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Modelo

Pedagógico
Conceitos
Olá Educador

Neste Caderno você conhecerá os conceitos que sustentam


o Modelo Pedagógico. Iniciamos a conversa detalhando os
seguintes temas:

• Sociedade
• Escola e Currículo
• Educação
• Infância e Juventude

Bom estudo!
©iStock.com/JodiJacobson
Conceitos

Sociedade

O Homem é um ser gregário por natu- no domínio de um grupo por outro,


reza. Sua capacidade de sobrevivência, hoje elas ocorrem de modo mais sutil,
diferente dos outros animais, não está por meio da disseminação de valores e
na força, na capacidade de se mimeti- costumes que muitas vezes são recebi-
zar ou nas garras. O ser humano carece dos como “os verdadeiros” pelos grupos
da inteligência e do grupo social para economicamente menos poderosos.
se adaptar às condições de vida. Nas- Ao olhar para a sociedade brasileira,
ce com capacidades latentes, providas seu desenvolvimento tecnológico e suas
pelo desenvolvimento da espécie, mas expectativas de crescimento, pode-se
que só se manifestam e atualizam na observar o quanto das conquistas e
convivência com seus pares. anseios se aproximam dos modelos de
Quando vem ao mundo é imerso outras nações. A escola, como entidade
em uma cultura pronta, em que as social, passa, então, a lidar com uma
pessoas interagem sob determinados realidade desafiadora sob o ponto de
costumes, regras, valores. A intera- vista da multiplicidade dos sujeitos que
ção e a imitação são procedimentos compõem seu cenário.
fundamentais para viver na sociedade Mudanças são possíveis?
da qual faz parte. Dessa forma, cada
sujeito é fortemente marcado pelos
ensinamentos e pressões exercidos Sociólogo polonês, residente
durante o processo de socialização. O na Inglaterra, grande pensador
ser humano vive em constante conflito
da modernidade.
na construção da identidade: pertencer
ao grupo, pela identificação, tornar-se
único, pela individuação. Zygmunt Bauman usa o termo “so-
No entanto, a sociedade é constru- zinhos na multidão” (condição da vida
ída pelos próprios seres que forma, atrelada à ideia de sucesso imediato
em uma relação dialética em que o causado pelo consumo de bens cada
indivíduo é ao mesmo tempo formado vez mais descartáveis) para analisar
e formador. Para a análise de qualquer a situação comum de se estar ao lado
sociedade é preciso se tomar os con- dos outros, mas não com os outros. A
textos sociais como parâmetro. ilusão de que consumir pode tornar as
Atualmente, nenhuma sociedade pessoas mais felizes faz com que mui-
está isenta das influências de outras. tas pessoas dediquem grande parte de
Enquanto no passado essas influências seu tempo para garantir a propriedade
eram determinadas pela potência bélica de bens para si ou sua família. A convi-
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Conceitos

vência se tornou fato incomum, mesmo professores e demais profissionais da


nos ambientes de trabalho nos quais as educação no papel de facilitadores da
pessoas passam muitas horas do dia, aprendizagem, capazes de orientar os
pois as situações profissionais estão educandos a se envolverem ativamente
mais mediadas pela tecnologia do que na sua educação, descobrindo e utili-
pelas relações interpessoais. Bauman zando seus estilos de aprendizagem e
afirma que a educação pode traçar um múltiplas inteligências para aprender
novo caminho para a sociedade ao fo- a adquirir e produzir conhecimentos,
mentar a resistência e o espírito crítico, lidar com informações e com pesso-
enfatizando que é pela escola que se as, resolver problemas. Deseja-se que
deve recomeçar. educadores e educandos construam
Considerando as afirmações do so- uma escola capaz de criar um clima de
ciólogo, um projeto de escola que pro- respeito mútuo diante da diversidade
voque transformações nas relações humana e das diferenças individuais.
entre as pessoas, necessariamente, Trata-se de uma escola que rompe
promove o desenvolvimento das di- com ideia de criar um produto padrão
mensões humanas de autonomia, (um educando único), indo muito além
solidariedade e competência em todos da concepção de ser um espaço de
os seus educandos, independente de transmissão de conhecimentos. Currí-
quaisquer características pessoais, culo, metodologias, formas de avaliar
sociais ou de desenvolvimento. Trata- devem ser repensadas na direção da
se do estabelecimento de uma esco- construção de uma nova forma se fazer
la inclusiva cujo objetivo é colocar os professor e educando.

