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Tese de Doutorado
ANÁLISE DE TRATAMENTO
ALCALINO EM FIBRA DE CURAUÁ
EM COMPÓSITO DE RESINA EPÓXI
MAIO DE 2021
SILVIA DAOU VIDAL
DOI: http://dx.doi.org/10.22409/PGMEC.2021.d.12223910742
CDD -
Às mulheres.
iv
Agradecimentos
Agradeço primeiro a CAPES e ao CNPq pela ajuda de custo e financiamento das pes-
quisas relacionadas a este trabalho e ao laboratório de uma forma geral.
Ao amigo e orientador Felipe Amorim, por sua paciência, didática e apoio fundamen-
tal neste trabalho.
Ao eterno orientador João Marciano Laredo dos Reis pela paciência, por todos os anos
desse longo ciclo acadêmico, un bon voyage, voyage, vole dans les hauteurs.
Ao meu amigo e redator Thiago Gonçalves, por me puxar pra frente e tornar este texto
mais robusto.
Aos meus amigos e familiares que aguentaram meu stress e me deram apoio, com des-
taque ao meu primo Gustavo Daou por me inspirar.
E, mais que especial, obrigada por toda força de minha irmã Luisa Daou, amiga Nathá-
lia Filgueiras, minha prima Diana Daou, minha Tia Ana Maria Daou e minha mãe
Lourdes Daou.
A todos os momentos e turning points desta jornada.
e, finalmente, a mim mesma, por ter vencido o mal da procrastinação e não ter desis-
tido de algo que já havia começado.
v
Epígrafe
“I am not free while any woman is unfree, even when her shackles are very different
from my own.”
Audre Lorde
vi
Resumo
vii
Abstract
The oil crisis and the increasing devastation of the planet’s resources have generated
the need to use sustainable materials, which correspond to the progress of contempo-
rary society, but also preserve the environment. Natural fibers have gained visibility
in the search for these materials, as they have desirable properties, are found in abun-
dance, can be handled in natura (avoiding industrial stages), and are biodegradable.
Polymer composites can be reinforced with natural fibers in replace to the synthetic
ones, that cause impacts to the environment during their production, and are not easily
degraded, leading to material disposal and garbage accumulation. Curauá vegetable
fiber is a highlight among natural fibers, because there is the use of a material discar-
ded during harvest, it has mechanical properties above the other fibers and helps in
the local economy of the Amazon region. Natural fibers have a hydrophilic surface
that makes adhesion with the epoxy matrix of the composite difficult. A surface tre-
atment, such as alkalis with NaOH, improves this adhesion. Through tensile, flexural
and dynamic mechanical analysis tests, different types of specimens of the composite
were evaluated regarding the ideal fiber quantity, alkaline solution concentration for
surface treatment of the fibers and treatment time. The composites with fiber treat-
ment showed an improvement of up to 30% in strength compared to the composite
without treatment. The composite with 50% fiber in total weight, whose fibers were
treated with 3% to 5% of NaOH solution for 72h, showed considerable improvement
in epoxy stiffness. A mathematical model is proposed with an accuracy of 98% to
predict material parameter values.
Keywords: Natural fiber, Curauá, alkaline solution, mechanical tests, epoxy, com-
posites and modeling.
viii
Lista de Figuras
ix
Lista de Figuras x
4.1 Curvas típicas para ensaio de tração: resina pura no gráfico com tra-
çado preto e compósitos com fibras sem tratamento no gráfico seguinte.
Na legenda, proporção é Matriz:Fibra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
4.2 Curvas típicas para ensaio de flexão: resina pura no gráfico com tra-
çado preto e compósitos com fibras sem tratamento no gráfico seguinte.
Na legenda, proporção é Matriz:Fibra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.3 Curvas típicas para ensaio de tração (acima) e flexão (abaixo). A resina
é mais frágil e com alongamento muito maior. . . . . . . . . . . . . . . 32
4.4 Curvas típicas para ensaios de tração do compósito com fibras tratadas:
a) 1% de contração de solução de NaOH, b) 3% e c)5%. . . . . . . . . 35
4.5 Dependência da tensão de tração (a) com a concentração (b) de NaOH
e o tempo de imersão do tratamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.6 Dependência do módulo de Young com a concentração de NaOH (b) e
o tempo de imersão do tratamento (a). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Lista de Figuras xi
4.7 Curvas típicas para ensaios de flexão com compósito com fibras trata-
das: a) 1% de contração de solução de NaOH, b) 3% e c)5%. . . . . . . 40
4.8 O primeiro Gráfico mostra a relação da tensão máxima em função do
tempo de tratamento (a); o segundo, da concentração(b). . . . . . . . . 41
4.9 No Gráfico “por influência da concentração de NaOH” (b) nota-se um
desvio no padrão do comportamento do módulo de flexão para concen-
tração de 5% de solução durante tratamento. O primeiro Gráfico (a),
mostra a relação do módulo com o tempo. . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.10 Curvas ensaio DMA 1Hz sentido horário: resina e 30% de fibra . . . . 46
4.11 Curvas ensaio DMA 1Hz sentido horário: 40% e 50% de fibra . . . . . 47
4.12 Curvas ensaio DMA 1Hz para compósitos reforçados com fibras trata-
das a 1% por (de cima para baixo) 24h, 72h e 168h. . . . . . . . . . . . 49
4.13 Curvas ensaio DMA 1Hz para compósitos reforçados com fibras trata-
das a 3% por (de cima para baixo) 24h, 72h e 168h. . . . . . . . . . . . 50
4.14 Curvas ensaio DMA 1Hz para compósitos reforçados com fibras trata-
das a 5% por (de cima para baixo) 24h, 72h e 168h. . . . . . . . . . . . 51
xii
Sumário
Dedicatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iv
Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v
Epígrafe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vi
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii
Abstract . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . viii
Nomenclatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xv
Abreviaturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xvii
1. Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.1 Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Caracterização do Problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.4 Escopo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2. Revisão Bibliográfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.1 Polímeros e compósitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.1.1 Epóxi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.2 Fibras naturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2.1 Curauá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2.2 Tratamento superficial com NaOH . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.2.3 Ensaio DMA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3. Materiais e Métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.1 Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.2 Ensaios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
xiii
Sumário xiv
4. Resultados e discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.1 Fibras sem tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.1.1 Ensaios de tração e flexão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.2 Fibras com tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.2.1 Ensaios de Tração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.2.2 Ensaios de Flexão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
4.3 Ensaio de DMA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
4.3.1 Fibras sem tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
4.3.2 Fibras com tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5. Modelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
5.1 Ensaio de tração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
5.2 Ensaio de flexão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
6. Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
6.1 Discussões futuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
7. Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
xv
Nomenclatura xvi
Ω densidade (g /cm 3 )
æ tensão (MPa)
æ0 tensão inicial (MPa)
æmax limite de resistência à tração / tensão máxima (MPa)
Abreviaturas
CP Corpo de Prova
REMC109 Resina epóxi MC 109 de Bisfenol A
DGEBA epóxi Diglicidílico de Bisfenol A
DMA Análise Mecânica Dinâmica (Dynamic Mechanical Analysis)
PLA Ácido Polilático
PCL Policaprolactona
xvii
Capítulo 1
Introdução
1.1 Apresentação
Nos últimos anos, com a mudança climática global, o mercado instável de matéria
prima fóssil, entre outros problemas ambientais [11][12], tornou-se necessário o uso
de materiais ecológicos como alternativas aos industriais, na busca por diminuir o custo
industrial, as etapas de processo, o descarte e, consequentemente, a poluição do meio
ambiente [3-5]. Sustentabilidade busca atender as necessidades atuais do desenvolvi-
mento social sem comprometer o meio ambiente para gerações futuras[16]. Portanto,
a reutilização de produtos e a aplicação de materiais de fontes renováveis são focos na
atual conjuntura industrial da engenharia.
As fibras tradicionais utilizadas como reforço em materiais compósitos de políme-
ros, como a fibra de carbono, advêm de processos industriais que demandam custo e
energia, que causam impacto no meio ambiente[17][13]. Além disso, o descarte des-
sas fibras, ou dos materiais que as carregam, tem sido um desafio e, portanto, geram
resíduos também comprometedores do meio ambiente [18][8].
O uso de fibras naturais, materiais que vêm de fontes renováveis e de fácil acesso
em diversos países e ambientes, também tem interesse econômico, já que reduz as
etapas industriais e seus gastos com energia, custos compulsórios na fabricação das
fibras sintéticas [16][19]. Segundo Monteiro et. al.[15], dependendo do processo, a
1
1. Introdução 2
Fig. 1.1: Exemplo de componentes automotivos feitos com fibras naturais. Fonte:[1]
O Curauá é uma das fibras de origem vegetal mais visadas na indústria por suas
características mecânicas que se sobressaem comparadas a outras fibras e já vem sendo
utilizado na fabricação de embalagens e tecidos [1]. Originalmente, sua matéria-prima
é descartada na colheita do fruto de origem. Portanto, é uma matéria-prima abundante
e subutilizada. A extração da fibra é feita de forma simples e manual, não necessitando
de etapas industriais extras, que além de alto custo, produzem resíduos prejudiciais ao
meio ambiente.
Neste sentido, a fibra se torna muito atrativa. A Força Aérea, em busca de utilizar
a fibra em alguma das aplicações que necessitam de materiais mais modernos, propôs
um estudo da performance desta fibra sendo utilizada como reforço de um compósito.
Para isto, ensaios de tração, flexão e DMA foram realizados em diferentes composições
do compósito, a fim de avaliar um método otimizado de produzir aquele.
Dado que, no presente trabalho, o material estudado não é ainda um produto final
1. Introdução 5
1.3 Objetivos
O foco principal do presente trabalhar é propor uma solução para substituição de fibras
sintéticas, evitando etapas industriais e acumulo de lixo no descarte das mesmas. Para
isso, um compósito de matriz epóxi é reforçado com fibra natural. A fibra natural
de Curauá, além de ter propriedades que alcançam as expetativas, promovem uma
economia local, já que seria um material descartado após colheita.
O objetivo empírico do presente trabalho é avaliar, através de ensaios mecânicos,
as propriedades do compósito feito de epóxi reforçado com fibra natural de Curauá,
a fim de oferecer ao mercado uma alternativa mais biossustentável. Mostraremos as
propriedades mecânicas do material demonstradas experimentalmente, analisando e
discutindo resultados, propondo uma modelagem matemática coerente com o esperado
experimentalmente.
Para tal, em um primeiro momento, foram realizados ensaios de tração e flexão a
fim de avaliar a melhor proporção de fibra e matriz para dar continuidade à pesquisa.
Foram realizados ensaios na resina pura e em 3 tipos de compósitos com fibra Curauá
sem tratamento: 30% de fibra, 40% de fibra e 50%.
