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Escola Politécnica
Departamento de Engenharia Elétrica
EEE-463
Componentes
Simétricas
1
Sistemas Trifásicos (1)
Idealmente, os sistemas de potência são planejados para
operar de forma equilibrada
Na prática, diversos fatores são fontes de desequilíbrio, tais
como:
Distribuição desequilibrada de cargas entre fases
Linhas de transmissão não transpostas
Defeitos que não envolvem as três fases simultaneamente
também introduzem desequilíbrios
A solução faz uso da representação do sistema através das
componentes simétricas
Ferramenta matemática
Simplificação da análise
2
Componentes Simétricas (2)
Obs: Sequência de fases
ABC ACB
c b
a a
b c
Vc1 Vb1
3
Componentes Simétricas (4)
Componentes de sequência negativa
Três fasores iguais em módulo, defasados de 120º entre si
e com sequência de fases oposta a dos fasores originais
Simbologia: “-” ou “2”
Sequência original: abc
Vb2
Va2
Vc2
Va0
Vb0
Vc0
4
Componentes Simétricas (6)
Matematicamente, cada fasor original é decomposto em
suas componentes simétricas
Ou seja, a soma das componentes simétricas resulta no
fasor original
Va0
Va = Va0 + Va1 + Va2 Va
Va2
Vb = Vb0 + Vb1 + Vb2 Va1
Vc = Vc0 + Vc1 + Vc2 Vc1
Vb1
Sequência “-”
Vb2
Va2
Vb
Vc2
Vc1 Vb2
Vb0
Sequência “0”
Vc2 Vc Vb1 Va0
Vc0 Vb0
Vc0
5
Componentes Simétricas (8)
A transformação é feita através da matriz “T”
1 1 1
O operador “a” é definido por:
T 1 a 2 a
a 1120o
1 a a 2
Va 1 1 1 Va 0 Va 0 1 1 1 Va
1
Vb 1 a a Va1 Va1 3 1 a a 2 Vb
2
Vc 1 a a 2 Va 2 Va 2 1 a 2 a Vc
6
Observações (1)
Se a soma dos fasores desequilibrados for igual a
zero, não haverá componentes de sequência zero
1
Va 0 Va Vb Vc
3
zero
Observações (2)
Em sistemas com ligações estrela aterrada, a corrente
de neutro é igual à soma das correntes de linha
IN Ia Ib Ic
IN Ia0 Ia1 Ia2 Ib0 Ib1 Ib2 Ic0 Ic1 Ic2
IN 3 Ia0
7
Observações (3)
E sistemas com ligações estrela isolada?
Haverá corrente de sequência zero? NÃO!
Ia Ib Ic 0
Ia0 Ia1 Ia2 Ib0 Ib1 Ib2 Ic0 Ic1 Ic2 0
Reescrevendo...
Ia1 Ib1 Ic1 Ia2 Ib2 Ic2 Ia0 Ib0 Ic0 0
3 Ia0 0
UFRJ-CT-POLI-DEE: Análise de Defeitos em Sistemas de Potência, EEE-463 86
Exemplo (1)
Quais são as componentes simétricas das correntes de
linha do sistema abaixo?
b
Ia 100 o A
a
8
Exemplo (2)
Solução:
Correntes de linha:
Ia 100 o A
c
Ib Ia
Ic
Ic 0
Ib
b
Ia
a
Exemplo (3)
Solução:
Aplicando a transformação...