Escola e currículo

A função socializadora da escola

Os indivíduos têm seu processo inicial ceituais, mas também pela formação
de socialização no convívio com a integral de todos os indivíduos.
família, em cujo contexto começam
a receber os primeiros ensinamentos
sobre como as relações interpessoais
e as instituições sociais funcionam, de
acordo com regras e valores do grupo
familiar restrito, mas, que em sua base,
refletem regras e valores que perpas-
sam o ambiente social mais amplo. No
entanto, a socialização é estendida e
prolongada pela mediação que ocorre
nas instituições escolares, responsá-
veis não apenas pelos conteúdos con-
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Conceitos

De acordo com Lino de Macedo, a todos. Do ponto de vista da aprendi-


escola deve assumir três compromis- zagem, esses compromissos se rela-
sos básicos: cionam diretamente com o Aprender a
Científico: transmissão do conhe- Conhecer, Aprender a Fazer, Aprender
cimento socialmente produzido, por a Conviver e Aprender a Ser. Os ensi-
meio do ensinamento de fatos, concei- namentos não se restringem apenas
tos e princípios; à transmissão dos conteúdos, mas
Filosófico: promoção dos aspec- implicam a reconstrução de todos
tos que complementam os indivíduos os conteúdos pelos educandos de
como seres humanos e que dão razão acordo com seus conhecimentos
e sentido ao conhecimento científico, prévios, suas capacidades cognitivas,
por meio do ensinamento de normas, suas experiências.
atitudes e valores; Trata-se de se ter o espaço escolar
Articulação dos dois anteriores: como favorecedor de processos inclu-
objetivos, resultados e meios para al- sivos, que se veja como parte cons-
cançá-los, por intermédio do ensina- trutora de uma sociedade que atue de
mento de procedimentos, habilidades. modo a acolher todas as pessoas inde-
Saber ser, saber conviver e saber pendente das diferenças individuais.
fazer são conhecimentos que se Para buscar a maior plenitude humana
constroem por meio de situações pe- é necessário valorizar cada um de seus
dagógicas que têm, explícita e implici- membros (Sassaki, 2005).
tamente, essa finalidade. O desenvol- O domínio dos conteúdos concei-
vimento do Protagonismo é uma delas. tuais não é suficiente para garantir a
Ser protagonista é ser capaz de se colo- formação integral, cujas dimensões
car como sujeito construtor do seu Pro- preveem a autonomia, a solidariedade
jeto de Vida e de se ver como elemento e a competência. Para se ter autono-
que contribui para a solução dos desa- mia é necessário que o sujeito tenha
fios individuais e coletivos. interesse de conhecer o mundo, a fim
O Protagonismo não evolui espon- de poder analisar a realidade e tomar
taneamente, como um processo decisões, com base na investigação de
natural. Os estudantes carecem de seu cotidiano e dos valores construídos
orientação e de oportunidades du- em seu meio social. Mas, ter autono-
rante a vida, desde os anos iniciais. mia acarreta a solidariedade, já que a
Para que se desenvolvam, é preciso autonomia só acontece na relação com
que a escola promova condições em o outro (Aprender a Ser). Ser solidário
que seus alunos vão, progressivamen- é ser capaz de se descentrar, de ter o
te, tomando consciência dos próprios outro presente nas decisões e de ter
processos de aprendizagem, de seus consciência de que o desejo individual
recursos internos, da capacidade de não pode se sobrepor ao bem estar da
tomar decisões para si e para o bem coletividade (Aprender a Conviver).
comum. Por sua vez, ser competente requer
Do ponto de vista da dinâmica que o sujeito tenha conhecimento, seja
escolar, isso significa criar um am- capaz de discernir o que é favorável à
biente socialmente solidário para integridade de todos e de cada um dos
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que dela participam (Aprender a Aprender e Aprender a Fazer).