Após esta primeira etapa, usando os resultados como referência, fez-se um trata-
mento com solução de NaOH nas fibras, que foram incorporadas à matriz epóxi. Foram
realizados 9 tipos de variação deste tratamento, sendo uma matriz 3x3 de: 24h, 72h e
168h de imersão das fibras na solução, versus 1%, 3% e 5% de concentração de NaOH
na solução.
Em ambas as etapas também foram realizados ensaios termodinâmicos de DMA
para auxiliar na análise dos dados dos ensaios mecânicos. O material foi exposto a
movimentos cíclicos com frequências de 0.01, 0.1, 1, 10 e 100Hz, entre -50ºC a 180ºC,
com taxa de 2ºC/min.
1. Introdução 7
1.4 Escopo
Seis capítulos compõem este trabalho, sendo o último para referências bibliográficas.
Uma introdução é feita a respeito do trabalho e motivação para pesquisa. No capítulo
2 é feita uma revisão bibliográfica sobre o que são polímeros e seus compósitos, sobre
o polímero epóxi utilizado nos ensaios, sobre as fibras naturais, sobre a estrela dos
ensaios deste trabalho, a fibra de Curauá e, por fim, o tratamento químico escolhido
para aprimorar a adesão do Curauá na resina utilizada.
No capítulo 3 há a descrição do trabalho, dos ensaios e da modelagem matemática
proposta. Os resultados experimentais são discutidos no capítulo 4, e a demonstra-
ção da modelagem matemática e os resultados teóricos são mostrados no capitulo 5.
Finalizando, no capítulo 6, as conclusões abordadas.
Capítulo 2
Revisão Bibliográfica
8
2. Revisão Bibliográfica 9
Fig. 2.1: Representação de fase cristalina e amorfa presentes nos polímeros. Fonte:[2]
fibra unilateral que, quando ensaiado com forças paralelas à fibra, terá resultados com-
pletamente diferentes se ensaiado com forças perpendiculares à fibra. A resistência em
um compósito com fibras dispersas aleatoriamente é menor se comparado com a re-
sistência na direção longitudinal da fibra de um compósito com fibras alinhadas (Fig.
2.1). Porém, se este compósito com fibras longitudinais sofrer tensão em diferentes
direções, as fraturas vão ocorrer sob cargas muito baixas, pois a resistência deste com-
pósito na direção perpendicular às fibras é quase nula. Portanto, a dispersão aleatória
de fibras curtas tem sido mais adotada no mercado pela possibilidade de aplicação sem
restrições de direção de carga.
Fig. 2.3: Representação da dispersão das fibras em matriz nos materiais compósitos.
Em a) são fibras longas e dispersas longitudinalmente, bem como em b), po-
rém com fibras curtas e fibras dispersas em c). Adaptado de [3].
2.1.1 Epóxi
A maioria dos polímeros epóxi são polímeros termorrígidos após o processo de cura
[28][32]. Independente disto, estes polímeros têm crescido muito nas aplicações in-
dustriais, pois possuem excelentes propriedades mecânicas, alta flexibilidade, alta re-
sistência, resistência à umidade, fácil usinabilidade[27] e boas propriedades adesivas,
sendo muito utilizado como revestimento de tubos e dutos[32][33].
Esses polímeros são muito sensíveis à temperatura [30][34][35], por exemplo, após
a temperatura de transição vítrea, momento em que o polímero tem um comportamento
equivalente a uma goma, o módulo de Young e resistência máxima caem[29][32][34][36].
2. Revisão Bibliográfica 12
Por conta dessa sensibilidade e outras propriedades que precisam ser revisitadas de-
pendendo da aplicação do material final, há uma constante demanda para aprimorar as
características desses materiais, moldando um compósito com as propriedades perso-
nalizadas de acordo com sua aplicação.
O epóxi oriundo de bisfenol A, é uma resina termoplástica, que, após o processo de
cura, se torna termorrígida e amorfa[28]. Sua resistência térmica e química contribui
para ser utilizado na indústria como adesivo de revestimento de dutos e vasos[33]. O
processo de cura torna o material mais frágil, rompendo após pequenas deformações
plásticas, que pode ser equilibrado quando incorporado com fibras [37][38].
2. Revisão Bibliográfica 13
Fibras naturais podem ser de fontes animais, minerais e vegetais. Porém, somente as
fibras vegetais se mostram de fato sustentáveis e renováveis em abundância, sem causar
danos ao meio ambiente, como a exploração de minério e o sofrimento animal. As
fibras baseadas em plantas (Fig.2.4) são obtidas através da raspagem à mão associada
a outro processo, como secagem ou maceração, após a extração [16]. Isso já diminui
as etapas industriais que hão de existir na fabricação de fibras sintéticas [39].
Fig. 2.4: Fibra de cânhamo à esquerda (Adaptado de [4]) e de juta enlaçada à direita
(Adaptado de [5]).
Existem 2 tipos de plantas que produzem fibras naturais: as primárias, nas quais a
fibra é cultivada nela mesma, e as secundárias, com as quais se obtém as fibras após
algum processo. A fibra de Curauá é uma fibra provinda da folha de Curauá, a qual
será debatida na próxima seção. Além das fibras das folhas, como sisal e abacaxi,
também se pode obter fibras liberianas (juta, cânhamo), sementes (coco, algodão),
junco (milho, arroz) e outros tipos [19].
As fibras naturais têm sido usadas como alternativas às fibras de carbono, vidro
e outras sintéticas na fabricação de compósitos, pois suas fontes se apresentam de
forma natural e abundante no meio ambiente [16][19][31][40], diminuem as etapas
industriais do processo, fácil manuseio, têm baixo custo, resultam em um material mais
leve devido à baixa densidade (portanto, maior propriedade específica), é reciclável,
2. Revisão Bibliográfica 14
Fig. 2.5: Esquema mostrando a superfície de fibra natural, com presença de óleo, cera,
celulose e lignina (i). Após o tratamento, a superfície se modifica (ii). Adap-
tado de [6].
2.2.1 Curauá
Fig. 2.6: Esboço da planta Ananas erectifolius: coroa, fruto, tronco, base, folha. Adap-
tado de [1] em [7].
Fig. 2.7: Foto exemplificando o Curauá na natureza: coroa, fruto, tronco, base, folha.
Adaptado de [1] em [7].
Por ter uma resistência elevada, que pode alcançar uma tensão máxima de 1150MPa[16],
ser abundante na natureza e ser ecológico, sua fibra tem sido estudada como reforço
2. Revisão Bibliográfica 18
Fig. 2.9: Película que retém água na folha do Curauá. Adaptado de [1].
Curauá assim como todo fibra natural, também é hidrofílico[39], e durante processo
de cura há mais liberação de água, que é absorvido pela planta, e dificulta a interação
c a matriz[55]. A fibra se mostra com pouca adesão a interface do epóxi, portanto, foi
necessário fazer um tratamento químico nela com NaOH.
As fibras prontas para uso, ou seja, secas, contêm células majoritariamente constituí-
das de açúcares e lignina. Assim, as fibras são hidrofílicas e possuem uma alta taxa
de absorção de umidade. Essa absorção depende da cristalinidade das fibras, suas
dimensões, forças e estruturas. Isso é uma desvantagem às fibras, que acabam não
aderindo completamente na mistura do compósito, e empobrece a performance do ma-
terial final[19].
Modificar a superfície das fibras se torna essencial para melhorar a adesão aos po-
límeros, fazendo uma relação mais confiável na propagação de tensão entre fibra e
matriz[19][31].É bom quando ambas as fases do compósito possuem uma baixa ten-
são de superfície. Os tratamentos podem ser físicos (alongamento, térmico etc.) ou
2. Revisão Bibliográfica 19
Fig. 2.11: Realinhamento das microfibrilas que restaram após o tratamento alcalino.
Fonte:[8]
Fig. 2.12: Fibra de Curauá antes (à esquerda) e depois de tratamento alcalino (à di-
reita), se tornando branca brilhante. Adaptado de [1], fonte: [9].
Materiais e Métodos
3.1 Materiais
O polímero utilizado foi a resina epóxi, oriunda da reação de epicloridrina com bisfenol
A, modificada com diluente reativo C12C14, de acordo com o fabricante Epoxyfiber®
(Fig. 3.1). O endurecedor utilizado, também do mesmo fabricante, é de amina alifática,
em proporção de mistura 4:1. Na tabela 3.1 apresenta-se os dados do fabricante.
Fig. 3.1: Epóxi utilizado como matriz no compósito. Foto acervo PGMEC.
A resina foi testada sem adição de fibra para ensaios de tração e flexão seguindo as
normas ASTM D3039/D3039M-14 [67] e ASTM D790-10 [68], respectivamente, com
corpos de prova retângulares com dimensões de 3mm de espessura, 18mm de largura
e 59mm de comprimento (Fig. 3.2).
23
3. Materiais e Métodos 24
Propriedades Dados
Viscosidade em 25ºCµ (mPas) 12 - 13
Densidade Ω (g/cm3 ) 1,6
Temperatura de calor distorcido (ºC) 100
Módulo de Elasticidade E (GPa) 5,0
Resistência a flexão (MPa) (ASTM D790) 60
Resistência a tração 73
Alongamento máximo (%) 4
Fig. 3.4: Fibra de Curauá após a estiragem e lavagem. À esquerda a fibra original, à
direita triturada.
em peso (Fig: 3.5), por 10 minutos garantindo a homogeneidade. Esse peso, medido
em uma balança Eletrônica BG 1000 Gehaka, considera além do peso de fibra e de
epóxi MC 109, também o endurecedor de amina alifática FD 139, com proporção 4:1
com o epóxi (Fig: 3.6). Após a mistura, o compósito foi prensado em Prensa Marconi
hidráulica com aquecimento MA 098/A até 15t.
Fig. 3.5: Processo de fabricação dos corpos de prova com fibra tratada: a) balança para
pesagem, b) mistura manual, c) prensa, d) corpos de prova.
Fig. 3.7: Corte dos corpos de prova do compósito após processo de mistura e cura.
de fibras.
3. Materiais e Métodos 27
3.2 Ensaios
Os corpos de prova nos ensaios de tração foram feitos de acordo com a norma com
dimensões aproximadas de 75mm de comprimento, 10mm largura e 5mm de espessura,
sendo o comprimento 50mm a faixa donde a trinca deve ocorrer. Já o padrão de corpos
de prova para ensaios de flexão de acordo com a norma implica em corpos com uma
largura entre os pontos inferiores de 80mm, e o superior no meio exato entre eles, com
largura de CP de 17mm e espessura de 6mm. Os suportes devem ser ajustados nestes
comprimentos também.
Para investigar a influência da proporção volumétrica de fibra, foram feitos um
total de 3 tipos de ensaio de tração e 3 de flexão, com 5 corpos de prova por teste,
um total de 30 corpos de prova. Já para os ensaios com tratamento nas fibras, para
cada ensaio da matriz concentração de NaOH x Tempo de imersão, foram 5 corpos de
prova, totalizando 45.
