecendo a flexibilidade para diversas tipologias possíveis. Mais
imagens e descrição dos arquitetos abaixo.
Cada dormitório iria responder diretamente aos desejos dos moradores e a
capacidade mutante dinâmica iria transformar o bairro em uma plataforma móvel.
Varandas para a rua e pequenas hortas dariam cor à paisagem.

Depois de muitos anos de indiferença, uma única intervenção foi necessária para
resolver todo o bairro, trazendo-o de volta ao presente. A materialização do projeto
baseou-se em uma estrutura metálica pré-fabricada. O branco do exterior seria o
pano de fundo para atividades comunitárias. No interior, cada morador iria definir
seu próprio microuniverso.
Habitação Social Wirton Lira / Jirau Arquitetura
Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizado na zona sul da área urbana da
cidade de Caruaru – PE, próximo a intercessão de duas estradas federais, a
BR-232, que liga Recife ao sertão do estado e a BR104, um importante vetor de
escoamento da produção do Polo Têxtil da região, o terreno de 48,5Ha foi loteado
para implantação de 1300 unidades destinadas ao programa Minha Casa Minha
Vida.

O seu traçado se dá buscando adaptar-se às condicionantes naturais (talvegues e


afloramentos de rocha) e com a intenção de ligar todas as ruas do empreendimento
com as vias existentes nos loteamentos vizinhos, buscando assim garantir uma
maior fluidez do sistema viário. Áreas verdes e áreas para equipamentos
comunitários foram reservadas segundo as exigências da legislação local, sendo
que grande parte dessas áreas verdes já foram entregues executadas pelos
empreendedores, quando o mais comum nesses casos é repassar para o poder
público essas áreas para que num futuro as mesmas sejam equipadas.
Dessa forma imaginamos a planta baixa da casa de forma a permitir ampliações já
sugeridas pelo projeto de arquitetura. Os moradores já entram na casa sabendo da
sua melhor possibilidade de ampliação, e esse discurso vem sendo muito utilizado
pelos corretores na hora da comercialização das unidades. A casa pode ter
configuração com dois quartos (58m²) dois quartos sendo 01 suíte (61m²) ou três
quartos sendo 01 suíte (73m²).
Residencial Parque Novo Santo Amaro V / Vigliecca & Associados

O projeto localiza-se na zona sul do município de São Paulo, na região dos


mananciais da represa Guarapiranga. A área caracteriza-se como uma região de
fundo de vale com curso d’água central e encostas laterais de grande declividade
totalmente ocupadas por construções precárias.
O córrego recebia, ao longo de seu percurso, os esgotos das casas que o
circundam e as águas pluviais das vias que limitam suas encostas. Devido a esta
ocupação irregular, a mata nativa de vegetação ao longo do curso d’água foi extinta.

A diretriz geral é criar ao longo do curso d’água existente um eixo central verde,
resgatando a condição original dessa área. Outro objetivo é buscar soluções que
aproveitem as nascentes de água limpa do vale, resgatando o valor da água como
principal elemento paisagístico.

Este eixo caracterizado como um parque linear é o elemento que estrutura todo o
conjunto das intervenções. Ele será um eixo de uso público que qualificará a área,
estimulando o sentimento de identidade dos moradores com o lugar.
Para que este local tenha vida e animação é imprescindível que existam pontos de
atração em todo seu percurso, induzindo as pessoas a circular, portanto serve
também de acesso à maioria das habitações. Este eixo está concebido como uma
centralidade na escala da região, promovendo encontros e o lazer das pessoas.

Um dos pontos de atração deste eixo foi concebido no extremo onde se localizam o
campo de futebol, o clube, a associação de moradores e a Escola Estadual José
Porphyrio da Paz; ou seja, este ponto já consistia em um local de encontro e de
referência, que foi consolidado no projeto e nas obras.
No outro extremo da área de projeto, patamares, degraus e bancos se acomodam
no terreno reafirmando, de maneira lúdica, o grande desnível topográfico existente.
Anfiteatros abertos, playgrounds e pista de skate garantem animação e uma densa
arborização com várias espécies darão condição ambiental adequada.

Ao longo do fundo de vale, estruturando longitudinalmente a área, está prevista uma


via destinada aos veículos de manutenção e que servirá prioritariamente como
passeio dentro do parque.

O projeto constrói vários “portais” aumentando o número de acessos ao parque


linear, e diminuindo o isolamento do interior em relação ao seu entorno. Com o
mesmo intuito inclui-se no projeto duas passarelas metálicas que conectam os dois
lados da encosta passando acima do parque.