Assim, torna-se óbvio que o domínio dos conhecimentos básicos das ciências
não basta à formação do sujeito. Autonomia, solidariedade e competência são
condições fundamentais para a construção, o desenvolvimento e a realização
do Projeto de Vida. A função socializadora da escola transcende os conteúdos
formais das ciências, pois está a serviço de uma visão do tipo de sociedade e de
pessoa que pretende formar.

A concepção de currículo

A Escola da Escolha, que tem como Alinhada a essa perspectiva, o cur-


foco a formação integral do educando rículo é plenamente integrado entre as
para construção do seu Projeto de Vida, diretrizes e parâmetros nacionais e/ou
integra três eixos: formação acadêmi- locais e as inovações concebidas pelo
ca de excelência, formação para vida ICE, fundamentadas na diversificação
e formação para o desenvolvimento e enriquecimento necessários para
das competências do século XXI. Sem apoiar o estudante na elaboração do
predominância de uma sobre a outra, seu Projeto de Vida, essência do Modelo
juntas elas devem prover as condições e no qual reside toda a centralidade
necessárias para que o educando pos- do currículo desenvolvido. Para essa
sa se posicionar de forma autônoma, diversificação e enriquecimento, são
solidária e competente. introduzidas inovações em conteúdo (o
Assim, longe de ser apenas um rol que ensinar enquanto aquilo que tem
de disciplinas, o currículo funciona sentido e valor), método (como ensi-
como um elo entre a teoria educacional nar) e gestão (condução dos processos
e a prática pedagógica. Estabelece a de ensino e de aprendizagem tratando
relação entre as competências de apren- do conhecimento a serviço da vida) e
dizagem e as competências de ensino suas respectivas metodologias de êxito
com a finalidade de integrar indivíduo e para reorientar a prática pedagógica
sociedade. Nessa perspectiva, extrapola e os seus respectivos processos educa-
o espaço da sala de aula e até mes- tivos, assegurando que a escola possa
mo da escola em busca de ambientes formar um jovem autônomo, solidário
educacionais flexíveis, que contribuam e competente.
com o processo de ensinar e de apren- Essa é a dimensão na qual o currícu-
der de todos os educandos e que dessa lo na Escola da Escolha deverá atuar.
maneira realize a missão projetada no Para tanto, ele deve ser:
Plano de Ação da escola. • contemporâneo, suficientemente am-
O Modelo da Escola da Escolha cria plo e flexível;
novos paradigmas para a educação • sequencialmente estruturado, organi-
pública brasileira, concebido a partir zado e equilibrado;
de uma pedagogia eficaz, associada • integrador das experiências, oportu-
à gestão, para gerar resultados verifi- nidades e atividades de forma contínua,
cáveis e sustentáveis. consistente e coerente para permitir ao
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Conceitos