3. Materiais e Métodos 28
F
æT = (3.1)
A
Tensão æT de tração em MPa de tração: força F aplicada cada do ensaios sobre área A
da seção transversal do CP.
l
≤T = (3.2)
L
3£F £L
æF = (3.3)
2 £ D £ d2
6£l £d
≤F = (3.4)
L2
æ
E= (3.5)
≤
corpos de prova foram escaneados de -50ºC a 180ºC, com taxa de 2ºC/min e frequên-
cias de 0.01, 0.1, 1, 10 e 100Hz, sendo 3 corpos de prova por frequência, total de 45
corpos de prova para os ensaios da fibra sem tratamento e 135 com tratamento.
Resultados e discussão
As figuras 4.1 e 4.2 mostram as curvas típicas para o ensaio de tração e flexão, res-
pectivamente, do compósito com resina sem tratamento alcalino. Ao adicionar fibras
no material, observa-se um declínio da tensão de tração e flexão se comparada com a
matriz epóxi. Porém, o material reforçado com fibras se torna mais rígido, com um
aumento do módulo de Young e flexão. Esse resultado é bastante comum, embora na
literatura tenha casos como em [39] em que a adição de fibras de Curauá aumenta a
tensão da resina epóxi pura de 34,31MPa para 54,79MPa em um compósito com 30%
da fibra. Vale ressaltar que devido há um maior alongamento da resina pura, ao plotar
as curvas desta com a do compósito, a visualização gráfica fica muito distorcida, prin-
cipalmente para ensaios de flexão, onde o módulo de flexão é bem mais baixo (Fig.
4.3), e, portanto, a curva da resina pura fica limitada aos primeiros pontos.
O interessante, porém, é que quanto maior a quantidade de fibras, maior a tensão
máxima (Tabela 4.1). O compósito com 40% de fibras tem um aumento de 28% na
tensão máxima de tração em relação a tensão do compósito com 30% de fibras. Ao
adicionar um volume de 50% de fibras, esse aumento é de 70%. A tensão máxima de
flexão aumenta 13%, se comparado o compósito com volume de 40% de fibras com o
30
4. Resultados e discussão 31
40
30
20
10
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015 0.020 0.025 0.030 0.035
Ensaio de tração compósito sem tratamento nas fibras
σ (MPa)
25
20
50:50
15 60:40
70:30
10
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015
Fig. 4.1: Curvas típicas para ensaio de tração: resina pura no gráfico com traçado preto
e compósitos com fibras sem tratamento no gráfico seguinte. Na legenda,
proporção é Matriz:Fibra.
A rigidez por sua vez sempre aumenta no compósito se comparado com a matriz
pura. No compósito com 30% de fibras, o aumento é de 31% no módulo de Young,
ou módulo de Elasticidade. Esse crescimento não é linear: ao adicionarmos 40% de
Curauá, o módulo cresce 99%: 50% de Curauá, 68% de aumento na rigidez. Já o
módulo de flexão é 2,94GPa no compósito de 30% de Curauá, um aumento de 8,5%
em relação à matriz epóxi sem fibra. Com volume de Curau de 40%, esse aumento é
4. Resultados e discussão 32
80
60
40
20
ε (mm/mm)
0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
Ensaio de flexão compósito sem tratamento nas fibras
σ (MPa)
60
50
40
50:50
60:40
30
70:30
20
10
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015 0.020
Fig. 4.2: Curvas típicas para ensaio de flexão: resina pura no gráfico com traçado preto
e compósitos com fibras sem tratamento no gráfico seguinte. Na legenda,
proporção é Matriz:Fibra.
Ensaio de tração
σ (MPa)
40
50:50
30
60:40
70:30
20
Resina
10
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015 0.020 0.025 0.030 0.035
Ensaio de flexão
σ (MPa)
70
60
50 50:50
40
60:40
70:30
30
Resina
20
10
0 ε (mm/mm)
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20
Fig. 4.3: Curvas típicas para ensaio de tração (acima) e flexão (abaixo). A resina é
mais frágil e com alongamento muito maior.
4. Resultados e discussão 33
As curvas típicas dos nove ensaios realizados para tração são mostradas na figura do
Gráfico 4.4. Na Tabelas 4.2 e 4.4 pode-se ver as tensões máximas e módulo de Young
experimentais. Ambos os parâmetros são dependentes da porcentagem de solução de
NaOH, quanto do tempo de imersão durante o tratamento (Figs. 4.5 e 4.6). Analisando
por tempo, a tensão tende a aumentar com o aumento de concentração da solução. O
módulo de Young não muda muito de 3% para 5%.
Tab. 4.2: Tensão máxima de tração æ do compósito com tratamento nas fibras de 1, 3
e 5% de concentração de NaOH por 24, 62 e 168h.
Analisando a Figura 4.5 o ficar imerso por 24h, os compósitos com fibras tratadas
com 1% de solução NaOH comparadas com as tratadas em solução de 3% apresen-
taram um o aumento da tensão máxima de 2%; para 5%, 10% de aumento. Já para
tempo de imersão de 72, o tratamento com 3% de concentração leva a um aumento
de 5% na tensão máxima em relação ao tratamento em solução de 1% de NaOH, e
comparando 1% com 5% de NaOH, aumento de 13%. As fibras imersas por 168h em
solução com concentração de 1% desempenham uma resistência máxima 4% menor
do que quando as fibras são tratadas em solução de 3% da solução alcalina, e quando
se aumenta a concentração para 5% de solução essa diferença é de 13%. Portanto, de
uma forma geral, aumentar a concentração para 3%, aumenta a tensão em 4,5%; 5%
de NaOH, 12%. De 3% para 5% a diferença é sempre na faixa de 7%. A dependência
da concentração de NaOH no tratamento é linear.
Comparando por tempo de imersão, existe um outro tipo de influência: uma pa-
4. Resultados e discussão 35
25
20 24h_1%
72h_1%
15
168h_1%
10
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015
Curvas ensaio tração para solução 3% NaOH
σ (MPa)
30
25
24h_3%
20
72h_3%
15
168h_3%
10
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015
Curvas ensaio tração para solução 5% NaOH
σ (MPa)
35
30
25
24h_5%
20 72h_5%
15 168h_5%
10
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015
Fig. 4.4: Curvas típicas para ensaios de tração do compósito com fibras tratadas: a) 1%
de contração de solução de NaOH, b) 3% e c)5%.
rábola (Fig. 4.5). Depois de 168h de imersão, a tensão do compósito cai até mesmo
em comparado com 24h. Ou seja, ocorre uma degradação das fibras, o que leva a um
empobrecimento na incorporação com a matriz epóxi, e diminuindo as propriedades
mecânicas da fibra Curauá, como discutido na literatura[18], em que a tensão de tração
em solução de NaOH com 10% de concentração tem 334MPa, e cai para 300, quando
essa concentração sobre para 15%.
Observando o alongamento máximo, podemos ver que que o aumento de horas
4. Resultados e discussão 36
32
▲ ● 24h
30
▲ ▲ 72h
●
28 ■
■ 168h
●
●
26 ■
■
Tempo(h)
0 50 100 150
Tração: σMáx por influência da concentração de NaOH
σMáx (MPa)
34
■
32
▲ ● 1%
30
● ▲ 3%
■
28 ■
■ 5%
▲
26 ● ▲
●
24
Tempo(h)
50 100 150
Fig. 4.5: Dependência da tensão de tração (a) com a concentração (b) de NaOH e o
tempo de imersão do tratamento.
torna o material dúctil. Mas, devido a diminuição da tensão máxima no caso de imer-
são por 168h, pode-se dizer que o material tem uma ductilidade ótima quando a fibra
fica imersa até 72h. O alongamento é independente da concentração de solução al-
calina utilizada nos métodos. Esse prolongamento do alongamento da fibra também
é destacado ao comparar esses resultados com aqueles da fibra sem tratamento(com
volume de 50:50, tabela 4.3). A máxima elongação do compósito sem fibra tratada é
de 0,015 (1,5%) e com tratamento, 0,018.
Tab. 4.3: Média de alongamento máximo " em ensaio de Tração do compósito com
50% de fibra não tratada e com tratamento por 24, 62 e 168h.
% de solução E(GPA)
24h 72h 168h
1% 2,68 2,49 2,35
3% 2,61 3,23 1,80
5% 2,90 2,79 2,77
3.2 ▲
3.0
●
2.8 ▲ ■ ● 24h
●
2.6 ● ▲ 72h
▲
2.4
■
■ 168h
2.2
2.0
1.8 ■
Tempo(h)
0 50 100 150
Tração: E por influência da concentração de NaOH
E(GPa)
3.2 ▲
3.0
■
2.8 ■ ■ ● 1%
●
2.6 ▲ ▲ 3%
●
2.4
●
■ 5%
2.2
2.0
1.8 ▲
Tempo(h)
0 50 100 150
A tensão de flexão máxima se mostrou menos estável que a tensão de tração. As curvas
típicas deste ensaios são mostradas na figura do Gráfico 4.7. Também é verdade que,
olhando por porcentagem de concentração de solução de tratamento químico, assim
como na tração, a tensão de flexão máxima aumenta de 24h para 72h, mas em 168h os
valores caem abaixo do inicial de 24h, como pode ser lido na Tabela 4.5 e visualisado
na Figura 4.8.
Curvas ensaio flexão para solução 1% NaOH
σ (MPa)
70
60
50
24h_1%
40 72h_1%
30 168h_1%
20
10
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015
Curvas ensaio flexão para solução 3% NaOH
(MPa)
60
50
24h_3%
40
72h_3%
30
168h_3%
20
10
(mm/mm)
0.005 0.010 0.015
Curvas ensaio flexão para solução 5% NaOH
σ (MPa)
60
50
24h_5%
40
72h_5%
30
168h_5%
20
10
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015 0.020
Fig. 4.7: Curvas típicas para ensaios de flexão com compósito com fibras tratadas: a)
1% de contração de solução de NaOH, b) 3% e c)5%.
4. Resultados e discussão 41
Tab. 4.5: Tensão máxima de flexão æF do compósito com tratamento nas fibras de 1, 3
e 5% de concentração de NaOH por 24, 62 e 168h.
▲
65
▲ ● 24h
● ▲ 72h
60 ●
■
● ■ 168h
■
■
55
Tempo(h)
50 100 150
Flexão: σFmáx por influência da concentração de solução de NaOH
σFmáx (MPa)
70
▲
●
65
■ ● 1%
■
▲
▲ 3%
60
■
●
●
■ 5%
▲
55
Tempo(h)
50 100 150
Fig. 4.8: O primeiro Gráfico mostra a relação da tensão máxima em função do tempo
de tratamento (a); o segundo, da concentração(b).
Depois, a tensão cai 6,5% para o compósito com fibras mergulhadas por 168h à 5% de
concentração de solução.
