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FACHADA ATIVA

LEI 16.050/14

Quadro 1 – Definições: Fachada Ativa corresponde à exigência de ocupação da extensão


horizontal da fachada por uso não residencial com acesso direto e abertura para o logradouro,
a fim de evitar a formação de planos fechados na interface entre as construções e os
logradouros, promovendo a dinamização dos passeios públicos;

Art. 87. As ações públicas e privadas com interferência na paisagem deverão atender ao
interesse público, conforme os seguintes objetivos:

I – garantir o direito do cidadão à fruição da paisagem;

II – propiciar a identificação, leitura e apreensão da paisagem e de seus elementos


constitutivos, públicos e privados, pelo cidadão;

III – incentivar a preservação da memória e do patrimônio histórico, cultural, religioso e


ambiental e a valorização do ambiente natural e construído;

IV – garantir a segurança, a fluidez e o conforto nos deslocamentos de veículos e pedestres,


adequando os passeios às necessidades das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida;

V – proporcionar a preservação e a visualização das características peculiares dos logradouros


e das fachadas dos edifícios;

VI – contribuir para a preservação e a visualização dos elementos naturais tomados em seu


conjunto e em suas peculiaridades ambientais;

VII – facilitar o acesso e utilização das funções e serviços de interesse coletivo nas vias e
logradouros e o fácil e rápido acesso aos serviços de emergência, tais como bombeiros,
ambulâncias e polícia;

VIII – condicionar a regulação do uso e ocupação do solo e a implantação de infraestrutura à


preservação da paisagem urbana em seu conjunto e à melhora da qualidade de vida da
população;

IX – condicionar a instalação de galerias compartilhadas para os serviços públicos,


principalmente energia elétrica, gás canalizado, saneamento e telecomunicações, desde que
compatíveis.

LEI 16.402/16

Art. 62. São consideradas áreas não computáveis:

VII - as áreas construídas no nível da rua com fachada ativa mínima de 25% (vinte e cinco por
cento) em cada uma das testadas e de no mínimo 3m (três metros) de extensão, destinadas a
usos classificados na categoria não residencial que sejam permitidos nas respectivas zonas, até
o limite de:

a) 50% (cinquenta por cento) da área do lote nas ZEU, ZEUa, ZEUP, ZEUPa, ZEM, ZEMP, ZC e
ZCa;

b) 20% (vinte por cento) da área do lote nas demais zonas;


VIII - nos lotes localizados nas ZEU, ZEUa, ZEUP, ZEUPa, ZEM, ZEMP, ZC e ZCa, a área destinada
aos usos não residenciais, até o limite de 20% (vinte por cento) da área construída computável
total nos empreendimentos de uso misto com fachada ativa;

Art. 71. A fachada ativa, ocupada por uso não residencial (nR) localizada no nível do
logradouro, deverá:

I - estar contida na faixa de 5m (cinco metros) a partir do alinhamento do lote, medida em


projeção ortogonal da extensão horizontal;

II - ter aberturas para o logradouro público, tais como portas, janelas e vitrines, com
permeabilidade visual, com no mínimo 1 (um) acesso direto ao logradouro a cada 20m (vinte
metros) de testada, a fim de evitar a formação de planos fechados sem permeabilidade visual
na interface entre as construções e o logradouro, de modo a dinamizar o passeio público.

§ 1º O recuo entre a fachada ativa e o logradouro público deve estar fisicamente integrado ao
passeio público, com acesso irrestrito, não podendo ser vedado com muros ou grades ao longo
de toda a sua extensão, nem ser ocupado por vagas de garagem ou usado para manobra de
veículos, carga e descarga e embarque e desembarque de passageiros.

§ 2º Nas vias que não possuam faixa exclusiva ou corredores de ônibus, o recuo entre a
fachada ativa e o logradouro público poderá abrigar excepcionalmente vagas de
estacionamento de automóveis desde que limitado a no máximo 20% (vinte por cento) da
testada do imóvel e autorizado por órgão competente de trânsito.

Art. 87. Nas ZEU, ZEUa, ZEUP, ZEUPa, ZEM, ZEMP, ZC e ZCa, quando a área do lote for superior
a 10.000m² (dez mil metros quadrados) e menor ou igual a 20.000m² (vinte mil metros
quadrados), será obrigatória a adoção dos seguintes parâmetros qualificadores da ocupação:

III - fachada ativa em no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) da testada do lote em
empreendimentos residenciais ou não residenciais.

DECRETO 57.521/16

Art. 5º Para fins de utilização do benefício previsto no inciso VII do artigo 62 da Lei nº 16.402,
de 2016, basta o atendimento das disposições mínimas previstas no referido dispositivo.

Parágrafo único. A fachada ativa pode estar localizada em diferentes níveis, nos pavimentos de
acesso à edificação, desde que no mesmo compartimento edificado e que seja garantido
acesso direto pelos logradouros públicos, devendo toda a área construída ser considerada no
cálculo do limite estabelecido nas alíneas “a” e “b” do inciso VII do “caput” do artigo 62 da Lei
nº 16.402, de 2016.

Art. 12. A fachada ativa, além das disposições do artigo 71 da Lei nº 16.402, de 2016, e em
seus parágrafos, deve observar às seguintes características:

I - a face de acesso à fachada ativa voltada para o logradouro público deve estar contida na
faixa de 5m (cinco metros) medida a partir do alinhamento do lote, em projeção ortogonal,
sendo que, no caso de doação de calçada prevista no artigo 67 da citada lei, deve ser
considerado o novo alinhamento;

II - são admitidas aberturas e acessos para as áreas de fruição, inclusive em forma de galeria
interna ao edifício, desde que garantido o acesso direto ao logradouro público;
III - a área construída de uso nR destinada a fachada ativa pode exceder a faixa de 5m (cinco
metros);

IV - nos casos de lote com mais de uma frente, para fins da aplicação da exigência de, no
mínimo, 3m (três metros) de extensão, será considerada a soma das dimensões das testadas.

Art. 15. O atendimento à fachada ativa estabelecida no artigo 87 da Lei nº 16.402, de 2016, é
obrigatório no caso de obra nova e de reforma com ampliação de mais de 50% (cinquenta por
cento) da área total construída da edificação existente.

§ 1º No caso de reforma com aumento de área em etapas, deve ser observada a fachada ativa
quando o acréscimo de área exceder a 50% (cinquenta por cento) em relação à área da
edificação existente em 23 de março de 2016.

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