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SEÇÃO III A: Dos Fóruns de Coordenadores de Núcleos

No Artigo 12-A, os presidentes de Tribunais de Justiça e Tribunais


Regionais Federais devem designar um magistrado para liderar o Núcleo e
representar o tribunal no Fórum de Coordenadores de Núcleos. Os Fóruns
se reúnem conforme a área da justiça, e os enunciados aprovados são
aplicáveis apenas ao respectivo segmento da justiça. O Fórum da Justiça
Federal é organizado pelo Conselho da Justiça Federal e pode abordar
questões além das relacionadas à Justiça Federal.

No Artigo 12-B, os Fóruns de Coordenadores de Núcleos podem


estabelecer diretrizes específicas para seus segmentos, como o papel dos
conciliadores de acordo com o Código de Processo Civil de 2015, a
estrutura dos Centros para cada área da justiça e conteúdos programáticos
para cursos de conciliação e mediação em áreas como previdência,
desapropriação e sistema financeiro de habitação, seguindo diretrizes do
Anexo I.

SEÇÃO III B: Das Câmaras Privadas de Conciliação e Mediação: O Artigo


12-C estabelece que as Câmaras Privadas de Conciliação e Mediação,
assim como órgãos semelhantes, e seus mediadores e conciliadores devem
ser registrados no Tribunal correspondente ou no Cadastro Nacional de
Mediadores Judiciais e Conciliadores para conduzir sessões de mediação
ou conciliação relacionadas a processos judiciais, conforme previsto no
Código de Processo Civil de 2015. Porém, para sessões pré-processuais, o
registro é opcional.

No Artigo 12-D, os Tribunais são encarregados de determinar a


porcentagem de audiências não remuneradas que as Câmaras Privadas de
Conciliação e Mediação devem conduzir em casos de gratuidade da justiça,
como parte do processo de credenciamento. Esse processo está de acordo
com o artigo 169, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015, e segue as
diretrizes estabelecidas pela Comissão Permanente de Solução Adequada
de Conflitos.

O Artigo 12-E impõe que as Câmaras Privadas de Mediação e Conciliação,


juntamente com outros órgãos cadastrados, estejam sujeitas a avaliações
conforme definido no artigo 8º, § 9º, desta Resolução. Essas avaliações
devem considerar a média de todos os mediadores e conciliadores
avaliados, incluindo aqueles que atuaram voluntariamente, de acordo com
o artigo 169, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015.

Por fim, o Artigo 12-F veda às Câmaras Privadas de Conciliação e


Mediação, assim como a órgãos similares, e a seus mediadores e
conciliadores, o uso do brasão e outros símbolos da República Federativa
do Brasil. Além disso, é proibido adotar a denominação "Tribunal" ou
termos equivalentes para a entidade, assim como o uso do termo "juiz" ou
equivalentes para seus membros.

Seção III

DOS CONCILIADORES E MEDIADORES

O Artigo 12 da Seção III estabelece as diretrizes para a atuação de


conciliadores e mediadores nos centros judiciários de resolução de
conflitos. De acordo com o §1º, os Tribunais devem oferecer cursos de
capacitação, conforme o Anexo I, para os profissionais que atuarão nesses
órgãos. Os Tribunais que já realizaram essa capacitação podem dispensar
os mediadores e conciliadores atuais da exigência do certificado, mas
devem fornecer cursos de treinamento e aperfeiçoamento, como condição
prévia de atuação nos Centros (§1º).

O parágrafo §2º estabelece que todos os conciliadores, mediadores e


especialistas em métodos consensuais de solução de conflitos devem se
submeter a aperfeiçoamento permanente e avaliação do usuário. O §3º
indica que os cursos de capacitação, treinamento e aperfeiçoamento
devem seguir diretrizes curriculares do Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
incluindo estágio supervisionado. Somente os mediadores e conciliadores
que concluírem o estágio supervisionado serão certificados (§4º).

Os profissionais estão sujeitos ao código de ética estabelecido na


resolução (§5º), enquanto a remuneração pelos serviços é definida pelo
Tribunal, conforme parâmetros da Comissão Permanente de Solução
Adequada de Conflitos (§6º), seguindo o artigo 167, §6º, do Código de
Processo Civil de 2015.

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