Nos ensaios de flexão com fibra tratada também pode-se notar uma melhora na
resistência máxima do material comparando com a tensão de flexão máxima do com-
pósito com fibra sem tratamento de 60,66MPa. Portanto, o tratamento confere melhor
aderência das fibras na matriz. A imersão por 24 horas não altera muito os resulta-
dos. Porém, uma solução com concentração de 5% de solução alcalina já gera um
incremento de 4% na tensão de flexão máxima.
Nos ensaios de tração, a tensão é maior mesmo para as fibras que ficaram no tempo
máximo de exposição, ou seja, já sofrendo algum tipo de corrosão em sua superfície.
Para flexão isso já não foi observado: há um decaimento da tensão de flexão máxima
para os compósitos com fibras tratadas por 168 horas. Porém, o máximo de perda de
resistência seria de 5%.
O alongamento do material compósito diminuiu com o tratamento durante os en-
saios de flexão (Tabela 4.6). Assim, o material tem sua ductilidade sob regime de
flexão diminuída. Já o módulo de flexão aumenta consideravelmente com o tratamento
térmtratamento alcalinoco, podendo afirmar que o material se tornou mais resiliente.
Ou seja, o material sob uma carga de flexão tem maior resistência elástica e menor
plasticamente.
Tab. 4.6: Média de alongamento máximo " em ensaios de Flexão do compósito com
50% de fibra não tratada e com tratamento por 24, 62 e 168h.
Isso era esperado com as fibras mais incorporadas à matriz epóxi sem correr o risco
de deslizamento entre as fases. Na Tabela 4.7 pode ser ver que o valor do módulo de
Flexão para fibra não tratada de 4,3GPa tem um aumento de 23% quando as fibras
foram tratadas a 72 horas em solução de 5% de concentração de NaOH. Mesmo em
imersão mais longa, já um aumento deste valor, e esse aumento chega a ser de 14%,
4. Resultados e discussão 43
Tab. 4.7: Módulo de flexão EF (MPa) do compósito com tratamento nas fibras de 1, 3 e
5% de concentração de NaOH por 24, 62 e 168h.
% de solução E(GPA)
24h 72h 168h
1% 5,12 5,10 4,79
3% 4,81 5,27 3,82
5% 5,26 4,86 4,90
Em outros trabalhos, como [70], o módulo de Flexão também fica em torno desta
faixa. Diferente da comparação com ensaios de tração, este trabalho mostra uma di-
ferença de 7GPa para 1,7GPa entre fibras perpendiculares e transversais. Ou seja, a
fibra dispersa se mostra mais adaptada a cargas de flexão, já os valores do módulo de
flexão ficam na faixa de 5GPa, acima da média entre perpendiculares e paralelas, se
comparada ao trabalho citado.
Essa degradação pode ser vista com a diminuição, mesmo que pequena, compa-
rando cada tempo de imersão (Fig. 4.9). Ainda se pode afirmar que para as fibras
mergulhadas por 72h chega-se a um valor ótimo deste parâmetro. Os ensaios mostra-
ram que 5% de concentração de NaOH é bastante alta e, como observado na literatura,
concentração e tempo podem passar do ponto ótimo do tratamento, lavando a superfí-
cie da fibra, e começar a degradá-la. No caso específico deste parâmetro, o tratamento
por 72h em concentração de 3% de solução é o que apresenta melhores arranjos dos
valores, diferente dos valores para 5%, como no caso de outros parâmetros.
4. Resultados e discussão 44
● ▲
● ▲
5.0 ■
● ■ ● 24h
▲ 72h
4.5 ▲ ■ 168h
4.0
■
Tempo
0 50 100 150
Flexão: EFlex por influência da concentração de solução de NaOH
σFmáx (MPa)
■ ▲
● ●
5.0 ■
▲ ● ● 1%
▲ 3%
4.5 ■ ■ 5%
4.0
▲
Tempo
50 100 150
Fig. 4.9: No Gráfico “por influência da concentração de NaOH” (b) nota-se um desvio
no padrão do comportamento do módulo de flexão para concentração de 5%
de solução durante tratamento. O primeiro Gráfico (a), mostra a relação do
módulo com o tempo.
4. Resultados e discussão 45
Observando as curvas médias em 4.10 e 4.11 deste ensaio pode-se perceber que a
resina tem cristalinidade alta, pois a curva de E‘ cai abruptamente na fase de transição
vítrea. Ao adicionar fibra, a curva de E‘ tem uma queda mais suave. Isso não significa
que as fibras mudaram a estrutura da resina para mais cristalina, mas mostra que a
ligação na interface fibra/matriz é ramificada e menos densa, e a microestrutura tem
menos resistência ao movimento molecular. Se observarmos bem, essa queda começa
já desde as primeiras mudanças de temperatura, mas com valores iniciais de E’ muito
maiores que o da resina pura. Ou seja, a estrutura do compósito pede mais energia para
começar a mover suas microestruturas.
Analisando a Tabela 4.8 com os valores dos parâmetros obtidos através do ensaios
de DMA, com os valores dos parâmetros obtidos através dos ensaios de DMA, percebe-
se que, ao adicionarmos fibra no compósito, a temperatura de transição vítrea aumenta,
calculada no ponto máximo de ±. Isso sugere que o material se torna mais rígido,
pois a maior rigidez pede mais calor durante a quebra das ligações das moléculas do
material.E, de fato, se torna: vimos que, quanto mais fibra, maior o Módulo de Young,
portanto, maior a rigidez. O fator tan± aumenta com a adição de fibras, o que significa
que a mobilidade das moléculas do compósito como um todo diminui, tornando o
material mais amorfo e com comportamento mais borrachoso.
Tab. 4.8: Resultados ensaios DMA em compósito com fibra sem tratamento para volu-
mes de fibras 30, 30 e 50%
Fig. 4.10: Curvas ensaio DMA 1Hz sentido horário: resina e 30% de fibra
e módulo de perda. Isso significa que a fibra diminui a capacidade de armazenar ener-
gia durante a deformação visco-elástica do material, ou seja, a “tenacidade elástica”
diminui e dissipa menos energia ao retornar à sua forma original. Ou seja, a recupera-
ção da forma do material é menor com a adição de fibras. A diminuição do E’ mostra
que há uma diminuição na absorção de energia durante a deformação, o que leva a uma
menor capacidade elástica em movimentos cíclicos, indicando que há mais fases amor-
fas dos que cristalinas, pois nos grupos amorfos a mobilidade das moléculas é menor.
4. Resultados e discussão 47
Fig. 4.11: Curvas ensaio DMA 1Hz sentido horário: 40% e 50% de fibra
Os resultados podem ser analisados através dos gráficos nas imagens 4.12, 4.13 e 4.14.
Analisando os valores dos parâmetros E‘, E“, tan± e Tg na Tabela 4.9, as fibras tra-
tadas conferiram um aumento no módulo de armazenamento E’, contribuindo para
um aumento da capacidade de armazenar energia durante a deformação em relação ao
compósito com fibras sem tratamento.
A tan± também aumenta, o que significa que a mobilidade entre a interface das
fases do compósito ficou mais restrita. Isso indica uma melhor interação entre o Curauá
e o epóxi. A temperatura de transição vítrea Tg diminui, o que está de acordo com o
comportamento dos parâmetros anteriores, indicando que a maior interação entre as
interfaces do compósito o tornam mais rígido.
Além disso, em relação ao material sem tratamento, há um aumento considerável
do módulo complexo em relação a todas as propostas de tratamento, o que mostra que
há um aumento na rigidez do material, reforçado pela maior aderência das fibras de
Curauá na matriz epóxi. O módulo de perda E“ tendeu a aumentar com o tratamento
nas fibras do compósito, o que tornou o material menos viscoso, pois há uma resistên-
cia de locomoção entre as ligações moleculares, retornando ao ponto antes descrito: o
material se tornou mais rígido.
4. Resultados e discussão 49
E'' /MPa
tan d E' /MPa
9000
700
Onset: 43.5 °C, 4654.182 MPa
0.35
8000
600
7000
0.30
500
6000
Peak: 83.4 °C, 0.253
0.25
5000 400
0.20 4000
300
3000
E' (1.000 Hz)
0.15 tan d (1.000 Hz) 200
E'' (1.000 Hz)
2000
0 0
-50 0 50 100 150
Temperature /°C
Main 2018-04-26 15:01 User: THP
E'' /MPa
E' /MPa tan d
10000
Peak: 89.0 °C, 0.293
1200
0.30
800
6000
0.20
600
4000
0.15
400
[1]
E' (1.000 Hz)
2000 tan d (1.000 Hz)
E'' (1.000 Hz)
0.10 200
[1]
[1]
0 0
0.05
0 50 100 150
Temperature /°C
Main 2018-04-26 14:39 User: THP
E'' /MPa
tan d E' /MPa
400
0.35 Onset: 38.7 °C, 3905.710 MPa
6000
350
0.30
5000
300
Peak: 85.3 °C, 0.250
0.25
4000 250
0.20
200
3000
0.15 150
E' (1.000 Hz) 2000
tan d (1.000 Hz)
E'' (1.000 Hz)
100
0.10
1000
50
0.05
0
-50 0 50 100 150
Temperature /°C
Main 2018-04-26 15:26 User: THP
Fig. 4.12: Curvas ensaio DMA 1Hz para compósitos reforçados com fibras tratadas a
1% por (de cima para baixo) 24h, 72h e 168h.
4. Resultados e discussão 50
E'' /MPa
E' /MPa tan d
7000 0.35
500
6000 Peak: 91.4 °C, 0.296
0.30
5000 400
0.25
4000
300
0.20
3000
0 50 100 150
Temperature /°C
Main 2018-04-26 15:40 User: THP
E'' /MPa
E' /MPa tan d
5000
0.25 300
4000
250
0.20
3000 200
0.15 150
2000
100
1000 E' (1.000 Hz)
tan d (1.000 Hz)
0.10
E'' (1.000 Hz)
50
0
0.05
0 50 100 150
Temperature /°C
Main 2018-04-26 15:54 User: THP
E'' /MPa
E' /MPa tan d
Onset: 43.4 °C, 3619.779 MPa
9000 Peak: 70.7 °C, 0.249
0.25 500
8000
7000
400
0.20
6000
5000 300
4000 0.15
3000 200
0 50 100 150
Temperature /°C
Main 2018-04-26 16:03 User: THP
Fig. 4.13: Curvas ensaio DMA 1Hz para compósitos reforçados com fibras tratadas a
3% por (de cima para baixo) 24h, 72h e 168h.