educando persegui-las continuamente significância dos conteúdos conceitu-


por meio de uma dinâmica processual ais, procedimentais e atitudinais para
e estrategicamente organizada; o educando. A construção do Projeto
• organizado em torno de um eixo cujos de Vida, para a qual confluem todas as
conhecimentos, valores, atitudes e ações do Modelo, requer que os conte-
habilidades façam sentido na formação údos trabalhados sejam significativos,
de um adolescente/jovem autônomo, não só do ponto de vista do sujeito que
solidário e competente; aprende, mas, especialmente, do ponto
• formulado de maneira que pressupo- de vista das expectativas e das necessi-
nha e requeira a participação ativa dos dades da sociedade.
educandos em diversas etapas do seu Dessa forma, conteúdos conceituais
desenvolvimento promovendo ações são selecionados e aprendidos para
de autêntico Protagonismo. que se construa a competência aca-
• uma referência epistemológica que dêmica, necessária a qualquer atuação
leva a uma abordagem e a uma inves- consciente, seja no âmbito pessoal, no
tigação de problemas que vão além dos social ou no profissional. O conhecimento
recortes disciplinares e que ajudam a permite a ampliação das possibilidades
compreender o mundo na sua com- de análise das situações e, consequen-
plexidade; temente, das possibilidades de escolha.
• uma matriz a partir da qual o professor A existência de Disciplinas Eletivas
atuará não apenas transmitindo conhe- e das Práticas e Vivências em Prota-
cimentos, informações, dados e ideias gonismo no currículo permite ao aluno
aos educandos, mas estará compro- observar suas preferências e tendên-
metido em provocar neles a capacidade cias, experimentá-las e descobrir-se,
de pensamento reflexivo, investigativo, em um processo, em médio prazo, que
curioso, em que o desejo de aprender solidifica sua capacidade de escolha. A
se revele uma constante para educado- criança e o jovem são pessoas em ple-
res e educandos. no desenvolvimento, cuja curiosidade
As metodologias integradoras da necessita conhecer e experimentar para
Escola da Escolha descritas no Caderno compreender o mundo em que estão
Modelo Pedagógico: Metodologias de inseridos. A possibilidade de vivenciar
Êxito da Parte Diversificada do Currí- escolhas, concluir se foram adequadas
culo têm como objetivo a proposição ou não, favorece o processo de autor-
de situações pedagógicas pautadas na regulação e o do Aprender a Aprender.
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Os componentes do currículo

Tendo em vista as fontes que orientam Quando ensinar?


a elaboração do currículo e as ações O currículo deve prever como or-
concretas que precisam ser definidas, ganizar e ordenar temporalmente as
Coll propõe que o currículo responda intenções educativas, a fim de estabele-
às seguintes questões: cer boas sequências de aprendizagem.
O que ensinar? Coll afirma que, após o estabele-
Coll enfatiza que o currículo deve partir cimento dos objetivos gerais de cada
da seleção de quais aspectos do cresci- área do conhecimento, é preciso anali-
mento pessoal do educando a educação sar quais aprendizagens específicas fa-
escolar tratará de promover. vorecem a aquisição das capacidades
Se a função primordial da escola é estipuladas pelos objetivos gerais. Para
contribuir para a formação integral do isso é preciso considerar as condições
educando, ou seja, o crescimento pes- de aprendizagem dos educandos em
soal em todos os seus aspectos – cog- consonância com as singularidades de
nitivo, social, moral, corporal, afetivo – a cada área de conhecimento. É necessá-
decisão sobre o que ensinar precisa con- rio também que haja a garantia de con-
siderar conteúdos de diferentes ordens. tinuidade e progressão dos conteúdos
A visão de homem e de sociedade é dentro de um mesmo ano, de um ano
o ponto de partida e o de chegada de para outro, dentro de cada segmento
qualquer projeto pedagógico. Esse ide- e/ou entre os diferentes segmentos da
ário de sociedade estabelece os objeti- escolarização, a depender de como os
vos, os conteúdos, as formas de ação e sistemas de educação se organizam e
de avaliação. se estruturam.
A intenção de que a escola seja um Ele alerta que os conteúdos das dis-
meio para o desenvolvimento de recur- ciplinas não podem ser considerados
sos internos que favoreçam a constru- unicamente como meios de se atingir as
ção de um Projeto de Vida é um guia intenções educativas. As intenções são
para o planejamento de ações e ativida- alcançadas quando objetivos gerais e
des que promovam o desenvolvimento conteúdos formam um conjunto, no qual
da autonomia, que, por sua vez, só é as relações estabelecidas são de inter-
possível na relação com o outro. Desse dependência entre os dois aspectos.
modo, ser autônomo, intelectual e mo-
ralmente, implica necessariamente ser
solidário, cooperativo e ativo. Não há
como esperar que os educandos se de-
senvolvam nesses aspectos se a escola
não permite a participação, a autoava-
liação, a tomada de decisões, a toma-
da de consciência dos procedimentos
para a aprendizagem e a iniciativa de
buscar respostas e confrontá-las com
outras possíveis.
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Conceitos

