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ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DO PORTO

Curso de Licenciatura em Enfermagem


Unidade Curricular: Introdução à Gestão em Enfermagem
Ano Letivo: 2022/2023

Documento de trabalho Teórico-prática

Título: Recursos humanos: formação e desenvolvimento profissional em enfermagem (contexto


académico e reconhecimento pela 0E)

Joana Sousa Couto, ep9988; Carmen Filipa Couto Silva, ep10077; Mariana Gonçalves Lopes,
ep10104; Joana Leal Miguel, ep10126; Joana Vieira de Castro Rego Sousa, ep10132; Diana Jesus
Gouveia, ep10158.

Resumo

Introdução: As transformações da sociedade fomentam, aos profissionais de saúde, um perfil capaz de


atender às suas demandas e ao mercado de trabalho. O desenvolvimento profissional define-se como a
aquisição contínua de conhecimentos e competências para fornecer os melhores cuidados de
enfermagem e contribuir para a sua valorização. A enfermagem contemporânea é reflexo do passado,
mas é necessário, perspetivar o futuro.

Objetivos: Explorar a formação e desenvolvimento profissional em enfermagem a fim de uma melhor


prestação de cuidados de enfermagem.

Metodologia: Recorrendo à base de dados EBSCOhost web, formulamos duas frases boleanas
utilizando “AND”. Foram encontrados e analisados 10 artigos científicos. Estabelecemos critérios de
inclusão: apresentar um carácter qualitativo baseado em entrevistas e conter informação relevante
sobre o presente e futuro da enfermagem. Desta forma, selecionamos três e excluímos sete que se
focavam em profissionais e áreas especificas da enfermagem.

Resultados: A implementação e desenvolvimento de processos educativos em enfermagem visa


atingir uma profissão transdisciplinar, humanista, científica e reconhecida, aperfeiçoando os cuidados
de enfermagem. Assim, deve ter por base os conhecimentos práticos, científicos, empíricos, estéticos
e pessoais, habilidades intra e interpessoais, atitudes, sensibilidade ética, equanimidade,
autoconhecimento, visões holísticas, autonomia, pensamento crítico, comunicação, liderança e gestão.
As competências acrescidas, aprofundadas pelos enfermeiros especialistas, complexificam os
conhecimentos, práticas e contextos, permitindo responder dinamicamente às necessidades da
população. É valorizada a articulação entre a prática clínica, os conhecimentos e a partilha e discussão
de perícia clínica entre profissionais e estudantes 1,5,6.

Discussão: Em concordância, outros autores referem que os estágios complementam a formação


teórico-prática e que as escolas de enfermagem devem proporcionar aos estudantes a possibilidade de
treinar e desenvolver a perícia clínica, desenvolvendo a sua identidade profissional,
consciencializando-se dos diferentes papéis dos enfermeiros e das competências requeridas para estes.
Outros referem haver problemas nesta articulação, como a incongruência entre o que os docentes
ensinam e como executam e a desvalorização e afastamento dos enfermeiros docentes da prática
clínica. É mencionado por diversos autores a necessidade de promover uma prática baseada na
evidência. O uso de evidências apresenta aspetos positivos, no que refere ao alcance de melhores
resultados, mas também negativos, como a dificuldade de acesso e de extrapolação da evidência para
o cuidado individual dos clientes 2,3,4,7,8.

Conclusões: Os enfermeiros devem desenvolver competências que permitam o exercício profissional


a um nível de progressiva complexidade para melhorar a sua prestação de cuidados. A formação
contínua, a prática clínica e os estágios são algo fulcral para a formação e preparação dos estudantes,
devendo ser incentivadas.

Keywords: Education, Nursing, Professional Practice, Nurse´s Role

Referências bibliográficas:

1 Beck, C. L. C., Prestes, F. C., Silva, R. M. da, Tavares, J. P., & Prochnow, A. (2014).
Identidade profissional percebida por acadêmicos de enfermagem: da atuação ao
reconhecimento e valorização [Professional identity as perceived by nursing students: from
professional activity to acknowledgement and enhancement]. Revista Enfermagem UERJ,
22(2), 200–205. https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/
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2 Benito, G. A. V., Tristão, K. M. T., Paula, A. C. S. F., Santos, M. A. S., Ataide, L. J. & Lima,
R. C. D. (2012). Desenvolvimento de competências gerais durante o estágio supervisionado.
Revista Brasileira de Enfermagem, 65(1), 172-8.
https://www.scielo.br/j/reben/a/666nz3qZRSPVxQTCVK9yc7c/?format=pdf&lang=pt.
3 Camargo, F. C. C., Iwamoto, H. H., Galvão, C. M., Pereira, G. A., Andrade, R. B. & Masso,
G. C. (2017). Competências e barreiras para Prática Baseada em Evidências na Enfermagem:
revisão integrativa. Revista Brasileira de Enfermagem, 71(4), 2148-56.
https://www.scielo.br/j/reben/a/Jn6qys9NmzTnNYNjbtbyNNv/?format=pdf&lang=pt.
4 Danski, M. T. R., Oliveira, G. L. R., Pedrolo, E., Lind, J., & Johann, D. A. (2017).
Importância da prática baseada em evidências nos processos de trabalho do enfermeiro /
Importance of evidence-based practice in nurse’s work processes. Ciência, Cuidado E Saúde,
16(2). https://doi.org/10.4025/ciencuidsaude.v16i2.36304
5 Fernandes, R., Araújo, B., & Pereira, F. (2017). Formação e transições laborais em
enfermagem: efeitos na identidade e no desenvolvimento profissional. Revista de Estudios E
Investigación En Psicología Y Educación, Vol. Extr, 14, 006-011.
https://doi.org/10.17979/reipe.2017.0.14.2168
6 Mulato, S. (2010). ENFERMAGEM TRADICIONAL, ATUAL E DO FUTURO: A VISÃO
DE DOCENTES DE ENFERMAGEM. Rev. enfermagem UERJ, 18(4), 572-7.
http://www.eerp.usp.br/media/wcms/files/v18n4a12.pdf.
7 Silva, D. M. da, & Silva, E. M. (2004). Ensino clínico na formação em enfermagem.
Millenium, 103–119. http://hdl.handle.net/10400.19/445
8 Toldi Bork, A. M. (2005). Enfermagem baseada em evidências [Review of Enfermagem
baseada em evidências]. Guanabara Koogan.

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