4. Resultados e discussão 51
E'' /MPa
tan d E' /MPa
0.10
1000
100
0.05
0
0 50 100 150
Temperature /°C
Main 2018-04-26 16:26 User: THP
E'' /MPa
E' /MPa tan d
7000 500
0.25
6000
400
5000 0.20
4000 300
0.15
3000 E' (1.000 Hz)
tan d (1.000 Hz)
E'' (1.000 Hz) 200
2000
0.10
100
1000
0
0 50 100 150
Temperature /°C
Main 2018-04-26 16:36 User: THP
E'' /MPa
E' /MPa tan d
9000
500
0.35
Onset: 41.1 °C, 4094.760 MPa
8000
Peak: 86.9 °C, 0.302
7000 0.30
400
6000
0.25
5000 300
0.20
4000
200
3000 0.15
E' (1.000 Hz)
tan d (1.000 Hz)
2000 E'' (1.000 Hz)
0.10 100
1000
0 0.05
20 40 60 80 100
Time /min
Main 2018-04-26 20:05 User: THP
Fig. 4.14: Curvas ensaio DMA 1Hz para compósitos reforçados com fibras tratadas a
5% por (de cima para baixo) 24h, 72h e 168h.
4. Resultados e discussão 52
Em relação a concentração de NaOH, a Tg não varia muito. Mas pode-se notar uma
tendência a diminuir com o aumento de tempo de exposição das fibras na solução. O
tratamento pode mudar o reticulado da interface entre fibra e polímero, afetando essa
transição vítrea do material, pois o tipo de ligação entre as fases é afetado.
Tab. 4.9: Resultados ensaios DMA em compósito com fibra cem tratamento
Modelo
æ = A(1 ° e °B ≤ ) (5.1)
onde:
æ é a tensão de tração ou flexão;
≤ deformação;
54
5. Modelo 55
de ensaio. Estes foram trabalhados até se achar um número mínimo de parâmetros que
reproduzisse uma curva modelo que se alinhasse ao máximo a experimental.
O modelo se mostrou bem eficaz ao ser comparado com a curva experimental. O
desafio, como veremos a seguir, foi diminuir a quantidade de parâmetros que fossem
iguais em todos os ensaios para se ter uma curva modelo o mais próxima da experi-
mental. Cálculos detalhados no Apêndice.
A(t ) = A Ø ° A Æ § t (5.2)
onde:
A Ø = 60;
A Æ = Æ1 + Æ2 § x; (5.3)
t = tempo de tratamento
Æ2 =-1;
x = % de concetração de solução
5. Modelo 56
B (t ) = B Ø + B Æ § t (5.4)
onde:
B Ø = 50,5;
B Æ = 0,123;
t = tempo de tratamento
A(t , x) B
(MPa)
Æ1 Æ2 A Ø BØ BÆ
0,14 -1 60 50,5 0,123
onde:
A(t ) = A Ø ° A Æ § t e B (t ) = B Ø + B Æ § t
25
25 30
20 25 20
5. Modelo
20 15
15
15
10 10
10
5 5
5
σ (MPa)
σ (MPa) σ (MPa)
30
25
25
25
20 20
20
15 15
15
10 10
10
5 5 5
Fig. 5.1: Curva teórica versus experimental para ensaio de tração, da esquerda para
57
5. Modelo 58
% de solução æF (MPa)
24h 72h 168h
1% 26,76 32,95 25,77
3% 27,92 31,55 26,86
5% 27,98 33,47 29,39
��
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�� ● ● �������
��
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A tensão teórica tem um desvio padrão mediano de 2,6%, o que mostra o alto grau
de precisão do modelo. Na Figura 5.3 vemos os valores do módulo de Young teóricos
5. Modelo 59
% de solução æF (GPa)
24h 72h 168h
1% 2,69 2,62 2,30
3% 2,71 2,69 2,51
5% 2,73 2,77 2,71
��� ● ���
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●
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���
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���
��� ●
● ●
● �������
���
���
��� �����
�� ��� ���
A(t ) = A Ø ° A Æ § t (5.5)
onde:
A Ø = 169;
A Æ = -0,45;
t = tempo de tratamento
O parâmetro B também foi ajustado para uma reta dependente somente do tempo:
B (t ) = B Ø + B Æ § t (5.6)
onde:
B Ø = 29,6;
B Æ = 0,152;
t = tempo de tratamento
5. Modelo 61
A(t) B(t)
(MPa)
AÆ AØ BØ BÆ
-0,45 169 29,6 0,152
onde:
A(t ) = A Ø ° A Æ § t e B (t ) = B Ø + B Æ § t
40
40
30
30 30
20 20
20
10 10 10
σ (MPa) σ (MPa)
σ (MPa)
70
60 60
60
50 50
50
40 40
40
30 30
30
20 20
20
10 10 10
Fig. 5.4: Curva teórica versus experimental para ensaio de flexão, da esquerda para
62
5. Modelo 63
��
● ���
�� ●
●
● �������
��
�� �����
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� ���� - ������� ��� ������������ �%
� (���)
��
�� ●
���
● ●
��
● �������
��
�� �����
�� ��� ���
� ���� - ������� ��� ������������ �%
� (���)
��
●
��
���
��
● �������
��
● ●
�� �����
�� ��� ���
% de solução æF (MPa)
24h 72h 168h
1% 60,42 64,84 56,85
3% 62,74 67,27 62,06
5% 58,14 71,29 57,79
5.6 (Fig.5.6). O modelo de flexão se mostrou 95% fiel aos resultados experimentais.
���
���
●
��� ●
● �������
��� ●
��� �����
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���� ���� - ������� ��� ������������ �%
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●
●
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���� ���� - ������� ��� ������������ �%
� (���)
�
�
� ● ���
●
●
� ● �������
�
� �����
�� ��� ���
% de solução æF (GPa)
24h 72h 168h
1% 5,05 4,91 4,51
3% 4,81 5,00 4,38
5% 4,82 4,98 4,61
Capítulo 6
Conclusão
65
6. Conclusão 66
flexão foi efetivamente engrandecido pelo tratamento, até mesmo no caso das fibras
expostas por 168h ao tratamento. Nesse ponto, pode-se concluir uma maior resiliência
há este tipo de carga.
As características mecânicas que mais se aperfeiçoaram foram: a ductilidade, a ri-
gidez e a tenacidade. O material passou a ter um alongamento maior para as mesmas
tensões após o tratamento. Isso demonstra um material ideal para situações de resis-
tências a cargas grandes por longos períodos. Esses parâmetros são verificados nos
ensaios de DMA, onde se pode ver um aumento do módulo de armazenamento e o mó-
dulo complexo, que conferem boa transferência de carga fibra-matriz e maior rigidez,
respectivamente. Apesar de um aumento da rigidez, o material mostrou pouca capaci-
dade de armazenar energia viscoelástica. Assim, admite-se que o material é um bom
candidato para aplicação sob muita carga, mas não para amortecer um movimento.
Através dos resultados, constatou-se que o compósito apresenta considerável me-
lhora de suas propriedades quando misturado uma proporção matriz:fibra de 50:50,
com possibilidade de tratamento por 72h de imersão, utilizando uma concentração de
solução de NaOH em água destilada de 3% ou 5%. O efeito nas propriedades, quando
o tempo de tratamento é de 24h, não chega a ser desejável. Já para tempo de 168h
fica muito abaixo do ótimo esperado, mostrando degradação das fibras e, consequen-
temente, menor ligação interfacial com a matriz.
O modelo matemático proposto para os ensaios de tração e flexão geraram resulta-
dos diferentes: em tração foi possível estabelecer cinco parâmetros do material; flexão,
quatro. Apesar da instabilidade das curvas experimentais, o modelo gerou tensões má-
ximas e módulos de flexão com precisão maior que 95% e 98%, respectivamente, o que
mostra um bom método de prever parâmetros numa configuração futura. Isso mostra
também a possibilidade de realizar um modelo mais simples que a análise de grande
volume de ensaios.
6. Conclusão 67
No futuro, é bem provável que a crise do petróleo provoque uma diminuição de resi-
nas baseadas em petróleo. Assim, resinas de fontes vegetais e biodegradáveis serão
cada vez mais utilizadas [18] e, portanto, os compósitos feitos de suas matrizes refor-
çado com fibras naturais devem guiar o futuro das pesquisas no campo da ciência e
engenharia dos materiais.
A base do polímero apresentado ainda é dependente da indústria petrolífera. A ten-
dência será diminuir a fabricação também destes polímeros e, portanto, é recomendado
em trabalhos futuros trabalhar com compósitos 100% verdes, utilizando polímeros bi-
odegradáveis, como o PLA e PLC [13][18][41].
No presente trabalho, foi avaliado em um compósito com matriz de bisphenol A
um valor ótimo de fibra natural Curauá imersa na solução, chegando-se à conclusão
de ser 50%. Gomes et. al.[18] reportam em contínuo trabalho, assim como em outros
trabalhos acadêmicos, os benefícios de aumentar o volume de fibras em um compósito
reforçado por fibras naturais, focando em melhoria da resistência. Portanto, uma in-
vestigação da influência do Curauá com proporção de até 70% de fibra seria um caso
a ser investigado. Para isto, o método de mistura deverá ser outro também, já que o
volume de fibra aumenta.
Como sugestão de trabalhos futuros, além de testar o compósito com maior con-
centração de fibra, sugere-se a utilização de biopolímeros, como PLA e PCL, com
objetivo de produzir compósitos 100% ecológicos, biocompatíveis e biodegradáveis.