Ia 0 1 1 1 Ia
1
Ia1 3 1 a a 2 Ib
Ia 2 1 a 2 a Ic
Ia 100 o A Ia 0 0
o
Ib Ia Ia1 5,77 30 A
Ia 2 5,77 30 o
Ic 0
UFRJ-CT-POLI-DEE: Análise de Defeitos em Sistemas de Potência, EEE-463 89
9
Exemplo (4)
Demais componentes
Ia 0 0
o
Ia1 5,77 30 A
Ia 2 5,77 30 o
Ib 0 0
o
Ic1 Ib2 Ia2 Ib1 5,77 150 A
Ib 2 5,77 150 o
Ic 0 0
o
≠0 Ic1 5,77 90 A
Ib1 Ia1 Ic2 Ic 2 5,77 90 o
UFRJ-CT-POLI-DEE: Análise de Defeitos em Sistemas de Potência, EEE-463 90
S a Va Ia*
S3 Va Ia* Vb Ib* Vc Ic*
Sb Vb I *
b
10
Potência em Componentes Simétricas (2)
Substituindo:
1 1 1 1 1 1 Ia* 0
S3 Va 0 Va1 Va 2 1 a 2 a 1 a a 2 Ia*1
1 a a 2 1 a 2 a Ia* 2
1
S3 _ pu 3 Va 0 Ia* 0 Va1 Ia*1 Va 2 Ia* 2
Sbase
1
S3 _ pu 3 Va 0 Ia* 0 Va1 Ia*1 Va 2 Ia* 2
3 Sbase _1
S3 _ pu Va 0 Ia* 0 Va1 Ia*1 Va 2 Ia* 2 pu
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Exercício
Três resistores idênticos, conectados em estrela (não aterrada) formam uma
carga trifásica, cujos valores nominais são 2300V, 500kVA
Se as tensões indicadas abaixo são aplicadas à carga (módulos), determine as
tensões e as correntes na carga, em pu, tomando como base seus valores
nominais
Vab = 1840V
Vbc = 2760V
Vca = 2300V
Dúvidas?
12
Componentes Simétricas:
Diagonalização
Diagonalização (1)
Sistemas genérico: Va Va Za Z ab Z ac Ia
Vb Vb Z ab Zb Z bc Ib
Vc Vc Z ac Z bc Z c Ic
k m
Ia Za
Va Va
Zab
Ib Zb Zac
Nó “k”
Vb Vb
Nó “m”
Zbc
Ic Zc
Vc Vc
13
Diagonalização (2)
Forma compacta:
Va Va Za Z ab Z ac Ia
V
b b V Z ab Zb Z bc Ib
Vc Vc Z ac Z bc Z c Ic
k m
Z 012
UFRJ-CT-POLI-DEE: Análise de Defeitos em Sistemas de Potência, EEE-463 98
Diagonalização (3)
Matriz de impedâncias em componentes simétricas :
Z 012
1 1 1 Za Z ab Z ac 1 1 1
1
Z 012 1 a a 2 Z ab Zb Z bc 1 a 2 a
3
1 a 2 a Z ac Z bc Z c 1 a a 2
14
Diagonalização (4)
Considerando:
Z a Zb Z c ZS
Z ab Z bc Z ac ZM
Z S 2 ZM 0 0
Z 012 0 Z S ZM 0
0 0 Z S ZM
Diagonalização (5)
Matriz diagonal
Não há acoplamento entre as componentes de sequência
Z S 2 ZM 0 0
Z 012 0 Z S ZM 0
0 0 Z S ZM
Z 0 0 0
Z 012 0 Z1 0
0 0 Z 2
15
Diagonalização (6)
Significado:
“Em qualquer parte de um circuito, a queda de tensão provocada por uma
16
Redes de Sequência (2)
Obteremos assim as chamadas redes de sequência
Cópias do sistema balanceado (original)
17
Redes de Sequência (4)
Matricialmente: Va 0 0 Z 0th
th
0 0 Ia 0
Va1 E1 0 Z1th 0 Ia1
Va 2 0 0 0 th
Z 2 Ia 2
Como obter Z0, Z1 e Z2?
Modelagem
18
Modelagem (1)
Como representar os componentes do sistema?
Geradores
Transformadores
Linhas de transmissão
Cargas
A modelagem depende fortemente do tipo de estudo que se
deseja realizar
Nosso foco inicial:
Modelos dos componentes para estudos de curto-circuito
em regime permanente
UFRJ-CT-POLI-DEE: Análise de Defeitos em Sistemas de Potência, EEE-463 108
Modelagem (2)
O cálculo prático de curto-circuito é realizado principalmente por
programas computacionais que obtêm uma solução de regime
permanente
Uso dos conceitos de fasores e impedâncias
Em geral, basta utilizar um modelo matricial, ideal para
implementações computacionais (veremos isso na segunda parte do
curso!)