Como ensinar? precisa ser ressignificado por quem


Os conceitos de Protagonismo e aprende para que seja compreendido,
Projeto de Vida se referem à formação valorizando a concepção de que não
de um sujeito ativo, capaz de tomar há uma única forma de se aprender e
decisões e fazer escolhas embasadas de se elaborar a percepção do mundo.
no conhecimento, na reflexão, na con- Um exemplo simples disso é a diferen-
sideração de si próprio e do coletivo. ça entre entender uma multiplicação e
Essa formação depende de uma ação a memorização da tabuada. Se o edu-
pedagógica constante, que permita ao cando compreende os conceitos da
educando o desenvolvimento de habi- multiplicação, poderá encontrar solu-
lidades e competências que vão muito ções pela utilização de suas próprias
além da memorização ou do treina- estratégias, caso tenha se esquecido
mento de respostas corretas. de algum resultado da tabuada. Entre-
Uma metodologia que cumpra com tanto, se ele apenas tiver memorizado
essas exigências se compromete com a tabuada, não conseguirá recorrer a
a proposição de situações didáticas estratégias pessoais para resolver uma
em que os educandos sejam desafia- situação problema.
dos a refletir, a elaborar hipóteses, a O que, quando e como avaliar?
buscar soluções e a validar as respos- Avaliação é um procedimento fun-
tas encontradas. damental para acompanhar o desen-
As capacidades cognitivas carac- volvimento de qualquer projeto. Para
terísticas de cada etapa de desen- saber se as intenções educativas pro-
volvimento, os conhecimentos que postas na formulação do currículo
os educandos já têm construídos por estão sendo atingidas é essencial que
meio de suas experiências escolares e o próprio currículo contenha as for-
extraescolares, além dos conceitos, mas de avaliar antes, durante e após
procedimentos e valores são a base todo processo percorrido.
para qualquer intervenção pedagógica. O ato de avaliar vai muito além da
Em uma metodologia que procura ana- atribuição de notas ou conceitos ao
lisar os conhecimentos prévios, as dife- desempenho dos educandos. Ele per-
renças individuais se tornam visíveis ao passa a necessidade de pensar novas
educador. Ele precisa conhecer os pa- formas de avaliação para atender a
tamares de cada sujeito e estabelecer a todos os educandos, inclusive as es-
mediação para que todos avancem em pecificidades daqueles que têm algu-
relação ao que já sabem. ma deficiência. Numa concepção mais
Uma concepção fundamental é a de tradicional de educação, o processo de
que o conhecimento não é adquirido avaliar assume um caráter mais pon-
como uma “fotografia” ou cópia exata tual (com datas estanques e pré-de-
do que foi ensinado. A compreensão finidas) para que se investigue “quem
é possível se o sujeito reelaborar as aprendeu e quem não aprendeu”. Numa
informações transmitidas e as relações perspectiva mais inclusiva, a avaliação
estabelecidas entre elas. O conheci- ganha outra dimensão: torna-se pro-
mento existe nas ciências, nas artes, cessual, contínua ao processo de ensi-
nas experiências da humanidade, mas no e de aprendizagem. Inúmeras fontes
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Conceitos

de leituras podem ser utilizadas para gico: inicial, formativa e somativa.


compor a leitura do desenvolvimen- A avaliação inicial permite ao pro-
to do educando na escola e fornecem fessor conhecer o que seus alunos já
pistas para corrigir as estratégias tanto sabem com a finalidade de planejamen-
de ensino como de aprendizagem. Nes- to das intervenções pedagógicas.
ta perspectiva, a avaliação atua para A avaliação formativa remete ao
manter o educando em sua turma com processo de aprendizagem e favorece
respeito aos processos individuais de as decisões quanto à ajuda pedagógica
aprendizagem de cada um. necessária para que as expectativas de
Avaliar deve ser uma ação de ques- aprendizagem sejam alcançadas.
tionamento da escola sobre o que ela A avaliação somativa verifica até
deve fazer para atender da melhor que ponto as intenções educativas
forma possível cada um de seus edu- foram favorecidas pelas intervenções e
candos. Há três modalidades de avalia- mede o grau de êxito ou de fracasso do
ção que respondem à necessidade de processo educacional.
acompanhamento do projeto pedagó-