As famílias removidas do local serão relocadas para as unidades habitacionais


criadas na mesma área, tendo ainda uma quantidade maior de apartamentos, que
atenderá a demanda de outros setores da região, que também se encontram em
áreas de risco.
Bogerse Velden Social Housing / META architectuurbureau

Descrição do texto fornecida pelos arquitetos. A habitação social de Bogerse Velden


em Lier pelo META architectuurbureau contém 3 prédios de apartamentos
autônomos e idênticos, 13 casas geminadas e 14 casas geminadas com um
volumétrico dinâmico.
Fachadas demarcam o espaço aberto

Ao projetar a habitação social de Bogerse Velden, o META enfatizou o espaço


aberto. A prática expandiu o terreno destinado à rede de recreação exigida pelo
programa e criou uma área bem organizada, voltada para ciclistas e pedestres. O
cinturão verde circundante, até então composto por pequenas e grandes zonas, foi
concluído com a inclusão de vegetação adicional.

Três prédios de apartamentos autônomos e de corte limpo


Os 3 prédios de apartamentos se apresentam como volumes autônomos. O
programa previa cada edifício individual como composto por 11 apartamentos, além
de uma garagem semi-subterrânea comum para 11 carros e 35 bicicletas. O piso
térreo é elevado por meio nível. Isso oferece várias vantagens: elimina as linhas de
visão diretas no edifício e, portanto, garante privacidade; o consumo desnecessário
de energia é evitado porque as garagens semi-subterrâneas são naturalmente
ventiladas; finalmente, a profundidade do nível subterrâneo pode ser limitada, o que
a torna uma solução econômica.

Interrupção da linha da fachada com casas geminadas

Além dos apartamentos, o META projetou 13 casas geminadas, uma configuração


criada após uma análise aprofundada das várias condições de contorno: vistas,
orientação, agrupamento de funções úmidas, prevenção de longas fachadas planas
e assim por diante.
As casas geminadas têm a vantagem de interromper uma fileira plana de fachadas.
Além disso, as conexões permitem a construção de casas suficientes, além de
facilitar a inclusão de salas de estar mais amplas. Além disso, as janelas nos
espaços de convivência se enfrentam na diagonal e deixam entrar muita luz.
Finalmente, cada um desses quartos fica ao lado de um espaço ao ar livre: uma
área externa murada na frente, um jardim na parte de trás. Todos esses detalhes
contribuem para uma alta qualidade de vida dos residentes.

Habitação de Interesse Social Sustentável / 24.7 arquitetura design


Do Arquiteto. Felicidade, bem estar e qualidade de vida foram alguns dos mais
importantes conceitos que juntamente à concepção de um projeto bioclimático,
formaram o nosso objetivo com esse projeto.

O maior desafio foi a busca por uma solução lógica e racional capaz de demonstrar
que a qualidade de uma habitação não deve corresponder ao padrão econômico de
uma determinada classe social, mas sim aos conhecimentos técnicos do atual
momento histórico, rompendo um paradigma antigo e dominante de que as casas
populares devem ser marcadas pela simplicidade de suas construções.

O objetivo consiste na idealização de uma casa compacta que possa dar mais
liberdade aos moradores, com espaços livres dentro de suas dependências sem
deixar de lado, é claro, a qualidade visual e volumétrica das mesmas. A
preocupação com a fachada, com a identidade, a heterogeneidade e a
descompactação do tradicional modelo da casa retangular, são pontos chaves na
elaboração da nossa proposta.
A residência consiste em um programa reduzido, resolvido a partir de dois blocos
lineares interligados por um terceiro bloco com funções distintas, sendo um módulo
para os dormitórios e banheiro, outro para a área de serviços (cozinha e lavanderia)
e um terceiro - de ligação - abriga a sala de refeições e a sala de estar.

O formato alongado e estreito visa garantir a iluminação e radiação direta total dos
ambientes da casa, já que, de acordo com a inclinação do sol para a latitude das
cidades do Estado de São Paulo, o formato quadrado ou retangular de certas
dimensões impossibilitaria o alcance da luz em toda a sua extensão. O mesmo
terreno, com as mesmas dimensões, foi pensado para abrigar a casa de dois e três
dormitórios, prevendo assim, a expansão de mais um quarto da menor habitação
em caso de crescimento do número de integrantes da família.
Acreditamos que a qualidade dos espaços projetados influencia diretamente na
qualidade de vida e bem estar dos ocupantes e foi assim que procuramos trabalhar.
Contamos com a opinião de moradores do atual sistema habitacional da CDHU e
estivemos dispostos a ouvir e compreender a respeito das atuais carências,
problemas, necessidades, preocupações e anseios, a fim de desenvolver um
trabalho com a aprovação do usuário final.

Consideramos de grande valia algumas reuniões realizadas com os futuros


moradores, já que estes, de certa forma, acabaram sendo responsáveis por alguns
ajustes com relação ao funcionamento e funcionalidade dos espaços criados.

A princípio a casa será construída com blocos de concreto estruturais da família 29,
sendo assim um projeto modulado para facilitar a construção.

Os caixilhos foram pensados de forma a garantir melhor insolação e ventilação para


as unidades.
Na cobertura a utilização de telhas termoacústicas, mescladas com cobertura
ajardinada representa um ganho no conforto térmico da residência e uma redução
do consumo de energia mensal.