Duas alternativas podem ser utilizadas:
Obter o modelo em componentes de fase e posteriormente transformá-
lo em componentes simétricas através das equações desenvolvidas
Obter diretamente o modelo em componentes simétricas
19
Modelagem (3)
Aqui, falaremos sobre a modelagem de:
Linhas de transmissão
Transformadores
Geradores
Y/2 Y/2
20
Linhas de Transmissão (2)
Os parâmetros R, X e Y dependem de vários fatores, tais
como:
Geometria da linha
Tipo de cabo
Número de condutores por fase
Cabos para-raios
Características do solo
Z aa Z ab Z ac ZP ZM ZM
ZLT Z ab Z bb Z bc ZLT Z M ZP ZM
Z ac Z bc Z cc Transposição Z M ZM ZP
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Linhas de Transmissão (4)
Aplicando-se a transformação para componentes simétricas:
Z 0 0 0 Y0 0 0
Z 012 0 Z1 0 Y012 0 Y1 0
0 0 Z 2 0 0 Y2
Z R jX Y jC
Transformadores (1)
Circuito equivalente do transformador por fase
R1 X1 X2’ R2’
Dispersão Dispersão
Perdas no cobre Perdas no cobre
Rf Xm
Perdas no
Magnetização
ferro
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Transformadores (2)
Desprezando a corrente de magnetização...
Os parâmetros podem ser determinados através de ensaios
Assim como nas linhas de transmissão, os parâmetros de
sequência positiva e negativa são iguais
Transformador
Rt Xt
Transformadores (3)
Observações:
Em sistemas de transmissão (alta tensão), é comum desprezar
também a resistência, em função da alta relação X/R
Nas redes de distribuição (menor relação X/R), a resistência
pode contribuir significativamente para redução do nível de
curto-circuito
23
Transformadores (4)
E a sequência zero?
Transformadores (5)
Consideremos um circuito abaixo:
24
Transformadores (6)
A circulação de corrente no enrolamento primário só será
possível se houver circulação de corrente no secundário
Transformadores (7)
Diagrama Unifilar Circuito de Sequência Zero
Z0
P Q P Q
Y Y
referência
Z0
P Q P Q
Y Y
referência
Z0
P Q P Q
Y
referência
25
Transformadores (8)
Diagrama Unifilar Circuito de Sequência Zero
Z0
P Q P Q
Y
referência
Z0
P Q P Q
referência
Z0
P Q P Q
Y Y
referência
Transformadores (9)
Transformadores de três enrolamentos
Barra
Primário Secundário
fictícia
Terciário
26
Geradores Síncronos (1)
O gerador é modelado por uma fonte de tensão
constante atrás de uma reatância
Representação por fase
Gerador
~ V
27
Geradores Síncronos (3)
Em geral, os enrolamentos do estator são ligados em estrela
aterrado, permitindo a circulação de sequência zero
É comum que o aterramento seja feito através de uma
impedância para limitar a corrente de curto
Neste caso, deve-se somar 3.Zn à impedância de sequência zero da
máquina, para correta representação do efeito. Por que?
a
In
~
n
~ b
Zn ~
c
UFRJ-CT-POLI-DEE: Análise de Defeitos em Sistemas de Potência, EEE-463 126
Exemplo (1)
Objetivo: Montar as redes de sequência positiva, negativa e
zero para o sistema abaixo, desprezando as resistências e
susceptâncias
G1 1 T1 3 5
Y ~
L1
Y
G2 2 T2 4
L2 L3
Y ~
Y Y
28
Exemplo (2)
Sequência positiva
referência
X1G1 X1G2
1 2
X1T1 X1T 2
X1L1 5
3 4
X1L 3
Exemplo (3)
Sequência negativa
referência
X G21 X G22
1 2
X 2T1 X 2T 2
X L21 5
3 4
X L22 X L23
29
Exemplo (4)
Sequência zero
referência
X G01 X G02
1 2
X 0T1 X 0T 2
X L01 5
3 4
X L02
UFRJ-CT-POLI-DEE: Análise de Defeitos em Sistemas de Potência, EEE-463 130
30
Exercícios
Componentes Simétricas
Capítulo 11
1, 2 ,3 ,4 ,5 ,6 ,8 ,9 ,12 ,13 ,17 ,18 ,19
Dúvidas?
31