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Sistema de Transmissão: a dinâmica do sistema de transmissão (LTs) é

muito mais rápida que a dinâmica dos rotores das máquinas síncronas podendo
então ser desprezadas (dx/dt = 0 | T=n segs). Assim o sistema de
transmissão é descrito por equações algébricas e fasores, usando-se a matriz
admitância nodal na formulação de injeção de correntes para descrevê-lo.

I E , V   Y  V onde:
I : vetor das injeções de correntes nodais;
V : vetor das tensões nodais
Y : matriz admitância nodal
E : vetor das variáveis de estado das m.s.

 I1 E1 , V1    y12  y13  y12  y13  V1 


 I E , V     y y12 0   V2 
 2 2 2   12

 I 3 E3 , V3    y13 0 y13  V3 


Cargas: em geral a representação das cargas é feita usando-se modelos que
refletem o seguinte comportamento.

 Potência Constante: a carga não varia com a tensão, continua fixa


independente do valor da tensão da barra. Esta hipótese é valida para
estudos com um horizonte de tempo muito grande (o nível da tensão é
restabelecido aos níveis normais pela ação dos controles automáticos ou dos
operadores).
P  j  Q  cte

 Corrente Constante: o módulo da corrente não varia com a tensão, isto


produz uma variação da potência linearmente com a tensão.
P  j Q  V  I 

 Impedância Constante: a carga é representada por uma impedância


conectada na barra, isto produz uma variação
2
da potência proporcional ao
quadrado da tensão. V
P  j Q 
Z
 Modelo Dinâmico: na prática observa-se que a carga possui uma dinâmica
própria em estudos de estabilidade sendo alguns modelos que representam
este efeito propostos na literatura.

Dificuldades na obtenção dos parâmetros deste modelo impediram o


seu uso nos programas atuais
Efeitos do modelo de carga em estudos de estabilidade
 Potência Constante  aumentar as oscilações do sistema (+ instável):
Perturbações no sistema tendem a diminuir as tensões nas barras, com
isso para manter Scte = V.I, a corrente da carga aumenta, aumentando mais
as quedas de tensão na rede (V=Z.I), e forçando os geradores a injetar mais
potência.

 a hipótese de Pcte não pode ser sustentada para toda a rede: c.c.  V=0;
para manter Scte = V=0 . I= (programas computacionais sustentam esta hipótese
para um determinado nível de tensão, usualmente > 0.7 pu )

 Impedância Constante  reduzir as oscilações do sistema (+ estável):


A diminuição das tensões durante as perturbações reduzem também as
correntes das cargas (I=Y.V) aliviando os geradores

Atenção, isto é só uma tendência


Área “A” Área “B”

muita geração pouca geração


pouca carga muita carga

Distúrbios na interligação causam quedas de tensão em ambas as áreas, na


Área “A” com mais geração que carga as máquinas aceleram (wP). Cargas
representadas como Pcte em “A” não estão sujeitas a variação de tensão e
contribuem para segurar a aceleração das máquinas síncronas; se as cargas
fossem representadas como Zcte em “A” reduziriam a potência
quadraticamente com a tensão e aumentariam o desbalanço geração-carga.
Na área “B” a situação se inverte, o modelo Z cte contribui para a estabilidade do
sistema.
Modelos de carga
 Modelo Polinomial:
2
V V 
P  Po  a1  Po  b1   Po  c1    normalmente:
 V V
Pcte     o     o
I cte Z cte a1 + b 1 + c1 = 1
2
V V  a2 + b 2 + c2 = 1
Q  Qo  a2  Qo  b2   Qo  c2   
 V V
Pcte      o      o
I cte Z cte

 Modelo Exponencial:
Kp
V 
P  Po    normalmente:
 Vo 
Kq Kp = 0  3
V 
Q  Qo    Kq = 0  3
 Vo 

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