Educação
“Exercício de uma influência construtiva e deliberada de um ser humano
sobre outro ser humano.”
- Antonio Carlos Gomes da Costa

Todo processo civilizatório, ou seja, a nomia, a dissociação entre o pertenci-


inserção das pessoas na sociedade de mento e a diferenciação individual, têm
forma que interajam de acordo com a semente posta no âmbito familiar.
seus princípios, regras e valores, re- A construção da autonomia só pode
quer educação mediada pelas institui- ser favorecida pela escola quando os
ções sociais. alunos vivenciam situações em que suas
A primeira delas é a família, âmbito escolhas e decisões sejam experimenta-
em que a criança começa a vivenciar das, situações que o ajudem a construir
e aprender como seu grupo social se estratégias de autoavaliação e autorre-
organiza e como as relações inter- gulação, a ser sujeito em seu processo
pessoais acontecem. Dali se originam de aprendizagem e não estar apenas
e são construídos valores sociais e “sujeito a” determinações externas.
morais que permanecerão ativos por O conceito de autonomia implica o
toda vida. Crenças, valores, princípios de solidariedade, pois ser autônomo é
morais, hábitos, relações, são for- levar o outro em consideração e tomar
temente marcados como resultado decisões que beneficiem a coletivida-
dessa interação. O desenvolvimento de, acima dos desejos individuais que
da autonomia, consonância entre as podem comprometer o bem comum.
necessidades de pertencimento e de O incentivo e a vivência da coope-
diferenciação individual, ou da hetero- ração nas relações entre adultos, en-
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Conceitos

tre adultos e crianças/jovens e entre é a da corresponsabilidade. Na esfera


crianças/jovens e seus pares permitem da convivência e da construção da
o estabelecimento de vínculos afetivos sociedade, todos são corresponsá-
e racionais que tendem ao ser solidário. veis pela forma como as relações
Por outro lado, o incentivo à compe- acontecem, sejam elas pessoais, ins-
tição, em particular à competição indi- titucionais, políticas ou sociais.
vidual, sem o devido ensinamento de A educação terá sua continuidade na
que o outro é tão parte do todo como escola. A responsabilidade de socializa-
a própria pessoa, será um fator impor- ção é estendida à outra instituição social,
tante de manutenção dos moldes de que apresenta uma parte mais ampla
funcionamento da sociedade competi- da sociedade. O contato com pesso-
tiva atual. as que não são os familiares, as regras,
Tanto autonomia como solidarieda- com princípios e valores que formam a
de são reflexos da construção do espí- cultura do ambiente escolar, suscitam
rito ético e da responsabilidade sobre novos comportamentos, expectativas
si e sobre a coletividade. Nenhum deles e relacionamentos, que ampliam os co-
pode ser transmitido apenas pela pa- nhecimentos desenvolvidos até então e
lavra ou pelo constrangimento. A ética deverão fornecer, ao estudante, o desen-
é apreendida muito mais pelas ações volvimento de suas potencialidades.
observadas do que por falas ou aulas A educação escolar, embora de
destinadas especificamente a essa modo menos enfático, é corresponsá-
finalidade. Se os adultos a pregam, mas vel pela formação do ser e tem como
não a praticam, a tendência é de que obrigatoriedade legal (Constituição
haja um esvaziamento do discurso. Federal e LDB) promover o pleno
Da mesma forma, a responsabilidade desenvolvimento do educando. Mas, o
se aprende pelos modelos observados. que significa pleno desenvolvimento?
Responsabilidade inclui consciência Formar para a plenitude humana sig-
dos direitos e dos deveres individuais e nifica assegurar as condições e as opor-
coletivos. Ter a responsabilidade sobre tunidades para que a pessoa desenvolva
os próprios atos, como sobre a garantia as suas potencialidades, que trouxe
do bem coletivo, só pode se constituir consigo ao vir a este mundo. É aquilo
a partir de vivências que demonstram que ainda não é, mas que traz em si a
como se faz isso. condição para se tornar, desde que
Relações de cooperação, em que as tenha a oportunidade para se desenvolver.
pessoas trabalhem em conjunto, tomem
decisões coletivas, contribuam umas
com as outras com o que têm de melhor,
que respeitem as diferenças e procurem
o consenso pela maioria desde que traga
benefícios coletivos são a melhor meto-
dologia para a apreensão do que signifi-
ca cooperação e solidariedade.
Uma premissa essencial ao Modelo
que traduz as relações de cooperação
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Conceitos