Capítulo 7
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77
CURVAS ENSAIO TRAÇÃO
FIBRAS COM TRATAMENTO
Quit
Inicialização
Needs["ErrorBarPlots`"]
SetDirectory[
"//Users/alcapone/Documents/UFF/Doutorado/00_CurauA/01_Tratada/Grafic_tracao/
Curvas"]
/Users/alcapone/Documents/UFF/Doutorado/00_CurauA/01_Tratada/Grafic_tracao/
Curvas
Dados
◼ Trabalhando dados crus
Dados para 1%
Dados para 3%
Dados para 5%
Melhores Curvas
Cruvas Exp
Dados
30
24h_1
25 72h_1
168h_
20 24h_3
Out[516]= 72h_3
15 168h_
24h_5
10 72h_5
168h_
5
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015
24h_1%
In[517]:= Tmax241CP4 = Max[d24h1CP4]
Out[517]= 26.3381
-
72h_1%
168h_1%
Tabela Tmax 1%
Gráfico Tmax 1%
25
20
24h_1%
Out[86]= 72h_1%
15
168h_1%
10
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015
In[87]:= GrafExp3 =
ListPlot[{Exp243, Exp723, Exp1683}, AxesLabel → {"ε (mm/mm)", " σ (MPa)"},
Joined → True, PlotLegends → {"24h_3%", "72h_3%", "168h_3%"},
PlotStyle → {Magenta, Green, Blue}, GridLines → Automatic,
PlotLabel → "Curvas ensaio tração para solução 3% NaOH"]
Curvas ensaio tração para solução 3% NaOH
σ (MPa)
30
25
24h_3%
20
Out[87]= 72h_3%
15
168h_3%
10
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015
In[88]:= GrafExp5 =
ListPlot[{Exp245, Exp725, Exp1685}, AxesLabel → {"ε (mm/mm)", " σ (MPa)"},
Joined → True, PlotLegends → {"24h_5%", "72h_5%", "168h_5%"},
PlotStyle → {Magenta, Green, Blue}, GridLines → Automatic,
PlotLabel → "Curvas ensaio tração para solução 5% NaOH"]
Curvas ensaio tração para solução 5% NaOH
σ (MPa)
35
30
25
24h_5%
Out[88]= 20 72h_5%
15 168h_5%
10
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015
Tmax 3%
Tmax 5%
Tabela e Gráficos Tmax curvas típicas
In[182]:= TableForm[tableTmx,
TableHeadings → {None, {"%", "24σMáx (MPa)", "72σMáx (MPa)", "168σMáx (MPa)"}}]
Out[182]//TableForm=
% 24σMáx (MPa) 72σMáx (MPa) 168σMáx (MPa)
1% 26.3381 29.3736 24.8565
3% 26.9738 30.8636 25.9876
5% 28.9175 33.2319 28.0632
32
▲
● 24h
30
Out[520]=
▲
● ▲ 72h
28 ■ ■ 168h
●
●
26 ■
■
Tempo
50 100 150
34
■
32
▲
30 ● 1%
Out[522]= ●
■
▲ 3%
28 ■
▲ ■ 5%
●
26 ▲
●
24
Tempo
50 100 150
24h_1%
In[185]:= R241 = Fit[ExpEla241, {1, x}, x]
Out[185]= 0.124955 + 2678.59 x
72h_1%
168h_1%
Gráfico E curvas típicas 1%
ModEla3%
ModEla5%
Tabela e Gráficos Módulo de Elasticidade E curvas típicas
In[219]:= TableForm[tabelaModEla,
TableHeadings → {None, {"%", "24E (GPa)", "72E (GPa)", "168E (GPa)"}}]
Out[219]//TableForm=
% 24E (GPa) 72E (GPa) 168E (GPa)
1% 2.67859 2.49952 2.35307
3% 2.6128 3.23474 1.80564
5% 2.90165 2.7932 2.77537
Modelo
◼ Gerando modelo
24h
72h
168h
Plotando com o modelo inicial
Parâmetros iniciais
In[330]:= ParaModelo = {Normal[model241], Normal[model243],
Normal[model245], Normal[model721], Normal[model723], Normal[model725],
Normal[model1681], Normal[model1683], Normal[model1685]}
Out[330]= 57.0441 1 - ⅇ-53.4589 x , 64.5758 1 - ⅇ-44.4916 x , 54.3942 1 - ⅇ-62.4455 x ,
38.8631 1 - ⅇ-77.2732 x , 39.7314 1 - ⅇ-97.6338 x , 53.6375 1 - ⅇ-60.6968 x ,
35.3558 1 - ⅇ-78.6374 x , 38.9409 1 - ⅇ-78.3669 x , 40.5917 1 - ⅇ-82.4198 x
Parametro a
1%
In[339]:= listaModa1 = Table[{ModeloH[[i]], ParaModa1[[i]]}, {i, 1, 3}];
55
50
Out[340]=
45
40
35
50 100 150
3%
In[341]:= listaModa3 = Table[{ModeloH[[i]], ParaModa3[[i]]}, {i, 1, 3}];
60
55
Out[342]=
50
45
40
50 100 150
5%
In[343]:= listaModa5 = Table[{ModeloH[[i]], ParaModa5[[i]]}, {i, 1, 3}];
54
52
50
48
Out[344]=
46
44
42
50 100 150
Parametro b
1%
In[345]:= listaModb1 = Table[{ModeloH[[i]], ParaModb1[[i]]}, {i, 1, 3}];
75
70
Out[346]=
65
60
55
50 100 150
3%
In[347]:= listaModb3 = Table[{ModeloH[[i]], ParaModb3[[i]]}, {i, 1, 3}];
80
60
Out[348]=
40
20
50 100 150
5%
In[349]:= listaModb5 = Table[{ModeloH[[i]], ParaModb5[[i]]}, {i, 1, 3}];
80
75
Out[350]=
70
65
50 100 150
◼ Ajustando parâmetros
Parâmetros ajustados
Parametro a
1%
In[351]:= listaParaA1ADJ = List[57, 50, 38];
listaModA1ADJ = Table[{ModeloH[[i]], listaParaA1ADJ[[i]]}, {i, 1, 3}];
55
50
Out[353]=
45
40
50 100 150
Out[357]= 59.8571
3%
In[358]:= listaParaA3ADJ = List[58, 54, 43]
listaModA3ADJ = Table[{ModeloH[[i]], listaParaA3ADJ[[i]]}, {i, 1, 3}];
Out[358]= {58, 54, 43}
55
Out[360]= 50
45
50 100 150
Out[364]= 60.9643
5%
In[365]:= listaParaA5ADJ = List[61, 55, 45]
listaModA5ADJ = Table[{ModeloH[[i]], listaParaA5ADJ[[i]]}, {i, 1, 3}];
Out[365]= {61, 55, 45}
In[367]:= ParamA5ADJ =
ListPlot[listaModA5ADJ, Joined → True, InterpolationOrder → 2, Mesh → Full]
60
55
Out[367]=
50
45
50 100 150
Out[371]= 63.3571
Parametro b
1%3%5%
In[372]:= listaParaBADJ = List[53, 60, 71];
listaModBADJ = Table[{ModeloH[[i]], listaParaBADJ[[i]]}, {i, 1, 3}]
Out[373]= {{24, 53}, {72, 60}, {168, 71}}
In[374]:= ParamBADJ =
ListPlot[listaModBADJ, Joined → True, InterpolationOrder → 2, Mesh → Full]
70
65
Out[374]=
60
55
50 100 150
In[377]:= Bα = modelParB["BestFitParameters"][[2]]
Bβ = modelParB["BestFitParameters"][[1]]
Out[377]= 0.123512
Out[378]= 50.4643
Parametros α e β de A e B ajustando
In[388]:= ModeloPorcentagem = {.01, .03, .05}
Out[388]= {0.01, 0.03, 0.05}
In[379]:= EqModeloAB =
{Normal[modelParA1], Normal[modelParA3], Normal[modelParA5], Normal[modelParB]}
Out[379]= {59.8571 - 0.130952 x, 60.9643 - 0.105655 x,
63.3571 - 0.110119 x, 50.4643 + 0.123512 x}
Aβ
In[386]:= AβADJ = {60}
Out[386]= {60}
Aα
In[389]:= listaParaAalfa = Table[{ModeloPorcentagem[[i]], ParamAalfaADJ[[i]]}, {i, 1, 3}]
Out[389]= {{0.01, 0.13}, {0.03, 0.11}, {0.05, 0.09}}
In[390]:= GrafParaAalfa =
ListPlot[listaParaAalfa, Joined → True, InterpolationOrder → 2, Mesh → Full]
0.13
0.12
Out[390]= 0.11
0.10
0.09
0.02 0.03 0.04 0.05
In[393]:= α1 = modelParAalfa["BestFitParameters"][[1]]
α2 = modelParAalfa["BestFitParameters"][[2]]
Out[393]= 0.14
Out[394]= - 1.
Bα e Bβ
In[387]:= ParamB = {Bα, Bβ}
Out[387]= {0.123512, 50.4643}
1%
24h
ADJmodelTHEO241 = {A241MODELO * (1 - Exp[- B24MODELO * x])}
ADJGrafico241 =
ListPlot[{Exp241, ADJdataModelTHEO241}, PlotLegends → Placed[{"24h_1%_EXP", "24h_1%_MOD"}, Bottom], PlotStyle → {Red, {Dashed, Blue}}, AxesLabel → {"ε (mm/mm)", " σ (MPa)"}, Joined → True, ImageSize → 350];
72h
ADJmodelTHEO721 = {A721MODELO * (1 - Exp[- B72MODELO * x])}
ADJGrafico721 =
ListPlot[{Exp721, ADJdataModelTHEO721}, PlotLegends → Placed[{"72h_1%_EXP", "72h_1%_MOD"}, Bottom], PlotStyle → {Red, {Dashed, Blue}}, AxesLabel → {"ε (mm/mm)", " σ (MPa)"}, Joined → True, ImageSize → 350];
168h
ADJmodelTHEO1681 = {A1681MODELO * (1 - Exp[- B168MODELO * x])}
ADJGrafico1681 =
ListPlot[{Exp1681, ADJdataModelTHEO1681}, PlotLegends → Placed[{"168h_1%_EXP", "168h_1%_MOD"}, Bottom], PlotStyle → {Red, {Dashed, Blue}}, AxesLabel → {"ε (mm/mm)", " σ (MPa)"}, Joined → True, ImageSize → 350];
3%
5%
Modelo ajustado
ParaModeloADJ24 = List[ADJmodelTHEO241, ADJmodelTHEO243, ADJmodelTHEO245];
ParaModeloADJ72 = List[ADJmodelTHEO721, ADJmodelTHEO723, ADJmodelTHEO725];
ParaModeloADJ168 = List[ADJmodelTHEO1681, ADJmodelTHEO1683, ADJmodelTHEO1685];
tableParaModelADJ = Table[{listaPorcentagem[[i]], ParaModeloADJ24[[i]], ParaModeloADJ72[[i]], ParaModeloADJ168[[i]]}, {i, 1, 3}];
TableForm[tableParaModelADJ, TableHeadings → {None, {"%", "24σMáx (MPa)", "72σMáx (MPa)", "168σMáx (MPa)"}}]
% 24σMáx (MPa) 72σMáx (MPa) 168σMáx (MPa)
1% 56.88 1 - ⅇ-53.4286 x 50.64 1 - ⅇ-59.3571 x 38.16 1 - ⅇ-71.2143 x
