Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ENTRUSTMENT
PROFESSIONAL
ACTIVITES (EPAS)
UNIDADE 4
CRÉDITOS
Coordenação Geral do Curso Design Instrucional
Profa. Dra. Christiana Salgado (DTED/UFMA) Steffi Greyce de Castro Lima (DTED/UFMA)
Profa. Dra. Christiana Salgado (DTED/UFMA)
Supervisão Pedagógica e de Orientação
Educacional Design Gráfico
Profa. Dra. Patrícia Maria Abreu Machado Vital Amorim (DTED/UFMA)
(DTED/UFMA) Sabrina da Silva Carneiro (DTED/UFMA)
Profa. Dra. Christiana Salgado (DTED/UFMA)
Prof. Dr. Sérgio Santos Equipe de Tecnologia da Informação
Anilton Maia (DTED/UFMA)
Professor Autor Jone dos Santos Sodré Correia (DTED/UFMA)
Gustavo Salata Romão
Supervisão EAD
Validação Técnica Thaísa Dias (DTED/UFMA)
Ana Célia Sousa dos Santos
Comunicação
Coordenação de Produção Sanndila Brito (DTED/UFMA)
Profa. Dra. Christiana Salgado (DTED/UFMA) Deise Elen Alves de Paula Carvalho
Camila Pontes (DTED/UFMA) (DDES/MEC)
Adirce Senna (MEC)
Administradores AVA
Supervisão de Produção e Monitoramento Gregory Kevin Martins Bastos de Souza
Discente (DTED/UFMA)
Alessandra Viana Natividade Oliveira Fábio José de Castro e Lima (DTED/UFMA)
(DTED/UFMA)
ROMÃO, Gustavo Salata (Curso de Medicina / UNAERP). Entrustment Professional Activites (EPAs) -
Unidade 4. In: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. DIRETORIA DE TECNOLOGIAS NA
EDUCAÇÃO. Curso de Formação de Preceptores da Educação em Saúde - FORPRES - Módulo 1: O Eu
preceptor no contexto da educação em saúde. Brasília: DDES/MEC ; São Luís: DTED/ UFMA, 2023. p.
05-40.
APRESENTAÇÃO
Olá! Seja bem-vindo!
Boa leitura!
08 Definindo as EPAs p 25
Síntese da unidade p 38
Referências p 40
1- A Formação Médica nos Séculos XIX e
XX: O Primeiro Paradigma
Breve Histórico
Relatório Flexner
5
A educação médica se tornou fragmentada com uma sobrecarga de
conteúdos teóricos em detrimento da prática. Nessa mesma época,
movimento de reorganização do Sistema de Saúde norte americano
impôs mudanças na prestação de cuidados e a sociedade passou a
pressionar pela melhoria da qualidade da assistência médica.
6
Os educadores passaram a questionar o Modelo Flexneriano que se
baseava na aquisição de conhecimento, focando mais na teoria do que
na prática clínica. Esse debate lançava luz sobre a necessidade de um
currículo mais alinhado aos desafios da medicina moderna e que
formasse profissionais aptos a lidar com as necessidades de saúde
dos pacientes, em um ambiente seguro e humanizado. Esse debate
resultou na quebra do paradigma flexneriano e na emergência do
paradigma da formação orientada por competências.
Um novo paradigma
7
O treinamento e a avaliação das habilidades clínicas e do
profissionalismo passam a ser valorizados, se tornando essenciais
para garantir uma prática profissional segura e eficiente (Carraccio et
al., 2002).
8
O treinamento e a avaliação das habilidades clínicas e do
profissionalismo passam a ser valorizados, se tornando essenciais
para garantir uma prática profissional segura e eficiente (Carraccio et
al., 2002).
ACESSAR
9
4- A Formação orientada por Competências:
Mudanças e Adaptações
Transição de paradigmas
10
Modelo tradicional x Formação por competências
Orientação Currícular
11
Principal Atividade Currícular
Métodos de Ensino
12
Foco Principal da Avaliação
Modalidades de Avaliações
Progressão
13
Matriz Curricular
14
Informações Prévias: Na lógica da formação
orientada por competências, é fundamental que o
estudante ou residente receba informações prévias.
15
Prática de Feedbacks: Na maioria dos serviços,
os ambientes da prática profissional precisarão ser
readequados para garantir que a observação direta dos
residentes e a p´ratica do feedback se tornem uma
realidade na rotina dos programas.