As fachadas podem ser facilmente modificadas, se alteradas as cores da caixa


d’água e núcleo central e os elementos de fechamento frontal utilizados na frente da
lavanderia. Esses itens são suficientes para se conseguir diferenciar uma casa da
outra, mudando o aspecto de que todas as casas são exatamente iguais.

O projeto tem uma constante preocupação com os materiais a serem utilizados na


construção, já que visam atender uma série de requisitos, como a facilidade de
construção, custo baixo, sustentabilidade e bioclimatismo.

Paraísos sinistros: habitação de interesse social no México, por Jorge


Taboada
"Alta Densidade" é um projeto realizado pelo arquiteto Jorge Taboada, o qual é
composto por uma série de fotografias aéreas que procuram revelar as histórias de
nossas cidades. Esta série em forma de documentário apresenta-se como uma
espécie de "vestígio arqueológico" no qual "as pessoas são privadas de sua
identidade, tornando-se invisíveis".

"A cidade como resultado de modelos matemáticos torna-se apenas uma textura
quando vista desde cima. Uma testemunha construída com areia e cimento, uma
repetição infinita, um surpreendente “paraíso sinistro” e geométrico.”
Os projetos de habitação de interesse social no México possuem uma longa história
até chegar ao modelo como conhecemos hoje. Transformações que não apenas
tem a ver com a arquitetura, mas que também tem relação com as empresas de
construção civil e até mesmo com as políticas públicas dos governos.
Este registro realizado por Jorge Taboada nos mostra como as famílias são
obrigadas a se amontoar nestes modelos de expansão infinita, aplicados tanto no
México como em tantos outros países da América Latina. Estas fotografias são a
prova dos estritos padrões geométricos que compõem as paisagens das periferias
de nossas cidades, a utopia da modernidade que busca padronizar o território e a
vida de seus habitantes.

1º lugar no Grupo 3 do Concurso CODHAB para Habitação de Interesse Social


O Concurso Nacional de Projeto de Arquitetura para Habitação de Interesse Social
foi divulgado no dia 17 de agosto. A Companhia de Desenvolvimento Habitacional
do Distrito Federal (CODHAB-DF) dividiu o concurso para habitações unifamiliares
econômicas e casas sobrepostas em três categorias. Os grupos 1, 2, e 3 tiveram
que criar unidades com um dormitório com expansão para mais um, dois dormitórios
com expansão para mais um e três dormitórios, respectivamente.

O objeto do concurso consistiu na seleção de 03 (três) melhores propostas de


habitação de interesse social para 03 (três) tipologias divididas em três grupos:
habitação unifamiliar econômica, casa sobreposta e habitação coletiva econômica.
Foi necessária também que se apresentassem propostas mínimas para as
instalações necessárias (projetos elétricos, hidrossanitários, telefonia, tv),
compatibilizadas com o sistema estrutural, informações gerais e determinantes da
implantação do projeto, do sistema construtivo, da manutenção dos materiais
aplicados, bem como orçamento sintético estimativo, tudo de maneira a demonstrar
a viabilidade financeira e técnica das habitações.
A cidade possui o seu desenho marcado por histórias, sendo resultado de suas
relações de tempo e espaço. A arquitetura neste contexto não se apresenta como
imposição, mas sim transformação, adaptando-se conforme as necessidades e
oportunidades surgem. Como já disse Koetter, a cidade se apresenta perfeita em
sua “imperfeição”, com suas colagens, frutos de intervenções livres em sua forma
mais democrática, a ocupação e apropriação do ser humano perante sua morada. A
arquitetura é reflexo das relações sociais, transformações temporais, culturais e
politicas de cada geração, porém o modelo econômico, dependente e concentrador,
que vigorou durante décadas no Brasil foi o fator responsável pelo acelerado
processo de urbanização desordenada e teve como consequência a situação
caótica das cidades e formação de um cinturão de miséria em sua periferia.

O direito à moradia constitui um direito social e humano, é elemento de grande


importância para o desenvolvimento dos espaços urbanos, enquanto elemento
indispensável ao desenvolvimento dos cidadãos e suas comunidades.

Propõe-se uma leitura de morada baseada em senso de comunidade, entendendo


que as relações sociais associadas à infraestrutura básica e tipologia digna, devem
ser os pilares para a produção da habitação. Oportunizar a apropriação e
democratizar as decisões espaciais e espaços de convívio proporcionando
ferramentas para sentimento de pertencer.
A proposta parte de um módulo habitacional embrião. A planta embrião é
organizada em bloco íntimo e social, assim o programa é distribuído de acordo com
os usos. Os blocos ficam desalinhados, resultando na produção de dois pátios
externos para cada unidade habitacional.

O pátio frontal é um espaço multiuso, possibilita diversas atividades comunitárias ou


individuais, como; utilização de garagem ou jardim é um local de uso indeterminado
pelo projeto, que permite a escolha livre de cada morador. Já o pátio posterior,
configura uma área de apoio e lazer íntimo para a habitação, possui compartimento
fechado para instalação da área de serviço e oportuniza o uso de horta ou lazer
recreativo.

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