3% 57.36 1 - ⅇ-53.4286 x 52.08 1 - ⅇ-59.3571 x 41.52 1 - ⅇ-71.2143 x
5% 57.84 1 - ⅇ-53.4286 x 53.52 1 - ⅇ-59.3571 x 44.88 1 - ⅇ-71.2143 x
Gráficos
1%
Framed @ Grid[{{ADJGrafico241, Spacer[2], ADJGrafico721, Spacer[2], ADJGrafico1681}}, Alignment → Bottom]
25
25 30
20 25 20
20 15
15
15
10 10
10
5 5
5
3%
Framed @ Grid[{{ADJGrafico243, Spacer[2], ADJGrafico723, Spacer[2], ADJGrafico1683}}, Alignment → Bottom]
σ (MPa)
σ (MPa) σ (MPa)
30
25
25
25
20 20
20
15 15
15
10 10
10
5 5 5
5%
Framed @ Grid[{{ADJGrafico245, Spacer[2], ADJGrafico725, Spacer[2], ADJGrafico1685}}, Alignment → Bottom]
30
25 25
25
20 20
20
15 15
15
10 10
10
5 5 5
In[464]:= TableForm[tableTmxTHEO,
TableHeadings → {None, {"%", "24σMáx (MPa)", "72σMáx (MPa)", "168σMáx (MPa)"}}]
Out[464]//TableForm=
% 24σMáx (MPa) 72σMáx (MPa) 168σMáx (MPa)
1% 26.7599 32.9527 25.7716
3% 27.9228 31.5471 26.8636
5% 27.9865 33.4756 29.3951
In[466]:= Needs["ErrorBarPlots`"]
TmaxvsTHEO1 =
ListPlot[{{{24, TmaxTHEO241}, {72, TmaxTHEO721}, {168, TmaxTHEO1681}}},
PlotStyle → {Blue},
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Teorico"}, {1, 0.5}], PlotMarkers → {"●", 7}];
28
● ● Teorico
26 ●
24
Tempo
50 100 150
In[471]:= Needs["ErrorBarPlots`"]
TmaxvsTHEO3 =
ListPlot[{{{24, TmaxTHEO243}, {72, TmaxTHEO723}, {168, TmaxTHEO1683}}},
PlotStyle → {Blue},
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Teorico"}, {1, 0.5}], PlotMarkers → {"●", 7}];
30 Exp
Out[474]=
28 ●
● ● Teorico
26
24
Tempo
50 100 150
In[476]:= Needs["ErrorBarPlots`"]
TmaxvsTHEO5 =
ListPlot[{{{24, TmaxTHEO245}, {72, TmaxTHEO725}, {168, TmaxTHEO1685}}},
PlotStyle → {Blue},
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Teorico"}, {1, 0.5}], PlotMarkers → {"●", 7}];
32 Exp
Out[479]=
30 ●
28 ● ● Teorico
26
Tempo
50 100 150
E teórico
In[480]:= Needs["ErrorBarPlots`"]
24h_1%
In[481]:= THEOR241 = Fit[Take[ADJdataModelTHEO241, 45], {1, x}, x]
Out[481]= 0.261037 + 2695.75 x
24h_3%
24h_5%
72h_1%
72h_3%
72h_5%
168h_1%
168h_3%
168h_5%
Tabela E
In[499]:= tabelaTHEOE24 = List[THEOE241, THEOE243, THEOE245];
tabelaTHEOE72 = List[THEOE721, THEOE723, THEOE725];
tabelaTHEOE168 = List[THEOE1681, THEOE1683, THEOE1685];
tabelaTHEOE = Table[{listaPorcentagem[[i]], tabelaTHEOE24[[i]],
tabelaTHEOE72[[i]], tabelaTHEOE168[[i]]}, {i, 1, 3}];
In[503]:= TableForm[tabelaTHEOE,
TableHeadings → {None, {"%", "24E (GPa)", "72E (GPa)", "168E (GPa)"}}]
Out[503]//TableForm=
% 24E (GPa) 72E (GPa) 168E (GPa)
1% 2.69575 2.62174 2.30755
3% 2.70932 2.69631 2.51072
5% 2.73197 2.77085 2.71388
TmaxvsTHEOEla1 = ListPlot[
{{{24, THEOE241}, {72, THEOE721}, {168, THEOE1681}}}, PlotStyle → {Blue},
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Teorico"}, {1, 0.5}], PlotMarkers → {"●", 7}];
2.6 ● Exp
Out[507]=
2.4 ● Teorico
●
2.2
Tempo
50 100 150
TmaxvsTHEOEla3 = ListPlot[
{{{24, THEOE243}, {72, THEOE723}, {168, THEOE1683}}}, PlotStyle → {Blue},
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Teorico"}, {1, 0.5}], PlotMarkers → {"●", 7}];
2.0 ● Teorico
1.5
Tempo
50 100 150
TmaxvsTHEOEla5 = ListPlot[
{{{24, THEOE245}, {72, THEOE725}, {168, THEOE1685}}}, PlotStyle → {Blue},
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Teorico"}, {1, 0.5}], PlotMarkers → {"●", 7}];
2.6
Tempo
50 100 150
102
CURVAS ENSAIO FLEXÃO FIBRAS
COM TRATAMENTO
Quit
Inicialização
Needs["ErrorBarPlots`"]
SetDirectory[
"//Users/alcapone/Documents/UFF/Doutorado/00_CurauA/01_Tratada/Grafic_flexao"]
/Users/alcapone/Documents/UFF/Doutorado/00_CurauA/01_Tratada/Grafic_flexao
<< JLink`;
InstallJava[];
ReinstallJava[JVMArguments → "-Xmx2048m"]
Name: '/Applications/Mathematica.app/Contents/SystemFiles/Links/JLink/JLink
LinkObject
Link mode: Listen
Dados
◼ Trabalhando dados crus
Dados para 1%
Dados para 3%
Dados para 5%
Melhores Curvas
Opção_1
24h
72h
168h
Todas
In[85]:= GrafFlexFinal1 =
ListPlot[{df24h1CP6, df72h1CP4, df168h1CP6, df24h3CP5, df72h3CP3, df168h3CP5,
df24h5CP5, df72h5CP5, df168h5CP5}, AxesLabel → {"ε (mm/mm)", " σ (MPa)"},
Joined → True, PlotLegends → {"24h_1%", "72h_1%", "168h_1%",
"24h_3%", "72h_3%", "168h_3%", "24h_5%", "72h_5%", "168h_5%"},
PlotStyle → {Purple, Magenta, LightMagenta, Red, Orange, LightOrange,
Black, Blue, LightBlue}, Background → Lighter[Gray, 0.6]]
σ (MPa)
70 24h_1%
60
72h_1%
168h_1%
50
24h_3%
40
Out[85]= 72h_3%
30
168h_3%
20 24h_5%
10 72h_5%
ε (mm/mm) 168h_5%
0.005 0.010 0.015 0.020 0.025
Cruvas ExpFlex
Dados
Gráfico curvas típicas
24h_1%
72h_1%
168h_1%
24h_3%
Out[104]= 72h_3%
168h_3%
24h_5%
72h_5%
168h_5%
60
50
24h_1%
Out[106]= 40 72h_1%
30 168h_1%
20
10
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015
60
50
24h_3%
40
Out[107]= 72h_3%
30
168h_3%
20
10
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015
60
50
24h_5%
40
Out[108]= 72h_5%
30 168h_5%
20
10
ε (mm/mm)
0.005 0.010 0.015 0.020
TmaxFlex 3%
TmaxFlex 5%
Tabela e Gráficos TmaxFlex curvas típicas
In[149]:= TableForm[tableTmxFlex,
TableHeadings → {None, {"%", "24σMáx (MPa)", "72σMáx (MPa)", "168σMáx (MPa)"}}]
Out[149]//TableForm=
% 24σMáx (MPa) 72σMáx (MPa) 168σMáx (MPa)
1% 58.3397 66.426 57.562
3% 60.146 66.4742 56.4708
5% 61.3396 63.2977 59.2858
▲
65
▲ ● 24h
Out[150]= ●
60 ● ▲ 72h
■
●
■ ■ 168h
■
55
Tempo
50 100 150
▲
●
65
■ ● 1%
Out[151]= ■
60 ▲ ▲ 3%
■
●
● ■ 5%
▲
55
Tempo
50 100 150
In[196]:= TableForm[tabelaElaFlex,
TableHeadings → {None, {"%", "24E (GPa)", "72E (GPa)", "168E (GPa)"}}]
Out[196]//TableForm=
% 24E (GPa) 72E (GPa) 168E (GPa)
1% 5.13412 5.09685 4.79787
3% 4.80978 5.2775 3.82
5% 5.26127 4.46944 4.9723
4.0
■
Tempo
50 100 150
4.0
▲
Tempo
0 50 100 150
Modelo Flexão
◼ Gerando modelFlex
24h
72h
168h
Plotando com o modelFlex inicial
Parâmetros iniciais
In[307]:= ParaModelFlex =
{Normal[modelFlex241], Normal[modelFlex243], Normal[modelFlex245],
Normal[modelFlex721], Normal[modelFlex723], Normal[modelFlex725],
Normal[modelFlex1681], Normal[modelFlex1683], Normal[modelFlex1685]}
Out[307]= 216.286 1 - ⅇ-25.2476 x , 150.456 1 - ⅇ-35.7013 x , 129.374 1 - ⅇ-46.2912 x ,
175.857 1 - ⅇ-31.7691 x , 111.888 1 - ⅇ-56.3858 x , 104.274 1 - ⅇ-50.7573 x ,
100.284 1 - ⅇ-57.1023 x , 115.487 1 - ⅇ-38.798 x , 105.907 1 - ⅇ-55.6568 x
Parametro a
1%
In[316]:= tableModFlexA1 = Table[{modelFlexH[[i]], ParaModFlexA1[[i]]}, {i, 1, 3}];
In[317]:= ParamFlexA1 =
ListPlot[tableModFlexA1, Joined → True, InterpolationOrder → 2, Mesh → Full]
200
150
Out[317]=
100
50
50 100 150
3%
In[318]:= tableModFlexA3 = Table[{modelFlexH[[i]], ParaModFlexA3[[i]]}, {i, 1, 3}];
In[319]:= ParamFlexA3 =
ListPlot[tableModFlexA3, Joined → True, InterpolationOrder → 2, Mesh → Full]
150
140
Out[319]= 130
120
50 100 150
5%
In[320]:= tableModFlexA5 = Table[{modelFlexH[[i]], ParaModFlexA5[[i]]}, {i, 1, 3}];
In[321]:= ParamFlexA5 =
ListPlot[tableModFlexA5, Joined → True, InterpolationOrder → 2, Mesh → Full]
130
125
120
Out[321]=
115
110
105
50 100 150
Parametro b
1%
In[322]:= tableModFlexB1 = Table[{modelFlexH[[i]], ParaModFlexB1[[i]]}, {i, 1, 3}];
In[323]:= ParamFlexB1 =
ListPlot[tableModFlexB1, Joined → True, InterpolationOrder → 2, Mesh → Full]
60
50
40
Out[323]= 30
20
10
50 100 150
3%
In[324]:= tableModFlexB3 = Table[{modelFlexH[[i]], ParaModFlexB3[[i]]}, {i, 1, 3}];
In[325]:= ParamFlexB3 =
ListPlot[tableModFlexB3, Joined → True, InterpolationOrder → 2, Mesh → Full]
55
50
Out[325]=
45
40
50 100 150
5%
In[326]:= tableModFlexB5 = Table[{modelFlexH[[i]], ParaModFlexB5[[i]]}, {i, 1, 3}];