16
Em 2016 foi proposto um novo patamar à pirâmide de Miller, partindo
do pressuposto que um bom desempenho momentâneo em ambientes
da prática clínica não reflete necessariamente a aquisição da
identidade profissional (SER). A formação da identidade profissional se
reflete no desenvolvimento de atitudes, valores e comportamentos
demonstrados de forma consistente por alguém que “pensa, age e
sente como um profissional de saúde” (CRUESS; CRUESS; STEINERT,
2016).
17
Demonstra em ambiente simulado habilidades e
DESEMPENHO
atitudes esperadas para o profissional.
18
Para o nível "SER" podem ser utilizados instrumentos que avaliam o
profissionalismo, como o "P-MEX" (Professionalism Mini-Exercis). O Método
escolhido deve estar em consonância com os objetivos de aprendizagem e as
competências esperadas para o egresso naquele momento da formação (ROMÃO;
SÁ, 2022).
19
A formação por competência exige
mudança no referencial tradicional da
educação, centralizada no professor, para
uma aprendizagem centrada no aprendiz e
focada na aquisição das competências.
Sendo assim, torna-se necessário que os
professores e preceptores dediquem mais
O Papel do Docente tempo e esforço na observação direta dos
aprendizes durante o atendimento aos
pacientes.
20
5- E por que mudar?
Diante de tantas mudanças necessárias para a implementação da
formação orientada por competências, é natural surgirem
questionamentos sobre os ganhos reais com todo esse movimento.
Alguns argumentos se apoiam em experiências e impressões pessoais
para justificar a manutenção do modelo tradicional e ressaltar os
efeitos negativos dos processos de reforma curricular. Outros são
movidos pelo receio de não atender às expectativas e exigências
desse novo paradigma da formação médica e pelo desconforto com
os novos papéis a serem desempenhados por docentes e preceptores.
21
6- A Formação por competências no
Brasil
Diante de tantas mudanças necessárias para a implementação da
formação orientada por competências, é natural surgirem
questionamentos sobre os ganhos reais com todo esse movimento.
Alguns argumentos se apoiam em experiências e impressões pessoais
Porém, vale lembrar que este foi apenas o primeiro passo e que outros
serão necessários para consolidar a formação por competências,
dentre os quais merecem destaque:
22
O desenvolvimento, validação e aprovação das
Matrizes de
Competências
Matrizes de Competência em outras áreas da Saúde
pelos órgãos competentes;
23
7- A origem das EPAs
24
8- Definindo as EPAs
As EPAs ou em livre tradução para o português “atividades
profissionais confiabilizadoras” foram definidas por Olle Ten Cate
como:
25
Correspondem às atividades realizadas pelos profissionais
e aprendizes tecnicamente qualificados;
26
Execução de uma atividade profissional (EPA)
27
10- Qual a importância das EPAs para a
formação dos profissionais de saúde?
Desde que foram descritas pela primeira vez em 2005, as EPAs têm
sido cada vez mais valorizadas ao redor do mundo. Dentre as
aplicações e implicações das EPAs para a formação em saúde,
merecem destaque:
28
Partindo do pressuposto que as EPAs são atividades profissionais que
mobilizam uma série de competências para a sua realização, é
possível verificar o desempenho de um estudante na execução de uma
EPA, e indiretamente inferir se este estudante adquiriu as
competências relacionadas a esta atividade. Desta forma, a
observação de um estudante durante a execução de cada atividade
(EPA) pode servir de base para a avaliação das suas competências.
Como o número de EPAs para uma especialidade costuma ser bem
menor que o número de competências descritas na Matriz, a utilização
das EPAs como foco principal da avaliação simplifica e viabiliza todo o
processo.
29
A estruturação da supervisão e progressão
30
NÍVEL MODALIDADE
Modalidade de supervisão:
O aprendiz pode executar a atividade desde que haja
NÍVEL 2 supervisão direta, proativa e presente na sala ou ambiente
onde a atividade está sendo realizada.
Modalidade de supervisão:
O aprendiz pode executar a atividade sob supervisão
indireta ou reativa. O preceptor ou supervisor não precisa
NÍVEL 3 permanecer na sala ou ambiente onde a atividade está
sendo realizada, mas deve estar rapidamente disponível se
houver necessidade.