Infância e juventude

Infância e juventude têm suas carac- vas e o desenvolvimento corporal pas-


terísticas e capacidades próprias nos sam por transformações substanciais.
diferentes âmbitos: cognitivo, social, A perspectiva de futuro está cada vez
afetivo, moral e físico. mais “presente”.
A infância é um período de pleno Mendez, em seminário latino-ameri-
desenvolvimento. Nessa fase, a criança cano pelos direitos da infância, afirma:
desenvolve as capacidades de cami- “em primeiro lugar, que a percepção
nhar, de falar, de compreender a reali- da infância como sujeito pleno de di-
dade de forma cada vez mais abstrata, reitos constitui um processo de cará-
de se relacionar, de entender a exis- ter irreversível no seio da comunidade
tência de regras morais, de comparti- internacional e, em segundo lugar, que
lhar vivências, de elaborar hipóteses, o continente latino-americano precisa
de tomar iniciativas, enfim, inúmeras hoje, mais do que nunca, de utopias
competências que serão a base para os positivas concretas para elaborar um
períodos vindouros. futuro melhor”.
Vygotsky e Luria afirmam que “no A visão da infância como um período
processo de seu desenvolvimento, a de pleno desenvolvimento construída
criança não só cresce, não só amadu- recentemente na história da humanida-
rece, mas, ao mesmo tempo – e isso é de foi, na prática, aplicada às crianças
a coisa mais fundamental que se pode de determinadas classes sociais. Até
observar em nosso análise da evolução há bem pouco tempo, a infância das
da mente infantil -, a criança adquire crianças abandonadas não era vista
inúmeras novas habilidades, inúmeras com o mesmo cuidado prescrito pelos
novas formas de comportamento. No conhecimentos da psicologia, da socio-
processo de desenvolvimento, a crian- logia e da pedagogia. Nem sociedade
ça não só amadurece, mas também se civil nem Estado se sentiam responsá-
torna reequipada. É exatamente esse veis por elas, avaliando o abandono e/
‘reequipamento’ que causa o maior ou a infração por parte dos menores
desenvolvimento e mudança que como condições pessoais, em que as
observamos na criança à medida que vítimas deveriam assumir a culpa por
se transforma num adulto cultural. suas próprias mazelas.
É isso que constitui a diferença mais O descaso com a infância das clas-
pronunciada entre o desenvolvimento ses mais pobres – em que o desam-
dos seres humanos e o dos animais”. paro, muitas vezes provocado pelas
A juventude é, ao mesmo tempo, condições de sobrevivência de algu-
continuidade e ruptura da infância. mas famílias – não é apenas simbólico,
Continuidade porque todas as compe- mas tem reflexos até mesmo na forma
tências juvenis têm sua origem no que como a escola a recebe. Como um bra-
foi construído durante os primeiros ço do Estado ou da sociedade, reafirma
anos de vida. Ruptura porque é uma a não responsabilidade pelo proces-
outra forma de estar no mundo. As es- so de socialização da criança que não
truturas cognitivas, as relações afeti- venha de uma família razoavelmente
MODELO PEDAGÓGICO 17