In[327]:= ParamFlexB5 =
ListPlot[tableModFlexB5, Joined → True, InterpolationOrder → 2, Mesh → Full]
56
54
52
Out[327]=
50
48
50 100 150
Parâmetros ajustados
Parametro A
1%, 3% e 5%
In[328]:= listaPFlexA1ADJ = List[170, 120, 100];
listaMFlexA1ADJ = Table[{modelFlexH[[i]], listaPFlexA1ADJ[[i]]}, {i, 1, 3}];
180
160
140
Out[330]=
120
100
80
60
50 100 150
Out[334]= 169.286
3%
5%
Parametro b
1%, 3% e 5%
In[349]:= listaPFlexBADJ = List[33, 41, 55];
listaMFlexBADJ = Table[{modelFlexH[[i]], listaPFlexBADJ[[i]]}, {i, 1, 3}];
In[351]:= ParamBADJ =
ListPlot[listaMFlexBADJ, Joined → True, InterpolationOrder → 2, Mesh → Full]
55
50
45
Out[351]=
40
35
50 100 150
Out[355]= 29.6429
Parametros α e β de A e B ajustando
In[356]:= PFlexA = {FAα1, FAβ1}
Out[356]= {- 0.446429, 169.286}
FAα
1%
24h
In[376]:= ADJmodelFlexTHEO241 = {A241modelFlex * (1 - Exp[- B24modelFlex * x])}
72h
In[380]:= ADJmodelFlexTHEO721 = {A721modelFlex * (1 - Exp[- B72modelFlex * x])}
In[382]:= ADJdatamodelFlexTHEO721 =
Transpose @ {ExpFlex721strain, ADJstressmodelFlexTHEO721};
72h
ADJmodelFlexTHEO721 = {A721modelFlex * (1 - Exp[- B72modelFlex * x])}
137.143 1 - ⅇ-40.5714 x
168h
ADJmodelFlexTHEO1681 = {A1681modelFlex * (1 - Exp[- B168modelFlex * x])}
94.2857 1 - ⅇ-55.1429 x
3%
5%
Gráficos
1%
Framed @ Grid[{{ADJGraficoFlex241, Spacer[2], ADJGraficoFlex721, Spacer[2], ADJGraficoFlex1681}}, Alignment → Bottom]
σ (MPa) σ (MPa)
σ (MPa)
70 60
60
60
50
50
50
40
40
40
30
30
30
20 20
20
10 10 10
3%
Framed @ Grid[{{ADJGraficoFlex243, Spacer[2], ADJGraficoFlex723, Spacer[2], ADJGraficoFlex1683}}, Alignment → Bottom]
σ (MPa) σ (MPa)
σ (MPa)
70
60 60
60
50 50
50
40 40
40
30 30
30
20 20
20
10 10 10
5%
Framed @ Grid[{{ADJGraficoFlex245, Spacer[2], ADJGraficoFlex725, Spacer[2], ADJGraficoFlex1685}}, Alignment → Bottom]
40 50
40
40
30
30
30
20 20
20
10 10
10
Tabela TmaxFlex
listaTmaxFlex24MOD = List[TmaxFlex241MOD, TmaxFlex243MOD, TmaxFlex245MOD];
listaTmaxFlex72MOD = List[TmaxFlex721MOD, TmaxFlex723MOD, TmaxFlex725MOD];
listaTmaxFlex168MOD = List[TmaxFlex1681MOD, TmaxFlex1683MOD, TmaxFlex1685MOD];
tableTmxFlexMOD = Table[{listaPorcFlex[[i]], listaTmaxFlex24MOD[[i]],
listaTmaxFlex72MOD[[i]], listaTmaxFlex168MOD[[i]]}, {i, 1, 3}];
TableForm[tableTmxFlexMOD,
TableHeadings → {None, {"%", "24σMáx (MPa)", "72σMáx (MPa)", "168σMáx (MPa)"}}]
% 24σMáx (MPa) 72σMáx (MPa) 168σMáx (MPa)
1% 60.4161 64.8432 56.8561
3% 62.7437 67.2721 62.0682
5% 58.1465 71.2911 57.7891
Needs["ErrorBarPlots`"]
TmaxFlexvsEXP1 =
ErrorListPlot[{{{{24, TmaxFlex241}, ErrorBar[ErrorFlex1]}, {{72, TmaxFlex721},
ErrorBar[ErrorFlex1]}, {{168, TmaxFlex1681}, ErrorBar[ErrorFlex1]}}},
Joined → {True}, PlotRange → {{10, 190}, {40, 80}},
AxesLabel → {"Tempo", "σMáx (MPa)"},
BaseStyle → {FontSize → 14, FontFamily → "Helvetica"},
PlotLabel → "σMáx Flex - Teorico vs. Experimental 1%",
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Exp"}, {1, 0.5}], PlotStyle → {Red}];
TmaxFlexvsTHEO1 = ListPlot[
{{{24, TmaxFlex241MOD}, {72, TmaxFlex721MOD}, {168, TmaxFlex1681MOD}}},
PlotStyle → {Blue},
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Teorico"}, {1, 0.5}], PlotMarkers → {"●", 7}];
Show[TmaxFlexvsEXP1, TmaxFlexvsTHEO1]
70
● Exp
60 ●
●
● Teorico
50
Tempo
50 100 150
Needs["ErrorBarPlots`"]
TmaxFlexvsEXP3 =
ErrorListPlot[{{{{24, TmaxFlex243}, ErrorBar[ErrorFlex3]}, {{72, TmaxFlex723},
ErrorBar[ErrorFlex3]}, {{168, TmaxFlex1683}, ErrorBar[ErrorFlex3]}}},
Joined → {True}, PlotRange → {{10, 190}, {40, 80}},
AxesLabel → {"Tempo", "σMáx (MPa)"},
BaseStyle → {FontSize → 14, FontFamily → "Helvetica"},
PlotLabel → "σMáx Flex - Teorico vs. Experimental 3%",
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Exp"}, {1, 0.5}], PlotStyle → {Red}];
TmaxFlexvsTHEO3 = ListPlot[
{{{24, TmaxFlex243MOD}, {72, TmaxFlex723MOD}, {168, TmaxFlex1683MOD}}},
PlotStyle → {Blue},
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Teorico"}, {1, 0.5}], PlotMarkers → {"●", 7}];
Show[TmaxFlexvsEXP3, TmaxFlexvsTHEO3]
70 ●
Exp
● ●
60
● Teorico
50
Tempo
50 100 150
Needs["ErrorBarPlots`"]
TmaxFlexvsEXP5 =
ErrorListPlot[{{{{24, TmaxFlex245}, ErrorBar[ErrorFlex5]}, {{72, TmaxFlex725},
ErrorBar[ErrorFlex5]}, {{168, TmaxFlex1685}, ErrorBar[ErrorFlex5]}}},
Joined → {True}, PlotRange → {{10, 190}, {55, 75}},
AxesLabel → {"Tempo", "σMáx (MPa)"},
BaseStyle → {FontSize → 14, FontFamily → "Helvetica"},
PlotLabel → "σMáx Flex - Teorico vs. Experimental 5%",
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Exp"}, {1, 0.5}], PlotStyle → {Red}];
TmaxFlexvsTHEO5 = ListPlot[
{{{24, TmaxFlex245MOD}, {72, TmaxFlex725MOD}, {168, TmaxFlex1685MOD}}},
PlotStyle → {Blue},
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Teorico"}, {1, 0.5}], PlotMarkers → {"●", 7}];
Show[TmaxFlexvsEXP5, TmaxFlexvsTHEO5]
Tempo
50 100 150
TableForm[tabelaElaFlexMOD,
TableHeadings → {None, {"%", "24E (GPa)", "72E (GPa)", "168E (GPa)"}}]
% 24E (GPa) 72E (GPa) 168E (GPa)
1% 5.05004 4.91693 4.51792
3% 4.81237 5.00298 4.38009
5% 4.82345 4.98742 4.60865
Needs["ErrorBarPlots`"]
ModFlexvsEXP1 =
ErrorListPlot[{{{{24, MF241}, ErrorBar[ErrorModFlex1]}, {{72, MF721},
ErrorBar[ErrorModFlex1]}, {{168, MF1681}, ErrorBar[ErrorModFlex1]}}},
Joined → {True}, PlotRange → {{10, 190}, {4, 6}},
AxesLabel → {"Tempo", "σMáx (MPa)"},
BaseStyle → {FontSize → 14, FontFamily → "Helvetica"},
PlotLabel → "Mód. Flex - Teorico vs. Experimental 1%",
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Exp"}, {1, 0.5}], PlotStyle → {Red}];
ModFlexvsTHEO1 = ListPlot[
{{{24, MF241MOD}, {72, MF721MOD}, {168, MF1681MOD}}}, PlotStyle → {Blue},
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Teorico"}, {1, 0.5}], PlotMarkers → {"●", 7}];
Show[ModFlexvsEXP1, ModFlexvsTHEO1]
5.5
Exp
5.0 ●
●
● Teorico
4.5 ●
Tempo
50 100 150
Needs["ErrorBarPlots`"]
ModFlexvsEXP3 =
ErrorListPlot[{{{{24, MF243}, ErrorBar[ErrorModFlex3]}, {{72, MF723},
ErrorBar[ErrorModFlex3]}, {{168, MF1683}, ErrorBar[ErrorModFlex3]}}},
Joined → {True}, PlotRange → {{10, 190}, {2, 7}},
AxesLabel → {"Tempo", "σMáx (MPa)"},
BaseStyle → {FontSize → 14, FontFamily → "Helvetica"},
PlotLabel → "Mód. Flex - Teorico vs. Experimental 3%",
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Exp"}, {1, 0.5}], PlotStyle → {Red}];
ModFlexvsTHEO3 = ListPlot[
{{{24, MF243MOD}, {72, MF723MOD}, {168, MF1683MOD}}}, PlotStyle → {Blue},
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Teorico"}, {1, 0.5}], PlotMarkers → {"●", 7}];
Show[ModFlexvsEXP3, ModFlexvsTHEO3]
●
4 ● Teorico
3
Tempo
50 100 150
Needs["ErrorBarPlots`"]
ModFlexvsEXP5 =
ErrorListPlot[{{{{24, MF245}, ErrorBar[ErrorModFlex5]}, {{72, MF725},
ErrorBar[ErrorModFlex5]}, {{168, MF1685}, ErrorBar[ErrorModFlex5]}}},
Joined → {True}, PlotRange → {{10, 190}, {2, 7}},
AxesLabel → {"Tempo", "σMáx (MPa)"},
BaseStyle → {FontSize → 14, FontFamily → "Helvetica"},
PlotLabel → "Mód. Flex - Teorico vs. Experimental 5%",
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Exp"}, {1, 0.5}], PlotStyle → {Red}];
ModFlexvsTHEO5 = ListPlot[
{{{24, MF245MOD}, {72, MF725MOD}, {168, MF1685MOD}}}, PlotStyle → {Blue},
PlotLegends → Placed[Style[#, FontSize → 11, FontFamily → "Helvetica"] & /@
{"Teorico"}, {1, 0.5}], PlotMarkers → {"●", 7}];
Show[ModFlexvsEXP5, ModFlexvsTHEO5]
4 ● Teorico
3
Tempo
50 100 150