Modalidade de supervisão:
NÍVEL 4 O aprendiz pode executar a atividade sem supervisão, de
maneira autônoma e independente.
Modalidade de supervisão:
NÍVEL 5 O aprendiz pode supervisionar outros aprendizes mais
jovens e iniciantes.
31
A tomada de decisões confiabilizadoras
32
O desempenho nas avaliações de acompanhamento longitudinal do
estudante nos estágios práticos, com enfoque maior sobre as
competências relacionadas ao profissionalism, comunicação e relação
interpessoal. Este tipo de observação, conhecido como "Avaliação 360
graus", "Feedback por múltiplas fontes" ou "Multisource feedback (MSF)"
reflete a avaliação do estudante sob diferentes perspectivas, incluindo a do
preceptor, ,dos outros aprendizes (pares), dos funcionários. dos pacientes e
de outros profissionais da equipe de saúde.
33
Todas essas informações sobre o
desempenho dos aprendizes nos processos
de avaliação devem ser registradas pelos
preceptores e estudantes nos logbooks e
portfólios. Essa documentação deve ser
disponibilizada ao Comitê de Avaliação,
constituindo a base para a tomada de
decisões sobre a confiabilização de cada
aprendiz.
Orientação curricular
Os programas e currículos orientados por competências podem utilizar
as EPAs como principal referencial para a formação. O perfil do
egresso dos cursos de graduação na área da saúde ou dos programas
de residência deve corresponder a um profissional qualificado para
realizar essas atividades de forma proficiente e autônoma. A grade
curricular do programa de residência deve ser norteada pelo perfil do
egresso e oportunizar o treinamento nas EPAs definidas para a
especialidade em questão. A escolha dos estágios também deve
seguir a lógica do treinamento nas EPAs daquela especialidade ou
profissão na área da saúde.
35
11- Como definir e descrever as EPAs?
36
Como um exemplo de EPAs definidas a nível
nacional, podemos citar as EPAs elaboradas
pela Federação Brasileira de Ginecologia e
Obstetrícia (Febrasgo) em 2021.
37
Síntese da unidade
38
Síntese da unidade
39
Referências
CARRACCIO, Carol L.; ENGLANDER, Robert. From Flexner to
competencies: reflections on a decade and the journey ahead.
Academic Medicine, v. 88, n. 8, p. 1067-1073, 2013.
CARRACCIO, Carol et al. Shifting paradigms: from Flexner to
competencies. Academic medicine, v. 77, n. 5, p. 361-367, 2002.
CAVERZAGIE, Kelly J. et al. Overarching challenges to the
implementation of competency-based medical education. Medical
teacher, v. 39, n. 6, p. 588-593, 2017.
COOKE, Molly et al. American medical education 100 years after the
Flexner report. New England journal of medicine, v. 355, n. 13, p.
1339-1344, 2006.
CRUESS, Richard L.; CRUESS, Sylvia R.; STEINERT, Yvonne.
Amending Miller’s pyramid to include professional identity
formation. Academic Medicine, v. 91, n. 2, p. 180-185, 2016.
EPSTEIN, Ronald M.; HUNDERT, Edward M. Defining and assessing
professional competence. Jama, v. 287, n. 2, p. 226-235, 2002.
KILTY, Caroline et al. A national stakeholder consensus study of
challenges and priorities for clinical learning environments in
postgraduate medical education. BMC Medical Education, v. 17, n.
1, p. 1-9, 2017.
KOHN, Linda T. et al. Institute of Medicine. Committee on Quality of
Health Care in America. To err is human: building a safer health
system, 2000.
NORDQUIST, Jonas et al. The clinical learning environment. Medical
Teacher, v. 41, n. 4, p. 366-372, 2019.
40
POWELL, Deborah E.; CARRACCIO, Carol. Toward competency-
based medical education. The New England journal of medicine, v.
378, n. 1, p. 3-5, 2018.
ROMÃO, Gustavo Salata et al. Residência Médica: ensino e
avaliação das competências. 1ª ed. Barueri: Manole; 2022. p. 425-
38.
ROMÃO, Gustavo Salata (Ed.). The Role of Entrustable
Professionals Activities in the Training of Specialists in Gynecology
and Obstetrics. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v.
44, n. 9, p. 819-820, 2022.
TEN CATE, Olle. Entrustability of professional activities and
competency-bases training. Medical education, v. 39, p. 1176-1177,
2005.
40