Conceitos

estruturada, que não corresponda à Retarda-se cada vez mais a incorpora-


imagem idealizada da pessoa que tem ção dos adolescentes ao estado adulto,
direito de “sentar-se nos bancos es- tornando-se cada vez mais frequente
colares”. Mas a Constituição Federal encontrarmos pessoas física e psico-
afirma que todos têm direito à edu- logicamente adultas, mas não assim
cação, direito consagrado como ir- consideradas socialmente, pois conti-
restrito e inalienável. nuam na dependência dos pais, não se
A adolescência não é um fenômeno incorporam ao mundo do trabalho, não
universal, como a puberdade. O termo podem formar uma unidade familiar
representa uma concepção construída própria, etc, não porque não desejem
culturalmente, em muitas sociedades, ser independentes [...], mas porque as
mas não em todas. Segundo Coll, difíceis condições sociais para ascen-
Palacios e Marchesi, a adolescência der ao mundo laboral, o prolongamen-
é uma das etapas da vida em que se to da escolaridade, o custo de vida, etc,
está mais atento ao próprio corpo, a tornam impossível a materialização
suas características e a suas seme- desses desejos”.
lhanças e diferenças com o corpo Consideram, ainda, que esse pro-
dos outros. longamento artificial pouco ajuda os
Ao mesmo tempo em que trans- adolescentes no desenvolvimento de
formações físicas acontecem, tantas uma nova identidade, que só pode ser
outras mudanças ocorrem no desen- atingida pelo desempenho de novos
volvimento psicológico, com a amplia- papéis e pela aquisição do estatuto
ção das capacidades cognitivas, os social de sujeito adulto.
interesses afetivos, a tomada de cons- A emancipação familiar e a interação
ciência sobre a própria personalidade, intensa com os pares são processos
a aproximação das decisões que necessários para a construção da iden-
o adolescente deverá tomar em tidade. No entanto, as barreiras sociais
relação a seu futuro pessoal, social impostas à emancipação dificultam
e profissional. ainda mais a construção das represen-
Alguns especialistas definem a ado- tações que os adolescentes fazem de
lescência como um período de tran- si mesmos.
sição entre a infância e a vida adulta. O Protagonismo e a construção
Outros, no entanto, a destacam como do Projeto de Vida se tornam a pos-
uma etapa significativa na qual há uma sibilidade real dos jovens assumirem
efervescência de ideias, teorias, conhe- papéis que os aproximam do mundo
cimentos, sentimentos. Coll, Palacios e adulto. Assumir-se como participante
Marchesi analisam que: “em todo caso, da solução de problemas, analisar suas
convém destacar que a maneira como vivências e planejar o futuro, ainda que
as coisas se apresentam, para muitos provisoriamente, são ações que impli-
adolescentes, em nosso meio cultural, cam autonomia, solidariedade e com-
pouco contribui para uma boa tran- petência, necessárias ao desempenho
sição da adolescência à idade adulta. consciente na vida adulta.
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EXPEDIENTE
REALIZAÇÃO
Instituto de Corresponsabilidade pela Educação

PRESIDENTE
Marcos Antônio Magalhães

EQUIPE DE DIREÇÃO
Alberto Chinen
Juliana Zimmerman
Thereza Barreto

CRÉDITOS DA PUBLICAÇÃO
Organização: Juliana Zimmerman
Coordenação: Liane Muniz Assessoria e Consultoria
Supervisão de Conteúdo: Thereza Barreto
Redação: José Gayoso, Juliana Zimmerman, Maria Betânia
Ferreira, Maria Helena Braga, Regina Lima, Reni Adriano,
Romilda Santana, Thereza Barreto
Leitura crítica: Alberto Chinen, Elizane Mecena,
Reni Adriano, Maria Helena Braga
Edição de texto: Leandro Nomura
Revisão ortográfica: Dulce Maria Fernandes Carvalho,
Álvaro Vinícius Duarte e Danielle Nascimento
Projeto Gráfico: Axis Idea
Diagramação: Axis Idea e Kora Design
Fotógrafa: Kriz Knack
Agradecimento pelas imagens cedidas: Thereza Barreto;
Ginásio Pernambucano; Escola Estadual
Prefeito Nestor de Camargo; Centro de Ensino
Experimental de Arcoverde.

APOIO
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1ª Edição | 2015

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